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Vice presidente da Versace é parado pela polícia por andar com sacolas da própria marca

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''Em Beverly Hills enquanto negro. Estou bem, meu espirito não''- desabafou o profissional

Salehe Bemburry, é o vice presidente da área de sapatos masculinos da marca de luxo. Em seu Instagram, ele fez o registro do momento em que foi abordado pela polícia logo após sair de uma loja da Versace em Beverly Hills.

“Então, estou em Beverly Hills agora e estou sendo parado por comprar na loja para a qual trabalho e apenas por ser negro” Bemburry diz no video enquanto tenta ser interrompido pelo policial, que quer dizer que Salehe está distorcendo as informações. As autoridades alegam que ele foi parado por estar praticando Jaywalking (andando nas ruas sem respeitar calçadas ou faixas de pedestres) e que ele concordou em ser revistado. Durante a abordagem, é possível ver que ele foi orientado a manter suas mãos no alto e se quer conseguiu pegar os documentos que estavam na sua mochila. O primeiro vídeo, gravado por ele mesmo, foi postado na sexta feira. Dias depois, ele postou a gravação da câmera do policial.

A estilista Donatella Versace compartilhou o vídeo em seu perfil dizendo: ”Estou chocada que isso tenha acontecido com Salehe Bembury hoje. Ele é parceiro da Versace faz muito tempo e o que ele viveu é totalmente inaceitável. Ele foi parado na rua só pela cor de sua pele. Força Salehe Bembury. Mandando amor e apoio”.

Outras celebridades como Jaden Smith, Ruby Rose, Indya Moore e Gigi Haddid também comentaram o caso e demonstraram apoio pelo ocorrido.

Confira os videos postados pelo designer de sapatos:

BlackRocks Startup abre inscrições para o programa Grow Startup – Cresça seu negócio

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Para quem deseja orientação para empreender em tempos de pandemia, estão abertas inscrições gratuitas para o Grow Startup – Cresça seu negócio, oferecido pela BlackRocks Startup.

O Grow Startup é um programa de aceleração voltado para o empreendedor negro que ensina o empresário e sua equipe a aprimorar o negócio, lidar com os desafios do mercado, além de agregar conhecimento através de mentorias, workshops, contato com possíveis clientes e muito networking.

As empresas selecionadas para o Grow Startups terão acesso ao boostLAB, hub de negócios do BTG Pactual para as empresas Tech dedicado a conexão e potencialização de startups em nível avançado -, créditos de US$ 5mil por dois anos em ferramentas e recursos da Amazon e ao programa de conexão das startups com grandes empresas. Tudo isso com o objetivo de fortalecer a rede de networking desses empreendedores bem como criar oportunidades de negócios e acesso à fundos de investimentos.

Todos os encontros serão online e para participar é necessário que ao menos um dos fundadores seja negro. “Queremos que negócios inovadores estejam no radar do ecossistema de startups no Brasil e que estes negócios tenham oportunidades de acesso e principalmente que mostrem seus diferenciais em um mercado que pouco valoriza nossa inteligência”, explica Maitê Lourenço. As inscrições para o programa vão até o dia 30 de outubro e as startups selecionadas serão anunciadas em 09 de novembro.

O Grow Startups terá duração de 4 meses, com uma dedicação média de 15 horas semanais, quando serão realizadas reuniões tanto em conjunto com as demais startups participantes do programa, quanto de forma individual – sempre online.

Para participar, é necessário acessar o site www.blackrocks.com.br/grow-startup/ até o dia 30 de outubro, e preencher a ficha de inscrição. Podem se inscrever pessoas que tenham negócios inovadores e que sejam liderados por pelo menos uma pessoa negra.

“Infiltrados no Cast” de Ale Santos é agora um programa exclusivo do Spotify

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Foto: Reprodução

Após ter um dos seus podcasts na lista de “Os melhores podcasts da semana” Ale Santos divulgou que agora o “Infiltrados no Cast” é um programa exclusivo do Spotify, o podcast estará disponível nas outras plataformas de stream somente nas próximas 4 semanas.

Sobre o podcast:
O Infiltrados No Cast podcast de Investigações históricas e discussões políticas sobre os acontecimentos que construíram ou resistiram à desigualdade racial em nosso país.

Após dar a notícia em seu Instagram Ale Santos, o apresentador do podcast contou um pouco sobre o que essa parceria significará:

“Isso significa que a empresa está acreditando no meu conteúdo e estamos trabalhando juntos para elevar a qualidade de cada episódio, das séries especiais e a partir de agora é só progresso.”

As séries como “Quebrando mitos racistas e Os maiores racistas da história” são umas dos grandes sucessos do podcast e a parceria com o Spotify é resultado de um ano de muito trabalho que está sendo reconhecido.

Thomas Jefferson Byrd, ator de diversos filmes de Spike Lee, morre aos 70 anos

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Spike Lee publicou neste domingo (4) em seu Instagram que o ator Thomas Jefferson Byrd morreu na noite de sábado (03) aos 70 anos. De acordo com Lee, Byrd foi assassinado em Atlanta (EUA). O ator participou de diversos filmes do diretor, como “Irmãos de Sangue“, “Todos a Bordo”, “A Hora do Show“, “Verão em Red Hook” e “Chiraq”.

“Eu estou muito triste em anunciar o trágico assassinato de nosso amado irmão Thomas Jefferson Byrd na noite passada, em Atlanta, Georgia. Tom é dos meus. Aqui, você o vê como o assustador personagem Errol Barnes em ‘Irmãos de Sangue’. […] Que possamos todos mandar nossas condolências e bênçãos para a família dele. Descanse em paz, Irmão Byrd.”

O primeiro papel de Byrd foi em 1992 na série “In The Heat of The Night”. Em 1995, ele começou sua parceria com Spike Lee em “Irmãos de Sangue” e, desde então, participou de outros 7 filmes do diretor e na série criada por ele chamada “Ela Quer Tudo”.

Além disso, o ator apareceu nos programas “Law & Order: Criminal Intent”, “Living Single” e “The Last O.G”. O último papel dele foi no longa “Freedom’s Path”, que ainda não foi lançado.

Em novo livro, Rodrigo França revisita experiências vividas em reality show e convida o público a refletir sobre racismo estrutural

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Articulador cultural, ator, diretor, dramaturgo, artista plástico, filósofo, cientista social e ativista pelos direitos da população negra, Rodrigo França decidiu, em 2019, aceitar o convite para participar de um reality show de enorme audiência. Com isso, poderia levar um pouco do profundo debate sobre o racismo ao horário nobre da televisão brasileira. Agora, em Confinamentos & afins, livro que escreveu em colaboração com Adalberto Neto e está lançando pela Agir, o autor revisita algumas das experiências que viveu no programa para, a partir daí, refletir sobre silenciamento social, assédio, violência simbólica, intolerância religiosa e muitos outros temas. 

Ao longo da obra, Rodrigo convida os leitores a pensar o conceito de confinamento de forma ampla, para além da ideia de se estar preso em um cômodo ou uma casa. E para o povo negro especialmente, lembra o autor, existem muitas formas de confinamento. “Estamos sempre em busca de uma suposta liberdade, mas ainda há corpos que estão sendo vigiados a todo momento”, explica. “Há corpos perseguidos em lojas, examinados pelas câmeras de segurança, vistos como potenciais criminosos”. Tudo isso é discutido no livro de forma clara e, acima de tudo, com um discurso que convoca à empatia. 

No prefácio que preparou para a obra, a jornalista e influenciadora digital Maíra Azevedo, a Tia Má, fala da importância de ver uma turma de competidores negros na telinha e exalta as palavras conciliadoras de Rodrigo durante o jogo – apesar das perversidades direcionadas a ele. “Ele era literalmente um professor ali, diante de várias câmeras, tentando ensinar”, diz. “Acredito que a sua missão no programa não foi ganhar um milhão, foi nos mostrar o quanto o amor preto cura, liberta e salva!”

Sempre disposto a engajar o público na luta antirracista, Rodrigo ainda inclui no livro uma lista de palavras, expressões e comentários que devem ser evitados, a todo custo, por sua conotação depreciativa para o povo negro. Além disso, sugere aos leitores uma série de livros e filmes que mostram como o racismo vem moldando a sociedade e as relações humanas ao longo dos séculos. Confinamentos & afins oferece assim ferramentas imprescindíveis para quem quer se informar sobre diversos tipos de racismo — estrutural, institucional, linguístico, religioso — e ajudar a combatê-los.

https://www.instagram.com/tv/CFcgHLlJLXk/

KAZA 123 e Casa PretaHub: novos espaços de convivência e aprendizado com foco na comunidade negra

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Os sócios da Kaza 123 - O ator, diretor, escritor e sociólogo Rodrigo França; a Web Design e Chef Maria Júlia Ferreira e a atriz e jornalista Lica Oliveira, em Kaza 123 - Foto: Robson Maia

As cidades do Rio de Janeiro e São Paulo ganharam espaços pensados quem busca locais afro-centrados para se divertir e também trabalhar. Kaaaza 123 (RJ) e Casa PretaHub (SP) nasceram durante a pandemia e por isso seguem as recomendações da OMS, evitando aglomerações e exigindo o uso de máscaras.

Kaaza 123

Os “Kazeiros” Lica Oliveira, Maria Júlia Ferreira e Rodrigo França abriram, no dia 28 de agosto de 2020, as portas da KAZA 123, no coração do bairro de Vila Isabel, na Zona Norte do Rio.

A KAZA 123 é um restaurante, bistrô, um pequeno centro cultural e também uma casa. O espaço, como diz a atriz, jornalista, atleta olímpica de Voleibol e uma das sócias da KAZA 123, Lica Oliveira, “é todo trabalhado no afeto”. De cara você encontra uma equipe afiada na competência e simpatia, capitaneada pelo sociólogo, escritor, dramaturgo, ator, diretor de teatro, criador de drinks incríveis e sócio da KAZA 123, Rodrigo França.

Na entrada, o aroma das comidinhas da designer gráfica e chef de cozinha, Maria Júlia Ferreira, já envolve os visitantes. A apresentação dos pratos e o paladar inigualável do seu Angurmê, o carro chefe da KAZA.

Maria Júlia Ferreira apresenta o Angurmê em Kaza 123 – Foto :Robson Maia 

O espaço ainda tem a Livraria Kitabu, com títulos de autores negros, a charmosa marca carioca Complexo B, com camisetas, camisas masculinas, vestidos e acessórios e a Idunu, com lindas roupas confeccionadas em tecido africano.

KAZA 123  –
Instagram: @kaza123_ _ _
Rua Visconde de Abaeté, 123.
Vila Isabel – Rio de Janeiro – RJ
Funcionamento: Quintas e Sextas – A partir das 18:00.
Sábados e Domingos – A partir das 12:00.
*Até à 00:00.   

Casa PretaHub

Desde o dia 27 de setembro, o número 50 da Avenida Nove de Julho, no centro de São Paulo o endereço da Casa PretaHub, espaço compartilhado que oferece estrutura para a transformação digital de negócios criados por empreendedores negros. Com 530 m² em dois andares de um prédio e nasce com o propósito de se tornar uma franquia social e ter o formato replicado em outros Estados.

Entrada da Casa PretaHub – Foto: Terra Preta Produções

Em um espaço totalmente gratuito, os frequentadores terão acesso à internet, salas individuais, estúdio de audiovisual para gravação de música e podcasts, cozinha industrial para gravação de programas de gastronomia, impressoras 3D, biblioteca, ambiente de loja compartilhada e uma galeria de arte abastecida constantemente com obras de artistas negros.

“Acredito que esse seja um importante passo para o ecossistema. Pensamos a Casa PretaHub com uma ideia de bioma e queremos formar uma grande comunidade de empreendedores que se apoiam mutuamente dentro desse espaço de compartilhamento de infraestrutura e saberes. O plano é conseguir levar o conceito para outros Estados, como em Cachoeira na região do Recôncavo a Bahia, ampliando cada vez mais essa rede”, explica Adriana Barbosa, CEO da PretaHub e presidente da Feira Preta.

Estúdio do PretaHub – Foto: Terra Preta Produções

Criadora do maior evento de empreendedorismo e cultura negra da América Latina, a Feira Preta, Adriana também precisou se digitalizar para seguir com os inúmeros projetos programados para 2020. Estamos todo enfrentando o desafio da transformação digital, estamos todos aprendendo É muito legal poder trazer empreendedores, criadores e autônomos para ocupar e prestar serviços na Casa e auxiliá-los nessa gestão do negócio e letramento digital a partir de um espaço físico”, comenta.

Com parceiros como Extra, Facebook, Fundação Tide Setubal e Mercado Livre, a Casa Preta Hub conta com uma estrutura com 06 salas, 02 estúdios, cozinha para produção de conteúdo e cozinha pop up, espaço maker, espaço para exposição de artistas visuais, loja compartilhada e biblioteca de livros e vinil.

PretaHub
Site: www.pretahub.com
Instagram @pretahub

Se estamos em constante mudança, como poderia a negritude, ser estática?

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Dizia Neuza Santos Souza que “ser negro é tornar-se negro”. Então, se a negritude é fazer a jornada até o transformar-se,  por que muitas vezes acreditamos que ser negro é algo rígido e inato?

Se pararmos para refletir sobre nossas vidas cotidianas: não estamos sempre adquirindo novas experiências e nos adaptando diante das demandas que o dia a dia nos apresenta?

Se estamos em constante mudança, como poderia a negritude, ser estática?

Me aprofundando nesta inquietação, descobri a teoria Nigrescence que sugere que ninguém nasce com conhecimento de sua raça, e que a identidade racial se desenvolve a partir da movimentação do indivíduo em uma sociedade racista.

            A Teoria Nigrescence divide a formação da identidade racial em 5 estágios principais, começando pelo o pré-encontro, que é um lugar mais turbulento, passando depois pelo encontro, imersão-emersão, internalização e chegando até a internalização-comprometimento que reflete um estado mental mais equilibrado.

               Na fase do pré-encontro a pessoa não compreende a sua condição enquanto corpo racializado ou simplesmente não se importa com isso. Esse fenômeno é bem marcado em indivíduos com experiências de bolhas que não valorizam os aspectos da sua negritude. Essas pessoas são ensinadas a rejeitar a sua ascendência, e assim iniciam um processo de auto-ódio e super valorização da cultura, arte, produção e estilo de vida eurocentrados.

               Na segunda fase, o encontro, é quando um evento ou uma série de eventos forçam o indivíduo a se confrontar com a sua identidade, como situações onde a pessoa sofre agressões racistas e se vê obrigada a reiventar a sua persepção sobre si mesma.

               Talvez o recente caso do Neymar seja um bom exemplar desse acontecimento.

               Logo após esse confronto, a pessoa começa a ter uma percepção mais positiva da sua negritude, mas, em contrapartida,  pode apresentar disconforto pisicológico, sentir-se incomodada pelo conformismo das pessoas ao seu redor e se afligir pela passividade dos demais diante de situações de injustiça.

               O encontro leva a pessoa para a fase da imersão-emersão, onde ela percebe que foi “enaganada” o tempo todo e por isso, propositalmente incia um processo de repúdio a branquitude, fazendo um mergulho no universo que percebe como negro.

               A pessoa se educa sobre a história e cultura de seu povo e tende a entrar em discussões mais calorosas sobre assunto (ainda que improdutivas).  Aqui a identidade anterior é destruída e uma nova se incia. Se encerra então o ciclo da imersão e a emersão começa acontecer.

               Na emersão, a pessoa inicia a internalização e entende a negritude mais racionalmente. Isso pode também causar uma sensação de solidão, de que ninguém mais é capaz de entendê-la e de que ela está isolada.

               Pela falta de uma visão mais ampla, a pessoa pode acreditar que até mesmo a comunidade negra está contra ela, e por isso, existe um grande risco de que ela pare nesta etapa e não prossiga com o desenvolvimento.

               Aqui, ela também pode se sentir muito culpada e revoltada por ter deixado passar situações onde ela “deveria” ter se posicionado.

               A quarta etapa é a internalização, onde a pessoa internaliza a sua negritude de fato, ela já se movimenta pelo mundo como um ser negro mas não carrega mais isso como um peso. Ela deixa de discutir por tudo e com todos e gerencia bem os insultos e críticas que recebe. Se posiciona apenas quando vale a pena e faz sentido para ela.

                É também capaz de proteger os membros de seu povo que não são representados por motivos economicos e o interesse é focado em contribuir porque se mostrar correta o tempo todo deixa de ser uma necessidade.

               Durante esse ciclo, a teoria aponta quatro caminhos mais comuns a serem percorridos para a continuidade do desenvolvimento:

1 – Identidade de cluster

               A pessoa está interessada apenas em seu povo, tem pensamentos próximos ao nacionalismo pan-africanista e não está interessada em interagir com outras culturas. Ela entende a sua ancestralidade e opta por continuar mergulhada nela ao invés de explorar outras.

2 – Bi-Cultural

               A pessoa faz um mix entre a cultura de onde nasceu com a cultura Africana.

3 – Multi-Culturalista Racial

               A pessoa acredita que povos de diferentes lugares e raças (não-brancas) podem se unir e criar pontes. Ela se interessa por entender diversas outras culturas e identidades.

4 – Multi-culturalista Inclusiva

               Acredita que a comunidade LGBTQIA+ e individuos brancos podem ser aliados na luta contra o sistema dominante.

É importante termos em mente que esta é uma teoria bem antiga e por isso, precisamos deixála aberta para reformulações e mudanças que já aconteceram na sociedade.

               Por fim, acontece a internalização-comprometimento, a quinta e última etapa, aqui a pessoa passa a  maior parte do tempo ajudando a própria comunidade, não porque ele acredita que outras raças sejam inferiores mas porque ela entende que pode criar laços mais construtivos com pessoas com que ela divide uma experiencia em comum.  Não é uma atitude baseada em raiva e odio e, por isso, o indivíduo é  capaz de lidar bem com pressão e criticismo de dentro ou de fora da comunidade.

               O que você achou desta terioria? Faz sentido para você? Eu acredito que o processo não encerre no quinto estágio e que após a nossaq internalização e comprometimento, ainda experimentamos outras diversas maneiras de vivenciar a nossa negritude.

               Desejo que a produção sobre a descoberta da beleza de ser negra seja um caminho de escrita que ainda encontrará muitos papéis em branco e olhares interessados. Seguimos junt@s explorando os nossos poderes ascentrais que recebemos como herança divina.

Referências:

https://digitalcommons.georgiasouthern.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1066&context=etd

“Felicidade black” Lucas e Orelha, Becca Perret, DJ Zullu e Rapha Lucas lançam música que celebra a cultura preta

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Nesta sexta-feira (2) Lucas e Orelha lançaram o clipe e a música de “Felicidade black”, em parceria com Rapha Lucas, Becca Perret e DJ Zullu a música faz parte de uma série de projetos que visam enaltecer a cultura negra e inspirar o orgulho a identidade.

Em um trecho a música remete ao famoso discurso de Martin Luther King “I have a dream”

“Eu tive sonho e era tão bonito onde corria um negro moleque e ninguém chamava de pivete o porteiro tinha pele preta e a cobertura desse prédio tinha uma família negra”

Umberto Tavares que com Jefferson Junior idealizou o projeto falou um pouco sobre a música e as inspirações para a letra que tem a intenção de levar esperança e amor para as pessoas pretas em um ano tão caótico.

“O projeto surgiu da necessidade de cantar ao povo preto uma mensagem de esperança e de amor em um ano com tantos fatos tristes envolvendo racismo. ‘I can’t breathe’ (últimas palavras de George Floyd, afro-americano assassinado brutalmente por um policial branco) é a frase do ano. E aquele sonho, lá de 1963, de Martin Luther King, ainda não se realizou. Nós, pretos, ainda sonhamos com igualdade, com oportunidade, com respeito”.

O projeto quer levar temas como a visão do preto em seu papel na sociedade e abordará em forma de conversa ou música, assuntos como: vida pessoal, carreira, equidade, diferenças dentro da comunidade, ancestralidade, acesso ao mercado de trabalho e autoimagem.

Além das músicas e fortes parcerias futuras, o projeto #felicidadeblack conta também com vídeos no Youtube em que pessoas negras descrevem o que elas entendem por “Felicidade”, nomes como Rodrigo França, Katiuscia Ribeiro e Jonathan Raymundojá estão confirmados em vídeos do projeto. Vale a pena conferir!

“A música sempre foi uma voz mensageira, sempre foi um grito. É uma ferramenta de luta. Para falar sobre racismo ela é grandiosa! E no ‘Felicidade Black’ ela é fundamental para enaltecer a cultura preta”, disse Lucas

Até dezembro pode se esperar mais ações e músicas do projeto.

Kerby Jean-Raymond assume direção criativa da Reebok

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O designer haitiano fundador da marca de roupas masculinas Pyer Moss, colabora desde 2017 com a marca esportiva do grupo adidas, mas recentemente essa parceria ganhou novos rumos. Agora, ele é o vice-presidente, responsável por toda a direção criativa da Reebok.

Em um comunicado para imprensa, o profissional declarou estar muito satisfeito com a evolução de seu papel na Reebok, por se juntar a equipe de direção criativa. “Vejo a oportunidade de ajudar a marca a trazer novas ideias focando-se no desejo de conferir um aspecto social ao trabalho“

Os primeiros modelos sob a direção criativa do designer deve chegar às lojas no início de 2022.
Matt O’Toole, presidente da Reebok, disse estar entusiasmado com o impacto no design que Kerby irá trazer a empresa. Kerby, é muito envolvido com causas sociais como o Black Lives Matter, e recentemente lançou a plataforma “Your Friends In New York”, que foi projetada para capacitar novos inovadores.

Amanda Magalhães lança álbum “Fragma” e videoclipe com Liniker

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Nome em ascensão na cena musical brasileira, Amanda Magalhães lançou em setembro seu primeiro álbum, intitulado “Fragma”, pela Boia Fria Produções – selo responsável pelo premiado álbum Galanga Livre, de Rincon Sapiência – e distribuído pela Ditto Music. “É sobre reunir os cacos de todas as Amandas que eu já fui enquanto amava e enquanto amo”, contextualiza a artista.

Com canções autorais, produções e arranjos musicais assinados pela própria artista, o disco apresenta uma sonoridade soul, funk, R&B atrelada à MPB e a outros gêneros latino-americanos, com foco em resgatar (e/ou valorizar) a música soul no Brasil. Entre as faixas, estão “Saiba”, com participação de Seu Jorge (lançada em dezembro de 2019), e “Talismã”, com participação de Liniker, música de trabalho do álbum.

Amanda Magalhães traz, em seu disco de estreia, a voz e a potência da mulher jovem, protagonista de sua própria história. Falando de amor, vulnerabilidade, conexões e afetos, a artista se volta para a simplicidade e delicadeza das relações cotidianas, muitas vezes esquecidas em tempos de redes sociais. “Quando penso nesse trabalho, ouço os amores que vivi, ali, fragmentados. Percebo como cada uma dessas partes de mim me fizeram inteira até mesmo quando eu estava aos pedaços. ‘Fragma’ atravessa e revira minha trajetória afetiva de diferentes maneiras e representa o início do meu encontro com a produção musical.”, conta Amanda. ”Talismã”, música de trabalho do álbum, fala sobre a leveza e as sutilezas das relações afetivas, com a participação especial da cantora Liniker, que intensificou a composição com sua voz forte e interpretação marcante. “Foi  uma honra ter a participação dela no meu disco e acho que as pessoas vão gostar e se identificar com essa canção”.

Amanda apresenta talentos interdisciplinares, fazendo dela uma artista de qualidades raras, senão únicas, no cenário artístico atual. Além de cantora, compositora, musicista (tendo o piano como seu principal instrumento) e produtora musical, é também atriz, com formação na Escola de Artes Dramáticas da USP. A artista vem ganhando notoriedade também nessa área, com destaque para a personagem Natália da série 3%, integrando o elenco principal da primeira série da Netflix com produção inteiramente brasileira e aclamada por público e crítica ao redor do mundo. Sua primeira experiência de canto no palco foi durante a faculdade, ao interpretar para o público uma música da Billie Holiday em uma das peças em que atuou. A partir de então, Amanda Magalhães quis conhecer o potencial de sua voz e se tornar mais bem preparada musicalmente – foi quando começou a criar suas próprias composições.

Carioca, mas tendo passado metade de sua vida em São Paulo, Amanda é filha do renomado produtor e arranjador William Magalhães (Banda Black Rio) – a quem chama de seu guru do funk, do soul e do samba – e neta de Oberdan Magalhães – um dos melhores saxofonistas tenor que o Brasil já teve -, que fundou a BBR em 1976. Cresceu em um ambiente musical onde foi intensa a influência da música negra. Aos 28 anos, ela esbanja competência, ultrapassando as expectativas colocadas sobre o seu DNA musical, que também traz a marca do sambista Silas de Oliveira.

Com uma carreira promissora, Amanda Magalhães vem se destacando tanto pela habilidade como cantora quanto pela versatilidade e frescor de suas composições e arranjos. Multitalentosa, a artista estudou áudio e segue se aperfeiçoando em captação e mixagem, sendo ela mesma quem assina a produção musical de seu trabalho, além de produzir para outros artistas, publicidade, tv e cinema. Autodidata, ganhou seu primeiro piano aos 15 anos, mas já aprendia a tocar desde a infância com vídeo-aulas que buscava na internet. Trazendo influências musicais que passam por Daft Punk, FKJ, Hiatus Kaiyote, Solange Knowles, Ray Charles, Zaz, Flume, Baiana System, Céu, Rita Lee, Liniker, Amanda apresenta canções marcadas pelo R&B e pela soul music, unindo as influências norte americanas ao suingue dos ritmos brasileiros.

Ouça Talismã

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