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Oscar 2017: Pela primeira vez negros são indicados em todas as categorias de atuação

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Viola Davis e Octavia Spencer concorrem ao prêmio de atriz coadjuvante

Na terça-feira, a presidente da Academia, Cheryl Boone Isaacs, foi acompanhada por vários vencedores e indicados ao Oscar, incluindo Jennifer Hudson para anunciar os indicados para este ano.

A cerimônia de premiação de 2017 será realizada por Jimmy Kimmel, assumindo o cargo de Chris Rock, que recebeu a cerimônia no ano passado em meio à reação de #OscarsSoWhite. E, parece que Hollywood finalmente tomou medidas para corrigir sua falta de diversidade.

Uma surpresa, foi que após a sua tão elogiada no filme Cercas, Viola Davis foi indicada como atriz coadjuvante. Ela já foi nomeado para dois Oscars, mas aina não levou nenhum para casa. Denzel Washington, também conseguiu uma merecida nomeação como Melhor ator principal, com o filme que também concorre ao prêmio de Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Filme.

Denzel Washington disputa o prêmio de melhor ator, por seu papel em Fences
Denzel Washington disputa o prêmio de melhor ator, por seu papel em Fences

Moonlight, o melhor filme do ano, obteve indicações de Melhor Filme, Melhor Edição, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Pontuação Original, Melhor Cinematografia, Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Ator Coadjuvante pelo incrível desempenho de Mahershala Ali.

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Mahershala Ali concorre ao prêmio de ator coadjuvante

Na categoria documentário, foram indicados I Am Not Your Negro (de James Baldwin e Raoul Peck, que conta uma história social das relações raciais nos EUA modernos) e A 13ª Emenda (de Ava DuVernay, que mostra como o sistema penitenciário norte-americano reflete a história da desigualdade racial no país).E, Ruth Negga ganhou uma indicação de Melhor Atriz Líder para Loving.

Cena do documentário 13a Emenda
Cena do documentário 13ª Emenda disponível pelo Netflix

É a primeira vez na história do Oscar que atores negros concorrem em todas as categorias de atuação, ator e atriz principais e coadjuvantes.

Ruth Negga, concorre ao prêmio de melhor atriz por sua atuação no filme Loving
Ruth Negga, concorre ao prêmio de melhor atriz por sua atuação no filme Loving

A premiação da Academia acontece no dia 26 de Fevereiro.

Três campanhas que nos fazem acreditar que a inclusão na publicidade veio para ficar

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A inclusão racial não basta. Ela tem de ter que significado, tem que ter valor. Esse pensamento não é meu,  é da minha colega e amiga Nadja Pereira especialista em Social Media é uma das pessoas mais influentes no Linkedin em 2016. E eu concordo com ela. Do que adianta ter um negro na campanha publicitária, se ele aparece de forma secundária, terciária, embaçadinho, lá no fundo, fazendo funções estereotipadas?

Os avanços da comunidade negra no Brasil que consome 800 bilhões ao ano, não se reflete na publicidade, mas eu no meu persistente otimismo acho que as coisas vão melhorar, principalmente por que apesar de pequeno, o número de negros das agências vem crescendo sim (inclusive outras áreas, mas isso é tema para outro artigo).

Vejam três campanhas recentes que me fizeram sorrir de orelha a orelha.

Avon com Tassia Reis

Não escolheram um rosto negro, escolheram uma mulher negra que sabe da responsabilidade de representar não somente uma grande marca, mais principalmente suas irmãs negras.  Que luz, que mulher e que boca!!

 

Vivo Fibra e o Raul que ama um filme de terror

Sim, negros também gostam de tecnologia. E tem muitos que investem uma boa grana em serviços de Internet para tirar melhor proveito da sua SmartTV, tablete e Smartphone que nem o Raul. Tem publicitário branco que vai ficar chocado com isso, mas eu juro que é verdade.

https://www.youtube.com/watch?v=2XW1fC2PJYI&feature=youtu.be

C&A e o tombamento das meninas e meninos do Rio

Antes a gente via nosso povo todo nas revistas e dizíamos que pareciam gringos. Hora de atualizar os conceitos, porque agora somos mais lindos. Prova disso é a campanha da C&A com essa galera escandalosamente bonita do Rio de Janeiro.

(Foto: Página da C&A no Facebook)
(Foto: Página da C&A no Facebook)

Link para o vídeo  da campanha na página da marca: http://bit.ly/2klPd1H

Se você tem alguma campanha brasileira que te conquistou? Deixe nos comentários.

 

Itaú Cultural discute o negro na dança dentro do projeto Diálogos Ausentes

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(imagem portal da Universidade de Caxias do Sul)

No dia 26 de janeiro, às 20h, o Itaú Cultural retoma o ciclo Diálogos Ausentes, que trata da presença afro-brasileira na produção artística brasileira. Desta vez o tema é O Negro na Dança e tem como convidada a antropóloga, pesquisadora, bailarina e mobilizadora cultural Luciane Ramos para o debate que fala sobre a história da dança negra no Brasil. Com mediação da curadora Diane Lima, após a fala da convidada, abre-se a conversa com a plateia. O evento tem interpretação em Libras e é transmitido simultaneamente pelo site do Itaú Cultural (www.itaucultural.org.br).

Luciane Ramos possui mestrado em antropologia social e desenvolve doutorado em Artes da Cena, ambos na UNICAMP. Atua como gestora de projetos no Acervo África, é membro do corpo editorial da Revista O Menelick 2º Ato e do grupo Rituais e Linguagens – A Elaboração Estética (PPGADC-Unicamp). Na interface entre artes da cena, estudos africanos e educação, foca suas atuações em estéticas descolonizais.

Este é o primeiro dos três encontros que o Itaú Cultural realiza com o tema O Negro na Dança. Os próximos acontecem nos dias 14 de fevereiro e 14 de março, e contam com a participação de artistas convidados e dois artistas selecionados em chamada aberta, realizada de 6 a 22 de janeiro. As inscrições podem ser feitas pelo site do instituto, e os resultados serão divulgados no dia 25 de janeiro.

Desde abril de 2016, o Itaú Cultural vem realizando esta série com o intuito de analisar entre o público, artistas e especialistas a representação dos negros em uma área de expressão diferente, a cada três meses. No ano passado, o primeiro bloco de três encontros discutiu as artes visuais; na sequência, os debates foram sobre as artes cênicas – com foco no teatro –, e por fim, o audiovisual, sobre o olhar do cinema negro. Neste ano, depois do debate sobre a dança, os temas abordados serão a literatura e, depois, a música.

Mostra Diálogos Ausentes

Até o dia 29 de janeiro, está em cartaz no Itaú Cultural a exposição Diálogos Ausentes, resultado dos encontros com o mesmo nome realizados durante todo o ano no instituto, com debates e artistas que apresentaram o seu trabalho. Ampliando os limites entre as linguagens ao cruzar as artes visuais, cênicas e o audiovisual, a mostra traz uma primeira mirada investigativa sobre a produção contemporânea afro-brasileira nestes segmentos.

Em exibição desde 10 de dezembro, a mostra apresenta obras de Yasmin Thayná, Renata Felinto, Sidney Amaral, Dalton Paula, os grupos Coletivo Negras Autoras e As Capulanas, de um total de 15 artistas que enunciam por meio de seus trabalhos de que modo a prática em diferentes campos das artes colabora para a desconstrução dos estereótipos raciais no país e para o nascimento de uma nova experiência estética.

A exposição contempla ainda, no site do Itaú Cultural, textos de aprofundamento no tema escritos por Fabiana Lopes, convidada, e por Rosana Paulino e Diane Lima, curadoras da mostra.

SERVIÇO

Diálogos Ausentes – O Negro na Dança

Convidada: Luciane Ramos

Mediadora: Diane Lima

Dia 26 de janeiro (quinta-feira), às 20h

Duração: 90 minutos
Classificação indicativa: livre
Interpretação em Libras
Entrada gratuita
Distribuição de ingressos:
Público preferencial: 2 horas antes do debate

Itaú Cultural
Avenida Paulista, 149 (Estação Brigadeiro do Metrô)
Fones: 11 2168-1776/1777
atendimento@itaucultural.org.br
www.itaucultural.org.br

 

 

 

 

Por menos capoeira e mais prêmios de literatura para os nossos adolescentes

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LEIA AS NOTAS DE REPÚDIO SOBRE ESTE TEXTO EMITIDAS POR INSTITUIÇÕES LIGADAS A PRESERVAÇÃO DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA 

Jovens negros podem ser o que quiser, inclusive escritores premiados.  A Editora Malê abriu as inscrições para a segunda edição do Prêmio Malê de Literatura – Jovens escritores negros que visa estimular a produção literária realizada por jovens afro-brasileiros e divulgar suas obras. A iniciativa inédita teve mais de 180 inscritos no ano passado e quase 65% deles nunca participou de um concurso literatura.

No Brasil a intelectualidade dos nossos jovens não é estimulada. Em pleno século XXI , muitos associam a juventude negra aos esportes e atividades musicais. Se você conhece um jovem que gosta de ler e escrever fale sobre o concurso.

Podem participar jovens que se autodeclarem negros ou negras, com idade entre 15 e 29 anos, residentes no Brasil. Cada concorrente deverá inscrever, pelo site da Malê (www.editoramale.com), 01 (um) conto ou crônica, escrito em língua portuguesa e inédito no meio impresso, até 26/05/2017. Serão selecionados dez textos para publicação em um livro, com lançamento previsto para o final de 2017. Cada autor selecionado receberá 10 exemplares da obra.

Os textos vencedores do ano passado estão na  coletânea “Letra e tinta: 10 contos vencedores do Prêmio Malê de Literatura – Jovens Escritores Negros”. com a cape feita pelo quadrinista Éder Messias.

“Pobre e macaca”: para apresentador da Record Ludmila tem que saber o seu lugar

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Felizmente a cantora Ludmila está tomando as providencias legais contra Marcão do Povo, apresentador da versão brasiliense do Balanço Geral, da Record, que a chamou de macaca, com a maior naturalidade, durante o quadro Hora do Veneno, nessa última terça-feira, 17.

Tão grave quanto a injúria racial, que infelizmente não dá cadeia no Brasil, é a suposição do apresentador e sua colega, de que negro mesmo ascendendo socialmente tem que ser legal com todo mundo o tempo todo. Artistas brancos fazem muito pior que trocar nome e dizer que estão doentes, como exemplificaram os apresentadores, eles negam fotos, xingam paparazzi, causam em aviões, furam fila e ninguém sugere que eles têm que ser do povo. Isso só acontece quando o artista é negro.

O apresentando racista, ainda quis corrigir dizendo em nota, que chamar de macaco é um hábito de comum da cidade dele  “o  termo ‘macaco’ é utilizado no Centro-Oeste sem teor pejorativo. Por exemplo: é bastante comum ver pessoas dizendo que ‘fulano é macaco velho’, disse ele em nota, subestimando nossa inteligência.

O racismo já lembra quem Ludimila quem ela é todos os dias:  uma das celebridades negras que mais sofre com ofensas de cunho racial

Quem somos nós para ditar como uma jovem negra de origem humilde, que ficou rica em poucos anos, deve ser comportar entre ricos e entre os pobres? Não estamos na pele dela e ainda arrisco dizer, que ela tem todo o direito em não querer ser acessível o tempo todo, até para quebrar essa imagem de eterna docilidade e servidão da mulher negra.

Programação do Sesc propõe reflexão sobre relações de raça e gênero no Brasil

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Processos criativos e identidade feminina negra, Branquitude, branqueamento e relações de gênero e Caminhos para a liberdade de mulheres negras no século XIX são os temas que fazem partem de uma programação que o Centro de Pesquisa e Formação do Sesc realiza no mês de janeiro com o objetivo de refletir sobre as relações de raça e gênero no Brasil.

Ciclo Processos criativos e identidade feminina negra

De 10 a 24/1, terças e quintas, das 14h30 às 17h30.
Preços – R$ 60,00 / R$ 30,00 / R$ 18,00

Múltiplos aspectos compõem o processo criativo de artistas. O que já foi entendido como dom ou talento inato, hoje é percebido como um processo resultante da combinação entre subjetividade, processo histórico-social e domínio da linguagem.  Tendo isso em vista, esse ciclo se propõe a refletir sobre o processo criativo a partir de um recorte de raça e gênero. Como esses marcadores sociais impactam e/ou influenciam o trabalho artístico de mulheres negras?
Mesas de debates:
10/1 – Mulheres negras atrás das lentes: a produção audiovisual
Com Renata Martins, Larissa Fulana de Tal e mediação de Viviane Ferreira

12/1 – Em prosa e verso: literatura negra
Com Ana Maria Gonçalves, Tula Pilar Ferreira e mediação de Fernanda Miranda.

17/1 – Cotidiano negro em letras e vozes de mulheres
Com Yzalú, Tássia Reis e mediação de Jaqueline Lima Gomes

19/1 – Contranarrativas negras em mídias digitais
Com Maíra Azevedo (Tia Má), Aline Ramos e mediação de Bianca Santana

24/1 – Visualidades negras
Com Janaína Barros, Michelle Matiuzzi e mediação de Renata Felinto
Branquitude, branqueamento e relações de gênero

De 17 a 20/1, terça a sexta, das 10h às 13h
Preços – R$60,00 / R$30,00 / R$18,00

O ciclo objetiva trabalhar a perspectiva das relações de gênero a partir da branquitude e como essas questões são envolvidas na discussão sobre relações raciais brasileiras, em específico, aquelas nas quais a discussão centraliza o lugar do branco nessas relações. A partir de teorias sociais sobre branquitude e um percurso panorâmico sobre relações de gênero, o curso pretende lançar um olhar para a construção histórica do Brasil, problematizando o lugar de privilégio do grupo coletivo branco em contrapartida a negação dos lugares das outras racialidades e como essa construção marca as relações de gênero.
Partindo de leituras que caminham por diversas áreas como sociologia, antropologia, história, psicologia social e mais, o debate sobre os conceitos da branquitude, do branqueamento e das relações de gênero abre espaço para uma nova arena de discussão sobre o racismo e o machismo, numa inversão epistemológica na qual o branco assume o lugar de objeto pesquisado.

PROGRAMA

Dia 17/1 – A categoria raça em análise e a política de branqueamento no Brasil.
Dia 18/1 –  Branquidade: identidade branca e multiculturalismo – Os significados da introdução do debate da branquitude no Brasil.
Dia 19/1 – A contribuição do Dossiê Branquitude e as novas configurações raciais brasileiras.
Dia 20/1 – As Relações de Gênero marcadas na Branquitude

Com Ana Helena Passos, doutora em Serviço Social pela PUC/RJ. Pesquisa estudos críticos da branquitude, racismo, história afro-brasileira e educação étnico-racial.

 

Caminhos para liberdade de mulheres negras no século XIX

Dia 26/1, quinta, das 19h30 às 21h. Grátis.

Palestra e lançamento do livro “Sobreviver e Resistir: os caminhos para liberdade de escravizadas e africanas livres em Maceió (1849-1888)“, aborda as experiências de vida de africanas livres e escravizadas – em Maceió de 1849 a 1888, evidenciando a luta por sobrevivência e resistência de mulheres que viveram a conjuntura dos últimos momentos da escravidão no Brasil.

Através de uma leitura a contrapelo dos documentos analisados, a pesquisa procura os fragmentos das vidas – imergindo na batalha diária destas mulheres em busca de suas sobrevivências e na luta contra a escravidão. Com isto, adentra o quotidiano da cidade e vislumbra a sociabilidade negra e a presença de mulheres na vida social daquele período.

A região alagoana foi palco de constante movimentação de navios negreiros vindos diretamente do continente africano ou de outras províncias, como Bahia e Pernambuco. A pesquisa a partir da compreensão de quais eram as práticas exercidas por elas para se emanciparem ou alforriarem, aponta para o papel destas mulheres para a eclosão do fim do regime escravista no Brasil.

Com Danilo Luiz Marques, graduado em História pela Universidade Federal de Alagoas, e mestre em História Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, onde também realiza o seu doutorado.
 

Serviço:
Recomendação etária: 16 anos
Algumas atividades possuem tradução em Libras disponível. Verifique no site qual atividade tem e faça sua solicitação com no mínimo dois dias de antecedência através do e-mail centrodepesquisaeformacao@sescsp.org.br.

Informações e inscrições pelo site (sescsp.org.br/cpf) ou nas unidades do Sesc no Estado de São Paulo.

Ancestralidade africana na passagem do ano

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O Kwanzaa surgiu nos EUA para ajudar os afro-americanos a lidarem com a opressão em tempos de luta pelos direitos civis. Como 2016 foi um ano tão difícil, que tal trazer um pouco dos rituais dessa celebração para sua casa?
Pontos importantes:  reunião da família, de amigos e da comunidade, reverência ao criador e à criação e reafirmação dos compromissos de respeitar o ambiente e “curar” o mundo, a comemoração do passado honrando os antepassados, a renovação dos compromissos com os ideais culturais mais altos da comunidade como a verdade, justiça, respeito às pessoas e à natureza, o cuidado com os vulneráveis e respeito aos anciões. A celebração do “Bem da Vida” que é um conjunto de luta, realização, família, comunidade e cultura

A cada dia uma vela de cor diferente deve ser acesa num altar onde são colocadas frutas frescas, uma espiga de milho por cada criança que houver na casa. Depois de acesa a vela, todos bebem de uma taça comum em reverência aos antepassados, e saúdam com a exclamação “Harambee”, que tanto significa “reúnam todas as coisas” como “vamos fazer juntos”.

A grande festa é a de 1 de janeiro, quando há muita comida, muita alegria e onde cada criança deve ganhar três presentes que devem ser modestos: um livro, um objecto simbólico e um brinquedo.

15ª Feira Preta: Shows de Emicida, MC Soffia, espaço kids e muito afro-empreendorismo marcam edição comemorativa

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Com reconhecimento internacional e consagrada como um dos maiores eventos para comunidade negra no Brasil, a Feira Preta celebra os seus 15 anos, nesse domingo, dia 11, em São Paulo, com uma edição repleta de atividades para todos os público e claro, fazendo o black money girar.

“Teremos uma programação riquíssima no domingo.  Lançamento de livros com as editoras Nandyala e Kitabu. Espaço infantil,  roda de samba em homenagem ao centenário do samba.  Palco musical com MC Sofia, clube do balanço contando a história do samba rock em um show musical. Fióti convida Emicida, As Bahias e A Cozinha Mineira, Mahumadi e finalizamos com o Baile Black Bom convida a Thulla Exposição de HQ e de ilustradores negros. Alem da presença de 100 afro empreendedores”, resume Adriana Barbosa, idealizadora da Feira Preta.

O evento deste ano acontecerá no Espaço PRO-MAGNO, na Casa Verde bairro que possui a maior concentração da população negra (segundo dados divulgados pela Prefeitura de São Paulo) e consequentemente é considerada um dos grandes berços da cultura negra na cidade. A cultura predominante é a do samba, comportando mais de 20 escolas de samba, 4 delas pertencentes ao grupo especial.

As festas Don’t Touch My Hair Wine levam suas DJs para uma discotecagem com o melhor do dancehall, rap, funk, R&B e trap.

Mais uma vez, a Feira Preta traz o lounge Pret@ Digital, que promove diálogos sobre as diferentes narrativas sobre negritude criadas nas redes ou que as usam como plataforma de fortalecimento, divulgação, etc. Abriga influenciadores digitais, blogueiros e youtubers.

A programação ainda conta com Feira de HQs, com quadrinhos e ilustradores negros, que tenham em seu trabalho a linguagem afropop.

Espaço Kids

Vai levar as crianças? Confira as opções da Feira Preta deste ano.

feirapreta

SERVIÇO FEIRA PRETA 15 ANOS


Quando: 11 de dezembro, das 12h às 22h
Onde: Espaço PRO-MAGNO, na Rua Samaritá, 230 – Casa Verde, São Paulo/SP
Ingressos pela internet:  http://bit.ly/ingressosFP15ANOS” http://bit.ly/ingressosFP15ANOS
Pontos de venda:  http://bit.ly/infoingressosfp” http://bit.ly/infoingressosfp
(Meia-entrada R$15,00 e Inteira R$30 – com pré-venda a R$20,00 até o dia 30 de novembro, pela internet)
Mais informações: www.feirapreta.com.br

GRADE DE PROGRAMAÇÃO 

 

HORÁRIO LOCAL ARTISTA/ATRAÇÃO
12h00 – 12h40 Chão Umoja – Cortejo
12h40 – 13h10 Palco Ato Ecumênico – Pai Francisco e Pe. Ennes
13h10 – 13h40 Palco MC Sofia
13h40 – 14h20 Chão Dance Games
14h20 – 15h30 Chão Samba da Laje & Velha Guarda do Camisa
15h30 – 17h00 Palco Clube do Balanço & DJ Seu Osvaldo
17h00 – 17h30 Chão Samba da Laje
17h30 – 19h30 Palco Fióti & Convidados
19h30 – 20h00 Palco Don’t Touch My Hair & Wine a Festa
20h00 – 20h20 Chão Flash Mob
20h20 – 22h00 Palco Baile Black Bom

 

 

Afroconsumo: população negra brasileira movimenta aproximadamente 800bi ao ano

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São Paulo, por ser uma cidade multicultural e globalizada, apesar das desigualdades sociais evidentes, proporciona a seus habitantes a possibilidade de acessos diversificados e qualitativos, inerentes ao tipo de construção social da localidade. Assim, este ambiente influenciador, seguido do processo de ascensão social, aumento do poder aquisitivo, políticas públicas direcionadas e ações afirmativas favoráveis às consideradas minorias sociais, provocou um forte investimento no capital intelectual, o que teve como um de seus desdobramentos a mudança perceptível do comportamento de uma parcela significativa da população negra em diversos campos do consumo. Esta democratização, oriunda do empoderamento de uma parcela maior de afro-brasileiros, deu início a um processo de construção de um novo perfil de consumidor.

Foto: Yegide Matthews
Foto: Yegide Matthews

CONCEITO

Na consultoria ETNUS, entendemos por Afroconsumo um movimento de contracultura, que considera a influência direta ou indireta das características étnico-raciais nas experiências do consumo, consciente ou inconscientemente, protagonizando a estética e as características raciais e culturais intrínsecas aos afrodescendentes. Esta disruptura surge como expressão das demandas de sujeitos ainda invisíveis aos olhos do mercado em sua totalidade (comunicação, produção industrial etc), que passam a exigir que suas individualidades e especificidades sejam consideradas e respeitadas. Esta união de pessoas pela identidade e necessidade potencializa o surgimento de um novo nicho de consumo, colocando os afro-brasileiros no centro dos estudos.

BRASIL DO FUTURO: EUA E NIGÉRIA, MODELOS DE UM AFROCONSUMO MADURO

Semelhante ao contexto contemporâneo brasileiro, nos Estados Unidos, durante o período da segregação racial institucionalizada, quase que por uma questão de sobrevivência, criou-se uma sociedade de consumo alternativa para contemplar essa procura pulsante por representação. Moda, cinema, música e educação foram alguns dos segmentos mais marcantes na formação dessa nova produção de consumo norte-americana, iniciada no final dos anos 60. Hoje, os afro-americanos, assistidos pelas lutas sociais, políticas afirmativas e empoderamento econômico, apesar de configurarem apenas 12% da população estadunidense, atuam com força representativa relevante na sociedade de consumo americana. Conforme estudo realizado pela Nielsen Company, estima-se que atualmente os afro-americanos consumam por ano, aproximadamente, 1,1 trilhões de dólares e, até 2017, esse valor alcançará a casa dos 1,3 trilhões de dólares.

Movimento parecido acontece na Nigéria, onde o principal exemplo é o da segunda maior indústria cinematográfica do mundo, a Nollywood, surgida a partir de uma ausência de representatividade dos nigerianos, que consumiam apenas filmes de pessoas brancas sem relação étnico-racial. Além disso, uma crise financeira na década de 80 alavancou o olhar à indústria local, induzindo um processo de produção representativa da população desse país africano. Atualmente, esse consumo direcionado é responsável por uma receita de 800 milhões de dólares ao ano.

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Foto: Afropop – Cine Nollywood

Ambos os movimentos de afroconsumo anteriormente citados têm em comum o surgimento por uma questão de necessidade social ou identitária – o reconhecimento estético – que acarreta uma mudança de comportamento de consumo, proveniente dos avanços das lutas sociais, empoderamento intelectual e econômico, culminando no surgimento de novos mercados direcionados, produzidos ou não pela comunidade negra. Outra marca extremamente interessante é o crescimento desse nicho de mercado, que com o passar dos anos se consolida significativamente. Nos Estados Unidos, por exemplo, projeta-se um aumento de 2 bilhões de dólares no período de 2015 a 2017.
No Brasil, a TBWA fez uma das primeiras estimativas sobre rendimento anual da classe média negra brasileira, no ano de 1998, chegando a um valor de R$ 46 bilhões ao ano. Ainda, apareceram informações  importantes a respeito do comportamento de consumo dessas pessoas: 36% dos entrevistados queriam sabonetes especiais, 31%, roupas com motivos africanos, enquanto 27% reclamaram que não existiam temperos mais fortes no mercado. Naquele momento, a gerente de marketing da primeira empresa nacional a lançar uma linha exclusiva para negros, a Nazca Cosméticos, Veronica Wolff, em entrevista para a Revista Época, creditava a este público a responsabilidade por 13% de todo o faturamento da corporação.

Em outro levantamento, a pesquisa feita pelo Data Popular aponta que já em 2007 o rendimento anual dessa classe econômica específica estava em torno de R$ 337 bilhões, passando a R$ 554 bilhões em 2010, com crescimento de 38%. Atualmente, os últimos números apontam para uma movimentação rente à R$ 800 bilhões ao ano.

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Fonte: ETNUS | Afroconsumo, Data Popular e TBWA.

Portanto, uma vez aceita a mudança geral no comportamento do consumidor de massa, que deixou a passividade e passou a buscar pertencimento, e colocando como coadjuvante as diferenças de classes, podemos interpretar o afroconsumo sob o viés do conceito de “cauda longa”, bem difundido por Chris Anderson em seu livro “A Cauda Longa (2006)”, que afirma que nichos/demandas personalizadas são características deste novo momento de consumo.

Parafraseando a professora norte-americana, Sonya Grier, especialista em raça e etnia no mercado “O marketing direcionado é a base de uma estratégia de marketing eficaz e é movido pelo reconhecimento de que uma abordagem “indiferenciada” não funciona mais entre consumidores diversificados e sofisticados”. Este novo consumidor anseia por uma construção de relação.

Com prêmios de até 2 mil reais, revista premia reportagens sobre violência contra negros

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Cerca de 23.100 jovens negros de 15 a 29 anos são assassinados todos os anos no Brasil. São 63 por dia, um a cada 23 minutos. Os números são do Mapa Da Violência de 2014, produzido com base em números oficiais do Ministério da Saúde.   Resgatar as histórias de vidas abreviadas e reduzidas em estatísticas e problematizar as diversas formas de violências que atingem a juventude negra brasileira são objetivos do projeto “A Juventude Comunica o Direito a Vida”, lançado pela Revista Afirmativa.

A iniciativa premiará reportagens inéditas de jornalistas recém-formados e estudantes de jornalismo. Os três primeiros colocados serão premiados com R$ 2.000.00, R$1.200 e R$500,00, respectivamente, e terão seus textos publicados no portal da revista. Já o material selecionado em primeiro lugar também será veiculado na edição impressa, que terá 50% de sua tiragem distribuída gratuitamente em cursos pré-vestibular comunitários e articulações de jovens negros da Bahia.

Os apaixonados por séries tem a oportunidade de criar seu próprio roteiro e participar de todas as etapas de produção de uma vídeo-série, lançada no Youtube. Os proponentes das primeiras três propostas selecionadas passarão por oficinas de mídia livre, produção audiovisual e telejornalismo. A iniciativa contempla uma bolsa auxilio durante a realização do projeto.

“Na imprensa convencional temas como auto de resistência, violência obstétrica, protagonismo da mulher negra, costumam ser negligenciados. Iniciativas como este Prêmio, permitem que estes grupos ‘esquecidos’, ocupem o lugar de fala, o que inclusive é marca em nossa Revista” explica Jonas Pinheiro, um dos editores da Afirmativa.

As inscrições podem ser realizadas até o dia 15 de dezembro deste ano no site da Revista Afirmativa . O projeto é financiado pelo Fundo Brasil de Direitos Humanos e tem apoio do Odara Instituto da Mulher Negra e do coletivo de cinema negro Tela Preta. Confira os editais:

PRÊMIO DE JORNALISMO REVISTA AFIRMATIVA: A JUVENTUDE COMUNICA O DIREITO A VIDA

SELEÇÃO AUDIOVISUAL REVISTA AFIRMATIVA

CAMPANHA –  No período que antecedeu o fim da escravidão no Brasil, o jornalismo já era utilizado na luta pela abolição, através de pasquins.  Este é um dos principais registros do inicio das produções de mídia negra no país.

Hoje nas TVS, rádios, revistas, jornais e plataformas digitais, o compromisso na luta pela possibilidade de acesso a um jornalismo polifônico e auto representativo continua.  A frente do projeto “A Juventude Comunica o Direito a Vida”, a Revista Afirmativa é um coletivo de mídia negra criado em 2013, que protagoniza ações sociais pelos direitos da juventude, direito à livre comunicação e à cultura.

“Ao longo da história, década por década, atualizamos as formas de produzir, compartilhar, noticiar. Em tempos em que o ódio racista, classista, fundamentalista cristão investe tudo contra nossa humanidade, as mídias negras e livres precisam estar cada vez mais fortalecidas”, é o que enfatiza Alane Reis, coordenadora do projeto.

A campanha de divulgação do projeto celebra a atuação de comunicadores negros. André Luís Santana, Camila de Moraes, Jamile Menezes, Juliana Dias, Luciane Neves, Maíra Azevedo, Midiãn Noelle, Mônica Santana, Monique Evelle, Naiara Oliveira, Rita Batista, Vânia Dias e Yuri Silva são os profissionais que compartilharam suas imagens, trajetórias e opiniões para fortalecer e dar vida a iniciativa.

“Todo jornalista tem o dever de combater o racismo e todas as formas de preconceito que têm matado os nossos jovens. Isso não é militância política pura e simples como já tentaram depreciar essa ação ao longo do tempo, mas o compromisso com a sua ética profissional e responsabilidade social”,  afirma Cleidiana Ramos,  que atua como jornalista do projeto Flor de Dendê.

Opinião semelhante compartilhada pela jornalista Midiã Noelle. “Ser jornalista é uma tarefa árdua, desafiante, que requer ética e foco para garantir que as informações sejam transmitidas de forma correta e coerente à população. E ser jornalista negro nos dá o diferencial de lutar por direitos e, contra o racismo, a partir da nossa própria percepção e sobrevivência cotidiana”, conclui.

Acompanhe a campanha pelo Facebook e Instagram @revistaafirmativa

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