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BBB21: Carla Diaz é procurada pela polícia para apurar caso de “racismo reverso”

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Foto: Reprodução/Internet

Na última quinta-feira a atriz e ex-BBB Carla Diaz contou nos stories do seu  Instagram que foi procurada por um policial da DECRADI – Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, no Rio de Janeiro. 

Enquanto a atriz ainda estava confinada, aqui fora iniciou uma investigação de um caso de discriminação racial da psicóloga Lumena contra ela.

“Toda cagada na branquitude” disse Lumena em conversa com a cantora Karol Conka. Carla não tinha conhecimento do inquérito e disse que foi surpreendida com a visita da polícia.

“Bateram na minha porta. Levei um susto, óbvio, até porque alguém pediu para a delegacia instaurar um inquérito. Eu vou ter que prestar esclarecimento sobre um procedimento de preconceito racial. Sim, como se eu fosse a vítima. Como se eu tivesse sido vítima de discriminação. Quero dizer que acho isso tudo um absurdo”, desabafou Carla Diaz.

https://twitter.com/Carladiaz/status/1380222783515455492

A atriz aproveitou para ressaltar para os seus seguidores que racismo reverso não existe, portanto, ela nunca foi vítima de discriminação racial:

 “Acho importante afirmar aqui que racismo reverso não existe. Gente, por favor, vamos ler, vamos nos informar. A Internet está aqui para isso. O programa debateu racismo a semana toda. Estou muito chateada com essa situação, ainda mais porque tudo isso começou quando eu ainda estava na casa. Usaram meu nome, sem meu conhecimento, para me colocar nessa situação”, continuou.

A atriz também informou que o caso está com o seu advogado, e por ora, ela não tem mais informações sobre o assunto.

Negra Li lança projeto “Só Uma Tacinha” para se aproximar e matar a saudade do seu público

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O projeto consiste em aproximar a cantora de seu público em um formato informal e leve, onde o foco é conversar e responder perguntas tomando uma taça de vinho.

A inspiração do projeto vem da saudade de poder conversar com os amigos tomando um bom vinho sentados na sala de casa. Por conta da pandemia, esses encontros de tornaram impossíveis, mas a cantora deu um jeitinho e utilizou disso para conversar com seus fãs.

Os vídeos serão postados de 15 em 15 dias e vão trazer temas importantes para a cantora. Neste primeiro, ela fala de amadurecimento, sentimentos que estão presentes durante os aniversários e como hoje ela se sente muito mais feliz do que era quando tinha 20 anos.

Pensamos nesse projeto como uma forma para me aproximar ainda mais do meu público e poder conversar como se estivesse falando com amigos mesmo. Meu foco é trazer temas que são importantes para mim, mas de uma forma leve, tranquila, para que possa mostrar minha visão de acordo com a vivencia que tive e de alguma forma poder ajudar e influenciar de uma forma positiva todo meu publico“, comenta a cantora.

Confira:

Netflix lançará documentário sobre a carreira e vida de Kanye West

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Foto: Reprodução/Internet

A carreira do rapper Kanye West sempre foi marcada por grandes acontecimentos, desde a polêmica envolvendo a cantora Taylor Swift no VMA 2009 o cantor nunca mais saiu dos holofotes, candidatura a presidência, envolvimento com a família Kardashian e exposições nas redes sociais e muitos outros assuntos mantiveram o nome de Kanye no topo.

A Netflix decidiu comprar o projeto que mostra detalhes dos últimos 20 anos da carreira e vida do rapper. O documentário deverá ser lançado ainda no ano de 2021, e é uma produção dos diretores Clarence Simmons e Chike Ozah, que já trabalharam com o rapper em um  clipe de 2003. Durante esses anos os diretores registraram diversos momentos da vida de Kanye, que serão exibidos com exclusividade no documentário. 

Assuntos como sua candidatura a presidência dos EUA em 2020, a morte da mãe de Kanye e seu divórcio com Kim Kardashian serão abordados.

Leia mais sobre Kanye West:

Série “Casa de Vó”, estrelado por Margareth Menezes, vai ser exibida na TV Educativa da Bahia

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Imagem; Júlio-Limiro

A TV Educativa da Bahia (TVE), emissora de televisão pública e educativa brasileira sediada em Salvador, vai exibir a partir de segunda-feira (12) a série “Casa de Vó, estrelado pela cantora Margareth Menezes, às 20h.


A obra mostra a vida de Teresa, interpretada por Margareth, uma ex-funcionária pública bem-sucedida que abriga seus quatro divertidos netos em casa. A protagonista é uma “senhora good vibes” e exímia pagodeira típica dos anos 90 acompanhada dos netos: Wellington Neto é o gênio debochado, Dan é o digital influencer nas redes sociais e André é o artista tropicalista que vive em atritos com a sua irmã Ana, advogada e a única com trabalho fixo.
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Teresa é dona do salão de beleza badalado da cidade, um lugar que serve de divã para falar da vida das pessoas. Para a estreia de “Casa da Vó”, além de Margareth Menezes, a equipe traz um elenco diversificado, que mistura artistas e influenciadores digitais: o rapper Rincon Sapiência, os influenciadores Jacy Lima e Dum Ice e o ator Wilson Rabelo.

Dirigida por Licínio Januário, criada em parceira com Allex Miranda e roteirizada com colaboração de Érica Ribeiro e Milena Anjos, “Casa da Vó” é uma minissérie da WoloTV, serviço de streaming focado em produzir conteúdos que representem a população negra brasileira.

A séries estará disponível na TVE e na Wolo TV, com apresentação na Tv Bahia e reapresentação na quinta, às 21h e no domingo, às 18h.

Com produção de Viola Davis, série de comédia “Black Don’t Crack” começa a ser gravada

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Imagem: Viola Davis/Instagram

A série de comédia “Black Don´t Crack”, produzida por Viola Davis, para a ABC começou a ser gravada essa semana e será focada em três mulheres (Tisha Campbell, Essence Atkins e Sherri Shepherd).

Na trama, o trio vai interpretar ex-colegas da faculdade que se encontram anos depois, com histórias em comum.

Tisha Campbell, que é muito conhecida por diversos papeis, principalmente por fazer “My Wife and Kids”, interpretará Tasha Marks, uma dona de casa moderna de Atlanta e Essence Atkins fará a “House”, mas outras informações ainda não estão disponíveis.

No elenco ainda estão nomes como, Tahj Mowry (Baby Daddy), Beth Grant (Donnie Darko) e Isaiah Mustafa (t: Chapter Two).

A 1ª temporada de “Black Don’t Crack” até o momento não possui data de estreia confirmada.

Tisha Campbell colocou em seu instagram que era uma honra trabalhar com os colegas e estava sentindo-se em casa na gravação do novo sitcom. “Estou honrado, humilde e abençoado por trabalhar com o vencedor do prêmio e meu produtor executivo @violadavis. Grato por trabalhar com meu outro produtor executivo @juliustennon mais uma vez.”

“De homem branco para homem branco” o impacto do discurso do Tiago Leifert na branquitude

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Foto: Reprodução/BBB21

Desde o último final de semana um assunto tomou conta das redes sociais, BBB21 e o racismo por trás da fala do cantor sertanejo Rodolffo “O seu cabelo tá parecendo o do João” disse Rodolfo comparando o cabelo de uma peruca de um personagem pré-histórico com o cabelo crespo do professor João Luiz.

João rebateu a comparação, mas na hora não conseguiu fazer mais do que dizer que não parecia, e quando teve a oportunidade conversou sobre o assunto com a sua amiga, também negra e do cabelo crespo Camilla de Lucas. Em uma cena de acolhimento e identificação, Camilla e João se abraçaram e sentiram juntos a dor do racismo, mais uma vez.

Na última segunda-feira, no “Jogo da Discórdia” João deu uma “flechada” no cantor sertanejo e explicou o porquê a comparação o ofendeu

“É um momento de muita coragem poder estar falando disso aqui agora, mas o Rodolffo chegou a fazer uma piada comparando a peruca do monstro da pré história com o meu cabelo. Então isso pra mim, tocou num ponto muito específico, o jogo pode ser sim, de coisas que a gente vive aqui dentro, mas também tem que ser um jogo de respeito”

Em sua defesa, Rodolffo manteve a comparação entre a peruca da fantasia e o cabelo crespo do João

“Se todo mundo observou como era a peruca do monstro, acredito eu, que é um pouco semelhante! E isso não tem nada a ver”

O assunto tomou proporções inimagináveis aqui fora, pessoas negras famosas e anônimas apontaram o racismo na fala de Rodoffo e o porquê de comparações como essas machucarem tanto, enquanto outras pessoas disseram que tudo não passava de vitimismo da parte de João.

O assunto foi tão repercutido que quebrando um dos protocolos do programa o apresentador Tiago Leifert decidiu ter uma conversa com Rodolffo sobre o ocorrido na noite de eliminação:

“Eu vi sua defesa, bastião. E quando eu era mais novo, no colégio, também brincavam com meu cabelo. Aliás, o pouco que me resta não é liso. As pessoas brincavam que era cabelo de lixa, mas isso nunca fez a menor diferença para mim. Um cabelo black power não é um penteado. É mais do que um penteado. É um símbolo de luta, resistência, foi o que os pretos americanos usaram como símbolo antirracista, eles vestiam o black power para mostrar que eles se amavam. Há pouquíssimos anos atrás uma pessoa negra tinha que levantar de um ônibus para um homem branco sentar. Historicamente, o cabelo do João foi associado a uma coisa errada, suja, feia. Não existia cosmético para a pele da Camilla até pouquíssimo tempo atrás. E é por isso que quando a gente faz um comentário sobre o cabelo do João não é sobre um penteado. Você está falando de um símbolo, da ancestralidade do João, tem muito aí” disse o apresentador e jornalista

“Eu não vejo maldade no que você fez e ao mesmo tempo legitimo a dor do João. Porque tem milhares de meninos e meninas pretos e pretas que sentem a dor que o João sentiu. E a dor que o João sentiu não discerne entre um comentário ingênuo e um comentário maldoso […] O sem querer e o de propósito doem do mesmo jeito.” Continuou Tiago.

O discurso do Tiago foi muito bem recebido nas redes sociais, pessoas dizendo que tinham finalmente entendido toda a questão e o quanto o apresentador foi necessário e sensato em suas palavras

Mas o que nos assusta é que tudo isso e muito mais já havia sido dito pela Camilla De Lucas na noite anterior, e enquanto ela tentava explicar a problemática para Rodolffo, o sertanejo seguiu ‘sem entender’ e a interrompia com frequência.

Num nítido exemplo do quanto a branquitude se escuta, Tiago começou a conversa com Rodolffo dizendo que era um papo “De homem branco para homem branco” e o cantor não tentou se defender enquanto Tiago falava e se mostrou atento durante todo o discurso. 

Essa cena é muito comum aqui fora, quando pessoas pretas apontam racismo e tentam explicar porquê houve racismo, são vistos como vitimistas e “mimizentos” agora quando pessoas brancas pontuam as mesmas coisas, elas são ouvidas. E mais uma vez o protagonismo vai para… 

Temos bons exemplos disso nas versões anteriores do próprio programa, em 2019 com um grande número de participantes negros, que abordavam assuntos raciais e sociais uma racista foi a campeã, e em 2020 mulheres brancas que pontuaram as mesmas questões foram apelidadas de “Fadas sensatas”. Nós sabemos quem brancos acolhem e quem eles escutam, aos seus semelhantes.

Após o discurso do Tiago o assunto voltou a ficar em alta nas redes, e com isso, os ataques também aumentara! Enquanto João e Camilla se tornaram os “chatos, mimizentos” Tiago Leifert foi enaltecido como necessário:

Comentários na página do João:

Foto: Reprodução/Instagram

Comentários na página da Camilla de Lucas:

Foto: Reprodução/Instagram

Enquanto os comentários sobre o discurso do Tiago foram em sua maioria positivos! O apresentador, em defesa do Rodolffo repetiu diversas vezes que não foi a intenção do cantor e que ele não sabia, e em uma indireta aos militantes negros disse que a solução não é “Tacar fogo no Rodolffo” fazendo referência a frase “Fogo nos racistas!” que ganhou força no último ano.

As tentativas de defender quem ofende são maiores que a tentativa de entender e acolher aquele que foi ofendido, e isso é o que o racismo faz, no final das contas, João se tornou o vilão da história, pois constrangeu o racista que só foi racista por “falta de informação”

É golpe: Precisamos parar de dar palco para gente que não nos respeita

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“Vocês viram isso?”, “vão publicar aquele vídeo?”, “vocês têm que falar sobre aquela pessoa”? Todos os dias eu recebo mensagens de leitores e seguidores quase exigindo que a gente, vulgo Mundo Negro, repercuta sobre alguém que usou seu espaço na Internet para falar algo racista ou preconceituoso.

Desde o caso do Youtuber Julio Cocielo, em 2018, o que vimos é gente racista ganhando mais seguidores e engajamento após as denúncias de racismo. Para quem não se lembra, Cocielo fez comentários racistas sobre jogador de futebol francês Mbappé e e além disso foram encontradas postagens antigas também de cunho racialmente ofensivo. Ele pediu desculpas e após a grande repercussão, o canal dele cresceu em mais de 100 mil seguidores.

Quem também ganhou seguidores depois de um caso de racismo foi o empresário Rodrigo Branco que ofendeu Maju Coutinho durante uma live.

Só com esses dois casos nós já entendemos que além da impunidade, visto que ninguém foi preso, cada vez que colocamos a foto dessas pessoas no nosso feed estamos contribuindo para sua popularidade. É como se estivéssemos fazendo uma curadoria gratuita para pessoas como eles. Racistas, pessoas que dizem que somos vitimistas e cheios de mi-mi-mi são as que se beneficiam da popularização dos seus pares e que aumentam os números de seguidores, como um tipo de sororidade perversa.

Toda vez que você compartilha o vídeo da moça da cachorrinho preto, você está mais ajudando a influenciadora branca, do que combatendo o racismo. Eu sou do time da Camilla de Lucas que está cansada de explicar o óbvio. O mesmo vale para apresentadora decadente de black power que começou a circular depois do caso de racismo envolvendo o cabelo do professor João no BBB21. Lamentável ver algumas páginas negras e influenciadores caindo nesse golpe.

A propósito, o Big Brother 2021 está aí para mostrar que nossas pautas dão um tremendo engajamento que se traduzem em números que enchem o bolso de muita gente.

Não é sobre ignorar pautas racistas de forma alguma. O ativismo online é de imensa importância, mas antes de publicar qualquer coisa temos que ter a consciência do que funciona contra ou a favor de nós. Se indignar com pessoas influentes e grandes instuições é uma coisa, agora investir tempo em gente que ninguém conhecia, ou gente que quer voltar aos holofotes midiáticos, creio não ser a melhor forma de administrar o tempo.

Uma postagem racista tem que ser denunciada para plataforma. A moça do cachorro preto inclusive, havia sido bloqueada.

Estratégias também são ferramentas para se combater o racismo. Vamos parar de fazer gente racista famosa.

E deixo abaixo uma reflexão importante do Afroinfancia ( @afroninfancia).

“Cristinas Cantam Teresa” ressalta a importância de valorizar artistas em vida

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Foto: Lucas Silvestre

Elen Cristina. Lilith Cristina. Thaís Cristina. Tem em comum, não apenas o segundo nome registrado ao nascer, mas também a sensibilidade, o sorriso e a coragem para encarar a vida. Essas características que também encontramos na grande artista, Teresa Cristina, que mostrou aos brasileiros o respiro que a música pode proporcionar em qualquer período da vida, são apresentadas em “Cristinas Cantam Teresa”, um espetáculo cênico musical. Contemplado pelo Edital Proac Expresso Lei Aldir Blanc Nº 39/2020 “Produção e Temporada de Espetáculo de música com apresentação online”, realização do Governo do Estado de São Paulo, através da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, “Cristinas Cantam Teresa” é um espetáculo cênico musical, que acontece de forma online, de 13 a 18/04, sempre às 20h, com transmissões ao vivo no site https://www.youtube.com/ElenCristinaCanal.

Seguidas por bate-papo com as Cristinas, as apresentações trazem temas sensíveis e plurais de extrema importância para o movimento musical negro e feminino, que nasceu da seguinte reflexão: como podemos nos tornar referências de nós mesmas? Teresa Cristina, que é conhecida por seus fãs como TT, dedicou seus últimos álbuns a homenagear grandes nomes da música popular brasileira, e mostrou cotidianamente, durante as madrugadas quarentenísticas, a beleza do extraordinário e a emoção com um encontro por ela inesperado. A singela interpretação tem como proposta agigantar a existência de uma mulher preta de luta, que mostrou como é simples ter dimensões maiores que o normal, além de celebrar e homenagear esta artista em vida.

“Cristinas fez com que eu me reconectasse com São Paulo, minha cidade natal, me fez enxergar beleza onde não imaginei que houvesse, fez com que eu mergulhasse intensamente em Teresa, mulher forte que rege o primeiro trabalho de Cristinas”, contou Elen Cristina.

A importância em celebrar artistas em vida se dá pela tentativa em desconstruir a maneira habitual em nos acostumarmos a homenagear personalidades mortas, até porque, muitas delas só foram reconhecidas como gigantes depois da morte. “ A gente descobre a cada etapa do processo formas diferentes de encarar o fazer artístico, e vem daí a importância de ter como referência a artista Teresa Cristina”, disse a artista Thais Cristina. 

Com estética afrofuturista, “Barbarize-sobreVivências periféricas” enaltece a beleza preta da periferia de Recife

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Foto: Divulgação

Com estética afrofuturista, o projeto @barbarizeja idealizado por Bárbara Espíndola e Yuri Lumin lança o seu primeiro álbum visual ‘’ Barbarize- SobreVivências Periféricas, o álbum visual surge para mostrar o poder e beleza da periferia recifense. 

“A importância desse álbum para juventude negra, tem relação com a representatividade, o ideal de beleza e estética não está distante da gente, existe poesia em nossas vivências, temos muitas potências. A juventude negra precisa entender que ela tem lugar de poder’’, afirma Bárbara Espíndola

O álbum visual além de ter uma linda estética, passa mensagens importantes para os jovens negros brasileiros e mostra a potência das letras musicais da periferia.

“É importante destacarmos o empoderamento que nossas letras passam, através das redes sociais, a juventude hoje vem carregada de informações, muitas dessas informações fazem você se sentir menos. Nossa letra traz uma reflexão do que é ser preto na sociedade de hoje sendo um  jovem, diz Yuri Lumin

As influências musicais do álbum se encontram no Afrotrap, que surge através da imigração Africana para a Europa, funk brasileiro, rap e hip/hop.

Confira o Álbum:

O álbum está disponível em todas as plataformas digitais.

Dia do Jornalista: Nenhuma grande redação tem diretores negros no Brasil

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S’thembiso Msomi do 'Sunday Times', Catherine Kim da NBC e Dean Baquet do 'New York Times'. Foto: Instituto Reuters.

A Comunicação já foi, por muito tempo, conhecida como o “quarto poder”. Capaz de influenciar decisões na política, rumos dos países e dos poderosos. Hoje, o termo já está um pouco fora de moda, mas a importância do jornalismo e da comunicação é cada dia mais visível. Infelizmente, assim como em todas as outras esferas de poder e decisão do Brasil, os negros também estão fora dos assentos de comando das maiores redações do país.

Pesquisa realizada pelo Instituto Reuters e divulgada em março deste ano, demonstra que, dos 80 editores que dirigem veículos relevantes no Brasil, Alemanha, África do Sul, Reino Unido e os Estados Unidos, apenas 12 são não-brancos. Nenhum desses doze é do Brasil. Muito se comemora a presença de âncoras e jornalistas negras e negros nas televisões nos últimos anos. E, embora a representatividade por meio da imagem seja, de fato, muito importante, não são os âncoras e repórteres que controlam a narrativa e as decisões dos veículos.

Para o Instituto Reuters, é importante saber quem são os editores dos veículos porque “existem preocupações de que a mídia pode deixar passar histórias relevantes ou perspectivas relacionadas a assuntos como a questão racial, em parte porque os editores-chefe vivenciam e vêem estes contextos de forma bem diferente das pessoas e da comunidades mais diretamente afetadas por estes problemas”, e este é um fato.

Se é um grande avanço termos as notícias trazidas a partir do olhar e da imagem de repórteres de pele negra no Brasil, quão perto estamos de valorizar os veículos de imprensa criados e alimentados por pessoas negras – desde seu alto comando? Temos visto, a cada dia, o surgimento de oportunidades de formação, cursos, bolsas para jornalistas negras e negros dentro de veículos como a Folha de São Paulo, Nexo Jornal, The Intercept e outros, sob a bandeira da ‘diversidade’. Mas será que não passou da hora de as narrativas e vivências pretas deixarem de ser um recorte e se tornarem a narrativa?

Não podemos perder de vista que estamos em um país formado por uma maioria de pessoas negras que têm seus direitos minorizados e relativizados diariamente há séculos. A presença competente, importante e necessária de profissionais negras e negros nos veículos de comunicação não pode esconder um fato: enquanto povo, ainda controlamos muito pouco as narrativas que influenciam o poder deste país, que viu suas eleições majoritárias em 2018 sendo vencidas pela Comunicação. Uma comunicação baseada em racismo, mentiras, desinformação e que contou com todos os grandes veículos de Imprensa e seus patrocinadores como apoiadores.

A ausência de editores-chefes negros no Brasil não é um acaso, não é falta de qualificação profissional, não vem da inexistência de quadros qualificados. É causa, fruto e consequência do projeto de Comunicação que nos quer fora, mas tenta lucrar em cima da estética, empoderamento e narrativas negras, porque nós movimentamos a economia. Mas decidir e influenciar o poder? Aí já é demais.

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