A faixa encerra os lançamentos de AYA em 2020 e forma o EP “Ainda É Tempo”, primeiro trabalho oficial da cantora. Na companhia de DJ Duh – e seu expertise como produtor musical, que lhe rendeu indicação ao Grammy Latino -, a nova música resume a consistência do som que ela quer mostrar e vem fazendo nas seis outras faixas que compõem o EP: um R&B brasileiro bem vivo, as bases modernas que combinam o pop contemporâneo aos elementos das velhas escolas da black music e a clareza quando canta, mostrando toda a amplitude de sua voz, dos graves aos abertos.
Duh vem para somar ao time de produtores que colaboram com AYA ao longo do EP. Ela, que também é a compositora de suas músicas (melodia e letra), soube trazer o melhor de cada um para chegar a seu estilo particular de R&B-soul pop.
Em “Caos” é rsultada do período de isolamento, a música surgiu de um antigo escrito de AYA que foi tomando melodia durante os meses de reclusão e, por isso, combina uma nostalgia gostosa de ouvir – impulsionada pelo instrumental – à mensagem de triunfar acima das adversidades, como demonstra ela em sua interpretação passional.
O EP Ainda É Tempo compila os singles “S.V.N.V.”, “Sei que Sou Mais Um”, “Meu Caminho”, “Me Libertar”, “You Don’t Know How Much”, “A Verdade” e “Caos”, e já foram lançados cinco audiovisuais, entre clipes e lyric vídeos.
Quem lembra do vídeo maravilhoso que nossa influencer crespa @kamillaalbino fez mostrando a versatilidade do cabelo crespo em dezenas de penteados?
O vídeo viralizou na internet nas últimas semanas, e recebeu milhares de comentários sobre as diversas versões e penteados que podem ser feitos com um único cabelo:o crespo. E na manhã de hoje, o vídeo foi repostado por ninguém mais ninguém menos que a rainha Viola Davis, (@violadavis) a atriz repostou em seu Instagram com a legenda:
“Quando eles dizem que o cabelo natural não é versátil”
O vídeo teve mais de 400 mil visualizações e 2 mil comentários e a influenciadora foi a loucura! “ESTADO DE CHOQUE!” Kamilla postou.
O Diretor e cineasta Jeferson De, comparado ao cineasta americano Spike Lee e premiado por ‘Broder’, concorre à indicação brasileira ao Oscar com o longa-metragem ‘M8 – Quando a Morte Socorre a Vida’, como ‘Melhor Filme Estrangeiro”. Em anúncio feito por Camila de Moraes, cineasta, jornalista e produtora de cinema em seu instagram, ela comemora e pede apoio dos que acreditam no audiovisual brasileiro. O resultado está previsto para 13 de dezembro.
A obra que tem produção, co-produção e distribuição de Migdal Filmes, Buda Filmes e Paris Filmes; e já premiada como ‘Melhor Filme de Ficção’, por voto popular, no último Festival do Rio neste ano, tem roteiro de Jeferson De e Felipe Sholl. As produtoras e distribuidora estão articulando a campanha #M8NoOscar. Camila explica como a sociedade pode contribuir com a indicação “Só quem pode votar são os membros da Academia Brasileira de Cinema, mas o que podemos fazer quanto sociedade é participar da campanha para que o Jeferson seja nosso representante brasileiro”, explica a cineasta.
Em vídeo divulgação na última sexta-feira, Jeferson conta do medo que tem da morta prematura e violenta por conta da violência policial. “Isso tem sido muito comum, jovens negros mortos pela polícia”, declara ele.
Já sobre a indicação, Jeferson divide com o site Mundo Negro sua alegria e comenta a importância deste reconhecimento à comunidade audiovisual negra e brasileira: “Estou muito feliz com essa possibilidade de ser um indicado brasileiro ao Oscar, têm muitos filmes importantes que foram feitos esse ano, mas eu acho que é o nosso momento, é um momento de reconhecimento à produção brasileira e negra no audiovisual, de mulheres negras e homens negros que estão não só na direção, mas estão na equipe e principalmente no elenco, encabeçado pela Mariana Nunes e pelo Juan Paiva. E obviamente estou muito feliz de seguir os passos da minha companheira de luta Camila de Moraes, que também teve “O caso do Homem Errado” participando desse pleito. Então estou bastante feliz de poder me juntar à essa luta e dar continuidade ao ocupar esses espaços, e de dizer que nossas vidas importam, nossas vidas retratadas no cinema importam. Entrego nas mãos dos meus ancestrais, dos meus orixás, para que sobretudo o filme seja visto, pois foi feito com muito amor, e é sobre a nossa história contemporânea, mas também sobre a nossa ancestralidade e religiosidade”, declara ele.
No elenco integram nomes como Mariana Nunes, Giulia Gayoso, Bruno Peixoto, Fábio Beltrão, Zezé Motta, Ailton Graça, Alan Rocha, Rocco Pitanga, Dhu Moraes, Léa Garcia e Raphael Logam, como M-8. Já nas participações especiais estrelam Lázaro Ramos, Henri Pagnoncelli e Malu Valle.
Sinopse
“M-8 – Quando a Morte Socorre a Vida”, dirigido pelo cineasta Jeferson De (do premiado “Bróder”), é baseado no livro homônimo de Salomão Polakiewicz e conta a história de Maurício (Juan Paiva), um calouro da prestigiada Universidade Federal de Medicina, filho de Cida (Mariana Nunes), uma auxiliar de enfermagem, que dá duro para ver seu filho entrar pra faculdade . Em sua primeira aula de anatomia, Maurício é apresentado a M-8 (Raphael Logam), corpo que servirá para estudo dele e dos amigos durante o primeiro semestre. Em uma jornada permeada de mistério e realidade, Maurício enfrenta suas próprias angústias para desvendar a identidade desse rosto desconhecido.
Uma das principais vias de transformação da sociedade é o mercado de trabalho. A maneira como se comportam as organizações corporativas quando recrutam, contratam e formam novos profissionais é crucial para a geração de oportunidades justas, além de promover ambientes diversos e plurais no mundo corporativo. Unidas pelo mesmo propósito em fazer parte do movimento de transformação e inovação organizacional como agentes reais de mudança, a Kyvo e o Carreira Preta anunciam parceria para potencializar oportunidades de projetos e programas corporativos que levem em consideração a quebra de paradigmas que sustentam o racismo estrutural e que dificultam a inclusão e ascensão de negros nas empresas – fator relevante no processo de inovação que ambas consultorias acreditam.
A Kyvo é uma plataforma global de inovação formada por profissionais de perfil multidisciplinar, com a missão de desenhar um futuro mais dinâmico, criativo e humanizado para empresas e organizações. Já o Carreira Preta é especializado em consultoria para ações afirmativas. Busca levar experiências e estratégias afrocentradas para dentro das organizações por meio da inovação, educação e mentoria, com o objetivo de criar transformação que contribua para a luta contra o racismo.
“A parceria surgiu quando identificamos que as duas empresas poderiam avançar juntas no mercado realizando transformação e inovação sistêmica. Ou seja, construindo de fato maneiras de enfrentar e transpor barreiras do racismo estrutural que também invade o mercado de trabalho”, revela Carolina Zatorre, antropóloga e head de pesquisa na Kyvo.
O alinhamento de propostas e propósitos de ambas consultorias culminou no acordo de parceria. “O propósito que o Carreira Preta traz é de maior urgência e relevância para o mercado corporativo e a Kyvo trabalha amplamente com empresas com sede de mudança”, destaca Hilton Menezes, fundador e CEO da Kyvo. Segundo ele, a parceria pretende facilitar a transformação do mercado, por meio da metodologia e execução de projetos que a Kyvo acumula, combinada à maneira inovadora com práticas de RH para educação e diversidade – expertise do Carreira Preta.
Com essa parceria, as empresas firmam um compromisso de abrir e potencializar oportunidades de projetos que levem em consideração ações afirmativas em prol da diversidade racial nas empresas.
A filha de Beyonce e Jay-Z é a narradora do áudio book Hair Love, o best seller foi o vencedor do Oscar de Melhor Curta-Metragem de Animação DE 2020, uma prévia da narração foi compartilhada no perfil do Instagram do autor do livro, Matthew A Cheery.
O filme narra a história de um pai negro que penteia o cabelo da sua filha pela primeira vez, o curta conquistou o coração da comunidade negra pela linda relação entre uma família preta e a representatividade.
Além da versão em áudio narrado por Blue Ivy Carter, o livro vai virar uma série da HBO Max que se chamará “Young Love” que é uma referência ao sobrenome da família.
ÌYÁ’S — Festival de Arte de Mulheres Negras foi criado para acolher poéticas, estéticas e narrativas de mulheres negras, nesta primeira edição serão cinco espetáculos que representam experiências femininas. O festival acontece entre os dias 11 e 27 de novembro, no Teatro Gamboa On-line. Além disso, três mesas temáticas são formadas para promover discussões sobre feituras femininas, abordando Poéticas, Estéticas, Trajetórias de Mulheres Negras Insurgentes e Teatro de Guerrilha com os atravessamentos da militância. As mesas serão exibidas no Canal do Youtube Estudos em Teatro Negro.
Cinco espetáculos fazem parte do Festival ÌYÁ’S: Rosas Negras (Fabíola Nansurê), A Reza (Andréia Fábia), Sobejo (Eddy Veríssimo), Ojú Òbe (Sanara Rocha), e VI(elas) – Inah Irenan, trazem em suas narrativas ramificações da violência, autoimagem, feituras de cabeça e cuidados com o Ori. As apresentações serão ao vivo pela plataforma de videoconferência, cumprindo recomendações da OMS, prevenindo o público e elenco dos riscos da COVID-19.
As interações estão ocorrendo pelo perfil oficial @festivaliyas, onde atrizes fazem chamadas para o evento, contando como ele vem sendo pensado e quem está por trás de cada projeto.
Para Juliana Monique, essa ação artística promove o reavivamento de existências de mulheres negras. Enquanto Fabíola Nansurê acredita que mais um lugar de produção de conhecimento está sendo realizado, essa pesquisadora, dançarina e protagonista de Rosas Negras acrescenta “O empoderamento só é real se ele for coletivo”.
Confira a programação completa:
MESA TEMÁTICA I – 11/11 de Novembro: Teatro de Guerrilha e Protagonismo Feminino Negro.
A atriz e apresentadora Giovana Ewbank anunciou neste domingo (8) que a filha Titi Gagliasso irá estrelar na capa da revista Harper’s Bazaar Kids. Titi tem apenas 7 anos, mas pelas fotos publicadas pelos pais, percebemos que ela e o irmão de 5 anos, Bless têm muita intimidade com as câmeras.
A atriz disse que há um tempo a filha vem mostrando interesse em realizar ensaios fotográficos, mas ela adiava por ser um trabalho cansativo para uma criança, porém não teve jeito. Titi insistiu e a mãe cedeu.
“Nós segurávamos porque ela era muito pequena. Achávamos que ela não sabia o que era, nem se gostava”, revelou, justificando: “Só que, de uns dois anos para cá, ela começou a pedir para participar de um ensaio. Tentei demovê-la da ideia, falei que cansava… Não adiantou e terminei concordando”. Contou Giovana em entrevista para o jornal O Globo
A mãe de Titi postou a novidade em suas redes sociais, muito orgulhosa.
“(…) AMANHÃ sai a primeira capa dela sozinha 💗😭😭😭 Depois de muito tempo nos observando e insistindo pra participar dos ensaios, eu e @brunogagliasso cedemos aos pedidos da nossa princesa!”
Após diversas declarações do candidato referente a ação da prefeitura em homenagem ao dia da consciência negra e sua última entrevista a UOL em que disse “Não ver diferença entre brancos e negros” e que “Já namorou mulheres negras e tem grandes amigos negros”, Celso Russomanno foi denunciado por racismo.
O candidato a prefeito da cidade de São Paulo, chegou a dizer que foi criado por uma mãe de leite, encargo que era posto as mulheres negras escravizadas que precisavam cuidar dos filhos dos brancos enquanto os seus ficavam desamparados.
A ação de denúncia o crime de racismo veio através da Uneafro Brasil, pela coordenadora de núcleo, Elaine Mineiro a denúncia foi protocolada na última semana.
Um abaixo-assinado está circulando para pressionar o Ministério Público a apurar o caso e consequentemente punir o candidato. As falas de Celso Russomano, além contribuírem com a estigmatização de pessoas negras, banalizam a comemoração do mês da consciência negra e resumem os atos de combate ao racismo à vandalismo. Para acessar o abaixo-assinado clique aqui
Como muitos dos povos indígenas na antiguidade, os Suruí Paiter e os Cintas-Largas, comunidades dos estados de Rondônia e Mato Grosso viviam de forma simples nos últimos anos. Porém com a chegada da pandemia do COVID-19, a parte dos impactos como o garimpo ilegal e o agronegócio, a existência de ambas as comunidades ficou comprometida. Com isso, se uniram e idealizaram a moeda OYX, que está em fase final de criação e será lançada no dia 11 de novembro no evento online Blockchain Connect 2020, às 18h.
A ideia é garantir uma renda mínima, segurança alimentar e integração das aldeias criando um efeito de união entre elas, criando uma estrutura que possibilite o desenvolvimento de outros projetos na região. Laço de união entre os dois povos – que são, historicamente, rivais – Elias Oyxabaten Surui é uma voz da comunidade que idealizou um projeto: a criação de uma criptomoeda que viabilizasse, de forma emergencial e contínua, a arrecadação de recursos para a região. “É uma ideia minha de união. A intenção é trabalhar com os dois povos e mostrar serviço para auxiliar as duas comunidades na região”, afirma.
Os recursos gerados pelo ativo digital serão destinados a construir e manter projetos nas regiões onde vivem os indígenas, nos estados de Rondônia e Mato Grosso. A expectativa é que, com o sucesso da iniciativa, seja possível investir em mais plataformas, que permitam a venda de artesanato e criação de trabalhos para a população das tribos. Todo o restante do dinheiro será para investir em mantimentos básicos e na estrutura da região.
“Fomos abandonados à própria sorte pelo Governo Federal durante a pandemia do coronavírus”, conta Elias, que trabalha no Distrito Sanitário da Saúde Indígena e ajuda jovens na região com o desenvolvimento de projetos. “Além dos ataques nas terras indígenas, o governo vem atacando os direitos dos povos indígenas. Queremos mudar essa história: tudo o que buscamos é um auxílio básico, que viabilize a retomada de trabalhos, artesanato e cuidados básicos de saúde”, afirma.
Há décadas, os cintas-largas pedem maior atenção ao povo na região. Por diversas ocasiões, o garimpo ilegal ao leste de Rondônia foi tema de discussões junto ao Governo Federal, que nos últimos anos passou a ignorar as mortes provocadas pela situação.
Uma década depois de ter sido a mãe eu me pego em dualidade comigo mesma entre querer ser mãe novamente e não querer lidar com tudo mais uma vez.
Após assistir o filme italiano “18 Presentes” que narra a história de Anna (Benedetta Porcaroli), uma garota que vai descobrindo a história da mãe, que morreu logo após seu nascimento, por meio de presentes deixados à ela para cada aniversário. Junto com as lembranças, há cartas que a guiarão em diferentes momentos da vida. Contando assim, de forma resumida, parece tranquilo, mas não se engane: o drama de 1h54 de duração pega muito mais pesado e eu entrei em colapso de tanto chorar.
A premissa do filme é verdadeira. O roteiro é inspirado na história da italiana Elisa Girotto. No dia do nascimento da filha, Anna, ela foi diagnosticada com um câncer de mama avançado. O casamento com o pai da menina, Alessio Vincenzotto, aconteceu um mês depois de receber a notícia. Sabendo da gravidade do caso, ela começou a preparar presentes para que fossem entregues à filha a cada aniversário, até atingir a maioridade. Elisa morreu aos 40 anos em setembro de 2017, pouco depois de Anna completar 1 ano de vida.
Ainda assim, não parece ter motivos suficientes para desencadear uma crise de choro, não é mesmo?
Bom, tentarei explicar, mas fui expulsa de casa aos 16 anos quando engravidei. Passei anos sem falar com a minha mãe. Tive uma gravidez difícil, de muito choro. Não tenho sequer uma foto grávida e preciso me esforçar pra me lembrar de como era a minha barriga durante os 9 meses de gestação.
E quando chegou a hora mais importante na vida de uma mãe, a violência obstétrica veio e me atingiu em cheio.
Voltemos rapidamente à noite de domingo, dia 16 de maio de 2010. Nessa data por volta das 23h eu comecei a sentir dores de contração. A meia noite fui para o hospital. Passei a madrugada em uma pré sala de parto, ao meu lado tinha uma mulher branca mais velha, também em trabalho de parto.
Duas enfermeiras nos acompanhavam madrugada a dentro. A moça mais velha gritava muito de dor, eu apenas me retraia. As enfermeiras passavam de um lado para o outro falando “a novinha vai ter o bebê primeiro que você”, “para de gritar, seja forte como ela”, “a moreninha é forte, nem grita”. Às 5h50 meu filho nasceu, ali, na sala de pré parto, depois de eu gritar falando “ele vai nascer”. Eu nem sei como é uma sala de parto. Permaneci ali até as 8h30, suja de sangue com o meu filho no colo.
Hoje aos 26 anos e depois de contar essa história inúmeras vezes de como eu praticamente fiz o meu parto, consigo enxergar a violência que sofri. A tal da violência obstétrica sobre a mulher, e principalmente sobre a mulher preta por ser considerada mais forte.
Voltando para o filme, ele desencadeou todo aquele choro porque hoje, uma década depois, eu sinto uma imensa vontade de ser mãe novamente. Ver no filme como aquela gravidez foi desejada, planejada e cultuada foi como um murro no meu estômago mostrando que eu nunca tive nada disso.
Coisa que talvez fosse, digamos, simples de resolver se não fosse um grande cisto no ovário em 2016 e lá fui eu passar por uma cirurgia, quase que uma cesariana com direito a corte e a famosa anestesia raque e um terrível pós operatório. Segundo o médico são poucas as minhas chances de voltar a engravidar.
Todo esse texto são reverberações que vem de dentro pra fora de mim. Sem adolescência, sem uma gravidez planejada e sem poder ter uma lembrança bonita do considero ser o momento mais importante na vida de uma mulher, o nascimento do seu filho.