Home Blog Page 902

“Eu não sabia se ele ia me querer”, diz Iza sobre começo do namoro com o marido, Sérgio Santos

0

Em entrevista a Leo Dias, a cantora também falou sobre racismo e pandemia de covid-19

A cantora Iza, em entrevista ao jornalista Leo Dias, falou sobre o começo do relacionamento com o marido, o produtor musical Sérgio Santos, com quem é casada desde 2018. “Eu não sabia se ele ia me querer”, disse a cantora, relembrando que foi ela quem deu o primeiro passo em direção ao atual companheiro. “A gente era só amigo e eu percebi que eu estava apaixonada por ele, quando vi ele com uma outra menina e me senti como uma namorada traída”, disse Iza, que perguntou, por mensagem no celular o que Sérgio achava dela “como mulher”.

Na conversa, a cantora também falou sobre algoritmos das redes sociais, e a importância de curtir e valorizar o trabalho de pessoas negras dentro e fora das redes sociais. “É importante as pessoas falarem sobre isso, mas consumam também! Os artistas negros, as mulheres incríveis da moda. Acho que existem formas de fomentar, não só ‘militando’ na internet”, disse a cantora, que apareceu na entrevista usando um look da coleção Axé, Boca da Mata!, de Isaac Silva.

RACISMO — Durante a entrevista, Iza também falou sobre o racismo no Brasil. “O Brasil é tão racista que a gente não consegue nem dividir isso em aspectos sociais ou econômicos, porque todas essas coisas nos atingem de uma vez”, disse, relembrando que era seguida por seguranças nas lojas que frequentava, por ser considerada suspeita.

Para a cantora, a fama inibe, de certa forma, algumas atitudes racistas. “Você ser famosa, ser reconhecida, estar vestida de tal forma, inibe essas coisas”. “Minha mãe me pedia para não andar com fone na rua, não andar com capuz”, completou a artista em resposta ao entrevistador, que se demonstrou chocado com os relatos.

PANDEMIA — “É muito cruel você perder alguém pra covid”. A cantora contou que sofreu duas perdas de pessoas próximas no início da pandemia, e isso afetou sua forma de ver o mundo. “Como eu deixei de falar com gente que aglomerou, sabe?”. “São pessoas que são muito amadas, que lotariam estádios e não puderam ter a despedida que merecem, isso me deixou muito mal”, completou Iza.

Cantora Moara é uma das favoritas a receber prêmio em Festival Francês de Música

0
Foto: Thaís Mallon

A diretora do Afrolatinas e produtora do Festival Latinidades é uma das 20 artistas selecionadas no mundo todo; a votação online ocorre entre os dias 10 e 11 de julho

A cantora e compositora brasiliense Moara participa da próxima edição do Rootstock – Festival Francês de Música – em Château de Pommard, na França. Além de compor e cantar, Moara também é a diretora do Instituto Afrolatinas e produtora executiva do maior festival de mulheres negras da América Latina, o Festival Latinidades. Com 28 anos, é uma artista autodidata e que vem ganhando projeção na cena musical brasileira desde sua estreia, em 2018. Para o Rootstock 2021, concorrem ao prêmio 20 artistas de diversas nacionalidades, incluindo Moara. A votação aberta ao público, que vai consagrar os cinco ganhadores, será online entre os dias 10 e 11 de julho no site da Rootstock Music .

O festival exibe 48 horas de música sem parar e tem como objetivo impulsionar 5 carreiras que são apostas de cada ano. O prêmio é em dinheiro no valor de 5 mil euros e uma mentoria com especialistas do mercado.

“Me sinto honrada por estar entre 20 selecionades do mundo inteiro e acredito que como mulher negra, gorda e homossexual estou pronta para representar o Brasil e nossa cultura em outro país. Estou muito ansiosa por esse festival”, compartilha Moara.

Dona de voz potente e presença marcante, Moara se destaca como uma das principais representantes da música da capital do país na atualidade. Recentemente, recebeu dois prêmios na Lei Aldir Blanc, sendo o primeiro na categoria “Trajetória artística” e o segundo, com a “Reverbera”, plataforma de mulheres nas artes criada por ela e que teve sua primeira edição em 2019, envolvendo as principais representantes dos grandes festivais brasileiros de música.

Em 2018, lançou ‘Peito Aberto’, indicado no mesmo ano pelo jornal Folha de S. Paulo na categoria ‘discos de MPB’, ao lado de nomes como Elza Soares e Gal Costa. Ainda em 2018, lançou 12 músicas em uma série intitulada “Cartas Acapella” e, no ano seguinte, trouxe ao mundo o EP “Do começo ao fim?”, indicado pelo portal Multi Modo como um dos 20 melhores EPs de 2019.

Depois de três anos, desde o primeiro trabalho lançado, Moara já se apresentou em festivais como Sonora Soma, COMA, SIM São Paulo, Móveis Convida, PicNik, Fico em Casa BR, LIFA Brasil, além de passar por palcos como Red Bull Station, Caixa Cultural São Paulo, CCBBs de Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo.

“Durante a pandemia, produzi com o DJ Venezuelano Fourtwenty Sound a faixa “Nada Ok” , trabalho totalmente remoto. Foi um desafio grande, mas conseguimos nos entender bem e o resultado ficou ótimo. Já recebi feedbacks de público fora do Brasil e isso me anima muito de pensar uma carreira internacional”, comenta a cantora Moara.

Ser uma das vinte artistas do mundo a compor a programação do Rootstock Festival com certeza é um passo importante nessa caminhada. Vencer o prêmio, além de trazer notoriedade internacional e ampliar as possibilidades de circulação, significaria mais investimento financeiro para a trajetória da artista.

Para votar em Moara no Rootstock Festival é só acessar: vivant.eco/experiences/aa-moara

Agenda coletiva do Julho das Pretas tem 322 atividades por todo o País

0
Foto: Lis Pedreira.

A 9ª edição do Julho das Pretas celebra o mês da Mulher Negra, Afrolatina Americana e Afrocaribenha

Organizações, coletivos, e mulheres negras de todo Brasil estão em plena celebração a 9ª edição do Julho das Pretas, ação de incidência política coletiva, criada pela ONG baiana, Odara – Instituto da Mulher Negra, e que amplia para os 31 dias do mês as
ações internacionais do 25 de Julho – Dia da Mulher Afro-Latino Americana e Afro-Caribenha, e dia nacional de Tereza de Benguela.

Este ano, com o tema “Para o Brasil genocida Mulheres Negras apontam a solução”, a 9ª edição do Julho das Pretas tem como finalidade denunciar as diversas formas de genocídio da população negra e mostrar como as mulheres negras têm se organizado em todas as esferas da sociedade, apontando soluções para o país, a partir da luta antirracista, antipatriarcal e pelo Bem Viver.

Na agenda de 2021 estão previstas 322 atividades, que estão sendo realizadas por grupos, coletivos, instituições religiosas, associações, unidades acadêmicas, dentre outras, sempre sob o protagonismo e liderança de mulheres negras. As atividades, ainda por conta da pandemia, acontecerão em sua maioria em formato digital e podem ser conferidas no site Instituto Odara, e diariamente no perfil @julho_das_pretas.

Entre o conjunto de atividades do Julho das Pretas, as mulheres abordarão temáticas diversas como: participação política, violências, segurança digital, espiritualidade, protagonismo das mulheres na academia, marketing, saúde mental, empreendedorismo, dentre outros.

Com o formato virtual, a previsão é que mais pessoas possam participar das ações, é o que aponta a jornalista Ivana Braga, do Grupo de Mulheres Negras Mãe Andresa, organização de São Luiz (MA) que compõe a secretária executiva da Rede de Mulheres
Negras do Nordeste. “A força desses coletivos tão diversos, em termos de perfis etários, profissionais, políticos, territoriais e culturais dá a dimensão do poder dos movimentos de mulheres negras”, afirma a ativista.

JULHO DAS PRETAS — O Julho das Pretas é uma ação de incidência política e agenda coletiva criada em 2013
pelo Odara – Instituto da Mulher Negra, e que ganhou o país através da Rede de Mulheres Negras do Nordeste, da Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB), de centenas de coletivos e organizações de mulheres negras e de
milhares de pretas que se organizam em ações coletivas ao longo dos últimos 9 anos, para registrar o mês de Julho na agenda pública do país.

Acesse a agenda completa.

Atriz Suzzanne Douglas, da série “olhos que condenam” morre aos 64 anos

0
Imagem: Reprodução

A atriz Suzzanne Douglas, conhecida por papéis em Olhos que CondenamEscola do Rock e The Parent ‘Hood, morreu na terça-feira (6), aos 64 anos. A informação foi confirmada pela prima da artista, Angie Tee, em um relato no Facebook, sem citar a causa da morte.

Suzzanne Douglas, uma atriz linda e talentosa, fez sua passagem hoje”, escreveu Tee. “Ela aqueceu nossos corações nas telas de cinema e aparelhos de televisão em todo o mundo (…) O mundo vai sentir falta do seu talento, mas sua alma viverá para sempre”, acrescentou.

A diretora e roteirista de Olhos que Condenam, Ava DuVernay, lamentou a morte de Douglas, a quem descreveu como “uma pedra preciosa em forma de mulher”. “Ela era uma atriz confiante e cuidadosa, que soprava vida às palavras do roteiro e fazia com que elas brilhassem em tela. Fico grata por nossos caminhos de vida terem se cruzado. Que ela faça sua jornada com paz e amor”, comentou em publicação no Twitter.

A atriz Viola Davis também se manifestou nas redes sociais. “Eu me lembro de estar em uma festa com você. Conversamos sobre a vida, a raça, o mundo… Nós rimos, comemos, compartilhamos! Estou tão feliz por ter dito o quanto adorei o seu trabalho. RIP Linda, talentosa, dançante, rainha Suzzanne Douglas”, escreveu, em postagem no Facebook.

Filho de Bob Marley fala sobre morte e legado do pai no Conversa com Bial

0
Imagem: Getty Image

O programa ‘Conversa com Bial’ desta quarta-feira, na TV Globo, vai entrevistar Ziggy Marley, filho do cantor Bob Marley, uma das grandes lendas da música e maior expoente do estilo reggae. Relembrando os 40 anos da morte do pai, Ziggy vai fala sobre a história do estilo que consagrou opai e do legado deixado para as próximas gerações.

Imagem: Instagram

Ao ser questionado sobre as transformações do reggae, Ziggy Marley reflete: “O estilo que meu pai tocava há 50 anos estava à frente de seu tempo. Então continua sendo um reggae muito moderno. Ele nunca seguia o estilo dos contemporâneos dele daquela época. As músicas dele continuam muito atuais”, diz.

Ziggy também relembra a infância longe do pai famoso. “Na minha família, eu tento passar mais tempo com os meus filhos, tento me envolver com a vida deles mais do que os meus pais se envolviam na minha, porque hoje em dia sabemos que é importante os filhos terem esse tipo de conexão e relacionamento com os pais”. “Mas, para mim, crescer do jeito que crescemos não foi um problema. Nós somos muito felizes. Foi só uma época diferente e uma vida diferente”, declara.

Quem também participa da entrevista é o vocalista da banda Natiruts, Alexandre Carlos. Ambos os artistas falarão como a música pode influenciar no pensamento e na vida das pessoas.

Conversa com Bial começa logo após o Jornal da Globo.

“Adoro Mudanças”: Atriz Jessica Ellen mostra seu visual para próximo projeto no cinema

0
Fotos: Divulgação/Wella

Após o término de “Amor de Mãe”, a Jessica Ellen passou por uma transformação as cores de seus cachos. A atriz e cantora agora se prepara para a gravação de dois novos filmes que serão gravados no segundo semestre. 

“Eu amei, ficou lindo! Preto traz uma seriedade, algo mais intenso e mais profundo, tudo a ver com inverno. O inverno tem uma intensidade maior e, agora, com esse novo look, consigo curtir com uma maquiagem mais elaborada!” disse ela sobre Seu novo visual, mas ainda sem dar detalhes sobre o novo papel.

Sobre as diversas mudanças de seu cabelo, a atriz ainda fala  que adora transformar seu visual: “Adoro mudanças, gosto muito de brincar com meus cabelos, trocar as cores, comprimento, incrementar o visual com tranças e me transformar em várias versões do que eu posso ser. Já usei cabelo curtinho, mas também bem longo com tranças, tanto tranças grossas como tranças finas.”

Jessica escolheu a nuance 10, “Preto Infinito”, uma tonalidade de pretos profundos da coleção “Noites Iluminadas” de Koleston.

“Meus cabelos já estiveram em um tom caramelo e loiro escuro. Estava com esse visual platinados há mais de 6 meses e senti que agora era hora de mudar novamente. Escolhi essa tonalidade, Preto Infinito, já pensando em minhas duas novas personagens que vou interpretar no próximo semestre” Finalizou ela.

Festival AfroPop reúne Margareth Menezes, Olodum e novos nomes da cultura afro-urbana

0
Foto: Divulgação.

Evento terá dois dias de shows musicais transmitidos pelo YouTube em julho

A cantora Margareth Menezes vai ser a anfitriã do Festival AfroPop, que acontece nos dias 10 e 11 de julho, às 19h, com transmissão pelo Youtube de Margareth Menezes e pela TVE Bahia. Na programação, nomes como Olodum, Márcia Short e Dão. Além dos shows musicais, o festival contará com participações em registros audiovisuais de depoimentos de grandes artistas brasileiros fundamentais na formação das referências afro-urbanas atuais.

Como inspiração maior, o Festival traz referências importantes do Movimento AfroPop Brasileiro, difundido nacional e internacionalmente a partir de 2005 por Margareth Menezes. O movimento fortalece a cultura brasileira, em suas raízes negras e indígenas aliadas à força do conceito pop e da arte urbana contemporânea, se colocando como mecanismo de avanço, contra o apagamento racista da memória, a favor do protagonismo e da representatividade do povo negro nas mais diversas áreas de atuação.

Foto: Divulgação.

Carregado de simbologias estéticas, o Movimento AfroPop trabalha para a afirmação e continuidade da história, ao mesmo tempo que adiciona camadas de inovação e tecnologias. “O AfroPop é um movimento que promove a beleza e a riqueza ancestral junto à contemporaneidade e que acolhe todos que lutam pela igualdade de direitos. É o abraço entre o tambor e o computador”, explica Margareth, que ouviu pela primeira vez o termo ‘AfroPop’ aplicado à música que faz, em 1991, durante uma turnê internacional ao lado do músico americano David Byrne.

PROGRAMAÇÃO – Serão dois dias de Festival com transmissão nos dias 10 e 11 de julho pelo canal oficial de Margareth Menezes no Youtube, e, simultaneamente, para todo o estado da Bahia pelo canal da TVE Bahia, televisão aberta local. Além de anfitriã, Margareth apresenta músicas do seu repertório e convida participações.

O Festival AfroPop rememora, amplia e dá continuidade a um potente encontro em celebração ao Movimento que aconteceu durante a realização da Concha Negra, em fevereiro de 2020, na Concha Acústica de Salvador, reunindo Margareth Menezes, Luedji Luna e Afrocidade.

“Precisamos pensar o Brasil com mais pertencimento, mais propriedade. Nosso referencial é necessário para construir um presente seguro. Já que somos, efetivamente, participantes da construção da identidade afro-brasileira no mundo. A cultura que não se renova fica estática no tempo, endurece e envelhece dentro da sua rotunda. Vivemos tempos de constante modernização e nós, afro-brasileiros, temos o direito e o dever de nos posicionarmos”, defende Margareth Menezes.

Serviço:
Festival AfroPop
Atrações: Margareth Menezes feat Márcia Short, Olodum, Dão, Panteras Negras feat Tulani Masai e Cronista do Morro
Data: 10 e 11 de julho de 2021 (sábado e domingo)
Horário: 19h
Exibição: YouTube Margareth Menezes (youtube.com/margarethmenezes), TVE Bahia (youtube.com/tvebahia) e pelo canal aberto de televisão TVE Bahia (canal 10).

Estudantes negros correm mais risco de abandonar os estudos durante a pandemia, aponta pesquisa

0

Pesquisa da Datafolha aponta que 43% dos estudantes negros na rede  pública de educação básica  correm risco de abandonar os estudos por causa da pandemia. Entre os alunos brancos, o percentual é de 35%. Os dados foram conseguidos a partir da perspectiva das famílias.  Para pais e responsáveis os estudantes não têm evoluído na aprendizagem e admitem que podem abandonar os estudos.

Em Salvador, Instituto Steve Biko prepara estudantes negros e de escolas públicas para concorrer a vagas nas universidades — Foto: Divulgação / Instituto Steve Biko
Imagem: Instituto Steve Biko

Em relação às diferenças socioeconômicas, o problema afeta quase metade dos estudantes das famílias que vivem com apenas um salário mínimo, em contraste com os 31% daquelas com renda entre dois e cinco salários mínimos. O risco é ainda maior nas áreas rurais (51%) do que nas urbanas (39%) e incide mais na região Nordeste (50%) do que na Sul (31%). 

Outro ponto relevante da pesquisa diz respeito ao impacto da pandemia na alfabetização. De acordo com os pais e responsáveis, 88% dos estudantes matriculados no 1º, 2 º e 3 º ano do ensino fundamental estão em “processo de alfabetização”. Dessa proporção, mais da metade (51%) das crianças ficou no mesmo estágio de aprendizado, ou seja, não aprendeu nada de novo (29%), ou desaprendeu o que já sabia (22%), segundo a percepção dos responsáveis.

Mais uma vez, as desigualdades chamam atenção. No Nordeste, 28% dos familiares disseram que a criança desaprendeu, enquanto no Sul esse percentual é de 17%. A pesquisa mostra ainda que 57% dos estudantes brancos aprenderam coisas novas durante a pandemia na percepção de seus responsáveis – índice que cai para 41% entre os negros.  “Em um ano de acompanhamento, os dados mostram esforços importantes das redes públicas para oferta do ensino remoto. Entretanto, as desigualdades em relação à qualidade dessa oferta se acentuaram, assim como os riscos de abandono escolar. É urgente para o país estabelecer uma estratégia compartilhada, que traga coerência ao processo, com o compromisso de ampliar as oportunidades aos mais vulneráveis, de modo a recuperar o que foi perdido agora e melhorar os resultados educacionais para as próximas gerações”, avalia a gerente de Pesquisa e Desenvolvimento do Itaú Social, Patrícia Mota Guedes.

Aprendizado na Pandemia — A pesquisa identificou que 96% dos estudantes receberam algum tipo de atividade escolar neste ano, mas isso não se reflete necessariamente na percepção dos responsáveis sobre o desempenho. Para 86% dos pais e responsáveis, o desempenho escolar dos seus filhos antes da pandemia era ótimo ou bom e, agora, esse índice caiu para 59% — uma diferença de 27 pontos percentuais. O baixo desempenho escolar é a principal preocupação deles no caso de alunos que não estão em processo de alfabetização.

Reabertura Desigual das Escolas — Segundo os pais e responsáveis entrevistados, apenas 24% dos estudantes tiveram as escolas reabertas (mesmo que parcialmente), mas na região Norte esse índice é ainda mais baixo, de apenas 6%. Somente 16% dos estudantes de baixo nível socioeconômico tiveram escolas reabertas, ante 38% daqueles que estudam em unidades de alto nível socioeconômico.

Outro dado do Datafolha mostra que, entre os estudantes que tiveram a escola reaberta, 40% não foram para a aula presencial. O principal motivo para isso foi algum fator ligado à pandemia. No retorno às escolas, 63% dos estudantes estão sendo avaliados para identificar as suas dificuldades, mas só 29% estão recebendo aulas de reforço.

Entre os estudantes que têm aulas a partir de casa, a dificuldade de manter a rotina aumentou de 58% em maio de 2020, para 69% um ano depois. O aumento foi em todos os ciclos, sendo mais expressivo entre as crianças dos anos iniciais (1º ao 5º ano do ensino fundamental) e da região Nordeste (que passou de 58% para 74%).

Sexta Onda — Em um período de um ano (de maio de 2020 a maio de 2021) foram realizadas seis pesquisas Datafolha na série “Educação não presencial na perspectiva dos estudantes e suas famílias”. Esta sexta onda registra a evolução de alguns indicadores da educação remota neste período. As pesquisas anteriores foram em maio, junho, julho, setembro e novembro de 2020. A pesquisa quantitativa foi realizada entre os dias 22 de abril e 21 de maio de 2021, com abordagem telefônica, com responsáveis por crianças e adolescentes com idades entre 6 e 18 anos da rede pública, em todas as regiões do país.

Trace Brasil estreia série Movimento Ubuntu, em parceria com LAB Fantasma

0
Movimento Ubuntu marca a união entre a Trace Brasil e a LAB Fantasma, dos irmãos Emicida e Fióti.

Primeiro episódio do programa vai ao ar nesta quarta-feira, com Monique Evelle, Xênia França e Drik Barbosa

Estreia nesta quarta-feira (7), o programa Movmento Ubuntu, primeiro produto da parceria entre a maior multiplataforma de cultura afrourbana do mundo, Trace, e a LAB Fantasma TV. Os conteúdos da TV de Emicida e Fióti serão transmitidos no canal à cabo Trace Brazuca e na TVE Bahia.

O programa traz uma série de entrevistas com personalidades, dividida em sete episódios com bate-papos sobre autocuidado, política e saúde mental. O primeiro episódio do programa vai receber Monique Evelle, Xênia França e Drik Barbosa. Outros episódios contarão com a presença de Lázaro Ramos, Gilberto Gil, entre outros.

A união das duas plataformas de entretenimento fortalece o ecossistema audiovisual negro e amplia o alcance dos conteúdos, construindo narrativas positivas, que mostram a pluralidade e diversidade da população brasileira. Além disso, a parceria tem também como propósito criar um senso de coletivo e unir conscientização, acolhimento e entretenimento.

“A Trace fala de nós pra todos, essa parceria com a LAB é super especial pra nós porque eles são parceiros em propósito e em causa, contam a narrativa de pessoas negras a partir da primeira pessoa e de uma perspectiva positiva, destacam as artes das periferias e suas essências afro urbanas”, pontua Kenya Sade, chefe de programação da Trace Brasil.

Kenya Sade, diretora de programação da Trace Brasil.

A estreia se dá em meio à comemoração de um ano do canal Trace Brazuca, a recém anunciada parceria entre o Grupo Globo e a Trace Brasil, que estreou nova temporada do Trace Trends no Globoplay e Multishow no final do último mês e também em um momento importante para o LAB Fantasma, com o lançamento de AmarElo – Ao Vivo.

“Ao longo dos nossos 12 anos de história, saímos do lugar comum e fizemos isso variando os meios, levando o que acreditamos para desfiles de moda, games e também para o audiovisual. Sempre tivemos vontade de ir mais a fundo no audiovisual. Acabou que, com a pandemia, a nossa atuação nesse meio foi antecipada e muito bem recebida pelo público e pelos players. A estreia do documentário AmarElo – É Tudo pra Ontem, na Netflix, e a parceria com a Trace são amostras do nosso potencial nesse setor em que estaremos cada vez mais presentes”, diz Evandro Fióti, cofundador da LAB Fantasma.

Kanya Sade reforça que a conexão com o continente africano também é um diferencial e um valor importante para a Trace. “Hoje, nós somos a única plataforma do país que faz essa conexão direta com a África. No canal, a gente tem a oportunidade de mostrar de maneira legítima a cultura afrourbana brasileira. Eu e minha equipe analisamos conteúdos que sejam relevantes, interessantes e conectem com o nosso ecossistema”, conclui.

Serviço: Movimento Ubuntu

Data e horário: Toda quarta-feira, a partir de 07/07, episódio novo às 19h, com reprise às 22h, e exibições às sextas-feiras às 17h e sábados às 19h

Transmissão: Canal a cabo Trace Brazuca (Claro TV – 624, Vivo TV – 630, Guigo TV –  74 e BluTV – 521), TVE Bahia e plataforma digital Trace Play.

Com apresentação de Rita Batista, ‘Mulher com a Palavra’ vira programa de TV

0
Foto: Divulgação.

Programa vai ao ar aos domingos na TVE Bahia e no canal do Youtube do projeto.

Com o intuito de amplificar vozes e experiências de mulheres brasileiras, o projeto Mulher com a Palavra, chega à sua quinta edição em formato diferente. Por conta da pandemia e da necessidade de distanciamento social, as tradicionais reuniões presenciais foram substituídas, neste ano, por um programa de TV. As exibições serão comandadas, mais uma vez, pela apresentadora e jornalista Rita Batista, sempre aos domingos, das 18h às 19h, na TVE, com transmissões no canal do projeto no Youtube.

Para a comunicadora Rita Batista, que acompanha e participa do projeto desde a sua criação, em 2016, o Mulher com a Palavra é necessário, uma vez que a sociedade brasileira é machista, classista, racista, e lgbtfóbica “Nós somos contra tudo isso, propondo um evento onde aquelas que historicamente foram silenciadas são as protagonistas”, declara.

Com estreia no dia 25 de julho, Dia da Mulher Negra Latinoamericana e Caribenha, o primeiro encontro desta edição vai abordar o tema Afetividades, e terá como convidadas: a arquiteta e urbanista Joice Berth, a multiempresária Ana Paula Xongani e a chef de cozinha e comunicadora baiana Lili Almeida. O programa falará sobre o direito e importância de amar e ser amada, sobre autocuidado, autoestima e o fortalecimento de mulheres – muitas vezes vulnerabilizadas pela cultura do machismo. Solidão, relacionamentos abusivos, culpa materna são alguns dos pontos que serão discutidos, considerando as interseções raciais, geográficas, etárias, de orientações sexuais, entre outras.

Cada programa debaterá uma ideia central e será marcado pela conversa livre, pela escuta e pela troca. Na próxima reunião, agendada para o dia 29 de agosto, Eliane Potiguara e Sandra Benites, lideranças e intelectuais de diferentes povos brasileiros, falarão sobre suas trajetórias e as propostas das mulheres indígenas para um mundo melhor em Originárias. Já na exibição de 26 de setembro, o tema abordado será Mulheres e Ciência, com a mestra e doutoranda em estudos feministas Carla Akotirene e a primeira mulher negra brasileira doutora em Física, Sônia Guimarães. Elas vão conversar sobre as importantes contribuições das mulheres no meio científico brasileiro e mundial, a despeito de serem minoria e muitas vezes não reconhecidas.

O último programa da edição, previsto para ser apresentado no dia 31 de outubro, trará as perspectivas das artistas negras sobre o presente e apontando para o futuro, ultrapassando barreiras espaço-tempo, em Afrofuturos. Aqui, convidadas de peso: a fundadora da Inventivos, plataforma de aprendizagem para o futuro do trabalho, Monique Evelle, a cantora Margareth Menezes e a rapper, historiadora, turbanista e escritora Preta Rara, que contarão como os desdobramentos do conceito de afrofuturismo servem para provocar conversas entre mulheres pretas brasileiras, de diferentes idades e trajetórias, diaspóricas, com identificações. Neste contexto, a estética afrofuturista representa também uma libertação de estigmas e novas ferramentas de expressão e transformação.

Serviço:
O que: Projeto Mulher com a Palavra – 5ª edição
Onde: TVE e Canal do Youtube
Quando: Nos domingos 25/7, 29/8, 26/9 e 21/10, das 18h às 19h
Quem: Rita Batista e convidadas especiais

error: Content is protected !!