Abordando temas atuais através da filosofia africana e do pensamento decolonial, projeto recebe, a cada episódio, convidados representativos, como Gaby Amarantos.
Com a proposta de repensar os saberes e garantir uma emancipação definitiva para a população africana diaspórica, nasceu o “Afrikafé”, programa apresentado pela filósofa Katiúscia Ribeiro e pela multiartista Janamô que estreia dia 22 de março às 10h30 no YouTube.
Abordando temas que estão em alta nos noticiários e dando o que falar nas redes sociais a partir de paradigmas pensados por e para pessoas pretas, a primeira temporada conta com 12 episódios, intérprete de libras e recebe convidados, como a cantora Gaby Amarantos e a biomédica e cientista Jaqueline Goes de Jesus – que sequenciou o primeiro genoma da Covid-19 no Brasil.
Desfazendo o conceito racista e limitador de que negros na televisão só podem comentar a respeito de sofrimento e racismo, entre um gole de café e outro o programa aborda tópicos que vão desde literatura, moda, estética, gastronomia e sexualidade a padrões de consumo, viagens, artes plásticas, artes cênicas, artes visuais, cinema, música, e muito mais. “É muito importante levar no axé das nossas palavras a possibilidade de transformação e, a partir dessas trocas e diálogos, criar outra forma de perceber a si mesmo e olhar à frente”, frisa Katiúscia sobre o projeto que foi aprovado no edital Retomada Cultural da Lei Aldir Blanc do Governo Federal.
Ter nascido em meio à pandemia, aliás, trouxe um significado especial para o projeto. “Num momento em que as pessoas não sabiam quanto tempo duraria o isolamento social, criamos o programa num impulso de convida-las a olhar para o mundo através de uma possibilidade de olhar para dentro de si. Essa troca foi extremamente frutífera porque gerou potência para quem estava, todas as manhãs, se potencializando com o programa, que começou como Café das Manas, virou Café das Pretas e se consolida como Afrikafé – onde a letra K representa a estrutura da energia vital desde a antiguidade africana que, no Brasil, recebe o nome de axé”, conta Katiúscia.
Almejando ser um instrumento de representatividade, nota-se a formação de uma equipe majoritariamente preta nos bastidores do programa, que serve ainda de vitrine para potencializar os convidados, suas obras e contribuições para a comunidade. “Buscamos trazer novas perspectivas e entender como ser melhor dentro desse cenário que a gente vive, como tirar proveito deste momento para nos emanciparmos. O que queremos é apontar caminhos possíveis”, afirma Janamô. “O futuro é ancestral”, finaliza Katiúscia.
Após 1 ano completo de pandemia no Brasil, irresponsabilidade do governo e variantes do Covid-19, pessoas negras seguem sendo a maioria das vítimas fatais.
No último final de semana 2 personalidades negras brasileiras importantes faleceram em decorrência das complicações causadas pelo Coronavírus. O cantor Irmão Lázaro (54 anos) e o ator Edson Montenegro (63 anos).
As duas morte sensibilizaram o país e chamaram atenção para a vulnerabilidade de pessoas negras em relação à pandemia. Visto que pessoas negras -maioria da população brasileira- representam apenas 19% entre o total de vacinados no país e segundo informações da Folha de São Paulo “O excesso de mortalidade entre pessoas pretas predomina no Sudeste, maioria em São Paulo, e no Sul (Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná), onde existem as maiores taxas de desigualdades raciais.”
Segundo levantamento realizado pela A Pública Menos de 2 a cada 100 pessoas negras receberam a 1ª dose da vacina. Com a variante do vírus um outro dado mostra a desigualdade racial do Brasil, no estado de São Paulo, jovens negros estão morrendo 4x mais do que jovens brancos por covid-19
No último sábado, a Folha divulgou um estudo sobre as mortes de pessoas negras no estado de São Paulo em 1 ano de pandemia. Em decorrência da Covid-19, houve um aumento nos óbitos de 25,1% entre negros em 2020 já entre os brancos, as mortes aumentaram 11,5%. E quando é feito um recorte para os jovens a situação é ainda mais grave. A morte de negros chega a ser quatro vezes maior entre pessoas de até 29 anos.
Os governadores dos estados brasileiros já estão adotando novas medidas de contenção do vírus, como o Lockdown e toque de recolher. No Rio de Janeiro e no Estado de São Paulo tiveram alguns feridos adiantados para conter o avanço do vírus e novamente as praias e funcionamento de serviços e comércios não essenciais estão proibidos.
O Amazon Prime Video e o Amazon Studios anunciam para amanhã, dia 23, a abertura das inscrições para solicitar o benefício do Fundo Amazon Studios e Prime Video, que é gerido pelo Instituto de Conteúdos Audiovisuais Brasileiros (ICAB) e voltado a apoiar os profissionais do setor audiovisual brasileiro que tiveram sua renda comprometida devido à pandemia da COVID-19.
Os profissionais que se enquadrarem nos critérios de elegibilidade, descritos abaixo, podem solicitar o benefício sob forma de doação em único depósito.
É importante ressaltar que esse apoio não demanda qualquer vínculo, associação ou envolvimento profissional com o ICAB, com o Amazon Studios e/ou com o Amazon Prime Video, assim como também não caracteriza qualquer tipo de acordo contratual.
As inscrições permanecerão abertas por no máximo 4 meses ou até que os recursos estejam esgotados. Para se inscrever, basta acessar o site nesse link.
Quem pode solicitar:
Os beneficiários devem ser pessoas físicas que reúnam todas as características abaixo:
Brasileiros natos ou residentes permanentes em território brasileiro;
Atuem na área de produção brasileira cinematográfica e televisiva independente, excluindo produção publicitária, e que estejam incluídos na relação de funções elegíveis para o benefício;
Comprovem o exercício na função declarada e elegível no período a partir de janeiro de 2019 até esta data;
Possam comprovar que têm na produção audiovisual a principal fonte de renda desde janeiro de 2019 até fevereiro de 2021;
Que antes de janeiro de 2020 recebia de forma semanal, quinzenal ou mensal uma remuneração pelo exercício da função declarada e que deixou de receber essa remuneração periódica – entre janeiro de 2020 e fevereiro de 2021 – em virtude da pandemia da COVID-19;
Cuja remuneração total antes da pandemia não excedia R$8.000,00 mensais, desde janeiro de 2019 até janeiro de 2020, isto é, o período anterior à pandemia.
Quem não pode solicitar
Como o objetivo do fundo é apoiar os profissionais da produção cinematográfica e televisiva brasileira não publicitária, ficam inelegíveis a solicitar o fundo:
Profissionais exclusivos de outros segmentos da produção audiovisual, como produção publicitária, teatral, espetáculos de música, festivais, mostras, transmissão de eventos e competições ao vivo, conteúdo jornalístico, religioso, institucional ou corporativo, campanhas políticas e transmissões de sessões legislativas e/ou judiciárias, ou que não possam apresentar comprovação de atuação profissional em atividades de produção para cinema, televisão ou plataformas de vídeo on demand;
Aqueles cuja remuneração mensal média antes da pandemia (entre janeiro de 2019 e janeiro de 2020) seja superior a R$8.000,00;
Profissionais com vínculos empregatícios, contratos de prestação de serviços vigentes ou que estejam recebendo uma remuneração constante desde janeiro de 2020;
Não serão aceitos contratos de trabalho nos quais o contratado também seja sócio ou representante legal da empresa contratante.
No último domingo (21) Jairo Nascimento, repórter da CNN Brasil disse na TV que foi vítima de racismo quando realizava uma reportagem no clube Pinheiros, em São Paulo.
De acordo com a emissora, o repórter realizaria uma matéria falando sobre as condições dos atletas olímpicos durante a pandemia da covid-19, mas após o episódio, a matéria foi cancelada e um boletim de ocorrência foi registrado.
O presidente do clube, Ivan Castaldi Filho, disse a CNN que apura todas as denúncias recebidas e que eventuais desvios de conduta são corrigidos.
O repórter Jairo Nascimento contou que a equipe já estava identificada no Pinheiros, preparada para a gravação da matéria, quando foi abordada por uma diretora que questionou quem seria o repórter:
“Quem é o repórter?”. perguntou a diretora “Eu sou repórter”, respondeu Jairo. Segundo o jornalista, a diretora do clube desconfiou dele e da sua posição. Além desse episódio, a diretora identificada como Ana Paula e um diretor identificado como Fábio questionaram a isenção e temiam reportagem tendenciosa.
O ocorrido foi levado à direção da CNN Brasil, que optou por cancelar a matéria que faria sobre a situação de atletas durante a pandemia do coronavírus. O caso ocorreu no mês passado, mas a denúncia foi ao conhecimento do público somente neste domingo.
“O preconceito é um mal que afeta o mundo inteiro, uma doença que a sociedade deve erradicar urgentemente. Precisamos viver muito atentos para identificar atitudes e ações que possam ter um lado de discriminação. Sempre foi assim com o clube Pinheiros. Somos uma instituição inclusiva”, afirmou o presidente Ivan Castaldi Filho em um vídeo enviado ao UOL
Ivan disse ainda que toda a equipe trabalha diariamente para que todos tenham o mesmo tratamento:
“A equipe de diretores do clube, especialmente os times de governantes e comunicação, trabalham todos os dias para garantir que no Pinheiros todas as pessoas tenham o mesmo tratamento, o mesmo cuidado e as mesmas oportunidades. Por isso apuramos todas as denúncias que recebemos e corrigimos na hora qualquer desvio de conduta”.
O caso foi exibido no Dia Internacional de Combate ao Racismo e a emissora afirmou que lamenta o episódio, disse que “discriminação racial é crime” e que “infelizmente esse crime ainda está acontecendo”.
Em nota enviada ao UOL a emissora repudiou o crime e saiu em defesa da equipe “A CNN Brasil não tolera e sempre denunciará qualquer tipo de discriminação. Também estará sempre ao lado de sua equipe prestando o apoio necessário para o exercício profissional do jornalismo”.
“Já aconteceram diversas vezes comigo. Obviamente nem todas viraram reportagens. Já é segunda vez desde quando comecei a trabalhar na CNN. Mas com o tempo a gente vai aprendendo, criando casca e aprendendo a dar resposta adequada”, afirmou ele ao UOL, por telefone.
Segundo a UOL Jairo Nascimento disse que registrou o boletim de ocorrência, quer aguardar o caminhar do processo, mas avisa que não tem interesse em abrir processo cível.
Não é a primeira vez que o clube Pinheiros é acusado de racismo, outro caso muito conhecido foi o do ginasta Ângelo Assumpção, que após ser vítima de racismo pelo colega de trabalho Arthur Nory, foi demitido logo após denunciar o caso a diretoria.
O que fez da data 21/3 o Dia Internacional de Combate à Discriminação Racial?
Nesta data, no ano de 1960, ocorreu o Massacre de Sharpeville: pessoas negras marcharam pacificamente em direção à delegacia do bairro Sharpeville, periferia na África do Sul, protestando contra a Lei do Passe. Os policiais abriram fogo, e, dentre cerca de 5000 pessoas que protestavam na township (periferias racialmente segregadas), 69 foram assassinadas e 186 ficaram feridas.
O que foi apartheid?
Apartheid era a ideologia apoiada pelo Partido Nacional (composto por parlamentares branco) e foi implantado na África do Sul em 1948, exigindo o desenvolvimento separado dos diferentes grupos étnicos na África do Sul. Durante este sistema, todo tipo de relacionamento inter-racial foi proibido, da amizade ao casamento. Tal segregação já existia em território sul-africano, mas, com o apartheid, passou a ser lei.
São apontadas como as principais razões para a criação deste sistema as ideias de superioridade racial e medo da minoria branca. Em todo o mundo, o racismo é influenciado pela ideia de que uma raça deve ser superior a outra, mas a população branca local se preocupava com acesso a emprego e preservação de sua cultura.
Leis do apartheid
Diversas leis foram aprovadas durante o apartheid:
Lei de proibição de casamento interracial – implatada em 1949, proibia o casamento entre europeus e não-europeus, com o objetivo de evitar que pessoas brancas se relacionassem com outras etnias. Não apenas os casais seriam punidos, mas quem oficializasse a união também.
Lei de Registro da População – implantada em 1950, esta lei era a base do apartheid, onde exigia que as pessoas fossem registradas de acordo com seu grupo racial: brancas, negras, coloured (birracial), indianas e asiáticas, e seriam então tratadas de maneira diferente de acordo com seu grupo populacional.
Lei das Áreas – Também implantada em 1950, este foi o ato que deu início à separação física entre raças, especialmente em áreas urbanas. A lei também pediu a remoção de algumas pessoas para as áreas reservadas para seu grupo racial. Limitava os negros a 72 horas em uma área urbana sem permissão de um representante municipal específico. Dois anos depois, em 1953, foi instituída a Lei de Reserva de Comodidades Separadas, permitindo que os locais, veículos e serviços públicos fossem separados por etnia.
Lei dos Nativos (Abolição de Passes – obrigatórios a toda população negra escravizada ou trabalhadora desde 1709 e Coordenação de Documentos) foi implantada em 1952: forçava os negros sul-africanos a portar uma série de documentos, incluindo uma fotografia, local de nascimento, registros de emprego, pagamentos de impostos e registros criminais, e permitiu ao governo restringir ainda mais seus movimentos. Era ilegal ficar sem um passe, cuja pena era detenção e prisão. Em 1956, através da Proibição de Interditos, removeu todos os recursos legais para contestar a remoção de negros de certas áreas residenciais.
Lei de Promoção do Autogoverno Bantu (como eram chamados os negros) – Em 1959, esta lei dizia que diferentes grupos raciais tinham que viver em áreas diferentes. Apenas uma pequena porcentagem da África do Sul foi deixada para que os negros formassem sua “pátria”, sendo que os negros constituíam a grande maioria da população). Essa lei também eliminou os “pontos negros” das áreas brancas, removendo todas as pessoas negras da cidade e colocando-as em distritos fora da cidade. Eles não podiam possuir propriedade, apenas alugá-la, pois a terra só poderia ser propriedade de brancos. As pessoas negras perderam suas casas, foram removidas de terras que possuíam por muitos anos e foram transferidas para áreas não desenvolvidas, longe de seus locais de trabalho.
Resistência antes de 1960
A resistência ao apartheid veio de todos os núcleos, e não apenas, como muitas vezes se presume, daqueles que sofreram os efeitos negativos da discriminação. As críticas também vieram de outros países, e alguns deles deram apoio aos movimentos de liberdade sul-africanos.
Algumas das organizações mais importantes envolvidas na luta pela libertação foram o Congresso Nacional Africano, Congresso Pan-africanista e o Movimento da Consciência Negra. A história da revolução nacional de resistência ao apartheid passa por três fases: o diálogo e a petição; oposição direta e luta armada exilada.
Símbolo do Congresso Nacional Africano
Em 1949, logo após a implantação do apartheid, iniciou um caminho mais militante, com a Liga Juvenil desempenhando um papel mais importante. O Congresso Nacional Africano apresentou seu Programa de Ação em 1949, apoiando greves, protestos e outras formas de resistência não violenta. Nelson Mandela, em 1952, tornou-se vice-presidente do congresso. Neste mesmo ano, foi iniciada a Campanha de Desafio, convocando as pessoas a violar propositalmente as leis do apartheid e se apresentarem para serem presas. Esperava-se que o aumento de prisioneiros causasse o colapso do sistema e obtivesse apoio internacional. Pessoas negras entraram em “ônibus brancos”, usavam “banheiros brancos”, entravam em “áreas brancas” e se recusavam a usar passes.
Em 9 de agosto de 1956, cerca de 20.000 mulheres marcharam para o Union Buildings, onde fica o escritório presidencial, em Pretória, com uma petição contendo mais de 100.000 assinaturas contra a Lei do Passe. Esta data ficou definida como o Dia Nacional da Mulher.
Marchas em 21 de março de 1960
As marchas não ocorreram apenas no bairro de Sharpeville, diversas outras cidades mobilizaram suas periferias, como Soweto e Langa, por exemplo, sendo esta segunda localizada na Cidade do Cabo, onde 3 pessoas foram assassinadas pela polícia e 26 ficaram feridas durante o protesto pacífico.
O então presidente do Congresso Nacional Africano, Alberto Luthuli, que já havia sido banido por seus atos anti-apartheid, ainda estava sob punição quando queimou publicamente seu passe e foi preso. Mas, logo após as marchas em 1961, tornou-se a primeira pessoa negra do continente africano a ganhar o Prêmio Nobel da Paz.
Após o massacre de Sharpeville, Mandela ajudou a organizar um ramo paramilitar do congresso para se engajar na guerrilha contra o governo de minoria branca. Em 1961, ele foi preso por traição e, embora absolvido, foi preso novamente, em 1962, por deixar ilegalmente o país. Condenado e sentenciado a cinco anos na prisão de Robben Island, foi levado a julgamento novamente em 1964 sob a acusação de sabotagem, sendo condenado, junto com vários outros líderes do Congresso Nacional Africano, e sentenciado à prisão perpétua.
Declínio do Apartheid
Nelson Mandela
Em 1989, De Klerk tornou-se presidente da África do Sul e começou a desmantelar o apartheid, suspendendo a proibição do Congresso Nacional Africano, as execuções e, em fevereiro de 1990, ordenou a libertação de Nelson Mandela.
Posteriormente, Mandela liderou o congresso nas negociações com o governo minoritário (branco) para o fim do apartheid e o estabelecimento de um governo multirracial. Em 1993, Mandela e de Klerk receberam conjuntamente o Prêmio Nobel da Paz, e, no ano seguinte, o congresso obteve maioria eleitoral nas primeiras eleições livres do país, quando Nelson Mandela foi eleito presidente da África do Sul. Em 1995, definiu 21 de março como Dia da Marcha pelos Direitos Humanos.
A verdade é que falaremos por muito tempo ainda sobre os problemas resultantes do preconceito e da discriminação racial, sobretudo nas datas que marcaram historicamente a vida do negro brasileiro e no mundo todo.
A ideia para o texto de hoje era outra. Queria trazer um pouco das minhas lembranças de criança como ajudante de cozinha da minha mãe, e como hoje estes temperos e sabores do interior paulista se refletem e compactuam na cultura da afetividade entre minhas filhas e eu.
No entanto, enquanto escrevia, me atentei ao calendário e vi, com uma surpresa inevitável (os dias estão voando!) a data que se aproximava.
O Dia 21 de Março – Dia Internacional contra a Discriminação Racial foi criado pela ONU – Organização das Nações Unidas, – com o objetivo de associá-lo à lembrança do Massacre de Shaperville. Na data, tropas do exército de Joanesburgo, capital da Africa do Sul, atirou sobre uma multidão de manifestantes matando 69 pessoas e ferindo outras 186.
A manifestação contava com cerca de 20 mil negros que protestavam contra a lei do passe, que lhes impunha trazer cartões de identificação que especificassem as áreas por onde eles deviam transitar.
Qualquer pessoa que viva na realidade sabe o quanto o racismo ainda se faz presente todos os dias, e de forma velada ou não contra a população negra. Sobretudo neste contexto em tempos de pandemia.
Sendo assim, eu decidi trazer a reflexão de que num momento em que grande parte da população mundial está doente em casa ou nos hospitais, o preconceito e a discriminação racial resultam em problemas que vão além da cor da pele: a nossa saúde mental.
É pensar a todo o momento, e mesmo em meio a esse caos, criar mecanismos para que a nossa autoestima não seja diminuída e, assim, conseguir controlar nossas emoções mantendo a nossa estabilidade mental.
Na falta de certezas e inundados diariamente com notícias alarmantes que nos fazem sentir vontade de gritar de desespero e impotência, não nos esqueçamos jamais de olhar para a história dos nossos antepassados e concluirmos que, apesar de tudo, estamos aqui e o plano é seguir avançando.
Esse pensamento é de grande valor e nos serve de força para o enfrentamento do dia a dia, como uma memória que tenho da minha avó que se chamava Maria Isabel. Ela nasceu em 1902.
Alguém que nasceu naquele ano e negra certamente teve muitas histórias para contar. Uma vez me contou que, quando ainda era menina, trabalhava numa casa onde não lhe davam comida e a proibiam de trazer de casa por não gostarem dos “cheiros” da comida dos pretos.
Ela, para aliviar a fome quando o estômago doía, trazia nos bolsos do vestido pequenos palitos de cana-de-açucar. “Era assim que eu adoçava aqueles dias amargos”, lembrava ela.
Esse depoimento da minha avó nunca saiu da minha cabeça e sempre que me vem essa lembrança eu lacrimejo e tento trazer esse exemplo de valentia para a vida.
Com o tempo, podemos encarar a mudança de rotina imposta pela quarentena, como mais uma entre as situações difíceis que já enfrentamos.
E neste dia 21 de março, ainda que estejamos confinados e sem saber quando isto acaba, guardemos no coração a força e a coragem dos que já passaram por aqui antes e lutaram por nós.
Até o dia 28 de março, professores, diretores, coordenadores e supervisores que atuam em escolas públicas (municipal, estadual e federal) no estado de São Paulo poderão se inscrever para participar do projeto que pretende auxiliar profissionais da rede pública de ensino do estado de São Paulo no desenvolvimento de ações sobre diversidade e inclusão.
O “Professores pelo Sim à Igualdade Racial” terá duração de cinco horas e oferecerá um workshop de formação e capacitação voltado para a aplicação de ações práticas em sala de aula e gerenciamento de situações racistas vivenciadas diariamente no ambiente escolar. Além disso, os participantes também terão acesso ao curso de formação online ‘ABC da Raça para Escolas’, desenvolvido pelo ID_BR.
“Para garantirmos uma sociedade melhor e mais equânime no futuro, é fundamental garantir uma educação antirracista desde a base educacional até o ambiente corporativo. As escolas têm um papel essencial como um espaço de socialização, experiências, descobertas, transmissão e troca de conhecimentos”, conta Luana Genot, Fundadora e Diretora-Executiva do ID_BR.
O Instituto Identidades do Brasil (ID_BR) acredita que mais do que dizer não ao racismo, é preciso dizer sim à igualdade racial. Por isso, tem como uma de suas principais missões a de disseminar o conhecimento por meio do letramento racial e da educação antirracista. Como parte desse objetivo, o ID_BR está lançando esta semana o ‘Professores pelo Sim à Igualdade Racial’.
Há um tempo atrás me deparei com um desabafo no Twitter que falava sobre a dor de mulheres pretas que nunca estiveram em um relacionamento. O assunto em questão, me acertou como um soco no estômago e, até hoje, eu sinto meu peito se fechando sempre que reflito o quanto este assunto está presente na vida de inúmeras mulheres negras, inclusive na minha.
Vejam só: Eu sou uma mulher negra e gorda, no auge dos meus 24 anos, que nunca esteve em um relacionamento sério. Assumir esta posição é o mesmo que divulgar os meus segredos mais íntimos em praça pública. O sentimento é de vergonha, decepção e, principalmente, culpa.
Por muitos anos, até entrar na faculdade, eu sempre achei que o problema fosse comigo, entende? Sei lá, talvez eu fosse feia demais, grande demais, desajeitada demais ou negra demais! Uma vida inteira tentando me encaixar dentro de um padrão inatingível onde o sistema racista escracha nossas diferenças todos os dias.
Ainda na adolescência, me lembro de nutrir um amor incondicional pelas comédias românticas dos anos 90. Julia Roberts, Sandra Bullock e todas as musas dos filmes antigos que fizeram crescer em mim uma obsessão em ser amada. Eu sempre tive a certeza que, em algum momento, a pessoa certa, o meu eleito, o escolhido que me amaria com todos meus defeitos, iria aparecer e nós teríamos o nosso “felizes para sempre”.
O problema é que este enredo perfeito não fecha quando você é uma mulher negra. Aos 16, eu vi minhas colegas da igreja começarem a namorar. Aos 20 praticamente todas as minhas conhecidas da escola já estavam casadas e com filhos. E agora, aos 24, vejo algumas das minhas amigas de faculdade iniciarem o projeto “noiva do ano”.
Só que no meu caso, o tal eleito não apareceu e os que chegaram nesse meio tempo nunca nem mesmo cogitaram me assumir – mesmo que logo depois eles surgissem namorando outra pessoa.
Nos últimos anos, o realmente me ajudou foi começar o meu processo de autoconhecimento. Compreender que a solidão da mulher negra é uma problemática real, presente na vida de muitas mulheres pretas, me na hora de não aceitar migalhas e cair em ciladas.
Digo isso porque nós, mulheres negras, que não estamos acostumadas a receber afeto, estamos sempre caindo na cilada do meio amor, do meio carinho e do meio relacionamento. Muitas vezes, a gente acaba aceitando o amor ruim por medo de não receber nenhum tipo de amor. E pior, às vezes, o relacionamento acontece somente na nossa cabeça com a esperança de que se estenda no coração do outro.
Hoje, no auge do meu autoconhecimento, consigo enxergar que o envolvimento que me permiti ter com algumas pessoas foi apenas por medo de não vivenciar nenhuma experiência. Em nenhuma das vezes, eu tive absoluta certeza ou me senti completamente desejada.
Muitas das vezes, eu só queria ter algo para contar na roda de amigas, já que nos primeiros anos da adolescência e vida adulta eu era apenas a pessoa que podia ouvir o que elas compartilhavam.
E infelizmente, se você é uma mulher negra em uma roda de amigas brancas, em algum momento você vai se deparar com as seguintes frases: tudo tem seu tempo, miga. mas relacionamento nem é tudo isso, viu? você tem sorte de estar solteira.
E eu sei que você vai se sentir como se ninguém mais entendesse a sua dor no mundo, mas olha, você não está sozinha! Estou aqui para te dizer que nesta vida, enquanto mulher negra, algumas dores a gente só divide com outra mulher negra.
Mas, por favor, entenda que não há nada de errado com você. Se estar solteira até hoje, significa não aceitar amores pela metade, que você possa continuar sendo inteira sozinha. Você nasceu digna de receber todo o amor que merece e todo afeto que necessita. A libertação vem quando você, eu e todas nós, mulheres negras, entendemos que não podemos nos contentar com a margem quando merecemos um oceano inteiro.
Com a proposta de estimular a produção fotográfica nacional e valorizar as diversas formas de inserir a imagem no cotidiano das pessoas, o festival ‘photothings’ é dedicado aos artistas visuais que tenham a fotografia como suporte para o seu trabalho.
Pensando na responsabilidade em se ter uma equipe mais diversa, está reunido nesse ano a Luciara Ribeiro, Renata Felinto, André Pitol, Deri Andrade, Tiago Santana e Nego Júnior para integrar a equipe do Festival, e potencializar as atividades com olhares direcionados a cultura preta e periférica. É a primeira vez que estes profissionais, da fotografia e das artes, trabalham juntos e enriquecem o time de um projeto de fotografia.
Para o fotógrafo e participante dos Diálogos Phothothings, Nego Júnior, é de extrema importância que as estruturas se preocupem e possibilitem que negros alcancem estes espaços. “A presença de gente preta no Photothings traz novos olhares e consequentemente abordagens inéditas, não está próximo do ideal, mas se mostra acurado ao assunto”, disse.
Idealizado pela curadora e pesquisadora de fotografia Marly Porto, o Photothings tem por missão trazer oportunidades para os artistas sem representação comercial apresentarem seus trabalhos diretamente ao público, conectando artistas e público num local onde a imagem possa se mostrar e ser vista.
As inscrições para os fotógrafos interessados estão abertas até o dia 21 de março. Eles devem enviar um ensaio fotográfico, formados por no mínimo seis e no máximo 12 imagens. Os ensaios submetidos, por meio de inscrição online e gratuita, não precisam ser inéditos. As fotografias, quando reunidas, precisam estabelecer um diálogo, criar uma narrativa, expressar o sentimento do candidato sobre o tema de sua escolha.
O júri formado por representantes da classe artística nacional e internacional selecionará 20 ensaios fotográficos que serão expostos em uma exposição virtual, desenvolvida pela artista Luisa Puterman. Com lançamento previsto para o dia 27 de abril, a exposição poderá ser vista no site e redes sociais do festival photothings e na galeria virtual do Metrô de São Paulo, empresa que apoia o projeto.
Entre os 20 artistas selecionados, 10 serão contemplados com a produção de um fotolivro autoral, produzido pela Porto de Cultura, editado pela Grão Editora e impresso na Ipsis Pro. E ainda uma caixa portfólio, 100% artesanal, contendo ampliações fotográficas de seu trabalho, impressas com tinta de pigmento natural sobre papel Hahnemühle Photo Rag 308 gsm.
A Chef Aline Chermoula fez um pesquisa e nos apresenta algumas receitas de cuscuz preparadas pelo Brasil e até fora dele. O cuscuz é um alimento bastante conhecido e consumido no Brasil cada região traz sua variante com suas influências locais.
Saboroso e nutritivo, o quitute também é bastante versátil, uma vez que pode acompanhar diversos ingredientes, desde carne vermelha a leite. Tudo depende da preferência e do objetivo de cada um. A base do cuscuz é o flocos de milho, cereal rico em carboidratos complexos, fibras, vitaminas A e B1 e ácido fólico. O cuscuz também pode ser inserido no cardápio daqueles que desejam emagrecer e ganhar massa magra.
Benefícios do cuscuz:
Os carboidratos complexos presentes no cuscuz são fonte de energia; as vitaminas A e B1 auxiliam nos impulsos nervosos e na regeneração celular; já o ácido fólico ajuda a prevenir as doenças cardíacas. Outros nutrientes importantes são a proteína, o selênio e o potássio.
Cuscuz nordestino:
Conhecido especialmente pela sua versatilidade, o prato elaborado à base de milho, sal, manteiga e água pode ser servido em momentos variados do dia, como no café da manhã, em refeições principais e lanches ao longo do dia. Além disso, o cuscuz nordestino pode ser complementado com ingredientes diversos.INGREDIENTES
1 ½ xícara (chá) de farinha de milho flocada
½ colher (chá) de sal
¾ de xícara (chá) de água
2 colheres (sopa) de manteiga
REPARO: 1 Numa tigela misture a farinha de milho com o sal. Regue com a água aos poucos, mexendo com uma colher para umedecer a farinha – a textura deve ficar como a de areia molhada, bem úmida. Deixe hidratar por 10 minutos – assim os flocos ficam mais macios ao cozinhar no vapor.
2 Preencha o fundo da cuscuzeira com água e encaixe o cesto de vapor na panela. Transfira a farinha de milho hidratada para o cesto, sem compactar. Tampe e leve para cozinhar em fogo alto.
3 Assim que começar a ferver, vai sair um leve vapor pela lateral da tampa. Abaixe o fogo e deixe cozinhar por mais 10 minutos até o cuscuz ficar bem macio. Verifique ao abrir a tampa: o cuscuz deve estar inflado macio ao toque.
4 Desligue o fogo e, com cuidado para não se queimar ou virar o cesto, puxe a haste central para desenformar cuscuz. Transfira para uma tigela e desfaça o cuscuz em pedaços com um garfo.
5 Numa tigela pequena misture a manteiga com ¼ de xícara (chá) da água fervente da cuscuzeira. Mexa com uma colher até derreter pelo menos a metade da manteiga – ela termina de derreter com o calor do cuscuz.
6 Regue a água com manteiga sobre o cuscuz e misture com o garfo – a água com manteiga deixa o cuscuz mais úmido e saboroso. Sirva a seguir.
Cuscuz de Mandipuva (Mandioca podre)
Ingredientes
4 kg (ou mais) de raízes de mandioca fresca;
Sal a gosto;
Erva-doce;
Canela em pó;
Cravo.
Apanhe as raízes de mandioca, corte as pontas e abra cortes longitudinais na casca.
Coloque-as no “lago” (buraco feito com areia) e deixe de “banho”, de 4 a 5 dias. Depois que a mandioca ficar mole (fermentar), tire a casca e esprema o produto num saco de algodão.
Depois de enxuta e seca, soque-a num pilão até virar farinha.
Coloque a farinha em um recipiente, de preferência uma gamela, e adicione sal, canela, cravo e erva-doce.
Faça uma massa, coloque em uma cuscuzeira e cozinhe em banho-maria (no vapor).
Deixe cozinhar de 25 a 30 minutos e estará pronto.
Nota: Prato indígena que os litorâneos do Paraná preparavam.
Influência os tupinambás cuscuz de mandioca delicioso mistura mandioca e amendoim, se delicie!
Bijajica é um prato típico do estado brasileiro de Santa Catarina, localizado na região Sul do país. É mais popular nas regiões litorânea e serrana do estado. Trata-se de um bolinho produzido na região do planalto serrano de Lages.
Ingredientes
500g de massa de mandioca ralada, bem espremida (talvez seja necessário 1 kg de mandioca).
500g de amendoim vermelho cru triturado (usei processador, mas pode ser no liquidificador)
250g de açúcar mascavo
1 colher (chá) de sal
12 cravos triturados
Preparo
Misture bem todos os ingredientes e coloque, sem apertar, na parte de cima de uma cuscuzeira ou panela de vapor, forrada com pano de algodão.
Cubra com as pontas do pano, feche a panela e cozinhe por mais ou menos meia hora ou até sentir com os dedos que a massa está cozida e grudadinha.
Aí é só virar e desenformar. Se quiser fatias perfeitas, espere esfriar um pouco para cortar.
Cuscuz de inhame
INGREDIENTES
1 kg de inhame pré-cozido
1 coco pequeno ralado
1 xícara de açúcar
Sal a gosto
PREPARO
Rale o inhame, coloque em um recipiente e acrescenta o coco ralado, o açúcar e o sal. Amasse bem e coloque em uma forma.
Depois desenforme e enfeite como quiser.
Depois é só saborear.
Cuscuz do Maranhão
1 xícara floção de milho
1 pitada sal
40 g coco ralado
1/2 xícara leite de coco
1/2 xícara água
Preparo
1 Misture todos os ingredientes secos em um recipiente.
2 Adicione água e leite de coco, aos poucos, até formar uma farofa bem úmida.
3 Deixe descansar por 5 minutos.
4 Coloque na cuscuzeira sem amassar e deixe cozinhar por 15 minutos.
5 Depois desse tempo retire o cuscuz da cuscuzeira e polvilhe coco ralado. Para assim, se servir e saborear essa maravilha de comida.
Imagem: Aline chermoula
Cuscuz Marroquino
INGREDIENTES
1 ½ xícara (chá) de cuscuz marroquino 1 ½ xícara (chá) de água 3 colheres (sopa) de azeite 1 colheres (sopa) de salsa picada 1 colher (sopa) de manteiga 120g de amêndoas laminadas e torradas 5 colheres (sopa) de cebola roxa 5 colheres (sopa) de uvas-passas pretas 2 dentes de alho fatiados sal e pimenta-do-reino moída na hora a gosto
PREPARO
Leve uma chaleira (ou panela) com a água ao fogo alto para ferver. Coloque o cuscuz marroquino numa tigela grande, regue com a água fervente, misture e tampe com um prato. Deixe abafado por 5 minutos. Junte 1 colher (sopa) de azeite de oliva, a manteiga e 1 pitada de sal ao cuscuz. Misture bem e reserve. Descasque a cebola e corte na metade. Corte as metades em fatias bem finas formando meias-luas. Corte os dentes de alho em fatias finas. Em uma frigideira grande, coloque o restante do azeite e leve ao fogo médio para aquecer. Em seguida, junte a cebola e o alho e deixe dourar. Junte as uvas-passas, as amêndoas e, por último, o cuscuz hidratado. Mexa bem. Tempere com sal e pimenta-do-reino. Polvilhe com a salsinha picada. Sirva a seguir.
Quem resiste ao saboroso cuscuz paulista?
INGREDIENTES
500 g de camarão (médio)
caldo de 1 limão
500 g de cação em postas
3 ovos cozidos
1 kg de palmito (em conserva)
4 colheres (sopa) de manteiga
1 cebola grande picada
3 dentes de alho picados
8 tomates sem sementes e picados
¾ de xícara (chá) de extrato de tomate
200 ml de leite de coco
1 maço de cheiro verde picado
1 xícara (chá) de farinha de milho
1 xícara (chá) de farinha de mandioca
folhas de salsinha para decorar
sal e pimenta-do-reino moída na hora a gosto
PREPARO
1. Limpe os camarões: retire as cascas e a cauda; faça um corte nas costas e retire as tripas com um palitinho. Lave bem sob água corrente. Transfira para uma tigela e tempere com o suco de limão e sal.
2. Numa panela, coloque 15 camarões, tampe e deixe cozinhar no vapor por 7 minutos em fogo médio.
3. Numa tábua, corte o cação em cubos de 2 cm e os ovos cozidos e os palmitos em rodelas. Reserve.
4. Umedeça uma fôrma de pudim com água para que o cuscuz desenforme mais facilmente. Disponha de maneira harmoniosa as rodelas de ovo e de palmito e os camarões cozidos. Reserve.
5. Numa panela, coloque a manteiga e leve ao fogo. Quando derreter, acrescente a cebola e mexa até ficar transparente. Adicione o alho e, assim que dourar, coloque os tomates picados e deixe cozinhar em fogo médio por 10 minutos.
6. Junte a polpa de tomate, o leite de coco e o cheiro-verde. Tempere com sal e pimenta-do-reino. Deixe cozinhar por mais 15 minutos. Retire do fogo.
7. No liquidificador, bata o refogado de tomate. Volte-o à panela e deixe cozinhar em fogo médio. Adicione, aos poucos, a farinha de milho e a de mandioca. Continue mexendo até que a mistura comece a engrossar. Acrescente o cação, o restante do palmito e os camarões crus. Continue mexendo até que a mistura se desprenda do fundo da panela.
8. Transfira o cuscuz para a fôrma preparada e cubra com filme. Quando esfriar, leve à geladeira por 3 horas. Desenforme sobre um prato e decore com as folhas de salsinha. Sirva frio.
Imagem: Aline chermoula
Dicas!
COMO COMPRAR A FARINHA
Para não ter erro na hora de comprar a farinha, procure no supermercado por farinha de milho flocão, ou farinha de milho para cuscuz nordestino. Não confunda com a farinha de milho amarela flocada (utilizada para fazer o cuscuz paulista e farofas).
Acompanhamentos para cuscuz
1 – Banana. Caso você queira inovar na combinação do seu cuscuz nordestino, a banana se mostra uma ótima opção de recheio. …
2 – Carne-seca. A carne-seca talvez seja um dos acompanhamentos mais conhecidos. …
3 – Coco. …
4 – Manteiga.
5 – Ovo.
6 – Queijo coalho
7 – Leite
8- Calabresa
9- Vinagrete
10- RequeijãoDa África para o Brasil: descubra os benefícios do cuscuz em 3 receitas inovadoras e deliciosas
O cuscuz é um alimento bastante conhecido e consumido no Brasil cada região traz sua variante com suas influências locais.
Saboroso e nutritivo, o quitute também é bastante versátil, uma vez que pode acompanhar diversos ingredientes, desde carne vermelha a leite. Tudo depende da preferência e do objetivo de cada um. A base do cuscuz é o flocos de milho, cereal rico em carboidratos complexos, fibras, vitaminas A e B1 e ácido fólico. O cuscuz também pode ser inserido no cardápio daqueles que desejam emagrecer e ganhar massa magra.
Benefícios do cuscuz
Os carboidratos complexos presentes no cuscuz são fonte de energia; as vitaminas A e B1 auxiliam nos impulsos nervosos e na regeneração celular; já o ácido fólico ajuda a prevenir as doenças cardíacas. Outros nutrientes importantes são a proteína, o selênio e o potássio.