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“Isso é engraçado? “: De forma doentia, pessoas brancas reproduzem cena da morte de Floyd em desafio George Floyd Challenge

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Um desafio on-line doentio, no qual as pessoas posam para fotos com um joelho no pescoço de um amigo, numa falsa reencenação da maneira como George Floyd morreu nas mãos dos policiais, está se espalhando pelas redes.

Nesta quarta-feira (3) os assassinos de Floyd tiveram a pena aumentada, o ex-policial Derek Chauvin, filmado com o joelho sobre o pescoço de George Floyd, teve sua acusação aumentada para homicídio em segundo grau (assassinato intencional não premeditado, quando o autor tem intenção de causar danos corporais à vítima) pelo promotor-geral de Minnesota, Keith Ellison. Os três demais policiais que também participaram da ação com ele serão detidos e receberam acusações de ajudar e favorecer homicídio em segundo grau.

O ator e comediante americano Marlon Wayans, compartilhou as fotos do challenge, onde pessoas brancas aparecem sorrindo e reproduzindo a forma como George Floyd foi assassinado. Na publicação, Marlon questionou: “Isso é engraçado? Eu não acredito”.

O desafio fez com que o Facebook removesse as postagens com a hashtag. Ao buscar pela #GeorgeFloydChallenge nenhum resultado é apresentado “estamos cientes e estamos removendo essas postagens por violar nossos padrões da comunidade”, disse um porta-voz do Facebook ao New York Post.

Vidas negras realmente importam para as marcas brasileiras?

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(Fonte: Divulgação)

Na últimas horas diversas marcas brasileiras se posicionaram publicamente nas redes sociais como apoiadoras do Movimento Black Lives Matter.

Muitas delas, apenas traduziram o posicionamento global da empresa para o português, e não se deram ao trabalho de pensar em algo personalizado para a realidade brasileira.

Se posicionar nesse momento é extremamente importante, já que as marcas fazem parte da criação do imaginário e da opinião de seus consumidores e exercem papel crucial na sociedade por conta disso.

A dúvida aqui é se elas possuem de fato compromisso com a negritude ou se estão apenas surfando na onda do oportunismo. E a resposta, nós infelizmente já sabemos.

Vidas negras realmente importam para as marcas brasileiras? Eu arrisco dizer que não.

Iniciativas como a Black Influence que trabalha com influenciadores negros, fizeram provocações nas redes para incentivar por exemplo, a contratação de profissionais pretos por essas marcas. Essa é uma ótima alternativa para valorizar esses perfis e se posicionar da maneira adequada, sem se apropriar do assunto que eles dominam.

https://www.instagram.com/p/CA-iPHYHhb6/?igshid=yjr164eqlsyg

Assassino de George Floyd tem acusação aumentada para assassinato em segundo grau, outros três policiais também foram acusados

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Foto: Reprodução CNN

O ex-policial Derek Chauvin, filmado com o joelho sobre o pescoço de George Floyd, teve sua acusação aumentada para homicídio em segundo grau (assassinato intencional não premeditado, quando o autor tem intenção de causar danos corporais à vítima) pelo promotor-geral de Minnesota, Keith Ellison.

Os três demais policiais que também participaram da ação com ele serão detidos e receberam acusações de ajudar e favorecer homicídio em segundo grau, segundo o advogado da família Floyd, Benjamin Crump. Thomas Lane, J. Kueng e Tou Thao tinham sido demitidos, mas não foram presos nem acusados anteriormente.

Chauvin tinha sido preso e acusado de homicídio culposo (sem intenção de matar) e assassinato em terceiro grau (quando é considerado que o responsável pela morte atuou de forma irresponsável ou imprudente).

George Floyd morreu em 25 de maio após ser prensado pelo joelho de Chauvin em Minneapolis. O ex-segurança, que era negro, foi alvo da operação policial em a ação que durou mais de oito minutos, e Floyd repetiu que não conseguia respirar, até que ficou inconsciente.

John Boyega se junta ao protesto: “É doloroso ser lembrado todos os dias que sua raça não significa nada”

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O ator John Boyega em Londres (Foto: Metro/UK)

John Boyega, astro de Guerras Nas Estrelas, é uma das celebridades negras da nova geração que mais se posicionam contra o racismo.

Nessa quarta, 3 de junho, ele se juntou aos milhares de ingleses que marcharam pedindo justiça e o fim de mortes de pessoas negras inocentes, vítimas da brutalidade policial.

No Hyde Park, em Londres,  o ator caminhou com o povo, mas também pegou o megafone e fez um discurso . Boyega chorou ao falar da tragédia que tirou a vida de George Floyd e tantos outros.

“Somos uma representação física de nosso apoio à George Floyd. Somos uma representação física do nosso apoio à Sandra Bland. Somos uma representação física do nosso apoio à Trayvon Martin. Somos uma representação física do nosso apoio à Stephen Lawrence”, disse emocionado.

O ator John Boyega em Londres (Foto: Metro/UK)

‘Hoje é sobre pessoas inocentes que estavam no meio do processo, não sabemos o que George Floyd poderia ter conseguido, não sabemos o que Sandra Bland poderia ter conseguido, mas hoje vamos garantir que isso não ocorra mais”.

Ele continuou, usando um megafone:“ Todo negro aqui se lembra de quando outro te lembrava que você era negro”.

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O ator John Boyega em Londres (Foto: Metro/UK)

O ator de Star Wars complementou: “Preciso que vocês entendam o quão doloroso é esse merda. Eu preciso que você entendam o quão doloroso é ser lembrado todos os dias que sua raça não significa nada”.

O ator acrescentou que era importante “manter o controle desse momento” e torná-lo o mais “pacífico e organizado possível”:

“Como eles querem que a gente estrague tudo, eles querem que fiquemos desorganizados, mas não hoje”, enfatizou Boyega

Crise afetou Nelson Sargento, que fará live em julho para angariar fundos para medicamentos e aluguel

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Nelson Sargento, ícone da Mangueira

O compositor Nelson Sargento, presidente de honra da escola de samba Mangueira, passa por dificuldades financeiras. Devido a pandemia do coronavírus, o baluarte do samba teve seus shows e eventos cancelados, prejudicando, assim, sua renda. Apesar da notícia na coluna de Ancelmo Gois, do O GLOBO, de que ele teria de vender seus bens, incluindo ternos e discos de vinil, sua assessoria de imprensa desmentiu, em contato com o site SRzd.

Nelson Sargento está precisando de receita, no entanto não passa necessidade com coisas essenciais. O compositor precisa de fundos para seus gastos com medicamentos e aluguel. Com isso, há a movimentação para uma live patrocinada em julho, mês em que o ícone mangueirense completará 96 anos.

Paulo Gustavo cede conta no Instagram para Djamila Ribeiro debater racismo

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O humorista anunciou na noite desta terça-feira (2), que a partir deste momento o seu Instagram será voltado para discutir questões raciais durante todo o mês. Para isso, ele cedeu o seu espaço com 13,5 milhões de seguidores para a escritora Djamila Ribeiro.

Dedicada em trazer à tona temas como feminismo e racismo, Djamila é autora dos livros “O que é lugar de fala” (2017) e “Quem tem medo do feminismo negro?” (2018).

“Gente, diante dessa realidade tão brutal, no mês de junho, meu instagram será totalmente dedicado a abordar as questão raciais no Brasil! Portanto, resolvi ceder minha conta do instagram a escritora e ativista Djamila Ribeiro, que vai trazer conteúdos muito importantes pra todos nós! Me sinto na obrigação de ajudar e o meu melhor posicionamento será de escutar e aprender! Vamos visibilizar as vozes que sempre falaram, mas não foram ouvidas! Vamos aprender juntos? Essa é uma luta de todas e todos! Conhecer e entender o racismo no país é nossa responsabilidade política! Ja li livros e artigos dela e acho ela uma genia! Estarei acompanhando essas aulas e voltamos a nos encontrar em julho! Obrigado Rainha Djamila, por topar entrar na minha conta e trazer histórias e conhecimentos que vão tocar e transformar milhares de pessoas”, escreveu Paulo Gustavo em publicação no seu Instagram.

Nascida em Santos, litoral de São Paulo, Djamila Taís Ribeiro dos Santos é uma filósofa, feminista negra, escritora, acadêmica brasileira e colunista da “Folha de S.Paulo”. Ela já foi secretária-adjunta da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo e atualmente coordena a coleção Feminismos Plurais, da editora Pólen.

Desenhos e Animações infantis com protagonistas negros

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Representatividade e diversidade são temas que tem sido pautados diariamente na luta pelo fortalecimento da identidade racial de pessoas pretas, nesse contexto, existe uma preocupação crescente com o tipo de conteúdo que crianças negras consomem, suas primeiras referências e como isso contribui para sua formação psíquica e desenvolvimento. Pensando nisso, aqui vai uma seleção de filmes e animações infantis disponíveis com protagonistas negros. Segue a lista:

Kiriku e A Feiticeira

Kiriku conta a história de um recém-nascido superdotado que sabe falar e andar. Ele é o salvador de sua aldeia, ameaçada pela feiticeira Karabá. Existem alguns filmes da série que é baseada numa lenda Africana. Você encontra os filmes da saga disponíveis para download na web ou até mesmo no youtube.

A Princesa e o Sapo

Tiana sonha em abrir o próprio restaurante. Seus planos tomam um rumo diferente quando ela conhece o príncipe Naveen, que foi transformado em sapo pelo Dr. Facilier. O príncipe tem esperanças de voltar a ser humano se Tiana beijá-lo. Disponível na Netflix.

Zarafa

Um senhor conta às crianças a história da bela amizade entre o menino Maki, de apenas 10 anos, e a girafa órfã, Zarafa. Após fugir de um traficante de escravos, Maki fica amigo de Zarafa. Na longa jornada do Sudão até Paris, os dois vivem grandes aventuras.

Doutora Brinquedos

A série conta a história de uma menina de seis anos que decide se tornar médica, ela então conserta bonecas e brinquedos com o seu estetoscópio que dá vida aos objetos. No Brasil é transmitida pelo canal a cabo Disney Junior.

https://www.youtube.com/playlist?list=PLOT2LNBB4wtCnkuPpMt8RAWNLYNdn-tFp

O Mundo de Greg

O Mundo de Greg Greg e seus dois melhores amigos estão sempre se aventurando no selvagem e indômito riacho, uma utopia infantil em que tribos de crianças dominam três fortes e rampas de bike, formando uma grande sociedade infantil. O desenho é exibido pelo Cartoon Network.

S.O.S. Fada Manu

Manu é uma aprendiz de fada madrinha, que pretende resolver os problemas de todos os habitantes do reino com seu guarda-chuva, que é, na verdade, uma varinha mágica. Junto com amigos, ela ajuda personagens inusitadas de contos de fadas. Exibido pelo Canal Gloob.

Òrun Àiyé: A criação do mundo

O filme narra a história do avô Bira, um babalorixá que conta para sua neta, a pequena Luna, a história mística da criação do mundo segundo o candomblé e suas vertentes.

Motown Magic

Motown Magic é uma série de televisão infantil animada produzida para a Netflix. A série segue Ben, uma criança de 8 anos de olhos arregalados, com um coração grande e uma imaginação incrível, que usa um pincel mágico para dar vida à arte de rua na Motown.

Milly, Molly

“Milly, Molly” é uma animação produzida pelo Disney Channel. A série retrata as aventuras de duas super melhores amigas de exatamente 8 anos, Milly Anderson e Molly Kannetté.

Cada Um Na Sua Casa

A Terra é invadida por uma raça alienígena em busca de um novo lar. Porém, uma esperta garota chamada Tip consegue fugir e acaba virando cúmplice de um alienígena exilado chamado Oh. Os dois fugitivos embarcam em uma grande aventura.

Bia Desenha

Bia e Raul são primos. Os dois moram em casas ao redor do mesmo quintal, numa periferia da região metropolitana do Recife. A série fala sobre comunicação e o afeto em uma família pouco convencional, se propondo a investigar alguns temas que passam pela cabeça das crianças enquanto elas se expressam. Disponível no youtube e na Tv Brasil.

Guilhermina e Candelário

A série mostra o cotidiano cheio de descobertas e grandes aventuras de dois irmãos, que levam uma vida simples, mas feliz, numa praia colombiana. A cada dia eles fazem novas descobertas e vivenciam grandes aventuras. Exibido pela Tv Brasil.

As Aventuras de Tip e Oh

O que acontece quando um alien desajustado chamado Oh conquista a Terra? Vira amigo de uma garota adolescente chamada Tip e eles decidem se unir para salvar o dia. Exibido pela Netflix.

Super Choque

Super Choque Virgil Hawkins é um jovem inteligente e bem-humorado que vive na cidade de Dakota, com o pai e a irmã. Após ser, acidentalmente, exposto a um gás desconhecido, ele ganha super poderes eletrostáticos.

Homem-aranha no Aranhaverso

Após ser atingido por uma teia radioativa, Miles Morales se torna o Homem-Aranha. Entretanto ele é surpreendido ao encontrar Peter Parker e descobrir que ele veio de uma dimensão paralela, assim como outras versões do Homem-Aranha.

Nella, uma Princesa Corajosa

Nella não é uma princesa comum, ela é uma princesa-amazona, uma heroína diferente de qualquer um que veio antes dela. Trabalhando com o leal cavaleiro Sir Garrett e a glamurosa unicórnio Trinket, Nella rompe barreiras. Exibida no canal Nick Jr.

https://www.youtube.com/watch?v=lXFFznXnI2Y

Bino e Fino

Bino e Fino Bino e Fino é sobre dois irmãos que vivem em uma cidade moderna na África. Em cada episódio Bino e Fino, com a ajuda de sua amiga Zeena e sua família, descobrem e aprendem coisas sobre a África e o mundo. Disponível no youtube.

Cine África ganha duas sessões extras com realizadores de Cabo Verde e Angola

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Nos dias 6 e 10 de junho, às 16h, o Cine África, cineclube que tem como principal objetivo difundir no Brasil a produção audiovisual africana, promove encontros com realizadores de Cabo Verde e Angola, pelo YouTube. O público poderá assistir (e debater com os cineastas) os longas “Kmêdeus” e “Ar-Condicionado”, gratuitamente.

As coordenadoras do Cine África conduzem um bate-papo com o diretor Nuno Miranda e o produtor Pedro Soulé, de Cabo Verde, responsáveis pela realização do documentário “Kmêdeus”, no dia 6 de junho, sábado. O encontro conta ainda com a presença do artista António Tavares, autor da performance que inspirou narrativa do longa que gira em torno de uma figura mítica da cidade de Mindelo.

Leia também: Cine África promove sessões e debates virtuais de filmes africanos

Já no dia 10 (quarta), é a vez do diretor Fradique e do produtor Jorge Cohen, que estão à frente do longa de ficção “Ar-Condicionado”. A Geração 80, produtora que assina o filme, é a maior e mais relevante de Angola neste momento, e este é o seu primeiro longa de ficção. Na trama, quando os ares condicionados começam a cair dos apartamentos de Luanda, um guarda e uma empregada, tem a missão de recuperar o aparelho do chefe.

Ambos os filmes estrearam mundialmente este ano no Festival de Roterdã e entraram na programação do We Are One: A Global Film Festival, que reuniu festivais de todo o mundo para exibir filmes no YouTube por uma semana. “A ideia do Cine África é aproximar o público brasileiro do cenário audiovisual africano com depoimentos dos próprios realizadores, tanto no âmbito da criação como no da produção”, explica Ana Camila Esteves, uma das organizadoras do evento.

Sessões extras Cine África | Em Casa

Os encontros serão transmitidos no canal do Cine África no YouTube:

Dia 6/6 (sab), às 16h: “Kmêdeus” (2020), de Nuno Miranda
Filme: https://youtu.be/eSEiE-rWRSU (disponível em 3/6, às 10h, por sete dias)
Date-papo: https://youtu.be/UTTYiBhZ7YM

Dia 10/6 (qua), às 16h: “Ar-Condicionado” (2020), de Fradique;
Filme: https://youtu.be/cfEWfx9RMLQ (disponível em 6/6, às 12h45, por sete dias)
Bate-papo: https://youtu.be/UBeiAX2iQMo

Site oficial: www.mostradecinemasafricanos.com

Filmes

“KMÊDEUS” (dir. Nuno Miranda. Cabo Verde, 2020. Kriolscope. 53min)

O filme gira em torno da história intrigante de um misterioso excêntrico sem-teto chamado Kmêdeus (“Comer Deus”) que morava na ilha de São Vicente, Cabo Verde. Para alguns, ele era um lunático, para outros, um artista. Mas para todos, ele era e ainda é um mistério. António Tavares, um importante dançarino contemporâneo de Cabo Verde, criou uma performance baseada na vida e no mundo interior de Kmêdeus. Ele nos leva em uma viagem por sua cidade natal, Mindelo, as músicas e filmes da ilha e a celebração de seu carnaval anual. Torna-se, assim, uma busca pelos aspectos fundamentais de uma das comunidades crioulas mais antigas do mundo.

Link pra ver o filme: https://youtu.be/eSEiE-rWRSU (disponível no dia 3 de junho às 10h e por sete dias)

Link do bate-papo: https://youtu.be/UTTYiBhZ7YM (dia 06 de junho, às 16h)

“AR-CONDICIONADO” (dir. Fradique. Angola, 2020. Geração 80. 73min)

Quando os ares condicionados começam misteriosamente a cair dos apartamentos na cidade de Luanda, Matacedo e Zezinha, um guarda e uma empregada doméstica, tem a missão de recuperar o aparelho do chefe. Essa missão leva-os à loja de materiais elétricos do Kota Mino, que está a montar em segredo uma complexa máquina de recuperar memórias. “Ar Condicionado” é uma jornada de mistério e realidade, uma crítica sobre classes sociais e como nós vivemos em conjunto nas esperanças verticais, no coração de uma cidade que é passado-presente-futuro.

Link para ver o filme: https://youtu.be/cfEWfx9RMLQ (disponível dia 6 de junho às 12h45 e por sete dias)

Link para o bate-papo: https://youtu.be/UBeiAX2iQMo (dia 10 de junho às 16h)

”We Are One: A Global Film Festival” Confira as principais atrações

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Iniciado no último dia 29, o Festival de Filmes online reúne algumas produções de 35 países como Angola, Nigéria, Senegal, Jamaica, Cabo Verde e Quênia. As estreias vão até o próximo dia 7 de junho no Youtube. Selecionamos os lançamentos pretos que você não vai querer perder.

Cinema negro importa, arte negra importa, áudio visual negro importa. 

1. Air Contidioner.

O drama/musical angolano, tem 73 minutos de duração e conta com a atuação de José Kiteculo interpretando o segurança Matacedo. Quando os ares condicionados de Luanda começam a cair misteriosamente, ele embarca em uma aventura surreal ao som de Jazz para desvendar o caso. Air Conditioner, estréia dia 06, 12h45.

2. Daughters Of Chibok

O mini documentário nigeriano de 11 minutos, que já está disponível, aborda questões sociais e ativismo, ao narrar as consequências do sequestro sofrido por 276 adolescentes pelo grupo terrorista Boko Haran, em 2014 na cidade agraria de Chibok. A produção em realidade virtual explora questões globais de direitos de gênero e educação.

3. Atlantique

O Drama/romance franco senegalês de apenas 16 minutos, já está disponível na Netflix. No Festival pelo Youtube, o filme estreia dia 7 as 11h55. O filme traz a narrativa de um jovem que parte do Senegal para a Europa, deixando sua amada em seu país natal.

4. Blood River

Outra produção nigeriana para a lista. O documentário traz a história de Joseph, um ”cavalheiro do sangue”. Em meio a crise de escassez de sangue e trafego parado na maior parte do dia, ele corre para chegar aos hospitais em menos de uma hora. Sabemos que o tempo é crucial para quem precisa.

5. Kmêdeus

Dessa vez, o longa metragem é de Cabo Verde, gravado na Ilha de São Vicente onde sussurros enigmáticos rondam a cabeça do dançarino sem teto Kmêdeus, algo que podemos traduzir como ”Coma Deus”.  Na ilha, pouco se sabe sobre ele. Alguns o chamam de lunatico, outros de artista e até filosofo.

6. Crazy World

Misturando ação, comédia e aventura o representante da Uganda já esta disponível para ser assistido. O longa metragem de 65 minutos é o terceiro do estúdio Wakaliwood a ser traduzido para um lançamento internacional, seguindo ”Who Killed Captain Alex?” e ”Bad Black”, ambos premiados em diversos festivais ao redor do mundo.

7. Mabo

O longa australiano traz Jimi Bani interpretando Eddie Koiki Mabo. O filme conta a história do herói indígena que liderou o desafio da fazer a lei australiana reconhecer os direitos tradicionais da terra. Além disso, ainda mostra o romance com Bonita (Deborah Mailman) sua esposa por 30 anos e mãe de seus 10 filhos. A cine-biografia estará disponível a partir do dia 05 das 07h00.

8. Masterpiece

Quatro jovens homens negros vão a uma exposição de arte, apreciar a obra de um amigo (Simbai, interpretado por David Isiguzo). Mas quando Simbai sai da sala, eles começam um questionamento sobre o trabalho do amigo: ”Mas o que é isso?” O curta de 7 minutos vem do Reino Unido e já esta em exibição

9. My Africa

Gravado no norte do Quênia, a produção em realidade virtual mostra em 9 minutos a vida de um comunidade cujo objetivo é preservar a vida selvagem da Africa. ”My Africa” já está disponível desde o dia 29.

10. No More Wings

No drama de 11 minutos, a produção do Reino Unido narra o encontro de dois amigos de longa data em um ponto divergente de suas vidas, em um restaurante de frango frito no sul de Londres.

11. Rudeboy: The Story Of Trojan Records

A produção se passa na Jamaica e no Reino Unido, e conta em 85 minutos a história da Trojan Records, uma das mais importantes gravadoras musicais da história. Famosa no final dos anos 60 e inicio dos anos 70 por trazer uma revolução para as pistas de dança da Grã Bretanha, tendo em seu catalogo nomes como Jimmy Cliff. O longa que traz relatos inéditos já esta disponível no Youtube.

12. Tapi!

O documentário de 25 minutos que já está disponível no Youtube, narra a história de Jackson, um curandeiro queniano praticante do ritual Utapish (Tapi). Porém ele precisa lidar com os cristãos locais que não estão aceitando nada bem sua influência por ali e decidem ir ao tribunal para apagar a história de um povo.

13. Traveling While Black

A ultima produção de nossa lista foi dirigida por Ayesha Nadajara e pelo vencedor do Oscar Roger Ross Williams. O documentário em realidade virtual aborda ativismo social enquanto mergulha o espectador na longa história do movimento negro americano e na criação de espaços seguros para a nossa comunidade.

Para maiores informações ou caso queiram acessar outros filmes, basta acessar o site oficial do evento:http://www.weareoneglobalfestival.com/ou a pagina do mesmo no Youtube:https://www.youtube.com/channel/UChMc3c7Xvv6ol1Zv47Ja39A

O preto que vai além do Black Out

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A ‘terça do apagão’ dominou as redes sociais, mas é valido constatar que a comunidade negra vai além de quadradinhos pretos no instagram

“Para o movimento, esta terça-feira foi escolhida para ser um dia de luto. Para participar, basta colocar um quadradinho preto em seu feed, apenas com a hashtag #blackouttuesday. A legenda pode conter alguma mensagem referente à causa.”

Lendo essa matéria sobre a terça feira do apagão, consegui observar as palavras que eu não entendia nela, pude notar a distorção em suas entrelinhas “basta colocar um quadradinho preto em seu feed”. Notei que colocar apenas um quadradinho preto no feed não significa que você é antirracista e apoia o povo preto, só significa que você colocou um quadradinho preto no instagram.

A campanha que promove o “apagão” nas redes sociais foi usada para demostrar os lutos pela morte de George Floyd e pela morte de João Pedro – ambos mortos por polícias –. Muitos influenciadores e famosos usaram a rede social para promover um debate sobre a comunidade negra e sua importância diante de todos os campos da sociedade.

Com tantos posts de fundo preto e relatos de racismo nas redes, é válido lembrar que a referência negra não pode estar apenas em conteúdos de militância ou intelectual. E que as pessoas que ensinam esses assuntos estão ali para repassar informações e não ser seu guia informacional. É preciso buscar, estudar e colocar esse público como referência na vida. O povo preto não pode caber só no lugar de “prestar serviço e informações”. Somos variedades, somos blogueiras, artistas, cantores, intelectuais e fashionistas.

A ação que foi promovida por grandes empresas da música, como as Atlantic Records, Sony/ATV, Sony Music, Warner Records, deixa a desejar quando as mesmas não utilizam o seu potencial para desenvolver e promover o trabalho da comunidade negra. Dar visibilidade, pagar pelo trabalho e tentar promover a igualdade racial nesse campo, ultrapassa a utilização de campanhas com fundos pretos. Chegou a hora de fazer campanhas que mostrem e compartilhem o trabalho da população preta além do mês de Novembro.

O Deezer enviou a todos os usuários uma nota de apoio ao Blackout tuesday e ao antirracismo, a Netflix promoveu um post falando que concorda com o movimento, mas a primeira plataforma posta fotos com seus funcionários e demostra ser guiada por diversos colaboradores brancos. A segunda investe pouco em produções e cineastas sul-africanos. O antirracismo deveria chegar aí, quando as grandes empresas entendem que o trabalho do preto é tão importante e eficaz que o do branco e os contrata também.

Entender, pagar e valorizar a trabalho de pessoas pretas em todos os seus meios e veículos. Mostrar e compartilhar a arte do preto assim como compartilha a militância do outro. Colocar as pessoas negras como protagonistas e saber qual a importância de ter visibilidade e referência nelas.

Gostaria de acreditar que quadrados pretos no feed das redes sociais mudarão algo, e que a população que mais sofre com invisibilidade social não será só lembrada no mês da consciência negra, mas será ouvida e respeitada todos os dias.

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