Angela Davis lançou recentemente no Brasil, o livro “Mulheres, Raça e Classe”. A autora de um dos maiores clássicos do feminismo negro no mundo, tem uma trajetória pessoal que se funde com sua vida política e acadêmica.
Conhecida mundialmente por seu cabelo black power e sua luta pela liberdade dos negros e negras, Angela Davis figura entre os principais nomes da filosofia desde a segunda metade do século passado.
Filósofa, ativista, professora e intelectual, seu pensamento foi fundamental para a delimitação do campo do feminismo negro em nosso país. Esse encontro visa apresentar seu pensamento de maneira mais ampla, partindo de categorias da filosofia como liberdade, racionalidade e opressão para, em seguida, realizarmos uma discussão sobre a obra “Mulheres, Raça e Classe”.
Gabriela Mendes Chaves
Economista formada pela Pontifícia Universidade Católica é integrante do Nepafro – Núcleo de Pesquisa e Estudos Afro-Americanos. Dedica-se a pesquisas relacionadas à formação do sistema capitalista, economia Brasileira, feminismo negro, dentre outros. Também possui experiência no mercado financeiro e de capitais.
Jaqueline Conceição
Indicada em 2016, como uma das 30 mulheres mais influentes do ano, pela revista Feminista Think Olga, é graduada em Pedagogia (2009) pelo Centro Universitário São Camilo, é Mestre em Educação: História, Política, Sociedade (2014) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Articuladora do Coletivo Di Jejê, pesquisa a luz da Teoria Critica da Sociedade, especialmente as contribuições de Herbert Marcuse, Theodor W. Adorno e Angela Y. Davis. Possuiu publicações sobre gênero, funk, juventude, racismo, sistema prisional e políticas sociais (artigos autorais e traduções) em revistas científicas e revistas de circulação não acadêmica.
Serviço:
Angela Davis e o Feminismo Negro no Brasil
26/03
DOM15H ÀS 18H*
Local: SESC Pinheiros
Rua Paes Leme, 195, Pinheiros SAO PAULO Local: Arquibancada, Espaço Expositivo (2º andar)
Patrícia Santos de Jesus, da Empregueafro atua em Recursos Humanos há 17 anos.
O mercado de trabalho para afrodescendentes é extremamento complexo. Seja por conta do racismo, falta de oportunidades ou até mesmo carência de orientação sobre quais rumos tomar na carreira.
Nesse 21 de março. Dia internacional de luta contra a discriminação racial a Empregueafro, principalmente empresa de recrutamento especializado em inclusão de pessoas negras, fara uma live, na sua página no Facebook para falar sobre Carreira e Empregabilidade
Confira mais detalhes:
*LIVE NO FACEBOOK DA EMPREGUEAFRO
BATE-PAPO SOBRE CARREIRA E EMPREGABILIDADE*
com a executiva da Empregueafro
Patrícia Santos de Jesus, atua em Recursos Humanos há 17 anos. Ampla experiência em recrutamento e seleção, treinamento e desenvolvimento de profissionais. MBA em Administração, Pós em Gestão de Pessoas, graduação em Pedagogia.
Assuntos:
– Dicas sobre processo seletivo de estagiário e trainee
– Contexto da diversidade étnico-racial nas empresas
– Depoimento de uma recém-contratada num cliente da Empregueafro
Na imagem, detalhe da obra: adalena dos Santos Reinbolt
Sem título
Séc XX
Bordado
Nos domingos do mês de Março, sempre às 14 horas, o Núcleo de Educação do Museu Afro Brasil realiza a visita temática “Mulheres Negras”.
Silenciadas e por vezes esquecidas pela história oficial, os visitantes serão direcionados a perceber a importância e a contribuição histórica de mulheres pintoras, escritoras, líderes religiosas, entre outras personagens fundamentais em nosso país.
Para participar, é necessário chegar com 15 minutos de antecedência ao horário programado e procurar o setor de acolhimento.
Aos domingos, o ingresso é cobrado. Consulte os valores e política de gratuidade em nosso site: www.museuafrobrasil.org.br
No dia 15 de março (quarta-feira), Larissa Lisboa, doutoranda em Letras pela USP, conduz o bate-papo Autoras africanas: Poesia e resistência, a partir das 19h, no espaço Tapera Taperá, na Galeria Metrópole, no Centro de São Paulo. A proposta é apresentar aos participantes as produções literárias, no campo da poesia, de mulheres dos países africanos de língua portuguesa (Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe), durante o período colonial e também no pós-independência.
Serão discutidas as produções de autoras que já fazem parte do cânone literário, a exemplo de Paula Tavares e Noémia de Souza, e também escritoras pouco lembradas pela crítica, mas de fundamental importância para a historiografia de seus países, como Deolinda Rodrigues, Ana Branco, Odete Semedo, entre outras.
“Ótima oportunidade para aqueles que queiram conhecer um pouco mais sobre as literaturas africanas de autoria feminina, para aprendizado ou troca de experiências”, comenta Larissa.
Sobre a realizadora
Larissa Lisboa é formada em Letras pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), especialista em Educação para as Relações Étnico-raciais e mestra em Estudos de Literatura, ambos pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Atualmente é doutoranda em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa pelo Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas (DLCV) da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), Universidade de São Paulo (USP).
SERVIÇO:
AUTORAS AFRICANAS: POESIA E RESISTÊNCIA
Por Larissa Lisboa
Data: 15 de março (quarta-feira)
Horário: 19h– às 22h
Local: Tapera Taperá | Galeria Metrópole | Av. São Luís, 187, 2°Andar | Loja 29
“O casal imbatível”. Esse é o título da capa da revista Veja que traz os atores Taís Araújo e Lázaro Ramos como destaque. A reportagem sobre o o casal negro mais famoso do Brasil é fruto de seis horas de entrevistas com eles e familiares, feitas pelo editor de cultura da publicação, Marcelo Marthe que passou quase uma semana convivendo com os protagonistas de Mister Brau.
“Levantamos coisas bem íntimas, como detalhes do namoro de Taís com o pagodeiro Netinho e a rotina de um casal que as vezes tiram umas 200 selfies por dia”, diz o jornalista.
Na apresentação sobre a reportagem na página da Veja, os jornalistas comentam a militância leve do casal, que não tem o “rancor e chatice da militância tradicional”, de acordo com eles. Vamos esperar que a matéria faça jus a trajetória de Lázaro Ramos, que só no Programa Espelho, está ha 11 anos levantando questões essenciais sobre o racismo para TV e dando voz para grandes nomes da comunidade negra brasileira do meio artístico ao acadêmico.
Na versão mobile de Veja, o leitor poderá assistir um Quiz com o casal, que responderam questões de um sobre a outro, que resultou, de acordo com Marthe, em uma “DR ao vivo”.
A revista chega ás bancas nesse final de semana de Carnaval.
Carnaval tá aí e você perdidona sobre como se maquiar e arrumar o crespo para os dias mais animados do calendário nacional? Felizmente o Youtube está bombando de mulheres maravilhosas que compartilham seu conhecimento sobre beleza conosco, simples mortais.
Selecionados três divas de beleza negra do Youtube que te darão dicas preciosas para você arrasar na avenida, na rua, no clube, no bloco, para o seu boy ou sua mina.
Se joga:
Negra Rosa de cabelo colorido sem tintura ou tonalizante.
Patrícia Avelino ensina passo a passo de um make mega elaborado inspirado no Candy Unicorn
Tem tranças e quer fazer algo diferente todos os dias do carnaval? Se liga nesse tutorial da Jacy July
Curta o carnaval esbanjando beleza com responsabilidade. Se beber não dirija e não saia de casa sem camisinha.
Deu no New York Times. Rihanna não levou nenhum Grammy para casa esse ano, mas seu trabalho e investimentos em estudos de combate ao câncer e projetos de educação e cidadania renderam à artista de Barbados o título de Humanitária do Ano conferido pela Harvard, uma das mais prestigiadas universidades do planeta.
“Rihanna criou um centro de oncologia e medicina nuclear para diagnosticar e tratar câncer de mama no Hospital Queen Elizabeth em Bridgetown, Barbados”, disse S. Allen Counter, diretor da Fundação Harvard.
“Ela também criou o Programa de Bolsas de Estudo da Fundação Clara e Lionel [nomeado para sua avó e avô] para estudantes que frequentam uma faculdade nos Estados Unidos de países caribenhos e apoia a Parceria Global para a Educação e o Projeto Cidadão Global, uma campanha plurianual que fornecerá crianças Com acesso à educação em mais de 60 países em desenvolvimento, dando prioridade às meninas e às pessoas afetadas pela falta de acesso à educação no mundo de hoje “.
Rihanna aparecerá no campus da Universidade de Harvard em 28 de fevereiro para aceitar o prêmio, que foi dado em anos anteriores a Malala Yousafzai, James Earl Jones e Arthur Ashe, entre outros. Caso você seja estudante da Harvard e tiver por lá, poderá ver a musa pop receber o prêmio, sem pagar nada.
Beleza, talento musical, senso de moda invejável, mas sem perder a consciência do seu poder e responsabilidade com mundo. Parabéns Rihanna.
Sim, negros também gostam de viajar e o racismo não dá trégua nem nesses momentos de lazer. Pensando nesse público que ainda enfrenta dificuldades mesmo tendo pode aquisitivo, o projeto Diaspora.Black, um start up negra, quer conectar anfitriões e viajantes para oferecer serviços de hospedagem e experiências afro-centradas em diferentes cidades da diáspora africana.
Se engana quem acha que no mundo virtual a cor não importa quando falamos de turismo. Plataformas de hospedagens que visam ajudar quem prefere ficar hospedado em casas, do que em hotéis e fazem esse “meio campo” entre turistas e anfitriões, têm acumulado denúncias de racismo. Nos EUA, país com uma classe média negra consolidada, se um pessoa de nome tipicamente afro-americano usar Airnbnb, o principal site para buscar acomodações da atualidade, ela tem 16% à menos de chance de ser aceita comparada à um candidato branco, de acordo com um estudo da Universidade de Harvard.
Negros brasileiros na estrada
Muito além de facilitar hospedagens para negros o projeto Diáspora Black, que já possui demanda de cadastro em diferentes cidades de dez países, como França, Itália, EUA, Espanha, Nigéria, Inglaterra, Peru, México e Bolívia, além do Brasil quer que seus clientes compartilhem suas experiências e produzam conteúdo para plataforma, por meio de textos, fotos e vídeos.
“É uma forma de valorizar as produções, o olhar e o saber de cada comunidade, ao mesmo tempo em que difunde o conhecimento sobre a participação de nossos ancestrais na construção social e histórica de cada lugar. Isso inspira outras pessoas a viajar e a reconhecer a trajetória da população negra, fortalecendo suas identidades”, afirma um dos colaboradores da rede, o jornalista Antonio Pita.
Se precisamos de representatividade para nos motivar nada melhor que ver nossos pares desfrutando de tudo de melhor que o mundo oferecer.
Ajude o projeto
Os sócios do projeto convidam a comunidade à contribuir com doações para a implementação e ampliação do projeto. Nessa primeira etapa eles precisam de R$ 15.000, mas a partir de r$ 15 reais você já pode ajudá-los. A captação de recurso está sendo feita pela plataforma de financiamento coletivo Benfeitoria. Confira abaixo mais sobre o projeto e quem está por trás dele.
Nji gênio auto-didata que mudou para casa dos primos para usar a Internet e venceu competição internacional
Nji Collins Gbah, um jovem estudante de 17 anos, vivia em Bamenda e aprendeu a programar computadores sozinho, fato impressionante por si só, mas que se tornou uma história digna de filme. Dois anos após adquirir conhecimentos de programação de forma auto-ditada, ele foi o vencedor do Google Code-in 2016, uma das principais competições de programação do mundo.
O curioso é que o jovem que foi o primeiro africano (ele é de Camarões) a ganhar o concurso, não tinha Internet em casa e teve que se mudar para casa dos primos onde ele estudava por meio de livros online.
Usando seus conhecimentos, Nji entrou no concurso, levando uma semana para fazer seu primeiro trabalho para a competição. Ao fim das inscrições do Google Code-in 2016, o estudante já havia entregado 20 trabalhos, em todas as cinco categorias do evento.
Nji Collins Gbah é o primeiro africano a conseguir o Grande Prêmio na competição
Depois do cortes ao acesso à Internet, ocorrido por desavenças entre as regiões norte e sul da República de Camarões, toda a região está sem acesso a rede de computadores desde 17 de janeiro.
Foi pouco depois disso que Nji recebeu as boas notícias: ele foi um dos 34 ganhadores do Grande Prêmio do concurso da Google. A recompensa por tudo isso? Cada um deles vai passar quatro dias na sede da Google, no Vale do Silício, em junho deste ano.
“Fiquei muito, muito surpreso. Isso queria dizer que todo o trabalho que tive escrevendo um monte de códigos realmente valeu a pena”, contou ele ao jornal BBC.
Quanto à ideia de ir morar com seus parentes na capital do país? A resposta, obviamente, era ter acesso à internet – afinal, convenhamos que um programador sem isso não tende a ir muito longe. “Eu queria ter uma conexão para poder continuar estudando e fazer contato com a Google”, contou ele.
Atualmente, Nji está dedicado a melhorar seus conhecimentos de inteligência artificial, redes neurais e deep learning – um ramo do machine learning (aprendizado de máquinas) que busca criar algoritmos para que máquinas aprendam com seus erros e façam melhores previsões de seus dados.
Trabalhar no Google é obviamente um dos seus sonhos de Nji. Levando-se em conta sua inteligencia e capacidade de superação, esse menino vai longe.
Parece que racismo no Brasil dá emprego e não é para vítima. Um caso exemplar é o de Patrícia Moreira, torcedora do Grêmio envolvida em ato racista contra o goleiro Aranha, em 2014, que foi contratada pela Central Única das Favelas (CUFA), que entendeu que ela de certa forma, também era vítima., já que todo racista, de acordo com a nota do MV Bill é um ser mal educado.
O jornalista Marcos Paulo Ribeiro, conhecido como “Marcão do Povo” que chamou a cantora Ludmila de macaca, ao vivo, no seu então programa Balanço Geral (DF),da Record, não ficou nem dois meses desempregado.
De acordo com o site Meio e Mensagem, o SBT emitiu comunicado informando a contratação do apresentador, mas não especificou sua função no novo emprego.
No comunicado, Marcão diz que sempre sonhou trabalhar na emissora. “Cresci vendo o SBT, que é uma emissora com a cara da família brasileira, a cara do Brasil”.
Silvio Santos acaba de contratar um racista aumentando o repertório de comentários e atitudes ofensivas à comunidade negra. E há quem o ache um gênio midiático.