A marca de produtos de limpeza Ypê, gerou polêmica ao instalar escultura de uma mão negra segurando um limpador multiuso na Avenida Oceânica, área nobre de Salvador (BA), como peça promocional. Após a marca ser acusada de racismo, a Prefeitura de Salvador retirou a peça, nesta terça-feira (5).

Em nota enviada ao jornal Metro1, a empresa Química Amparo, dona da Ypê, disse que “repudia qualquer tipo de manifestação preconceituosa e racista”. Além disso, também afirmou que a escultura remete ao “icônico personagem norte-americano Mãozinha, de ‘A Família Addams‘, baseado no filme dos anos 90″, lançado em outubro nos comerciais da marca. E completou: “A ativação itinerante faz parte da ação de comunicação que contemplava além da escultura do personagem, totem eletrônico com pôster da campanha e ambientação em abrigo de ônibus. A exposição também passou por São Paulo e Campinas e já foi encerrada”.

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A repercussão negativa veio a tona nas redes sociais, quando a professora da UFBA (Universidade Federal da Bahia), Bárbara Carine, se manifestou contra a escultura, que segundo ela, é um “estereótipo escravagista de manutenção de pessoas negras em espaços subalternizados socialmente”. Em vídeo, a escritora ainda afirmou que por se tratar de uma área nobre, “obviamente não ia ser a mão da dondoca branca” para segurar o produto.

A Secretaria de Desenvolvimento Urbano da capital baiana foi responsável pela remoção da escultura e afirmou em nota que repudia estereótipos racistas e trabalham “sempre pelo combate à discriminação e pela construção de políticas públicas externas para a igualdade racial”. Já a secretária municipal da Reparação (Semur), Ivete Sacramento, celebrou a remoção nas nas redes sociais. “Racistas em Salvador não passarão!!! Removida”, escreveu.

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