No dia dos professores, celebrado nesta quinta (15), Gilberto Gil participa de uma live para falar sobre arte, educação e racismo. O evento será promovido pelo canal oficial do Instituto Arte Escola no YouTube. A partir das 17h, o cantor e compositor baiano debate a importância da arte na educação e também sobre um assunto bastante falado atualmente: educação antirracista.
Há mais de 30 anos, o Instituto Arte na Escola (IAE), qualifica, incentiva e reconhece o ensino da arte na Educação Básica brasileira. Defende que a arte é um objeto do saber, que desenvolve nos alunos habilidades perceptivas, capacidade reflexiva e incentiva a formação de uma consciência crítica, não se limitando à autoexpressão e à criatividade.
Desde 1989, promove de formação continuada para professores do Brasil por meio quatro iniciativas permanentes: organização de polos em universidades que formam a Rede Arte na Escola; parcerias e projetos aprovados em leis de incentivo; produção e distribuição de materiais educativos para subsidiar os educadores e realização do Prêmio Arte na Escola Cidadã.
A Unilever está com inscrições abertas para o programa de trainees PARATODES. Como o próprio nome do programa indica, a iniciativa tem foco em diversidade, incentivando a candidatura de pessoas negras, LGBTQIA+ e com deficiências. A proposta do processo seletivo inclusivo é fortalecer o quadro de colaboradores com pluralidade, reforçando o diálogo com candidates de todos os estados, origens e instituições de ensino.
As inscrições vão até o dia 20 de outubro pelo site www.unileverparatodes.com.br, que atende todas as Diretrizes de Acessibilidade para Conteúdo Web (WCAG 2.1). O processo seletivo será 100% digital e o conhecimento de língua estrangeira (inglês ou espanhol que normalmente são exigidos) não é necessário. Este critério também é válido para os programas de Estágio e Senhor Estagiário Unilever 2021, que estão com as inscrições abertas no mesmo site.
Quem concluiu ou vai concluir um curso tecnólogo ou graduação entre dezembro de 2018 e dezembro de 2020, pode se inscrever no trainee. Todas as áreas de formação e instituições são aceitas, podendo se candidatar para Marketing, Finanças, Supply Chain, Tecnologia da Informação, Vendas e Recursos Humanos. A partir da cultura de flexibilidade da Unilever, trainees terão a oportunidades de rotação, ou seja, é necessário a disponibilidade de residir em outras cidades e estados.
Evento online reúne colaboradores para tirar dúvidas
No dia 15 de outubro, acontece o #UnileverSemDúvida, evento online com colaboradores da Unilever. O objetivo da atividade é conversar com o público interessado nos programas de entrada, contar como é trabalhar na companhia e dicas para as próximas fases dos processos. Serão cinco lives transmitidas gratuitamente pelo canal Carreiras Unilever, no YouTube.
Confira a programação: 10h – Estagiáries 12h – Grupos de afinidades 15h – Senhor Estagiário 17h – Trainee 19h – #ParaMandarBem com todo o nosso time de RH.
A tão esperada sequência do clássico de Eddie Murphy está passando por mudanças antes do lançamento do filme. Um Príncipe em Nova York está mudando da Paramount para a Amazon Studios. A Paramount vendeu a sequência para a Amazon em um acordo supostamente de US $ 125 milhões em meio ao impacto da pandemia do COVID-19.
Segundo a Variedade, os detalhes finais ainda estão sendo elaborados, incluindo campanhas de marketing ao consumidor. Espera-se que negócios com o McDonald’s e a Crown Royal levem o filme à Amazon.
SOBRE O FILME
O primeiro “Um Príncipe em Nova York” de 1988, teve Murphy como o encantador príncipe africano Akeem, que viajou para a cidade de Nova York para escapar de um casamento arranjado. O filme arrecadou quase US $ 300 milhões nas bilheterias mundiais.
Na sequência do filme, o Príncipe Akeem se tornará rei do país fictício de Zamunda quando descobre que tem um filho que nunca conheceu nos Estados Unidos- um nativo do Queens -. Para honrar o desejo do ex-rei de preparar seu neto como príncipe herdeiro, Akeem e Semmi voltam para os Estados Unidos. Murphy, Hall e Jones estão reprisando seus papéis.
LANÇAMENTO
Por conta da pandemia do Covid-19 acabou mudando as datas de lançamento de vários filmes de 2020 do estúdio da Paramount. No caso do Príncipe em Nova York 2, ainda não se sabe a situação do lançamento com a mudança para Amazon Studios até o momento, o filme continua com a data confirmada para dezembro.
Nesta terça-feira (13), Stevie Wonder aproveitou a ocasião do 36º aniversário de seu segundo filho mais velho, Mumtaz Morris, para realizar algo inédito. Com um espírito de celebração, ele lançou duas músicas ao mesmo tempo: “Can’t Put It in the Hands of Fate”, com as colaborações de Rapsody, Cordae, Chika e Busta Rhymes, e “Where Is Our Love Song”, que traz a participação de Gary Clark Jr. Ambas as canções, que foram escritas e produzidas por Stevie Wonder, já estão disponíveis em todas as plataformas digitais e de streaming.
Stevie Wonder é uma das figuras mais célebres e icônicas da música popular. Aos 12 anos, ele foi o artista mais jovem a alcançar o primeiro lugar com a música “Fingertips, Part 2” e também o primeiro a alcançar simultaneamente o topo das paradas Billboard Hot 100, R&B Singles e Album Charts. Até o momento, ele acumula 49 singles no Top 40, 32 singles número 1 e vendas mundiais acima de 100 milhões de unidades.
As músicas fornecem inspiração para os desafios globais de hoje. “Can’t Put It In the Hands of Fate” apresenta quatro dos artistas visionários do hip-hop: a estrela em ascensão Rapsody, o indicado ao GRAMMY® Cordae, o aclamado Chika e o onze vezes indicado ao GRAMMY® Busta Rhymes. A colaboração de Stevie com artistas de outros gêneros e gerações simplifica o poder da necessidade de ação exigida pela música. Ouça e baixe aqui: https://umusicbrazil.lnk.to/CPIITHOFPR .
“Where Is Our Love Song”, que traz a participação do guitarrista vencedor de quatro GRAMMYs® Gary Clark Jr., identifica o que é necessário enquanto o mundo luta seus desafios históricos, colocando a questão “Onde estão nossas palavras de esperança, oração pela paz e nossa canção de amor tão desesperadamente necessária?”. Ouça e baixe aqui: https://umusicbrazil.lnk.to/WhereIsOurLoveSongPR .
Tudo e todos foram afetados pelo Covid-19, especialmente as comunidades carentes não-brancas. Todos os lucros de Stevie com os royalties da faixa “Where Is Our Love Song” serão doados para Feeding America (ONG norte-americana que alimenta mais de 46 milhões pessoas).
“Nestes tempos, estamos ouvindo os mais pungentes gritos e precisamos despertar esta nação e o mundo. Por favor, atendam à nossa necessidade de amor, paz e unidade”, declarou Stevie.
“Eu sou a preta que tu come e não assume (…), por acaso, eu não sou uma mulher?”. Os versos certeiros da música “Ain’t I A Woman?” ajudam a resumir o grito que “Bom mesmo é estar debaixo d’água”, segundo CD de Luedji Luna traz. Com sua voz doce e marcante, a cantora baiana fala de amores e desamores, além de cantar a mulher negra como musa. São 12 músicas entre inéditas, poema de Conceição Evaristo, recitado pela própria escritora, e uma canção de Nina Simone que falam sobre a humanidade da mulher negra por meio do amor.
A música tema do disco “Bom mesmo é estar debaixo d’água” é leve, dançante e poética e gruda fácil na cabeça. “Goteira” fez parte de uma gravação de voz e violão que já tem mais de 600 mil views no Youtube. As demais canções são novas e esbanjam nos arranjos que remetem ao jazz. Sai a percussão que era a base do primeiro CD “Corpo no mundo” e entra a bateria, o sopro e instrumentos de cordas. O novo CD não tem nenhuma música solar e que poderia se transformar num hit dançante como era “Banho de Folhas” no primeiro álbum. Luedji firma-se com o novo trabalho como expoente da nova MPB, música preta brasileira, com mistura de jazz, reggae e sons africanos.
Parte do novo CD foi gravado no Quênia. “Arrisquei bastante na sonoridade. Fui para África em busca disso. Deixei músicos livres a partir de sua sonoridade. São músicos instrumentistas do jazz. As células da bateria são ritmos bastante africanos”, considera. A cantora diz que ama estar no continente africano e que o Quênia é como Wakanda, o reino do filme Panteras Negras. “É chique, foda. Consigo me comunicar com as pessoas”, afirma.
Conceição Evaristo recitando “A noite não adormece nos olhos das mulheres” traz o tom de poesia-denúncia do disco. Luedji parece cantar com um sorriso de canto de boca e brinca com as palavras. “Eu danço na dança das tuas marês”, canta no refrão da música tema do disco. Em entrevista exclusiva ao Guia Negro, a cantora que acabou de dar a luz ao primeiro filho, diz que está vivendo a vida de dona de casa, mas com saudades da rua. A pandemia, segundo ela, contribuiu para que seja mãe em tempo integral. “Estou morrendo de saudades do palco, mas feliz que ainda não tive que me separar do baby”, divide.
Histórias de amores e desamores
A cantora ressalta que o CD traz canções de várias paixões, de vários amores, produzidas nos últimos três anos enquanto percorria o Brasil e o mundo cantando o primeiro CD. “São músicas feitas pós-verão em Salvador ou em Salvador, no avião. Tem uma série de histórias em cada letra”, conta. Luedji diz que quis mostrar seu lugar de mulher negra, bissexual, uma vez que há pouco repertório de mulheres negras falando por si mesmas dos próprios sentimentos. “Há apagamentos de vivências amorosas e afetivas. É muito difícil de ver retratado na cinematografia a mulher negra sendo amada, sendo musa, falando em primeira pessoa. Quero construir esse imaginário”, reivindica.
“Bom mesmo é estar debaixo d’água” é um disco mais maduro, segundo a cantora, e que fala mais sobre ela, sobre o “nós, mulheres negras”, e traz seus causos e histórias. Trazendo como referência a água, elemento ligado às emoções e a Oxum, orixá africano ligado ao amor e a maternidade, o disco é fluído, com canções que dialogam entre si e que apresentam múltiplas vozes pretas e femininas acerca do tema. A canção “Manto da noite”, por exemplo, foi composta em homenagem a “uma mulher preta retinta”. Já “Lençóis” é de co-autoria da escritora Cidinha da Silva e conta com a participação da poeta brasiliense Tatiana Nascimento
A cantora diz que o disco não fala apenas sobre “solidão da mulher negra”, mas sobre desejo, sexo, desamor. “É um mergulho sobre esse sentimento. Um disco denso, cantar essas músicas me custa muito. É reviver essas experiências”, diz. A busca, segundo ela, é tirar o amor do lugar de clichê, apesar de admitir que ele também é isso, mas com proposta de discutir a humanidade, a partir do dar amor e da ausência de recebê-lo. “Reafirmar a humanidade da mulher negra. Somos seres dignos de sermos amadas”.
A música “Ain’t I A Woman?” foi composta para um homem que repetia o padrão de querer apenas sexo e não avançar para o relacionamento. “É uma crítica a esse lugar da objetificação, mulher negra só como corpo. Uma relação que não consegue se desenvolver. Não tenho nada contra sexo casual, adoro, mas se tivesse uma variável… Era muito a repetição desse padrão de ser a preta que todo mundo come e ninguém assume”, dispara.
Na música “Origami”, um instrumento de Madasgacar chamado marvan, utilizado pela tribo Masai, de onde vem um grupo que canta no fim da canção, “carimba” o passaporte africano do disco. A produção é um dos exemplos de que música é linguagem universal, uma vez que não tinha músicos brasileiros no estúdio.
A gravação ocorreu no início da gestação da cantora, que diz que sempre quis fazer música para o mundo. “Música está nesse lugar da universalidade”, reforça. Com o novo filho musical no mundo, Luedji quis trazer um pouco de leveza para esse 2020 tão difícil. “Cogitei adiar o lançamento para 2021, mas acho que merecemos um pouco de alívio”. E “Bom mesmo é estar debaixo d’água” traz isso.
Durante sua viagem para o Maranhão, o ator Rafael Zulu conheceu um dos destinos mais cobiçados do estado por muitos famosos justamente pela tranquilidade do local: O vilarejo de Atins. Ao lado da noiva, ele conheceu também o centro histórico de São Luís e agora segue para outros municípios e vilarejos como Vassouras, Barreirinhas e Caburé.
“Eu já vim ao Maranhão muitas vezes trabalhando com peça e com o Tardezinha, é um destino que venho bastante a negócios, mas sempre é um prazer. Dessa vez vim só para passear e pra apresentar esse lugar a essa mulher linda com quem compartilho a vida. Eu já tinha vindo aos lençóis mas não conhecia os cantinhos daqui. Hoje fomos a Vassouras, que eu não conhecia e que é incrível, depois parei em um outro pontos onde tinham umas dunas onde rola um encontro do rio com o mar e agora estou em Atins, ou seja, vou sempre querer voltar porque tem sempre uma coisa nova a se fazer por aqui. Mais do que nunca acho que está na hora do Brasileiro olhar para o Brasil e conhecer, óbvio que com responsabilidade, esse tesouro que a gente tem. Costumo brincar que o Brasil humilha os os países de fora“, disse.
No sábado (10), ele publicou uma das fotos do ensaio fotográfico que fez em Atins e se direcionou aos seus amigos e irmãos pretos. “Aos meus amigos, irmãos e seguidores pretos: Nunca permita que alguém diga que você não é lindo. Vocé é, nós somos. Taca um sorriso agora no rosto, vai pra rua GIGANTE e certo de que vc é FODA! Bom sábado com esse sorriso LINDO que tá aí na foto“, escreveu em legenda de foto postada no Instagram.
“Cabeças da periferia” mostra como personalidades constroem narrativas e mobilizações a partir da cultura e da comunicação
A coleção Cabeças da Periferia trazentrevistas com artistas-ativistas das periferias que transformam, com seu trabalho e mobilização, seus entornos e a conexão com o mundo. Os primeiros três livros apresentam, cada um deles, o comunicador Rene Silva, fundador do Voz das Comunidades, o escritor Jessé Andarilho, autor de Fiel (Objetiva, 2014) e Efetivo variável (Alfaguarra, 2017), e a dançarina e pesquisadora Taísa Machado, criadora do Afrofunk. Como protagonistas de suas próprias narrativas, eles revelam o que pensam e como criam, falando de seus projetos e ativismos, realidades e ações transformadoras.
A coleção, que conta com a organização de Marcus Faustini, escritor e idealizador da Agência de Redes para a Juventude, traz a cada livro entrevistas conduzidas por Faustini com a participação de comentadores como Julio Ludemir, Rôssi Alves, Fred Coelho, Paulo Sampaio, Isabel Diegues, entre outros, convocados para esquentar as conversas. Partindo de como cada um dos personagens narra a si mesmo, somos apresentados ao que pensam de cultura, ativismo, circulação na cidade, refletindo sobre o território, a criação, sobre como afetam e provocam suas comunidades e qual a expectativa com a produção de suas práticas. As capas, são fruto da obra de Maxwell Alexandre, artista visual carioca.
Criado no Morro do Adeus, Rene Silva é um dos empreendedores brasileiros listados na #ForbesUnder30 e um ativista reconhecido internacionalmente. No livro, ele narra sua trajetória e como foi criar com apenas 11 anos o jornal Voz das Comunidades, veículo de comunicação comunitária que hoje atua em 14 comunidades cariocas informando sobre o dia-a-dia e as necessidades das favelas, articulando moradores e criando pontes.
“Nosso maior objetivo é trazer melhorias, levar melhorias para dentro das favelas, onde a gente exerce um papel de conectar. Conectar a favela com o asfalto, a favela com o governo, ser essa ponte”, comenta Rene.
Já Jessé Andarilho, nascido no bairro de Lins e criado em Antares, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, escreveu seu primeiro livro, Fiel (Objetiva, 2014), de forma nada convencional: no bloco de notas do celular nas viagens de trem de Santa Cruz à Central do Brasil. Desde então, publicou vários títulos, profere palestras Brasil afora, criou o Marginow— um sarau de poesia, slam e rap —, e administra uma biblioteca comunitária em Antares. “Tudo eu penso na troca. Pra quem não conhece a realidade da favela e lê o livro, eu tô mostrando um universo novo pra essa pessoa. E pra quem já é da favela e conhece o universo, eu tô mostrando esse universo de outro jeito”, diz Andarilho reforçando seu propósito.
Taísa Machado, a Chefona Mermo, cresceu entre a Pavuna e São João de Meriti e está à frente do Afrofunk. Por meio do projeto de dança são oferecidas oficinas que mesclam funk, twerk, dança afro e outros movimentos afrocentrados ancestrais, além de debates sobre o lugar da mulher na sociedade, suas relações com o corpo, a sensualidade e a cultura que nasce nas periferias. “Eu estudo a ciência milenar de mexer com os quadris. E vai desde as perspectivas ancestrais até as músicas histericamente sexualizadas da cena contemporânea. Essas, particularmente, eu adoro, sendo que o funk é a minha preferida. As mulheres rebolam, e isso não é vanguarda, isso não é um privilégio do tempo presente, é um fato”, justifica Taísa.
É por meio destes três primeiros livros da coleção Cabeças da periferia, que descobrimos quais as estratégias de criação e ativismo, e como, através da arte e cultura, esses personagens atuam.
Ficha técnica
Título: Jessé Andarilho, a escrita, a cultura e o território
Organização: Marcus Faustini
Entrevistado: Jessé Andarilho
Comentadores: Julio Ludemir, Rôssi Alves, Isabel Diegues
Número de páginas: 96 páginas
ISBN: 978-65-5691-007-9
Formato: Brochura
Dimensões: 13×19 cm
Preço: R$32
Editora: Cobogó
Ficha técnica
Título: Rene Silva, ativismo digital e ação comunitária
Organização: Marcus Faustini
Entrevistado: Rene Silva
Comentadores: Paulo Sampaio, Fred Coelho, Isabel Diegues
Número de páginas: 88 páginas
ISBN: 978-65-5691-009-3
Formato: Brochura
Dimensões: 13×19 cm
Preço: R$32
Editora: Cobogó
Ficha técnica
Título: Taísa Machado, o Afrofunk e a Ciência do Rebolado
Primeiro bloco afro do Brasil, Ilê Aiyê — Foto: Divulgação/SecultBA
O longa-metragem de Betão Aguiar conta com muita religiosidade, ancestralidade, poder, musicalidade, dança e estética. O filme foi gravado durante o carnaval baiano, e acompanha os bastidores de alguns dos tradicionais terreiros de candomblé de Salvador, que deram origem aos principais blocos afros da cidade: Bankoma, Cortejo Afro e Ilê Ayê.
O filme mergulha por completo no universo do carnaval baiano, se atentando aos detalhes que permeiam os preparativos e as preparações durante os seis dias de festa, visitando de perto a beleza, a musicalidade, a alegria e a fé das pessoas envolvidas. O longa também aborda os desafios e a realidade paradoxal que não fica visível na avenida e as ferramentas utilizadas pelas comunidades afro-baianas para resistir e manter as mensagens vivas nos espaços dedicados ao chamado “carnaval do ouro negro”.
A produção de Betão Aguiar trata-se de um grande momento de visibilidade, em que é exibido todo o trabalho social que é desenvolvido ao longo do ano dentro dos terreiros, e que há décadas vem transformando a vida das populações dos bairros da Liberdade, Portão e Pirajá, onde atuam os blocos.
Os blocos afros em questão exercem papel fundamental na reapropriação cultural, enaltecem a negritude, a beleza, a história, a religiosidade, toda riqueza e força dos antepassados africanos e isso é abordado de forma poética no filme. “Samba de Santo – Resistência Afro-baiana”, nos mostra também esperança, ao transparecer o protagonismo da mulher, o respeito às questões de gênero e o acolhimento sem preconceitos de qualquer pessoa que precise de ajuda.
“Reconhecer estes mestres e grupos como agentes da cultura contemporânea e não com um olhar folclórico que os deixa fadados ao passado, nos faz perceber o quanto a nossa cultura é viva e está em constante transformação. E quanto precisamos aprender com eles nesse momento que estamos vivendo”, disse o diretor, indicando o tom político que o filme flerta em muitos momentos.
“Samba de Santo – Resistência Afro-baiana” faz parte do acervo ‘Mestres Navegantes’, projeto que Betão Aguiar iniciou há dez anos ao pesquisar e registrar a cultura popular brasileira pelo viés da música.
O longa-metragem conta ainda com depoimentos de Mameto Kamurici, Vovô do Ilê, Dete Lima, Val Benvindo, Vivaldo Benvindo, Aloisio Menezes, Veko Araujo, entre outros personagens integrantes dos grupos.
O projeto tem patrocínio da plataforma Natura Musical.
O ator de 86 anos deu entrada nesta segunda-feira (13) na Clínica São Vicente no Rio, Milton se recuperou recentemente de um AVC que sofreu em fevereiro deste ano, e teve alta em maio.
Ainda não tem informações sobre o estado de saúde de Milton, procurada, a clínica informou que não poderia passar nenhuma atualização do quadro de saúde do ator sem a autorização da família. Segundo a filha de Milton, o artista está bem:
“Meu pai não passou mal. Ele está apenas fazendo exames e na quarta-feira volta para casa” explicou a filha de Milton, Catarina Gonçalves.
Milton Gonçalves foi visto nas telinhas pela última vez antes do AVC no especial ‘Juntos a magia acontece’ onde interpretou o Papai Noel.
Por aqui enviamos boas energias e ficamos na torcida para que permaneça tudo bem.
A Netflix anunciou nesta terça-feira (13) a produção do documentário AmarElo – É Tudo Pra Ontem, de Emicida, com animações, entrevistas e cenas de bastidores. Usando o show do rapper no Theatro Municipal em 2019 como espinha dorsal, o filme dirigido por Fred Ouro Preto explora a produção do projeto de estúdio AmarElo e, ao mesmo tempo, a história da cultura negra brasileira nos últimos 100 anos. Nele, estabelece-se um elo importante entre três momentos relevantes da história negra brasileira: a Semana de Arte Moderna de 1922; o ato de fundação do Movimento Negro Unificado (MNU), em 1978, pela valorização da cultura e de direitos do povo negro; e o emblemático espetáculo de estreia de AmarElo, que aconteceu no mês da consciência negra, novembro, em 2019.
“São quatro décadas que separam a nossa ascensão ao palco do Theatro Municipal do encontro das pessoas do MNU naquelas escadarias. Então subir ali e gritar ‘obrigado, MNU’ pro mundo é para que eles saibam que é da luta deles que nasce um sonhador como o Emicida“, diz o rapper. “Quando eu cheguei aqui, tudo era impossível, qualquer coisa que falávamos era tida como problemática e improvável de se realizar. Hoje, não é mais. E é dessa forma que quero que lembrem do meu nome no futuro, como alguém que sabia que o impossível era grande, mas não maior que si. O palco do Municipal abrigou alguns dos mais importantes movimentos da arte do planeta e acho que caminhamos para ser isso“, completa Emicida.
O documentário, de 90 minutos, tem lançamento confirmado para o dia 8 de dezembro de 2020. A Netflix e Laboratório Fantasma ainda terão um segundo projeto, que será lançado em 2021.
Laboratório Fantasma
A Laboratório Fantasma surgiu em 2009 pelas mãos de Emicida e do seu irmão, Evandro Fióti, com o objetivo de cuidar da carreira do rapper. Desde o começo, eles entenderam que o gerenciamento da trajetória de um artista não era apenas sobre lançar discos e fazer turnês, mas, sim, sobre construir uma visão de mundo e criar narrativas que se desenvolvam em torno de um estado de espírito (com a ambição de melhorar, para além do individual, comunidades, países e, posteriormente, o mundo). Foi assim que a empresa expandiu a sua área de atuação. Além de trabalhar a carreira de artistas como Rael, Drik Barbosa, Dona Jacira, Emicida e Fióti, a Laboratório Fantasma atua como uma plataforma de conteúdo transformador que serve de inspiração para o mercado nacional e internacional. Nesse propósito, vem deixando a sua marca na música, na moda, no audiovisual, na literatura, na sociedade e em todo projeto a qual se dedica.