Pelo segundo ano, a população negra dos Estados Unidos vai celebrar o dia 19 de junho, conhecido como Juneteenth como feriado nacional. A data marca o anúncio do fim da escravidão nos Estados Unidos e marca as lutas por igualdade e justiça racial nos país norte-americano.
Apesar de ter se tornado oficialmente um feriado no ano passado, as comunidades negras dos Estados Unidos já comemoram a data há muitos anos. O dia lembra os mais de 250.000 escravizados em Galveston, Texas, que só souberam que já eram livres dois anos e meio depois a Proclamação de Emancipação.
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“O Texas foi o primeiro estado a tornar o Juneteenth num feriado. Por conta do movimento Black Lives Matter, nos últimos anos muitas empresas privadas também decretaram esse feriado para sempre. Essa data é uma vitória do Movimento Negro, que vem há anos reafirmando a importância desta data, e fazendo celebrações e festividades”, destaca o jornalista e criador de conteúdo digital Isuperio, que vive nos Estados Unidos.
Um dos grandes expoentes da luta para transformar a data em feriado é Opal Lee, uma senhora de 95 anos que ficou conhecida como a Avó do Juneteenth. Quando tinha 89 anos, ela decidiu ir à pé do Texas até Washington, numa distância de 1400 milhas (mais de 2500 quilômetros), para convocar os legisladores para tornar o dia em feriado nacional.
Ela caminhava duas milhas e meia de cada vez, em sinal aos dois anos e meio que o general Gordon Granger levou para chegar ao Texas e informar os negros escravizados de sua liberdade após a Proclamação de Emancipação em 1865.
Ela entregou 1,5 milhão de assinaturas ao Congresso e conquistou a vitória quando a legislação foi aprovada no ano passado. O presidente Biden, então, assinou o ato que transformou o Juneteenth em feriado nacional.
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