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“Pode entrar”: Elisa Lucinda mostra sua casa no próximo episódio do programa

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Imagem: Divulgação

A poetisa, escritora e atriz Elisa Lucinda mostra os cômodos de sua casa no Rio de Janeiro no novo episódio de “Pode Entrar“, que será lançado nesta quinta, dia 1º de julho, no YouTube Casa GNT. No programa, ela compartilha toda a decoração que fez sozinha na residência, de móveis pintados a lápis até imagens de santos restauradas de forma criativa.

Elisa define o local como “uma casa dos sentidos”, e também um cenário, por ser onde realiza os ensaios de sua nova peça, e o lugar em que fazia os saraus de poesia antes da pandemia. No tour virtual, ela mostra ainda os instrumentos musicais na sala, a cortina com um poema seu na janela, a coleção de bibelôs no quarto, sua varanda, na qual decora textos, repousa e cuida de suas plantas perfumadas e horta em vasos, entre outros cantos.

Com direção de Leticia Prisco, a atração, gravada remotamente, conta com novos episódios às quintas, às 21h, no YouTube Casa GNT.

“Bolsonaro emprega uma gestão supremacista branca”. Coalizão Negra Por Direitos participa de superpedido de impeachment

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A Coalizão Negra Por Direitos foi um dos coletivos que participou do pedido para protocolização do “superpedido” de impeachment motivado pela atuação desastrosa do presidente Jair Bolsonaro na condução da pandemia do novo coronavírus e outros crimes de responsabilidade cometidos pelo gestor desde 2019,quando assumiu a presidência da república.

Imagem: Coalizão Negra Por Direitos

Douglas Belchior, professor de história, integrante da Coalizão Negra Por Direitos e da Uneafro Brasil falou em  coletiva de imprensa sobre o pedido de impeachment feito nessa quarta-feira (30), em Brasília. “Nós vivemos um momento histórico importante e essa unidade diz respeito a isso. É uma unidade contra a bábarie, o genocídio que é a natureza do Estado brasileiro. Nós vivemos um encontro macabro desse momento da história do Brasil que sempre empreendeu suas forças para assassinar os povos originários e os povos africanos e seus descendentes que construíram esse país.E o encontro desse Estado, com um governo explicitamente fascista, racista e genocida. Esse encontro está destruindo ainda mais nosso país. Esse encontro é responsável pelas mais de 500 mil pessoas assassinadas pela política de negligência com a saúde pública no Brasil”, disse Belchior no início de sua fala.

O líder da Coalizão também lembrou as recentes denúncias de corrupção que atingiram o Planalto. “Agora a gente vê revelado ao país o caráter também corrupto de um governo hipócrita de Jair Bolsonaro. Hoje é um momento simbólico de continuidade de derrocada desse governo”, disse. Na semana passada o deputado federal Luis Miranda (DEM) denunciou à CPI da Covid um esquema envolvendo a compra da vacina indiana Covaxin, que ainda não tinha sido aprovada pela Anvisa e acusou o também deputado Ricardo Barros (Progressistas), líder do governo na Câmara de oferecer propina para não denunciar o caso.  A suspeita é que Bolsonaro sabia do ocorrido envolvendo Valor da dose mais alto que o comum , inconsistências no contrato, que previa pagamento antecipado a uma empresa que não era a fabricante.

No dia 24 de junho, em depoimento à CPI, o epidemiologista Pedro Hallal apresentou o slide original que apresentaria a integrantes do Ministério da Saúde. “Ele revelaria a situação específica da população negra e dos povos indígenas. Esse slide foi censurado e em seguida a relação com a universidade e com a pesquisa foi interrompida. É mais uma prova que o Bolsonaro emprega uma gestão supremacista branca. Uma gestão genocida que vitima o povo negro e o povo indígena”, disse Douglas Belchior sobre o revelado.

Ao lado de lideranças indígenas como Sônia Guajajara, Belchior pediu aplausos aos povos indígenas e prosseguiu. “Num país de maioria negra é essa a postura que o governo tem. Deixa morrer, deixa contaminar. Se fosse um país de maioria branca, essa postura seria diferente. Da mesma maneira que a gente vê permitida pela sociedade brasileira que a polícia estoure territórios negros e mate gente como fez em Jacarezinho é a mesma lógica da política colocada em prática pelo Jair Bolsonaro. Não vamos aceitar. Fora Bolsonaro!”, concluiu.

O “superpedido” tem 46 signatários e consolida argumentos apresentados em outros 123 pedidos de impeachment já apresentados à Câmara.Agora é preciso que o presidente da Câmara, Arthur Lira, do Progressistas dê continuidade ao superpedido de impeachment.

Para tornar o casamento mais inclusivo, África do Sul está considerando permitir que uma mulher tenha vários maridos

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Atrizes africanas/ Netflix

O governo da África do Sul está considerando permitir que as mulheres tenham vários maridos, uma possibilidade que lançou os conservadores do país em alvoroço e relatarem que não estão felizes com a possibilidade.

A opção é apenas uma entre várias em um documento abrangente, mas causou intenso debate na África do Sul. A poligamia, onde os homens se casam com várias esposas, é legal no país, por isso, agora estão estudando a possibilidade da poliandria, quando uma mulher pode se casar com vários homens.

Como parte do esforço para fortalecer a política de casamento, o departamento consultou líderes tradicionais, bem como ativistas de direitos humanos e outros grupos sobre as questões-chave. Os ativistas de direitos humanos “afirmaram que a igualdade exige que a poliandria seja legalmente reconhecida como uma forma de casamento”.

O documento destaca que a lei atual permite o casamento de menores e não contabiliza casais que mudam de sexo e desejam permanecer casados ​​sem passar pelo divórcio, entre outras falhas. As autoridades descobriram que as pessoas têm opiniões muito diferentes sobre o casamento, mas uma das propostas apresentadas é elaborar um esquema de casamento “neutro em termos de gênero”.

Devido ao elemento neutro em termos de gênero, esta opção se aplicaria tanto a mulheres  quanto a homens, se fosse legislada e, contudo, os conservadores do país ficaram chocados com a sugestão.

Um rosto em presente que critica a proposta é Musa Mseleku, uma estrela de reality show que tem quatro esposas.

Decreto de Bolsonaro coloca Sérgio Camargo como líder de um plano de gestão para o Quilombo dos Palmares

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O presidente Jair Messias Bolsonaro editou nesta terça-feira, 29 de junho, o decreto  10.732/2021,  instituindo um comitê de gestão da Serra da Barriga, em Alagoas, o local que abriga o Parque Memorial Quilombo dos Palmares (onde era localizado o lendário Quilombo dos Palmares), foco de revolta dos negros escravizados que conseguiram fugir de seus algozes e eram liderados por Zumbi dos Palmares).

Zumbi dos Palmares nasceu na Serra da Barriga, em Alagoas, no ano de 1655( Imagem: Divulgação/Governo Brasil)

Quem vai liderar a elaboração de um plano de gestão na serra  e entornos será Sérgio Camargo, atual presidente da Fundação Cultural Palmares. A equipe será formada por apoiadores do Governo Federal e um representante da Universidade Federal de Alagoas (UFAL).

Segundo informações do colunista Jotabê, da revista Carta Capital ,os remanescentes das comunidades quilombolas da região (dois de matriz africana e capoeirista, além de dois moradores do município de União dos Palmares) poderão acompanhar as reuniões do tal comitê, mas não terão direito a voto.

Lembrando que Sérgio Camargo deixou claro qual a visão que tem de Zumbi e seu legado, xingando o líder de “filho da puta” e sem apresentar provas afirmando que Zumbi escravizava pretos. Em 2020, Camargo xingou o Movimento Negro de “escória maldita”. Entre suas declarações estapafúrdias a respeito do que entende sobre questões raciais, disse que o racismo no Brasil seria um “racismo nutella” em comparação com o racismo sofrido por negros nos Estados Unidos. 

Sérgio Camargo foi instrumentalizado pelo governo de extrema-direita de Bolsonaro para destruir anos de avanços nas questões de raça e reconhecimento de grandes vultos negros da história brasileira. Camargo já exaltou a Princesa Isabel como a verdadeira heroína da abolição da escravidão, mito que tem sido descontruído por fartos registros históricos. Ao colocar um negro reacionário para tratar do legado de Zumbi dos Palmares, o Governo Bolsonaro tripudia da luta pela manutenção das comunidades quilombolas. O presidente da Fundação tem servido de escudo para sepultar a imagem de Zumbi e de outras figuras negras. Caso haja discordância na condução das decisões do governo em relação à preservação da cultura negra, é só dizer que nenhum ato tem fundo racista já que quem está capitaneando as ações é um homem preto.

Um desserviço para toda a população afro-brasileira que vem desconstruindo mitos em relação aos supostos salvadores brancos.

A Serra da Barriga é registrada como patrimônio histórico cultural do Mercosul desde 2017.

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Tina Knowles relembra revelação de gestação de Beyoncé no VMA’s e conta perrengue

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Foto: Reprodução.

Anunciar uma gestação durante um show é algo que Cardi B sabe bem como fazer, como pudemos ver durante sua performance no último BET Awards. Mas ela não foi a primeira a lançar mão deste formato de anúncio, já feito por Beyoncé, na gestação de Blue Ivy em 2011. O que muita gente não sabe – ou não sabia, é que teve perrengue na escolha da roupa para a performance no VMA de 2011, quando a cantora revelou que estava esperando Blue Ivy.

Tina Knowles, designer de moda e mãe da cantora Beyoncé, revelou os bastidores desse anúncio, que envolveram a escolha de uma calça para a performance daquela noite. “Então, duas horas antes da apresentação, eu estava na loja […] Comprei dois tamanhos de calça para gestantes, mas acabei tirando o painel de uma delas e colocando nas que eu havia feito porque o formato dos comprados na loja não estava certo! Graças a Deus funcionou. E quando ela abriu a jaqueta e mostrou a barriga, foi o maior alívio de todos os tempos para mim, Ty Hunter e Tim White. Não precisávamos mais guardar segredo”, revelou Tina em uma postagem nas redes sociais.

Confira:

A primeira gestação de Cardi B também foi anunciada em uma performance no Saturday Night Live, em 2018. Durante a apresentação, a iluminação do palco mostrava somente a parte de cima do corpo da cantora. Em certo momento da performance de Be Careful, a luz evidenciou a barriga já proeminente da cantora.

Junto com o criador de ‘Euphoria’, The Weeknd vai co-escrever e estrelar nova série na HBO

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Imagem: Divulgação

The Weeknd vai co-escrever e produzir, ao lado do produtor criativo e o criador da série “Euphoria, Reza Fahime, a nova série da HBO, que relata a vida de uma cantora pop iniciando um romance com um enigmático dono de um clube em Los Angeles e suas aventuras, mas ainda sem informações maiores.

A notícia da série foi relatada pela primeira vez pela Variety na terça-feira passada e causou grandes expectativas nos fãs, sendo confirmado pelo cantor.

Segundo  a Billboard, o superastro e vencedor do Grammy se viu na sala dos roteiristas na comédia “American Dad”, em maio de 2020, quando co-escreveu um episódio intitulado “A Starboy Is Born” em conjunto com o escritor American Dad e Robot Chicken Joel Hurwitz. 

Este não será o primeiro trabalho do cantor na TV. Em 2020, ele escreveu um episódio da animação “American Dad”, e atuou como dublador. Ele também interpretou a si mesmo no filme “Joias brutas” (2019).

Wakanda Forever: Produção de sequência de Pantera Negra é iniciada

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Foto: Reprodução

A produção da aguardada sequência de Pantera Negra começou na última terça-feira (29) em Atlanta, nos Estados Unidos. A informação é do chefe da Marvel Studios, Kevin Feige à revista Variety.

A direção continua sendo de Ryan Coogler e Feige confirma a presença de todos do elenco original da trama, exceto o saudoso T’Challa, vivido por Chadwick Boseman, falecido no ano passado. “Mas todos estão muito animados em trazer o mundo de Wakanda de volta ao público e aos fãs. Faremos isso de uma forma que deixaria Chad orgulhoso”, disse Feige.

“Black Panther: Wakanda Forever” tem data prevista de lançamento para 8 de julho de 2022 e é um dos 26 títulos da Marvel Studios para lançamento nos cinemas e streaming no Disney Plus, incluindo uma série de TV ambientada no mundo de Wakanda.

MasterChef 2021: Conheça os participantes negros da temporada

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Imagem: Divulgação

No dia 6 de julho vai começar a oitava temporada do MasterChef Brasil. Contando com 23 participantes, com cinco deles tentando uma segunda chance de ganhar o prêmio, todos eles vão tentar agradar o paladar dos jurados Helena Rizzo, Erick Jacquin e Henrique Fogaça.

Na nova temporada, as relações dos participantes serão testadas com dinâmicas que tendem a gerar desconforto e discussões. Uma das novidades é a caixa misteriosa dourada que pode dar uma vantagem ou desvantagem para o competidor.

Por isso, separamos os competidores que prometem fazer história nessa temporada:

Cristina (51) São Sebastião do Passeio/BA – Coordenadora Pedagógica

A baiana Cristina cozinha desde pequena porque, segundo seu pai, era sua função como mulher. Com o passar do tempo, decidiu ser independente e evitou a cozinha após sair de casa. Aos 30 anos, e tornou mãe solo, o que a fez deixar vários sonhos de lado.

Cristina é coordenadora pedagógica e com sua filha indo morar em Florença/Itália, acredita que finalmente chegou o seu momento de se dedicar a si mesma. Hoje com mais de 50 anos, reviu a sua visão pela cozinha, aceitou o seu amor por ela e acredita que o MasterChef será a grande chance de trabalhar na área.

Daphne (19) São Paulo/SP – Skatista

A skatista de 19 anos não é uma novata na cozinha do MasterChef Brasil. Aos 13 anos, participou do MasterChef Brasil Junior e foi destaque em diversas provas.

Apesar de nova é bastante estudiosa e tenta sempre se aprimorar com novas técnicas na cozinha. Quer voltar ao MasterChef para mostrar o quanto evoluiu e garante que vai agarrar esta oportunidade com todas as forças e sair com troféu na mão.

José Sergio (50) Canhotinho/PE – Representante Comercial

Nascido no interior de Pernambuco, trabalha como representante comercial e gosta de declarar sua paixão pelo carnaval, onde todo ano participa de desfile de sua escola de samba do coração. Sua maior satisfação é ver a mesa cheia de amigos apreciando sua comida.

Confiante de suas habilidades culinárias, aposta no MasterChef para finalmente transformar em profissão aquilo que sempre fez seu coração bater mais forte: a cozinha.

Movimento Black Money e Credicard lançam cartão de crédito que apoia causa antirracista

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Oferece:

Voltado para promover o afroempreendedorismo e auxiliar profissionais pretos, o Movimento Black Money (MBM), o Hub de Inovação para Comunidade Negra, está lançando o Credicard On MBM, cartão de crédito que apoia causa antirracista. Com o slogan “Você está próximo do seu Primeiro Cartão de apoio a causa Antirracista”. 

Imagem: Movimento Black Money/Divulgação

O Credicard On MBM não possui anuidade e o obtendo, o comprador ajuda a alavancar pequenos afroempreendedores através de programas educacionais e desenvolvimento de novas tecnologias. “85% dos nano e microempreendedores negros da nossa rede declararam que não vendem pela internet e que tiveram o faturamento reduzido a menos de R$ 500 por mês durante a pandemia, sendo esses estabelecimentos a fonte principal de renda familiar”, conta Nina Silva, uma das fundadoras e CEO do MBM.

Apesar de terem o crédito três vezes mais negado nas instituições bancárias tradicionais, segundo levantamento da Small Business Administration, os negros movimentam uma renda própria de cerca R$ 1,9 trilhão por ano. Esta dificuldade na inserção de pessoas pretas ao crédito motivou o MBM a lançar essa parceria. Através do aplicativo Credicard ON, o dono do cartão terá acesso às mais de mil lojas lojas de afroempreendedores do Mercado Black Money. no que é o maior Marketplace de afroempreendedores do Brasil. 

O empreendedorismo negro está em plena expansão. São mais de 14 milhões de homens e mulheres negras gerando negócios e que visam aproveitar o momento de diálogo sobre o Racismo Estrutural e a transformação digital em curso no país para desenvolver soluções radicais aos problemas sociais que vivemos. “O racismo é um problema econômico. Existe um custo social e um custo econômico dessa discriminação: isso gera segregação”, diz  Luis Felipe López-Calva, diretor regional para América Latina e Caribe do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.

O Credicard On MBM não terá anuidade enquanto o consumidor o possuir. Quem adquire o cartão apoiará projetos do Movimento Black Money em parceria com a Credicard (bandeira Visa). Você já consegue solicitar o cartão com a bandeira do continente africano no site da Credicard. Uma vez no site é só clicar em “peça já o seu” e será encaminhado para a lista de benefícios do cartão, que incluem o uso imediato após aprovação, escolha do design Credicard On MBM , conta digital sem nenhuma taxa que pode ser movimentada em todas as suas funções pelo aplicativo Credicar On.

Após o preenchimento da proposta de cartão o comprador receberá em até 20 dias a resposta da análise no e-mail cadastrado. Neste primeiro momento, na página da Credicard, aparecerá o cartão básico azulzinho, mas depois do cadastro enviado e proposta aceita, aparecerá a opção de escolher o cartão do Movimento Black Money com os mesmos benefícios e ainda apoio aos projetos da instituição.
Antes mesmo do cartão físico chegar na casa do consumidor, ele já poderá usar o app fazer compras e usar os benefícios.

O continente africano estampando o Credicar On MBM (Imagem: Divulgação)

O Movimento Black Money é um hub de inovação para inserção e autonomia da comunidade negra, que busca fomentar a autonomia de pessoas pretas através do empreendedorismo, da educação e da transformação digital.Foi fundado em 2017 pelos executivos Nina Silva e Alan Santos e atua baseado nos pilares educação, comunicação e serviços financeiros. Uma de suas principais iniciativas é o Shopping Virtual – Mercado Black Money que já conta a participação de mais de mil lojistas negros.

Adquirindo Credicard On MBM você auxilia a luta antirracista e incentiva o empreendedorismo negro.

Luiz Gama recebe o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade de São Paulo (USP)

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Luiz Gama se torna o primeiro brasileiro negro a receber o título de Doutor Honoris Causa concedido pela USP (Universidade de São Paulo). Uma das figura centrais na luta abolicionista brasileira, Luiz Gama (1830-1842) recebeu homenagem póstuma proposta pela ECA (Escola de Comunicações e Artes) e aprovada pelo Conselho Universitário da USP em reunião realizada nesta terça-feira (29) virtualmente.

Luiz Gama e as cartas que contam histórias de resistência preta - MST
Luiz Gama em imagem de acervo histórico

Antes da decisão a ECA já tinha levantado uma campanha a favor da aprovação do título em favor de Gama. Os posts da campanha tiveram mais de 50 mil visualizações no Twitter e foram compartilhados nas redes sociais pelos perfis do CRUESP e da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF), da Faculdade de Saúde Pública (FSP), da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), da Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas (FFLCH) e por seguidores da ECA nas redes sociais.

Filho de mãe africana livre e pai português, Luiz Gama foi vendido como um escravo aos 10 anos de idade pelo pai endividado.Conseguiu A liberdade aos 18 anos após processo judicial e passou a frequentar como ouvinte as aulas de direito na  Faculdade de Direito do Largo São Francisco (hoje um dos campus da USP). Com conhecimento adquirido atuou, ainda que sem diploma, como advogado e foi figura decisiva na libertação de negros escravizados. Como jornalista escreveu textos a respeito da condição dos escravizados em A Gazeta da Corte, A Província de São Paulo, Cabrião e Correio Paulistano
Em artigo para o site da USP, o professor Dennis de Oliveira diz considerar Gama o primeiro intelectual público brasileiro. “Por que eu o chamo de intelectual público? “Porque ele percebeu que meramente a ação jurídica não seria suficiente. Ele articulou a ação política com uma ação quase militante. No jornalismo, na poesia e nas letras, Luiz Gama militava em prol do abolicionismo. Por isso foi um intelectual público. Ele fez uma análise sofisticada do que era a sociedade daquela época e expressou isso em sua produção literária, jornalística e jurídica com um objetivo: acabar com a escravidão. Era um intelectual orgânico”, diz o professor.

O título de Doutor Honoris Causa é mais um passo para compensar o apagamento histórico que Luiz Gama sofreu durante muitos anos.

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