Desde 1995, mais de 60 mil trabalhadores brasileiros foram resgatados de situações de trabalho análogo à escravidão. Estima-se que ainda existam cerca de 370 mil trabalhadores submetidos a tais práticas no Brasil, último país a abolir a escravidão no continente. O documentário ‘Vidas Descartáveis’, que será exibido pela primeira vez na GloboNews no próximo sábado, dia 9, às 23h, se debruça sobre duas delas: a escravidão moderna em áreas rurais e a exploração de mão de obra imigrante na indústria têxtil da maior cidade do país.
Dirigido pelos cineastas Alexandre Valenti e Alberto Graça, o longa é uma espécie de road-movie e percorre do Norte do Brasil à selva urbana de São Paulo, passando por Brasília, para mostrar essa triste realidade. Produzido pela MPC Filmes em parceria com a Globo Filmes e a GloboNews, ‘Vidas Descartáveis’ registra os desdobramentos da escravidão escutando diversas partes envolvidas no processo.
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“Colocamos a câmera na frente da humanidade desses explorados, em primeiro plano porque tudo está nos olhos deles e sua dignidade nos atinge apesar do horror vivido. Também buscamos acompanhar o trabalho de homens e mulheres que lutam para quebrar as cadeias da impunidade e trazer justiça a essas pessoas que tiveram suas vidas tidas como descartáveis”, contam os diretores.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que o trabalho escravo moderno gere, no mundo, uma receita anual de US$ 150 bilhões aos seus exploradores, chegando a ser três vezes mais rentável do que no período do tráfico legal.
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