(Photo by BET Awards 2020/Getty Images via Getty Images)
Amanda Gorman attends the American Black Film Festival Honors Awards Ceremony at The Beverly Hilton Hotel on February 23, 2020 in Beverly Hills, California. (Photo by Amy Sussman/Getty Images)
Amanda Gorman, que foi nomeado o primeiro Poeta Nacional Jovem Laureado em 2017, cativou o mundo ao ler seu poema “The Hill We Climb” na cerimônia de posse do presidente Joe Biden e da vice-presidente Kamala Harris, em 20 de janeiro.
Na cerimonia, a poeta estava sendo assistida por diversas pessoas, entre elas a ex-primeira dama, Michelle Obama, que já a tinha encontrado duas vezes antes de seu discurso e falou estar admirada pelo talento da jovem de apenas 22 anos.
Pensando nisso, a revista Times convidou as duas mulheres para um papo sobre “o papel da arte no ativismo até as pressões que as mulheres negras enfrentam no centro das atenções.”
A conversa começou com Michelle Obama perguntando onde Amanda se vê dentro do renascimento e como ela se preparou para recitar sua poesia em um local tão emocionante e importante, como a posse de um novo presidente.
Gorman e sua mãe Joan Wicks com os Obama na inauguração /Cortesia Amanda Gorman; Fonte:Times
Amanda, revelou que a arte faz parte de sua vida e “O que tem sido empolgante para mim é que eu consigo absorver e viver naquela criação que vejo de outros artistas afro-americanos que admiro. Mas também posso criar arte e participar desse registro histórico.” Além disso, “A maior parte da minha preparação foi entrar na emocionalidade do poema, deixando meu corpo e minha psique prontos para aquele momento. Passou-se muito a noite antes de me apresentar no espelho.”
Amanda, muito firme e precisa em suas respostas, afirmou que ama ler poetas negros e ainda citou outros de sua preferencia.
O podcast Histórias de Ninar Para Garotas Rebeldes é inspirado na série de livros homônima, escrita por Elena Favilli e Francesca Cavallo, que traz a história de cem grandes mulheres revolucionárias. Sempre com a narração de uma mulher brasileira, relevante e inspiradora, o projeto autoral da publisher B9 estreou em maio de 2018.
O sucesso angariou mais de 1.7 milhões de plays e, em janeiro de 2020, estreia a 2ª temporada com mais 11 novos episódios. “Licenciar uma marca internacional de sucesso traz alguns desafios e muita responsabilidade. Aprendemos muito nessas duas temporadas de colaboração com a Timbuktu“, comenta Juliana Wallauer, uma das sócias do B9, publisher do projeto. “O licenciamento torna a produção complexa, mas é um investimento muito válido porque o HNGR é um projeto que nos emociona e entrega muito do nosso propósito como produtora. São histórias que são ouvidas dezenas e dezenas de vezes por cada criança, ampliando desde pequenos a visão que elas têm do papel da mulher na sociedade e na história. Tudo vale a pena pra criar uma experiência que permite a imersão em um universo encantador e encantado, onde meninas podem ser extraordinárias a partir de diferentes talentos“, completa.
Mariana Ferrão, MC Soffia, Roberta Estrela D’Alva, Karina Oliani, Gabriela Manssur, Naruna Costa, Tassia Reis, Flavia Cintra, Stephanie Ribeiro, Lygia da Veiga Pereira e Alê Xavier são as vozes que dão vida às personagens escolhidas para essa temporada que vai ao ar semanalmente de 27/01 a 23/06.
No episódio de estreia, a atriz, pesquisadora e poeta brasileira Roberta Estrela D’Alva conta a história de Nanny of the Maroons, uma garota que não podia ser capturada. Nas selvas da Jamaica, escravos fugitivos chamados quilombolas viviam juntos em colônias, e a “Rainha Nanny” era uma de suas líderes. Com a ajuda de seus ancestrais e da força de seu povo, Nanny ensinou os escravos a usar o meio ambiente a seu favor e lutar. O legado da Rainha Nanny continua a inspirar ativistas e rebeldes até hoje.
Indicado para crianças a partir de 5 anos, o podcast é uma produção do B9 com patrocínio e cocriação do banco Bradesco. A segunda temporada está gratuitamente em todas as plataformas de streaming de áudio.
O e-book inédito “Cinemas Africanos contemporâneos – abordagens críticas” terá lançamento neste sábado (6), às 16h, no canal do Cine África no YouTube: youtube.com/cineafrica. O livro de 311 páginas é organizado pelas pesquisadoras Ana Camila Esteves e Jusciele Oliveira e conta com cerca de 40 colaboradores da África, Europa, EUA e Brasil. A publicação tem distribuição digital e gratuita através do portal do Sesc. O link de download será anunciado na live.
Dividido em quatro partes, Contribuições Teóricas, Dossiê Crítica de Cinema na África, Críticas e Ensaios e Entrevista Coletiva: Programadores de Cinemas Africanos no Mundo. A primeira sessão traz escritos de especialistas como Lizelle Bisschoff (Reino Unido) e Jonathan Haynes (EUA), considerado o maior especialista em cinema nigeriano (Nollywood) do mundo. A segunda parte reúne textos de críticos africanos como Claire Diao (Burkina Faso) e Fatou Kine Sene (Senegal).
A terceira parte é dedicada a críticos e estudiosos de várias áreas do Brasil, enquanto o final reúne uma conversa com curadores de cinemas africanos, entre eles Alex Moussa Sawadogo (Burkina Faso/Alemanha) e Mahen Bonetti (Serra Leoa/Estados Unidos). Produzido com o objetivo de ampliar as discussões sobre filmes africanos no Brasil e em língua portuguesa, o e-book é uma publicação pioneira no país por ter seu foco absoluto na pesquisa e reflexão dos cinemas africanos contemporâneos.
“As discussões, que aparecem em formato de artigos acadêmicos, ensaios, críticas e entrevistas, remetem aos filmes da programação da Mostra de Cinemas Africanos e do Cine África”, elenca a organizadora Ana Camila Esteves. “Os textos não só destacam a variedade de abordagens possíveis das práticas cinematográficas do continente africano contemporâneo, mas colocam em definitivo o Brasil na rota das pesquisas que olham para o presente das cinematografias e realizadores da África“, conclui.
Serviço
Lançamento livro “Cinemas Africanos contemporâneos – abordagens críticas”
Imagem: Martinho da Vila e Tia Surica; Imagem/Reprodução
A quarta edição da Festa Literária do Samba e Resistência Cultural (FliSamba) estreia no ambiente virtual entre 8 e 10 de fevereiro, com a tradicional mistura de samba, literatura, mais riquezas do audiovisual e feira online. A festa que tinha como sede o Clube Renascença, teve seu ponto de encontro ‘modificado’ por conta da pandemia.
Agora pode ser vista pelo Brasil inteiro, entre os dias 08 e 10 de fevereiro, das 17h às 22h, nas redes sociais do Acervo Cultne. Os homenageados da festa são um dos pontos mais altos da programação, a professora Helena Theodoro; as damas do samba Tia Surica e Tia Gessy; e em memória, o sambista e fundador do Salgueiro, Djalma Sabiá.
Outro homenageado da Flisamba, Martinho da Vila, será o destaque dessa edição que vai celebrar a trajetória de músico, escritor, cantor, compositor e abrir a comemoração de seu aniversário de 82 anos e do Carnaval.
Já a feira da Flisamba, também vai contar com diversos talentos para sua literatura, por meio de entrevistas, depoimentos e no formato inédito de feira online, com inserção de Spots de vídeo de autoras e autores participantes dessa edição. Nelson Maca, Conceição Evaristo, Ele Semog são alguns destes que terão obras divulgadas. A Feira vai permitir participação de estreantes, ícones da literatura, com diversidade temática e de abordagens, contemplando poesia, prosa, ficção, biografias, textos históricos, entre outros.
Outro destaque da programação é a edição do Seminário “Axé e Carnaval – O Samba no combate à intolerância religiosa”, evento realizado em outubro de 2019 e registrado pelo Acervo Cultne, com a participação de expoentes do samba, jornalistas, escritoras/es, advogadas/os, pesquisadoras/es, religiosas/os, no Rio de Janeiro.
O ex-investidor Desmond Ovbiagele desistiu de sua carreira em um banco de investimentos e passou a dedicar sua vida ao seu antigo sonho de produzir filmes. 10 anos depois, um de seus filmes que retrata a insurgência Islâmica na Nigéria pode ser indicado a premiação mais importante do cinema mundial, o Oscar.
As indicações a premiação acontecerão no dia 15 de março, o anúncio é feito pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.
O filme de Desmond Ovbiagele se chama “The Milkmaid” e conta a história de duas irmãs que são sequestradas de seu vilarejo durante um ataque fatal de militantes no nordeste da Nigéria.
Em entrevista à Reuters, o diretor e escritor de “The Milkmaid” comentou sobre a possível indicação e os incentivos “Mesmo ter chegado até aqui é um incentivo enorme para cineastas que não necessariamente querem contar os tipos de histórias mais comerciais”, disse.
A temática do filme é delicada, e o drama aborda o assunto de forma intrigante. A insurgência do grupo militante Boko Haram já vitimou mais de 30 mil e provocou a fuga de duas milhões de pessoas desde 2009
“Senti que era importante colocarmos algumas histórias de bastidores e algumas personalidades por trás de todas estas estatísticas de baixas”, disse Ovbiagele.
O filme já conquistou cinco prêmios da Academia de Cinema da África, entre eles o de melhor filme. E agora, pode concorrer ao Oscar na categoria de melhor filme estrangeiro porque os personagens se tratam nas línguas locais hausa, árabe e fulfulde.
O próximo DVD “Arena” de um dos grupos de pagode mais queridos do Brasil foi gravado em agosto de 2020 no Allianz Park, em São Paulo.
Devido à pandemia de Covid-19 a forma de gravação do DVD do grupo precisou ser repensada e então a ideia de um drive-in veio à tona.
“Não sabíamos o que iria dar, mas deu certo. Foi muito diferente. Gosto do calor humano, brinco com todo mundo, mas dessa forma acabou sendo uma experiência nova. Pedia buzina, mãos para fora do carro, luzes dos faróis como se fossem os celulares. Foi legal”, contou o vocalista Dodô e entrevista a Folha
O DVD conta com dez canções inéditas e oito sucessos já conhecidos pelo público. A dupla Marcos e Belutti, o cantor Léo Santana e o Grupo Menos é Mais fizeram participações especiais no DVD. “O Léo é um parceiro que quando eu liguei e o convidei ele só perguntou a hora e a roupa que deveria usar. O Marcos e Belutti eu já queria chamar faz tempo e eles toparam de primeira. E o Menos É Mais nunca tinha gravado nada com ninguém e foi um prazer”, afirma Dodô em entrevista.
O cantor falou ainda sobre as dificuldades na adaptação a pandemia, e contou que o grupo sente muita falta do calor e recepção do público e ainda contou um pouco da história do grupo que está prestes a completar 30 anos
“Nesses quase 30 anos de história, a gente evoluiu e amadureceu muito. Nós começamos muito jovens, eu tinha 14 anos, e somos um grupo que não se desfez ao longo do tempo. Estamos evoluindo o som, a linguagem, e para isso o segredo é a nossa união”, conclui Dodô.
O show Drive In que foi apelidado pelos integrantes de “álbum mais diferente da vida” já está disponível para o público no canal do Youtube do Grupo Pixote
Créditos da Imagem: Born Different, My Twin Sister Has Albinism (Barcroft TV)
Viver com o diagnóstico de albinismo, requer uma serie de cuidados médicos, dos quais já mencionamos aqui anteriormente. Entretanto, essa não é a unica preocupação de pessoas no espectro albino. O pouco conhecimento da população a respeito do assunto, leva a preconceitos e como resultado, temos entre outras coisas, a exclusão e a perseguição. Essa, tem como base uma crença oriunda da região dos grandes lagos africanos que diz que poções feitas com partes dos corpos de pessoas albinas são capazes de transmitir poderes mágicos e prosperidade para quem as toma. Tal superstição, traz consequências tristes para os albinos que moram nesses lugares, como a violência, morte e até violação de seus túmulos. Durante uma entrevista por telefone para a agência de notícias Reuters, o cantor zambiano John Chiti alertou sobre alguns casos que aconteceram em Lusaka, capital de seu país, desde o começo da pandemia. “Mesmo enquanto tentamos sobreviver a esta Covid-19, pessoas com albinismo continuam a ser caçadas”…””Isso é muito preocupante, estamos vivendo com medo.”
E se todos nós estamos passamos por períodos conturbados durante a pandemia de Covid-19, as pessoas no espectro albino enfrentam isso de um ponto de vista ainda mais delicado. De acordo com William Savanguene, diretor da Albimoz (Associação de Apoio a Albinos de Moçambique), o número de pedidos de ajuda alimentar aumentou muito desde começo da pandemia. Isso, por que a doença conseguiu amplificar um problema que já era grande: o desemprego da população albina, causado pela discriminação. Antes da pandemia, ainda existia algum tipo de renda, mas com as restrições sanitárias impostas em prol da contenção do vírus as coisas ganharam uma nova realidade.
Em um cenário onde não se tem o que comer, William chama a atenção para outro ponto importante: Nem todos conseguem ter acesso a Álcool em gel e outros produtos de higiene, o que os tornam ainda mais vulneráveis ao Coronavírus. Mas felizmente, algumas coisas têm sido feitas para suprir as necessidades das pessoas com albinismo durante esse período. No Distrito de Buzi, parte das famílias com albinismo e/ou deficiência estão recebendo alimentos, mantas, redes mosqueteiras e produtos de higiene por parte da UNICEF, Light Of The World, e da Cooperação Austríaca Pelo Desenvolvimento.
Aqui no Brasil, foi liberado no fim de dezembro uma verba de R$7,1 milhões de reais para ampliação dos cuidados com pessoas albinas. O investimento foi anunciado no Diário Oficial da União em 18 de dezembro, e de acordo com o ministério da saúde, visa mapear a população brasileira que vive com a condição genética e adequar o SUS. Ao todo 504 municípios foram beneficiados com o incentivo financeiro.
A Amazon Prime Video divulgou, nesta quarta-feira (3), o novo trailer de “Um Príncipe em Nova York 2”, sequência para o clássico filme de Eddie Murphy, lançado em 1988.
Após 33 anos de pedidos para o lançamento da nova produção, finalmente a história do príncipe – agora rei – Akeem será contada mais uma vez. Nesse filme, o protagonista precisa voltar aos Estados Unidos e achar seu filho perdido por conta de um pedido feito por seu pai, o antigo rei Jaffer Joffer (James Earl Jones).
Akeem e seu confidente Semmi (Arsenio Hall) embarcam para o país para buscar o herdeiro, para que assim possa assumir o seu lugar no trono. Eles acabam voltando ao Queens e reencontrando velhos amigos, como o nosso barbeiro predileto da ficção.
Com lançamento confirmado para o dia 5 de março de 2021, ‘um príncipe em Nova York 2’, mostra que Akeem comanda o reino, mas a família é quem são os verdadeiros protagonistas em sua vida.
A sinopse e trailer do filme mostra que podemos esperar muita diversão e com Eddie Murphy e seu companheiro mais que fiel, interpretado por Arsenio Hall.
A Apple anunciou o lançamento do projeto denominado Iniciativa de Equidade e Justiça Racial (REJI, sigla em inglês), um conjunto de ações de educação, formação, carreira e oportunidades voltadas ao combate às injustiças raciais no mercado de trabalho nos Estados Unidos. A empresa deverá investir US$ 100 milhões no projeto.
Em junho de 2020 o CEO da Apple, Tim Cook, havia anunciado que a empresa estava trabalhando no projeto em resposta a dezenas de protestos contra a brutalidade policial. A iniciativa foi liderada por Lisa Jackson, vice-presidente de meio ambiente, política e iniciativas sociais da Apple.
O REJI inclui um centro de inovação e aprendizagem (Centro Propel), uma Academia de Desenvolvedores, especializada em ensino de tecnologia, além de investimento de capital de risco para empreendedores negros e pardos. “Somos todos responsáveis pelo trabalho urgente de construir um mundo mais justo e equitativo – e esses novos projetos deixam claro o compromisso duradouro da Apple”, disse Tim Cook, CEO da empresa, em comunicado oficial. “Lançamos as iniciativas do REJI com diversos parceiros de setores e experiências – de estudantes a professores, desenvolvedores a empreendedores, de organizadores comunitários a defensores da justiça – todos trabalhando juntos para capacitar comunidades que sofrem há muito tempo o impacto do racismo e da discriminação.”
A Apple também contribuiu com organizações como a Equal Justice Initiative de Bryan Stevenson e o King Center para ajudar a apoiar a reforma da justiça criminal nos Estados Unidos. (A Apple se recusou a compartilhar números específicos.)
A série ‘arcanjo renegado’, que foi lançada em 2019 na GloboPlay, chegará a Tv aberta. O ator Marcello Melo Jr que\ interpreta o líder da equipe arcanjo e primeiro-sargento do Bope, usando uma temática policial e política para prosseguir na história.
‘Arcanjo Renegado’ é um thriller policial criado por José Júnior, com direção geral de Heitor Dhalia e direção de André Godoi. A série será exibida sempre às quintas-feiras na TV Globo, após o ‘BBB 21’, mas está disponível na íntegra para assinantes Globoplay na plataforma.
Ao todo, serão dez episódios que vão ao ar semanalmente a partir desta quinta-feira (4) e o ator interpreta o protagonista Mikhael, que é filho de um ex-policial, Sargento Afonso (Marcello Melo), mas torna-se órfão ainda criança quando o pai é assassinado.
Confira a entrevista com o ator, falando um pouco mais sobre a série:
Entrevista com Marcello Melo Jr
Como foi para você receber a notícia de que “Arcanjo Renegado’ seria exibida na TV?
Recebi com muita alegria. Acho uma oportunidade maravilhosa para a grande massa assistir à série depois do sucesso no Globoplay. É um projeto bacana e de uma qualidade espetacular. Estava muito ansioso para que fosse exibido na TV. Acho que o público vai curtir muito também.
Qual o diferencial da série? Que elementos fazem de ‘Arcanjo’ um produto especial?
O diferencial de “Arcanjo” é muito relacionado à construção que o José Junior estabeleceu imprimindo muita verdade no roteiro e tendo o apoio e a participação na obra de muitas pessoas que viveram e fazem parte daquela realidade diariamente. A série apresenta temáticas que estão no dia a dia dos brasileiros como polícia, política, a vida nas favelas. É muito gratificante poder retratar de forma tão verdadeira e próxima da realidade essa história, mesmo sendo uma obra de ficção.
Você fez um árduo processo de composição para viver o Mikhael. Como foi a sua preparação?
O Arcanjo foi uma forma diferente dos outros trabalhos porque eu interpreto o líder de uma equipe policial muito bem preparada e instruída e que necessita de uma preparação física e mental específicas para o tipo de trabalho que eles enfrentam. Então, tive que investir numa alimentação mais saudável mudando os hábitos alimentares. Foram três semanas de treinamento intensivo para aumentar o condicionamento físico com foco principalmente para as cenas de ação.
Mikhael é seu primeiro protagonista e também a sua estreia num projeto cirado por José Junior. Como surgiu o convite para a série?
O José Junior me convidou durante um almoço. Já nos conhecíamos por conta dos projetos do AfroReggae e do Nós do Morro. E fiquei muito lisonjeado quando o Junior me contou que ao escrever a série pensou em mim para dar vida ao Mikhael. Eu me identifiquei de imediato com a história de vida do personagem. Na ocasião, também estava num momento da carreira que eu buscava desafios, algo que exigisse mais de mim. E o Mikhael foi perfeito nesse processo.
Como você define o personagem?
Eu defino o Mikhael como um brasileiro, um ser humano que busca fazer o certo dentro do possível num mundo em que muitas vezes a gente fica confuso em o que é certo e errado. Ele é um cara introspectivo e que não teve tanto afeto na vida, com uma passagem da infância para a adolescência muito conturbada e isso influencia bastante o psicológico do ser humano. Acredito que isso define muito o caráter e a índole dele. Mikhael tem determinação, foco, mas, ao mesmo tempo, tem um vazio dentro dele.
A série é bastante realista e aborda muitas ações do Bope em comunidades, além de outras situações recorrentes nas comunidades do Rio. Para você, que cresceu e viveu no Vidigal, o que significou interpretar essas cenas de ação no Complexo da Maré?
É simplesmente contar uma história de seres humanos singulares. Eu pude conhecer um pouco mais do lado humano da polícia, entender a função e a postura deles dentro do trabalho, o perigo da profissão. Por outro lado, sendo uma pessoa que veio de uma comunidade, também sabemos que é um movimento conduzido pelo sistema. Acima de tudo sou a favor sempre do respeito ao ser humano.