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Retrospectiva 2024: os avanços do povo negro no Brasil

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Celebrar nossas vitórias é tão importante quanto pontuar os problemas a serem resolvidos, e, se tem um conselho ou apontamento necessário para levar para 2025, é: celebre as suas conquistas continuamente!

Somos seres movidos às demandas do dia a dia. A nossa história e tudo que vivenciamos para chegar até aqui acabam sendo atropelados por outros acontecimentos. Lutar por seu lugar de direito desde cedo faz parte da nossa trajetória. A realidade, muitas vezes, nos ensina a ser apenas práticos e objetivos, mas sonhar, sentir, realizar e comemorar fazem parte do processo e nos mantém vivos, com tudo o que a palavra representa.

No dia 20 de novembro, comemoramos o Dia da Consciência Negra, Dia de Zumbi dos Palmares e — este ano, pela primeira vez, feriado nacional — Lei Nº 14.759/2023. A importância desse acontecimento é a soma da luta dos nossos ancestrais e representa avanços notórios para uma reflexão de como se deu a escravidão e a abolição da escravatura no Brasil e como o racismo e o preconceito afetam os povos negros e originários e impedem o avanço social e econômico do país.

Quero ressaltar que essa reflexão não deve ficar apenas nesse lugar de dor e das consequências do racismo, e sim de toda às nossas vitórias pessoais e coletivas, que vão desde o aumento exponencial em lugares de destaque na política e em cargos de gestão como também das medalhas de ouro conquistadas por Rebeca Andrade (ginástica olímpica) e Beatriz Souza (judô) nas Olimpíadas de Paris 2024. É sempre bom frisar que são menos de 140 anos desde a abolição da escravatura e quase 400 anos de escravidão, e que nossos saberes e força perpassam as mazelas que nos foram impostas.

Estar aqui compartilhando com vocês a minha história representa este avanço que contempla as mulheres da minha família, a quem agradeço pela parceria, em especial a minha sobrinha Carol Prates, diretora de Transformação Corporativa na RM Cia 360, que tem contribuído ativamente para a implementação da equidade e da sustentabilidade nas empresas.

“Promover uma sociedade mais diversa e inclusiva é o meu propósito e faz parte da minha trajetória profissional e pessoal. Acredito firmemente no poder de transformar o ambiente corporativo por meio da educação e da sustentabilidade. Nossas iniciativas visam não apenas resultados comerciais, mas também um impacto social profundo e duradouro. Impactamos a vida de muitas pessoas em 2024, e estamos dispostos a seguir alcançando essas potências para que a diversidade no meio corporativo seja gradativa, e a economia cresça exponencialmente”, comenta Carol.

Estar aqui compartilhando com vocês a minha história representa um avanço que contempla as mulheres da minha família, a quem agradeço pela parceria. Em especial, a minha sobrinha Carol Prates, diretora de Transformação Corporativa na RM Cia 360, que tem contribuído ativamente para a implementação da equidade e da sustentabilidade nas empresas.

Todos os caminhos que percorri me apontaram para uma vida que pensasse o coletivo. Tornar-me a primeira mulher negra a ocupar a cadeira número um em multinacionais e no mercado de luxo foi também um lugar de aprendizados, parcerias e compartilhamentos constantes. Hoje, somos 3% em cargos executivos no Brasil, dentre os quais, o portal Trace TV Brazil destaca outras sete mulheres: Nina Silva — CEO e sócia fundadora do Movimento Black Money e D’Black Bank; Nadja Brandão — Diretora Executiva da Reprograma; Adriana Barbosa — Fundadora da Feira Preta, evento de cultura e empreendedorismo, e diretora-executiva da PretaHub; Juliana Oliveira — CEO e fundadora da Oliver Press; Viviane Elias Moreira — executiva de alta gestão; Jandaraci Araújo — Cofundadora do Conselheira 101; e Marta Celestino — CEO da Ebony English. Estamos atentos para evidenciar nossos saberes para que os resultados das nossas conquistas alcancem as novas gerações.

“Uma sobe e puxa a outra” é o nosso mantra. Estamos certas de que nossas ações e representação na sociedade fazem a diferença para quem está chegando, e é por isso que seguimos perseverantes e fortes na promoção do conhecimento contínuo e da equidade. Celebramos nossos pais, avós e ancestrais, que nos ensinaram a arte de seguir firmes, e acredito que o nosso legado será um marco na arte de apreciar as nossas conquistas. Que em 2025 possamos sorrir sem pudor e desbravar novas oportunidades sem ressalvas. Permitam-se. — Essa é a transcrição fiel ao documento.

Cansada de cozinhar sozinha, mãe solo opta por Natal tranquilo só com os filhos, longe da casa dos pais

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Foto: Freepik

Uma mãe solo nos Estados Unidos compartilhou recentemente sua decisão de passar o Natal de forma tranquila, apenas com seu filho pequeno, após anos assumindo sozinha a responsabilidade de organizar as festividades familiares. Seu relato, divulgado em fóruns online, destaca a exaustão acumulada e a falta de apoio por parte de seus familiares.

Nos últimos anos, ela foi a única responsável por preparar o jantar natalino, acumulando todas as tarefas, desde o preparo das refeições até o atendimento às solicitações da família. “Eu literalmente faço tudo. E quando digo tudo, é tudo mesmo”, desabafou. Em um dos anos, a sobrecarga foi tanta que acabou adormecendo no sofá no dia seguinte. “Eu sou o tipo de pessoa que não consegue dormir fora da cama, então para eu ter dormido no sofá, devia estar completamente exausta.”

Ela também enfrentou desafios na relação com sua filha mais velha, que estava hospedada em sua casa durante o Natal. Após passar o dia inteiro cuidando das demandas da celebração, a mãe finalmente teve um momento de descanso no dia seguinte, quando adormeceu no sofá ao lado do filho mais novo. Foi então que a filha, entediada por não ter feito nada nos dois dias anteriores, entrou abruptamente no cômodo e exigiu que saíssem de casa para alguma atividade. “Ela disse que estava entediada e queria sair. Eu acordei de repente, ainda meio adormecida, e resmunguei algo. Ela ficou irritada e saiu batendo a porta.”

Este ano, cansada do mesmo cenário, a mãe decidiu priorizar um Natal mais simples. “Eu disse a eles que queria um Natal tranquilo, sozinha, por causa de tudo isso. Ninguém ofereceu ajuda, mesmo depois de eu explicar os motivos. Meus pais só disseram: ‘Tudo bem, vamos fazer um bife no Natal’. 

A decisão veio também como uma tentativa de passar mais tempo de qualidade com seu filho pequeno, algo que ela sentiu estar perdendo. “Sinto que estou perdendo momentos preciosos com ele porque estou sempre ocupada demais durante as festas”, afirmou.

O relato reflete a realidade de muitos pais solos que enfrentam pressões familiares e assumem sozinhos a responsabilidade das festividades. Para ela, o Natal deste ano será uma oportunidade de descanso e de foco no que realmente importa: sua saúde e seu tempo com os filhos.

Este desabafo ganhou destaque em diversos sites e fóruns online, gerando discussões sobre a sobrecarga enfrentada por mães solo durante as festividades. 

A situação dessa mãe solo reflete uma realidade enfrentada por muitas mulheres que assumem sozinhas a criação e sustento dos filhos, lidando com uma rotina marcada pela ausência de apoio. Especialistas alertam que, sem suporte, essas mães enfrentam uma sobrecarga que afeta diretamente a saúde mental e física.

A decisão dessa mãe de priorizar um Natal mais tranquilo e focado no bem-estar próprio e do filho pequeno serve como um lembrete da importância de reconhecer e apoiar as mães solo, especialmente durante períodos festivos que podem intensificar a sensação de sobrecarga e isolamento.

Michael B. Jordan apresenta Kwanzaa na Sesame Street e destaca valores culturais e tradições africanas

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Foto: Divulgação

Michael B. Jordan participou do programa infantil Sesame Street para explicar a história e os valores de Kwanzaa, celebrada de 26 de dezembro a 1º de janeiro. Durante o episódio, o ator apresentou os sete princípios que guiam a celebração, como Umoja (Unidade) e Kujichagulia (Autodeterminação), conectando esses conceitos a práticas diárias que fortalecem as comunidades negras.

Kwanzaa foi criada em 1966 pelo ativista Maulana Karenga, nos Estados Unidos, durante o movimento pelos direitos civis. Inspirada nos festivais de colheita africanos, a celebração tem como objetivo resgatar as tradições e promover a conexão com as raízes africanas. Cada um dos sete dias é dedicado a um dos princípios conhecidos como Nguzo Saba:

  • 26 de dezembro: Umoja (Unidade) – Promover união na família e na comunidade.
  • 27 de dezembro: Kujichagulia (Autodeterminação) – Definir e afirmar a própria identidade.
  • 28 de dezembro: Ujima (Trabalho e responsabilidade coletivos) – Solucionar problemas em conjunto.
  • 29 de dezembro: Ujamaa (Economia cooperativa) – Apoiar iniciativas econômicas locais.
  • 30 de dezembro: Nia (Propósito) – Contribuir para o crescimento comunitário.
  • 31 de dezembro: Kuumba (Criatividade) – Melhorar a sociedade através do esforço conjunto.
  • 1º de janeiro: Imani (Fé) – Acreditar na força da comunidade e em seu futuro.

No programa, símbolos importantes de Kwanzaa foram apresentados, como o kinara, o candelabro com sete velas nas cores verde, preta e vermelha. Esses elementos, aliados à explicação de Jordan, ajudam a trazer significado e visibilidade para a celebração, que continua a fortalecer a identidade e o orgulho da diáspora africana.

A participação de Jordan em Sesame Street mostra a relevância de figuras públicas em educar e ampliar a compreensão sobre tradições culturais. O programa infantil, reconhecido por abordar temas sociais de forma inclusiva, reforça a importância de Kwanzaa como uma oportunidade de reflexão e celebração da herança africana.

Show de Natal da Beyoncé no intervalo do jogo da NFL ficará disponível por tempo limitado na Netflix

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Foto: Netflix

O show de Natal da Beyoncé no jogo da NFL ficará disponível por tempo bem limitado na Netflix. Segundo a Variety, o jogo será transmitido ao vivo nesta quarta-feira, 25 de dezembro, às 18h30, no horário de Brasília. Após a transmissão, a partida, junto com a performance da cantora, ficará disponível por apenas 3 horas nos Estados Unidos, e 24 horas em outros países. 

A Queen Bey realizará suas primeiras apresentações ao vivo com as músicas do álbum ‘Cowboy Carter’ no show que será realizado em sua cidade natal, em Houston, durante o intervalo do jogo entre Baltimore Ravens e Houston Texans no NRG Stadium.

Sem muitos detalhes sobre a performance de Beyoncé, segundo a Netflix, o esperado é que ela traga convidados especiais para o show de ‘Cowboy Carter’.

Com alto investimento em esportes ao vivo, a Netflix adquiriu direitos globais para os dois jogos da NFL no dia de Natal, o Kansas City Chiefs no Pittsburgh Steelers, seguido pelo jogo Ravens-Texans.

Antes de iniciar a partida dos dois jogos do dia, Mariah Carey também foi anunciada para fazer uma apresentação gravada de seu hit de Natal ‘All I Want for Christmas Is You’.

Filmes natalinos com representatividade negra para assistir no feriado 

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Foto: Estevam Avellar/Globo

O Natal é uma época de celebração, amor e encontros, e nada melhor do que curtir bons filmes nesta época especial. Pensando nisso, o Mundo Negro listou filmes natalinos com protagonismo negro, trazendo diversidade e representatividade para as suas festas.

Entre as produções selecionadas estão filmes lançados recentemente nos streamings, filmes nacionais, comédias e romances. Aproveite!

Sintonia de Natal 

Layla vive em busca de um romance de contos de fadas e precisa percorrer Nova York com a ajuda de um funcionário simpático para conseguir o ingresso mais disputado da cidade: o show de Natal do Pentatonix. Ela tem esperança de reencontrar o homem dos seus sonhos, que conheceu há um ano e prometeu rever no evento. A comédia romântica é estrelada por Christina Milian, Devale Ellis e Kofi Siriboe. Disponível na Netflix.

O Livro de Clarence 

Estrelado por LaKeith Stanfield, o filme apresenta Clarence, um jovem negro que se esforça para sobreviver, apostando em corridas e se envolvendo com o comércio de alucinógenos. Num certo momento, ele fica impressionado com o poder e a influência que os 12 apóstolos têm e logo decide que quer se juntar a eles, embora não acredite exatamente que Jesus seja o Messias. Disponível na Max.

Um Chamado Natalino 

Para quem se interessa em assistir um filme com o Papai Noel negro, a produção estrelada por Ludacris, Teyonah Parris e Lil Rel Howery, a comédia acompanha Eddie Garrick, um homem de bom coração que deixou de acreditar na maravilha do Natal. Enquanto ele passa um tempo com sua filha Charlotte, de 9 anos, na noite de Natal, ele faz amizade com um homem misterioso de terno vermelho chamado Nick. Disponível na Disney+

O Primeiro Natal do Mundo 

Protagonizado por Lázaro Ramos e Ingrid Guimarães, uma família atrapalhada entra em apuros quando o Natal simplesmente desaparece da noite para o dia, e agora precisa recriar o feriado, seu espírito e suas tradições nem um pouco brasileiras, em um mundo onde ninguém nunca ouviu falar de Natal. Disponível no Prime Video.

O Natal Mágico de Mariah Carey 

Quando o mundo enfrenta uma crise natalina e o espírito da data está ameaçado, o Polo Norte convoca Mariah Carey, a Rainha do Natal, para salvar o dia. Com muita música, performances espetaculares e convidados especiais, Mariah lidera uma missão mágica para reacender a alegria do Natal em todos. O especial combina uma narrativa encantadora com momentos musicais icônicos, incluindo interpretações dos maiores sucessos natalinos da artista. Disponível na Apple TV+.

Juntos a Magia Acontece 

Em meio aos preparativos para o Natal, a família de Jorge enfrenta um momento delicado: é o primeiro Natal após a perda de sua esposa e mãe dos filhos. Enquanto lidam com o luto e tentam resgatar o espírito natalino, conflitos familiares surgem, revelando a importância da união e do afeto para superar desafios. Estrelado por Milton Gonçalves, o especial está disponível no Globoplay.

Maria Bomani é indicada ao Prêmio APCA por atuação no longa “Bandida – A Número 1”

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Foto: Victor Herege

Maria Bomani, protagonista do filme “Bandida – A Número 1”, foi indicada ao Prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) na categoria “Melhor Atriz”. O anúncio dos vencedores está marcado para o próximo dia 13 de janeiro.

Em sua estreia no cinema, a atriz interpreta Rebeca, uma traficante que assume a liderança na favela da Rocinha nos anos 1980. A atuação reafirma a posição de Bomani como um dos principais nomes de sua geração no cenário artístico brasileiro.

“Eu fico muito feliz de ter esse reconhecimento, principalmente em uma premiação tão relevante como o Prêmio APCA. ‘Bandida’ é meu primeiro trabalho no cinema e já ser indicada ao lado de outras grandes atrizes do Brasil é muito gratificante, fruto de um trabalho coletivo. Então eu quero agradecer a toda a equipe que tornou possível contarmos a história de Rebeca”, declarou Bomani.

A APCA, fundada em 1956, é uma das premiações mais tradicionais das artes no Brasil, com foco inicial em televisão e teatro. A edição de 2024 marca a estreia de categorias voltadas ao cinema, incluindo “Melhor Filme”, “Melhor Documentário”, “Melhor Direção”, “Melhor Roteiro”, “Melhor Ator” e “Melhor Atriz”.

Além da indicação ao APCA, Maria Bomani foi reconhecida como Atriz do Ano no Prêmio Potências 2024, destacando-se em uma temporada marcada por prêmios e elogios à sua performance.

Arroz jollof: um toque de ancestralidade para a sua ceia de Natal

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Arroz jollof: ancestralidade e sabor para sua ceia

Quer inovar na ceia de Natal sem perder o sabor e o calor das festas? O arroz jollof é uma escolha perfeita. Originário da África Ocidental, esse prato combina aromas e texturas que encantam o paladar, além de trazer um toque de ancestralidade e representatividade para a sua mesa.

Tradicionalmente preparado com uma base rica de vegetais, especiarias e arroz, o jollof é conhecido por sua cor vibrante e sabor marcante. Nesta versão especial, a chef Ignez Beatriz Lemos, especialista em cozinha da diáspora africana, incorpora camarões e banana-da-terra, criando uma fusão irresistível entre tradição africana e sabores brasileiros.

Receita de arroz jollof com camarões e banana-da-terra

Ingredientes:

  • 3 pimentões vermelhos grandes picados
  • 3 cebolas roxas grandes (2 em cubos médios, 1 em rodelas)
  • 6 dentes de alho roxo
  • 2 pimentas dedo-de-moça
  • 3 tomates grandes sem sementes, cortados em cubos
  • Gengibre ralado a gosto
  • 2 bananas-da-terra
  • Azeite de dendê e de oliva
  • Especiarias: páprica defumada, cúrcuma, noz-moscada ralada, pimenta-branca moída
  • 2 colheres de sopa de extrato de tomate
  • 2 xícaras de arroz agulhinha ou basmati
  • 350 ml de caldo de camarão (feito com cascas e cabeças de camarão)
  • 500 g de camarões limpos (reserve 8 inteiros para decorar)
  • Ervas frescas: coentro, salsa, tomilho, louro
  • Sal a gosto

Modo de preparo:

  1. Bata no liquidificador: cebolas (2), tomates, pimentões, gengibre, alho e pimentas sem sementes.
  2. Aqueça azeite em uma panela grande, refogue a pasta de vegetais até reduzir pela metade.
  3. Adicione o arroz, caldo de camarão, extrato de tomate, ervas e especiarias. Misture bem, cubra com papel alumínio e leve ao forno pré-aquecido a 180°C por 25 minutos.
  4. Enquanto isso, tempere os camarões com sal e pimenta. Salteie em azeite com alho até dourar. Reserve.
  5. Salteie as rodelas de banana-da-terra no dendê até ficarem douradas.
  6. Retire o arroz do forno, misture os camarões limpos e decore com os camarões inteiros, as rodelas de banana e as ervas frescas.

Dica especial: Sirva com uma salada de folhas verdes e finalize com pimenta-biquinho para um toque de frescor e equilíbrio.

Leve ancestralidade e sabor à sua ceia com o arroz jollof e surpreenda sua família e amigos. É a oportunidade perfeita para celebrar com representatividade!

Filme de Jonathan Majors, “Magazine Dreams”, ganha data de estreia

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Foto: Michael Rowe/Getty Images

Após um período conturbado marcado por acusações legais e mudanças de estúdio, o filme Magazine Dreams, estrelado por Jonathan Majors, tem lançamento marcado para 21 de março de 2025. A produção, que aborda a jornada de um fisiculturista em busca de reconhecimento, será distribuída pela Briarcliff Entertainment, que adquiriu os direitos do longa após a saída da Spotlight Pictures no início deste ano.

Escrito e dirigido por Elijah Bynum, Magazine Dreams acompanha Killian Maddox (Majors), um atleta amador cuja obsessão pela grandeza revela um retrato complexo e perturbador. O elenco também inclui Haley Bennett, Taylour Paige, Mike O’Hearn, Harrison Page e Harriet Sansom Harris.

O projeto enfrentou incertezas após Jonathan Majors enfrentar acusações de abuso doméstico que levaram à sua condenação, bem como ao afastamento do ator de papéis de destaque, como Kang, o Conquistador, no universo Marvel, e de sua participação no filme 48 Hours in Vegas, da Lionsgate. Desde então, Majors estrelou apenas o filme independente Merciless.

A Briarcliff Entertainment contará com a Zeus Network para liderar os esforços de marketing do filme, que é produzido por Jennifer Fox, Dan Gilroy, Jeffrey Soros e Simon Horsman. Majors também assume o papel de produtor executivo por meio de sua empresa, a Tall Street Productions, ao lado de Luke Rodgers, Andrew Blau (Los Angeles Media Fund), Lemuel Plummer, Jason Tolbert e LJ Plummer, CEO da Zeus.

O poder da união para impulsionar os talentos negros do mercado financeiro no Brasil

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Foto: Divulgação

Texto: Viviane Elias Moreira

A união de forças entre grupos de profissionais pretos tem o poder de transformar realidades, especialmente quando voltada para amplificar vozes. Um dos nossos mestres, Milton Santos, nos referenciou com a seguinte frase: “A força da alienação vem dessa fragilidade dos indivíduos, quando apenas conseguem identificar o que os separa e não o que os une”. E foi justamente a partir desta certeza do poder que temos quando nos unimos que a parceria entre a Conta Black e o Black Swan se consolidou em 2024 com o exemplo inspirador, reunindo esforços para alavancar a presença de profissionais negros no mercado financeiro.

O evento Black Hour, em sua quarta edição, não é apenas um encontro de profissionais dos mais diversos níveis e áreas do mercado financeiro, mas se tornou um movimento estratégico para criar conexões, compartilhar conhecimento e abrir portas para talentos negros. A estratégia foi construída de forma proposital, via uma programação inspirada em eventos similares do mercado financeiro americano, que inclui masterclasses, painéis com lideranças negras e momentos de networking.

A colaboração entre atores do mercado financeiro — de fintechs a grandes investidores — reforça o papel do networking como motor de transformação. Laiz Barbosa, fundadora do Black Swan, resumiu esta edição como um evento não diferente, mas um evento especial: “Ocupar já não nos é o suficiente, queremos segurar as portas e trazer mais e mais gente conosco para este mercado”. Já Fernanda Ribeiro, CEO da Conta Black reforça a intencionalidade deste evento: “Cansei de ouvir que não se encontra com facilidade profissionais pretos para atuar no mercado financeiro. Só nesta quarta edição, temos mais de 200 pessoas e temos uma base de talentos que é gigante e, posso garantir, que isso é só o começo.”

Mais do que uma iniciativa pontual, o Black Hour também reflete um compromisso contínuo em não apenas promover diálogos transformadores, mas também gerar mudanças reais no mercado financeiro. Outra ação celebrada durante o evento foi o lançamento do Instituto Conta Black, antigo Afrobusiness, que forma profissionais negros para o setor e já nasce com uma estrutura de arrecadação estruturada nos princípios de governança para sustentabilidade e longevidade do modelo de atuação.

Conectar, apoiar e empoderar profissionais negros não é apenas uma questão de justiça social, mas também de estratégia para inovação e crescimento financeiro e os parceiros que fizeram este evento ocorrer sabem e contribuem para a intencionalidade destas ações. O Black hour nesta edição contou com parceiros estratégicos como Jessica Sadin, Selma Moreira, Benevides Chissanga, Talita Caputo, United Airlines, Genial investimentos, Grupo Heineken BR, K2 audiovisual, Hutu casting, Buffet Duas Irmãs,Brookfield Properties Brasil, Tudo o que vejo video e Monica Almeida fotografia

O futuro do mercado financeiro, assim como de outros setores, será tanto mais promissor quanto mais diverso e o Black Hour transformou a união de forças que tinham o mesmo objetivo, mas estavam separadas, em ações diretivas e propositivas, provando de forma concreta de que o progresso coletivo só é alcançado quando existe um propósito maior: construir um futuro com mais oportunidade para todos e que sim, que juntos, somos mais fortes não é só uma frase de efeito, mas um chamado para a evolução coletiva que queremos.

Trabalhadora negra é resgatada após viver 28 anos em situação de escravidão na casa de vereadora em Minas Gerais

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Foto: SRTE/MG

Uma operação realizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, em conjunto com o Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Polícia Federal, resgatou uma trabalhadora doméstica de 61 anos que vivia há 28 anos em situação análoga à escravidão na casa da vereadora Simone Rezende Rodrigues da Silva (União Brasil), de Além Paraíba (MG).

De acordo com reportagem publicada pelo jornalista Leonardo Sakamoto, a vítima, uma mulher negra e analfabeta, vinha de uma origem humilde na zona rural de Leopoldina (MG). Segundo os fiscais, ela trabalhava sem descanso, não recebia salários regularmente e não tinha acesso a lazer ou vida social.

Em depoimento, a vereadora negou as acusações e afirmou que a trabalhadora era tratada como “pessoa da família”. No entanto, relatos e documentos analisados pela fiscalização indicaram um cenário de exploração e controle, que incluía a ausência de registro formal e irregularidades no histórico previdenciário, com apenas 3 anos e 9 meses de contribuições ao INSS em quase três décadas de serviço.

Além das tarefas domésticas, a vítima também atuava como cuidadora noturna do marido da vereadora, que tem graves problemas de saúde. Sem direito a folgas e com poucas roupas — todas feitas pelos patrões —, ela dependia da boa vontade da família para alimentação e necessidades básicas.

“Nas poucas vezes em que visitava parentes, a empregadora dava algum dinheiro, criando a ilusão de que sua vida era adequada. A denúncia só ocorreu quando as sobrinhas perceberam que ela deveria ter direito à aposentadoria, mas não havia documentação suficiente para isso”, explicou Luciano Pereira de Rezende, auditor fiscal e coordenador da operação.

A operação, iniciada em 2 de dezembro de 2024, resultou em uma multa à família empregadora por 11 infrações trabalhistas, incluindo a manutenção de pessoa em condições análogas à escravidão. Os direitos trabalhistas devidos somam mais de R$ 640 mil. Além disso, um acordo com o MPT definiu o pagamento de R$ 400 mil por danos morais individuais à trabalhadora.

A vereadora, que está em seu terceiro mandato e já foi secretária de saúde do município, também será investigada criminalmente. O caso evidencia uma das faces mais insidiosas da exploração, em que os laços de dependência emocional dificultam o rompimento da relação abusiva.

A trabalhadora resgatada em Além Paraíba foi acolhida por serviços de assistência social e agora busca reconstruir sua vida longe do ciclo de exploração.

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