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Madureira sediará o Ghettu Music Camp 2020, evento que promove artistas independentes

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Foto: Tick Oilveira

De 7 de novembro a 13 de dezembro, o bairro de Madureira sediará o Ghettu Music Camp 2020 que tem como objetivo promover carreiras artísticas e a música independente através de capacitação, promoção e conexões com o grande mercado da música brasileira.

O programa beneficiará exclusivamente artistas empreendedores independentes que desenvolvem seus trabalhos autorais. Além das atrações onlines como 5 webnars e 2 live-shows, o programa também terá atrações off-line. 

Ao todo, serão lançadas 29 faixas inéditas e 7 minidocumentários, estrelando cada um dos artistas participantes, que através da arte contarão suas trajetórias de vida. As preparações para o evento estão sendo filmadas e pelo Instagram é possível acompanhar o making off do evento.

Os responsáveis pela parte musical do evento serão King, Almajose, Lucas Hawkin, Raffé, Cold Jas, Bieta e Kadu Costa. Os artistas foram selecionados por critérios de originalidade, criatividade, execuções de trabalhos, composições autorais, entre outros. 

A Estácio – por meio da Lei de Incentivo do ISS – junto da Secretaria de Cultura do Município do Rio de Janeiro, patrocinão o evento. “(…) Nós acreditamos no empoderamento das pessoas e estamos honrados em poder revelar novos talentos e novos negócios, gerando um impacto positivo para economia criativa, construindo assim uma sociedade mais justa”, comenta Cláudia Romano – Vice-presidente de Relações Governamentais, Sustentabilidade e Comunicação da Estácio.   

Sobre a Ghettu Musci Camp:

Ghettu Music Camp é um projeto idealizado e dirigido pela Duto – startup /empresa criada pelo produtor cultural e rapper Dughettu – para desenvolver, orientar e ampliar a potência de negócios criativos dos guetos urbanos do Planeta, atuando como agente de articulação, produção e transmissão de alta capacidade. Sua sede e seu estúdio musical estão localizados em Madureira, bairro icônico do subúrbio carioca, que fica na Zona Norte do Rio de Janeiro. Com suas grandes e importantes manifestações culturais – conhecidas mundialmente, como o Baile Charme, no Viaduto Negrão de Lima; a Roda de Jongo, na Serrinha; as quadras das escolas de samba Portela e Império Serrano e o Parque de Madureira – o bairro evoluiu, cresceu e se tornou um enorme centro colaborativo de criação cultural e de estilo de vida. A região, que atrai a curiosidade do mundo inteiro, promove uma sensação de união urbana entre empresas e pessoas. Madureira também é um importante distrito comercial da cidade, integrando shopping com lojas de rua, além de espaços residenciais e escritórios. 

Trilha corporativa da TREE vai capacitar profissionais negros de graça

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Foto: @wocintechchat

A consultoria Tree Diversidade abriu inscrições para uma trilha de formação profissional gratuita voltada para profissionais negros. A formação faz parte do portfólio da empresa, que trabalha com inclusão e desenvolvimento de lideranças desde 2017. E neste momento mulheres negras enfrentando situações de vulnerabilidade social serão priorizadas.


As inscrições podem ser feitas pelo link, até quarta-feira, 4 de novembro e o número de vagas é limitado. A formação será realizada em três encontros virtuais nos dias 11, 18 e 25 de novembro, e os temas têm foco na inserção do negro no mercado de trabalho.

A programação inclui debates que abordarão assuntos como autoconfiança e síndrome do impostor, em uma abordagem que vai priorizar questões raciais do mercado de trabalho brasileiro e sobre o enfrentamento do racismo institucional no ambiente corporativo.

Além disso, a programação conta com uma sensibilização sobre o black tax, o custo adicional que é imposto aos profissionais negros pela diferença salarial no acesso à qualificação, ao lazer, à educação, à aquisição de patrimônio, que acabam por perpetuar a desigualdade.

Os workshops abordarão o protagonismo negro no mercado de trabalho e no empreendedorismo.

A formação idealizada pela Tree Diversidade tem parceria com organizações que trabalham a questão étnico-racial, entre elas: Ame (Ações Mulheres pela Equidade) e Commbne, e também a multinacional P&G.

Programação:

11/11 – Como superar a síndrome do impostor e ter autoconfiança

18/11 – Hackeando o racismo estrutural e institucional

25/11 – Black tax e o protagonismo negro no mercado de trabalho

Sobre a TREE:

A TREE é uma empresa de impacto social que tem por missão promover mais diversidade e inclusão nas organizações, trabalhando em diferentes pilares e programas, inclusive para fins de promoção da igualdade étnico-racial.

A Trilha de Desenvolvimento para Talentos Negros tem como objetivo trabalhar questões raciais com foco no desenvolvimento pessoal e profissional das/dos suas/seus participantes.

“Urgentemente relevante”: LeBron James e Maverick Carter entrevistam Barack Obama

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O programa THE SHOP: UNINTERRUPTED, com LeBron James e Maverick Carter, apresenta entrevistas e debates sem filtro com alguns dos nomes mais importantes do esporte, da cultura, da política, da música e do entretenimento. Uma edição especial do programa exibe uma conversa entre James, Carter e o 44º presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. A entrevista vai ao ar nesta terça-feira (3), às 21h30 na HBO e na HBO GO.

Há dois anos, LeBron e Maverick criaram um fórum único com The Shop. A conversa que tiveram com o presidente Obama é sincera, interessante e urgentemente relevante“, disse Nina Rosenstein, vice-presidente executiva de Programação da HBO.

Entre os assuntos, o trio falará sobre a bolha da NBA em Orlando, o movimento antirracista, a importância de votar e a eleição presidencial americana.

Em junho deste ano, James e Carter lançaram More Than a Vote motivados pelos assassinatos de George Floyd e Breonna Taylor. More Than a Vote é uma coalizão de atletas e artistas negros focados em educar, encorajar e proteger os eleitores negros e para combater as mentiras e a repressão eleitoral estrutural racista que impede que as vozes negras sejam ouvidas nas urnas. Os esforços do grupo também abrangem o uso de instalações esportivas como lugares de votação, o recrutamento de mais de 40.000 funcionários eleitorais nas comunidades negras, o combate à desinformação que afeta os eleitores negros e a mobilização de eleitores negros para promover conteúdo atraente relativo às eleições.

Em um vídeo promocional sobre o episódio, Obama brincou com o título de LeBron conquistado com o Los Angeles Lakers. “LeBron James. Um anel a mais, um troféu a mais”, disse Obama.

Projeto “É Coisa de Preto” mostra a diversidade da cultura negra

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Criado para celebrar o Mês da Consciência Negra, o projeto É Coisa de Preto, idealizado pela estudante paulistana de administração pública pela Fundação Getúlio Vargas, Cecília Oliveira, em parceria com a cientista social e professora, Bruna Soares, tem como objetivo contribuir para explorar a riqueza da diversidade da cultura negra e expor os efeitos do racismo na sociedade.

Em cards publicados nas redes sociais (@projetocoisadepreto), o movimento questiona e desconstrói frases racistas que são ditas como “coisa de preto”. “Criamos alguns cartazes questionadores que trabalham a desnaturalização de frases racistas, constantemente direcionadas à população negra. Em suma, nossa intenção é levar todos à reflexão sobre o teor preconceituoso desse tipo de pensamento (abordado nas frases). Para tanto, seria interessante que os cartazes pudessem impactar um número significativo de pessoas”, explicou Cecília.

Ainda de acordo com Cecília, para dar continuidade ao projeto e alcançar mais pessoas, neste ano, o intuito é postar diariamente uma peça e, no domingo (8), realizará uma live com dois estudantes das questões raciais e dois estudantes negros, secundaristas, comentando suas experiências em sala de aula. “Olha, sinceramente, estou bem animada. No ano passado, em apenas uma semana, tivemos mais de 400 compartilhamentos dos cartazes e hoje, como  transformamos os cartazes no Coisa de Preto, promoverá uma reflexão mais profunda. Creio que terá um impacto ainda maior, pois agora não só com os cartazes, mas com relatos de experiência, explicações por vídeos e pela Live. Assim, podemos alcançar mais pessoas e despertar cada vez mais o pensamento antirracista que, com toda certeza, contribuirá com o movimento negro no Brasil” finalizou.

Confira os cartazes “É Coisa de Preto”:

AVON anuncia compromisso antirracista em nova campanha “Essa é a Minha Cor”

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A luta pela diversidade e empoderamento feminino faz parte do DNA da Avon, com de constantes processos de escuta e estudos, resultando no reconhecimento de que é preciso fazer mais. Sendo assim, a marca dá mais um passo no caminho do combate ao racismo. Iniciando a conversa para uma nova jornada com a campanha “Essa É Minha Cor” – com manifesto composto pela cantora Larissa Luz.

A marca já esteve envolvida com outros projetos na busca pela representatividade, como a presença no Bloco Ilê Aiyê; o lançamento, em 2018, de um informativo sobre Afrofuturo; e estudos globais, desde 2013, sobre tons de pele de mulheres em seis países, incluindo Brasil. Na nova ação, embalada pela voz e presença de Larissa Luz, também é estrelada pela Cris Viana, Zezé Mota, Magá Moura, Ana Paula Xongani e Damata Makeup – especialista em pele negra, a AVON traz, em forma de poesia, toda a força, potência e beleza das mulheres negras ampliadas quando reunidas.

Provocar mudanças é reconhecer o ponto em que se está, sair do lugar de conforto e partir para a ação – e é esse o compromisso que a Avon está assumindo, num processo de escuta rico, profundo, cheio de verdade… Amplificar vozes femininas negras que são diariamente invisibilizadas num país racista é uma contribuição efetiva em prol de uma transformação necessária, e participar desse processo onde misturam- se não só tons, mas, também, grandes talentos, é potente e inspirador.”, disse Larissa.

MANIFESTO ESSA É MINHA COR por Larissa Luz

“Ser mulher negra no Brasil é acordar todos os dias e bolar estratégias de resistência, de resiliência, estratégias para ser feliz, estratégias para amar.

Planejar o seu destino acreditando no aparente impossível, apostar no invisível, investir no que todos parecem duvidar.

Não ter muito tempo pra chorar, não ter muito tempo pra se divertir, não ter muito tempo pra comemorar, não ter muito tempo porque o tempo parece ser sempre pouco pro tanto a se fazer.

Ser mulher negra é nascer com uma missão: sobreviver.

Porque parece que estamos sempre no risco, senão de morrer, ao menos de enlouquecer.

Mas mesmo com tudo, quando estamos juntas, deixamos de ser apenas mulheres de guerra e passamos a ser mulheres de amor, de sensibilidade, de acolhimento, afeto…

Quando percebemos nos nossos diferentes tons, uma essência em comum, entendemos que, na mistura das nossas tintas, mora o tom do abraço, e ele é reluzente, é consistente.

O tom ideal vem da nossa união.

E na construção dessa paleta o único objetivo é achar o nosso lugar.

Poder assumir a nossa verdade, na pele crua, é acessar a liberdade, não sentir medo de estar nua.

Seguir com a segurança e a convicção de que o mundo é nosso e seremos a revolução.

Bater no peito e dizer com vontade:

“Me chama de preta. Me chame de negra. Essa é a minha Cor.”

Primeira agência de modelos especializada em beleza afro-brasileira, abre inscrições para curso online

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Foto: Divulgação

Recentemente foi anunciado que a São Paulo Fashion Week estabeleceu a obrigatoriedade de cotas raciais em todos os seus desfiles e a decisão foi muito comemorada pelos modelos negros do país. Embora maioria dos brasileiros, pessoas negras e pardas são minorias em peças publicitárias, campanhas e desfiles.

A primeira agência do Brasil especializada em modelos negros — HDA Agency — tem como objetivo preparar e qualificar modelos negros e mudar a realidade de baixa representatividade na área. E o curso que será disponibilizado online é um passo para esta mudança. 

As inscrições para o curso online da HDA Agency estão abertas e o curso será ao vivo, no dia 14 de novembro, das 10h às 17h40. O curso tem carga horária de 6 horas e divide-se em uma hora por disciplina, a experiência conta com imersão que propõe contato com diferentes disciplinas que contribuem para o desenvolvimento pessoal e profissional.

O curso online HDA é uma proposta de imersão na grade do curso presencial da primeira agência brasileira especializada em beleza negra e afro-brasileira. E contará com uma amostra das disciplinas de ética profissional e pessoal, etiqueta corporativa, história da moda, maquiagem, postura, produção de moda e teatro.

O curso foi pensado para pessoas que querem seguir a carreira de modelo ou pretendem aprimorar o desenvolvimento pessoal, a imersão e pode ser acessado por pessoas de todo o país. 

Para mais informações sobre o curso, clique aqui

Em sua 3º edição, maratona AfroPower celebra a arte e cultura negra

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Foto: Divulgação/Afronerd

De 01 a 30 de novembro acontecerá a maratona ‘Afropower’, o projeto que tem o intuito de ressaltar a importância da representatividade negra irá dedicar o mês de novembro para produção de conteúdo que valorize acultura negra.

A edição de 2020 conta com diversas participações especiais, novos blocos e muitas indicações de leituras para o público. E no Afropower Gallery, diversos artistas pretos irão apresentar suas artes.

E o público pode participar da 3º edição da Maratona Afropower pelas redes sociais, Basta produzir conteúdos sobre HQs, livros, filmes, séries, músicas etc e usar a #AfroPower2020.

Programação:

Resenhas 

As resenhas serão exclusivamente de livros de autores pretos, envolvendo temáticas raciais, com protagonismo negro e representatividade

AfroPower Gallery

A galeria de artistas 100% preta. Com participação confirmada de Rafael Calça, Kione Ayo, Marília Marz, Rogi Silva, Isaac Santos, Crica Monteiro, Jefferson Costa, Edson Bortolotte, Douglas Lopes, Jean Lins, Gleisson Cipriano entre outros.

E na adaptação ao período de quarentena, também haverá lives… AfroLives

Influenciadores digitais irão abordar diversos assuntos, e os confirmados são Levi Kaique (@levikaiquef/@pretitudes), Ale Garcia (@alegarcia), Thito Campos (@prateleiradequadrinhos), Cilmara Lopes (@cilmaralopes), Thais Hern (@thaishern/@nigeek), Daniel Miranda (@pretogeek), Black Pipe (@blackpipebr) entre outros.

AfroDicas

Produtores de conteúdo pretos de diversas áreas irão contribuir com dicas no novo bloco da Maratona AfroPower, 

Vem por aí

O bloco também inédito terá a divulgação de futuros lançamentos com cunho na representatividade negra. Podendo ser novidades de produtos já anunciados ou expectativas dos futuros lançamentos. 

AfroPower Playlist

Outra novidade da Maratona Afropower. levará um pouco de música ao evento.

Todos os dias nos Stories o público poderá ouvir grandes nomes da música preta do Brasil e do mundo e poderá votar para sabermos os melhores da semana! 

AfroBios

 Com intuito de Apresentar diversos artistas negros para o público, o AfroBios também dará alguns detalhes de técnicas, influências e gêneros favoritos dos artistas. A ideia é construir aos poucos um banco de dados dos artistas negros de diversos segmentos além do quadrinho, como ilustração, grafite, tatuagem, roteiro etc.

Programa Trace Trends comemora um ano e estreia programação especial com Projota

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Foto: Divulgação

Nesta terça-feira, 3 de novembro, estreia a programação especial em comemoração ao aniversário de um ano do programa Trace Trends, exibido pela Rede TV!

Inaugurado no último Dia da Consciência Negra, em 2019, e apresentado pelo influenciador AD Junior e pelo ator e produtor, Alberto Pereira Jr., o programa conquistou o apoio comercial de grandes marcas como Vivo, Bradesco e Casas Bahia.

Ao longo do mês de aniversário, os telespectadores podem esperar muitas novidades e entrevistas exclusivas, produzidas em um cenário especial, toda terça-feira à noite. A começar pelo compositor e rapper paulista Projota, que soltará a voz interpretando os sucessos “Ela Só Quer Paz”, “Muleque de Vila”, “Nossa Lei” e “O Homem que Não Tinha Nada”, além de compartilhar detalhes da carreira e dos novos projetos. 

Projota conta que seu último álbum, Tempestade Numa Gota D’água, lançado em meio à pandemia, precisou de reestruturação dos planos iniciais do músico, cujo intuito era produzir um videoclipe por mês, com divulgações mensais. “Agora, a gente voltou a fazer os videoclipes, como foi o caso de Nossa Lei com o Xamã, e de juntar uma equipe para gravar”, conta.

A presença dos músicos Paula Lima, Doralyce, Thiaguinho MT e JS Mão de Ouro também está garantida  nas ediçõesdo programa neste mês. Para completar as participações especiais, o jogador de futebol Danilo Tchê Tchê, Aline Nascimento do ID_BR e o escritor Ale Santos endossam o time de convidados.

O programa reúne o melhor da cultura negra e urbana do país e do mundo, com bate-papos, música, clipes, comportamento e tendências. Desde sua estreia já recebeu personalidades importantes do eixo cultural urbano do país, como as cantoras Elza Soares e Margareth Menezes, o músico Marcelo D2, e os atores Jeniffer Nascimento e Rafael Zulu.

O Trace Trends vai ao ar às terças-feiras, às 22h50, na RedeTV!.

Caso Mariana Ferrer: “Estupro culposo” é retrocesso principalmente para as mulheres negras

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Foto: Reprodução internet

Com a absolvição do empresário, André Camargo Aranha, acusado de estuprar a influenciadora de moda Mariana Ferrer, em dezembro de 2018, o caso voltou a tomar conta das redes sociais nesta terça-feira (03). A repercussão vem pelo fato de uma decisão inédita, o inquérito por “estupro culposo”. O crime culposo no Direito Penal, se refere ao ato ilícito cometido sem a intenção, mas com culpa, ou seja, de forma negligente. Neste caso, significa que o empresário teria estuprado Mariana, mas sem intenção de ferir seu consentimento. O novo inquérito não tem descrição no Código Penal.

A investigação se dava como ‘estupro de vulnerável’, e a contrariedade da decisão, impacta não só na realidade da jovem que teve sua vida extremamente abalada a partir do acontecimento, e ao longo dos últimos dois anos, mas também em relação ao futuro das mulheres negras – as mais afetadas pela violência sexual e doméstica no Brasil. De acordo com dados referentes ao primeiro semestre de 2020, o percentual das mulheres negras vítimas de estupro foi de 52%. O levantamento foi realizado pelo Monitor da Violência, em parceria com G1, Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Ainda assim, o número pode ser muito maior, já que para que o caso seja registrado depende de denúncia pessoal da própria vítima. Sendo que os casos de agressões e estupros são os que mais sofrem com a subnotificação. Para as mulheres negras as barreiras são diversas, começando pelo acesso à rede de atendimento adequada, afastadas das regiões periféricas, além de recursos financeiros para lidarem com os processos jurídicos. A segunda barreira é o racismo institucional, que impede com que suas denúncias sejam creditadas e oficializadas. 

O caso de Mariana Ferrer também levanta a questão da visibilidade. Ferrer é influenciadora digital, o que já levou a uma maior exposição e credibilidade de seu caso, por meio do público que a acompanha e de pessoas já creditadas pela mídia, como as artistas que se posicionaram hoje nas redes sobre o caso. Entre elas, a cantora IZA, e as atrizes Deborah Secco e Bruna Marquezine – que atualmente conta com com um público de quase 50 milhões de seguidores em suas contas de Instagram e Twitter. Mariana que foi dopada e abusada, e teve seu caso exposto a milhões de pessoas, com crédito de pessoas influentes, teve um veredito inédito e inexistente no Código Penal para seu caso. Então o que acontecerá com os casos de mulheres negras e periféricas que mal tem acesso à rede de atendimento imediato ao crime ocorrido, e menos ainda terem a visibilidade de suas histórias creditadas pela mídia.

Matéria escrita em colaboração com Thais Prado e Gaby Ferraz.

 

Secretaria da Cultura realiza ação de combate ao racismo no centro de São Paulo

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Foto: Gabriela Fujita/UOL

Em pontos estratégicos e simbólicos da memória negra, neste mês de novembro – em que se aborda a Consciência Negra, no dia 20 – a Secretaria Municipal de Cultura faz uma ação especial no combate ao racismo. Os semáforos receberão máscaras temáticas com os punhos cerrados, representando a luta e a resistência contra o racismo. Os pictogramas buscam dar visibilidade e o apoio necessários para discutir eliminação das desigualdades e definitiva inserção da população negra em uma sociedade justa, sem preconceitos, sem racismo, sem discriminação e que respeite e enalteça a cultura africana e afro-brasileira.

Dentre as regiões selecionadas para implementação da ação, a Praça da República foi escolhida por ser um ponto de encontro dos grupos de manifestações culturais negras e imigrantes. Outras travessias são na Av. Paulista, em frente ao MASP, no cruzamento com a Rua Peixoto Gomide e também no cruzamento com a Al. Casa Branca, locais de grande circulação de pessoas e também palco de grandes manifestações. Os últimos pontos que contam com a intervenção são na Praça da Liberdade – um na travessia com a Av. Liberdade e outro no entroncamento com a Rua dos Estudantes e a Rua Galvão Bueno.

A Liberdade, em especial, foi um bairro negro que teve sua memória apagada e agora pode recontar e reafirmar essa história, com o anúncio do Memorial dos Aflitos, que será criado no local. Em 2019, foram instaladas as primeiras placas do programa Memória Paulistana, com placas azuis que sinalizam lugares de memórias negras no centro histórico e na Liberdade.

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