“Quem dorme pouco, tem mais fome”: Dr. Gilmar Francisco explica as conexões entre sono e alterações do peso

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“Quem dorme pouco, tem mais fome”: Dr. Gilmar Francisco explica as conexões entre sono e alterações do peso
Dr. Gilmar Francisco - Foto: Arquivo pessoal

Você come direitinho, bebe água e mesmo assim a fome não passa? Há vários motivos para que isso aconteça, mas cada vez mais a ciência tem estudado a ligação ente nosso apetite, ganho de peso e a forma como dormimos.

“É algo como quem nasceu primeiro? O ovo ou a galinha.  Um sono deficiente, tanto em quantidade quanto em qualidade, faz com que as pessoas não tenham o tempo suficiente necessário em cada estágio do sono que tem, por sua vez, suas funções”, explica o Nutrólogo Dr. Gilmar Francisco.

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“Durante o sono profundo, também chamado de sono rem, que é a fase reparadora do sono produzimos uma série de hormônios. Dentre eles está a como GH e FSH, sendo esse segundo o hormônio que estimula a produção da testosterona, hormônio que é um dos grandes responsáveis pela sinalização para construção de massa muscular. Logo, um sono deficiente implica em dificuldade de ganho de massa muscular”, detalha o médico.

Ainda sobre o sono há outros fatores que refletem no nosso apetite como explica o Dr. Gilmar. “Um sono deficitário estimula a produção de grelina um hormônio responsável pela fome. Esse é um dos fatores pelo qual quem dorme pouco come mais. A leptina é um hormônio responsável pela saciedade e tem sua produção reduzida em pessoas que tem privação do sono. Logo essas pessoas teriam que comer mais para obter saciedade. É possível que a diminuição dos níveis de leptina após a restrição de sono seja uma adaptação do aumento da necessidade calórica pelo aumento do tempo acordado”.

Dr. Gilmar Francisco – Foto: Arquivo pessoal

“Pacientes com mais peso tem um sono de pior qualidade sofrendo com doenças como apneia obstrutiva do sono, ou mesmo o aumento do volume abdominal que dificulta a respiração com o relaxamento muscular causado pelo sono. A obesidade crônica é progressiva e multifatorial e um sono de má qualidade com certeza é um dos muitos fatores para sua instalação”, finaliza Dr. Gilmar Francisco.

QUANTAS HORAS DEVEMOS DORMIR?

Especialistas da National Sleep Foundation, um instituto de pesquisa sem fins lucrativos dos Estados Unidos, publicaram recomendações gerais sobre quantas horas de descanso são necessárias de acordo com cada faixa etária. Os resultados foram:

Crianças pequenas (1-2 anos): não é aconselhável dormir menos de 9 horas ou  mais de 15 ou 16 horas.  É recomendável que o descanso dure entre 11 e 14 horas

Crianças em idade pré-escolar (3-5 anos): 10-13 horas é o mais apropriado.

Especialistas não recomendam dormir menos de 7 horas ou mais de 12 horas.

Crianças em idade escolar (6-13 anos): o aconselhável é dormir entre 9 e 11 horas.

Adolescentes (14-17 anos): devem dormir em torno de 10 horas por dia.

Adultos jovens (18-25 anos): 7-9 horas por dia. Não devem dormir menos de 6 horas ou mais do que 10 ou 11 horas.

Adultos (26-64 anos): o ideal é dormir entre 7 e 9 horas.

Idosos (65 anos ou mais): o mais saudável é dormir de 7 a 8 horas por dia.

Com informações da revista ABRALE

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