O filme premiado internacionalmente na categoria de Melhor Roteiro pelo “Indie Memphis Film Festival” Medida Provisória, primeiro filme de Lázaro Ramos, ainda não chegou no Brasil, mas está rodando os grandes festivais do mundo e conquistando as premiações estrangeiras.
Após vencer o festival de cinema de Memphis, o longa, que traz no elenco nomes como Alfred Enoch (de How To Get Away With A Murder), Taís Araujo, Seu Jorge, Adriana Esteves e Renata Sorrah, chega em mais dois festivais americanos, o badalado SXSW (South By Southwest) e o PAFF (Pan African Film Festival).
Foto: Reprodução/Filme
Executive Order, nome internacional do filme, encerrou ontem o PAFF. No instagram, o festival anunciou o filme como “Melhor Filme Brasileiro Desde Cidade de Deus”.
Já no SXSW, Executive Order terá sua aguardada apresentação na quarta, 17. No Brasil, a previsão de estreia é no segundo semestre de 2021.
Para o lançamento nesses festivais internacionais, Lázaro, Taís, Alfred e Seu Jorge, deram algumas entrevistas para veículos internacionais que vem dando destaque e boas críticas para o filme.
“Medida Provisória” é baseado no sucesso teatral brasileiro “Namíbia, Não”, de Aldri Anunciação, que estreou originalmente em 2011, em Salvador. A ficção se passa num Brasil do futuro em que uma medida de reparação social afeta diretamente a vida de uma família, são eles o jovem casal formado pela médica Capitú (Taís Araújo) e pelo advogado Antonio (Alfred Enoch) e o primo, o expansivo jornalista André (Seu Jorge), que, de favor, mora na casa da dupla. Certo dia uma medida de reparação financeira pelos tempos de escravidão no Brasil é proposta, e é respondida com outra. Com esta novidade, o casal acaba separado sem saber se poderão se reencontrar.
No último dia 13 de março, como de costume, o rapper mineiro Djonga lançou seu álbum musical. Escrito durante o período de isolamento social no álbum “Nu” Djonga expõe suas contradições, falhas e medos.
“Todo artista está sempre pelado, mostrando todas as suas contradições”. Essa é uma das explicações que Djonga dá para o título do seu quinto disco, Nu.
O nome dado ao álbum tem duplo sentido, e o artista explicou a escolha
“A cada música que eu terminava, eu soltava um ‘nuuuu’, como uma forma de alívio, mas também pela sensação de ter achado o resultado muito foda”, diz o artista.
O álbum completo já está disponível em todas as plataformas de streaming Ouça aqui.
Em “Nu” o rapper depositou tudo o que viveu em um ano, em período de isolamento social e digital (o artista optou por sair das redes sociais).
“Queria falar do que estava sentindo. Mas acredito que o ser humano é muito parecido na essência, então, talvez, as pessoas se identifiquem também”, afirma.
Confira informações sobre as faixas de “Nu”:
“Nós” é o ponto de partida de Nu, com beats de Nagalli e Coyote Beatz. A faixa funciona como um último grito do disco Histórias da Minha Área, lançado em março de 2020. “Ó Quem Chega” é um recado pros vacilões, enquanto “Xapralá” surgiu da necessidade que o artista sentiu de fugir de si para se encontrar. “Essa é uma das minhas favoritas, era tanto sentimento que eu nem fiquei pensando em punchline”, comenta o rapper sobre a faixa que traz beats do MDN Beatz.
“Me Dá a Mão” é um pedido de socorro sonorizado em formato de lovesong. Mostra os muitos Djongas vivos e possíveis dentro do corpo de Gustavo Pereira Marques – alguns serão aclamados, outros nem tanto. “Vírgula” marca o meio do percurso de Nu, além de ser um ponto de virada do álbum. “O sentimento é de que graças a Deus num teve ponto final pra mim e pros meus. Nós respiramos”, fala o artista.
“Ricô” é uma interrupção no processo de Djonga. A música traz a participação de Doug Now. “Ele é o melhor MC de BH. Pode dar print aí, ele tá vindo… Vamos lançar coisas dele em breve”, promete Djonga.
Com Thiago Braga e Budah, “Dá pra Ser” é um hitzinho que resulta do discurso de “Me Dá a Mão”. O pedido de socorro atendido abre possibilidades incontáveis e mais leves: “a vida é uma folha branca, a história nós monta”.
“Eu” encerra Nu e trata-se da faixa que resume o trabalho inteiro. Não à toa, foi a primeira que Djonga compôs. A música em que o menino que queria ser Deus se revela humano e complexo demais em sua completude, algo que ele compreendeu, mas um assunto que, talvez, a turma do dedo apontado não esteja disposta a conversar.
Com apenas 9 anos Blue Ivy, filha de Beyoncé e do rapper Jay-z se torna a 2º artista mais jovem a ganhar a premiação mais importante da música.
Blue levou o Grammy de “Melhor Clipe” pela sua participação mais que especial em “Brown Skin Girl” de Beyoncé, pertencente ao aclamado “Black Is King” álbum visual de Beyoncé inspirado no remake de “O Rei Leão”
A artista mais jovem a levar um Grammy foi Leah Peasall, das Irmãs Peasall, que foi premiada aos 8 anos pela trilha de “E aí, Meu Irmão, Cadê Você?”.
Não só Blue Ivy fez história, nessa mesma noite Beyoncé se tornou a artista feminina mais premiada da história do Grammy, ao todo são 28 estatuetas.
Confira o clipe que deu a Blue Ivy a premiação mais importante da música:
Aconteceu ontem(domingo,14) a noite mais importante do mundo da música, que esse ano teve como apresentador Trevor Noah. A entrega do gramofone de ouro gera todo ano muita polêmica desde o momento dos anúncios dos indicados, até a entrega do ultimo prêmio na cerimônia. Esse ano, uma das maiores polêmicas a respeito da premiação, foi com o cantor The Weeknd que após não receber nenhuma indicação com seu álbum After Hours, proibiu sua gravadora de submeter seus próximos trabalhos para concorrer ao Grammy.
Entretanto por outro lado, tivemos Beyoncé quebrando recordes e se tornando a artista mais premiada da história do Grammy Awards, com 28 troféus na prateleira. E os Carter estão com motivo de sobra para comemorar. Como se não bastasse isso, Blue Ivy se tornou a 2º artista mais jovem a vencer um Grammy, com apenas 9 anos de idade.
Confira abaixo todos os vencedores negros da noite de ontem, que felizmente e finalmente não foram poucos.
Música do ano “I Can’t Breathe” – H.E.R.
Revelação Megan Thee Stallion
Melhor performance de R&B “Black Parade” — Beyoncé
Melhor performance de rap melódico “Lockdown” — Anderson .Paak
Melhor música de rap “Savage” — Megan Thee Stallion Featuring Beyoncé
Melhor música de rock Brittany Howard – “Stay High,”
Melhor canção r&b: “Better Than I Imagine” – (Robert Glasper featuring H.E.R. and Meshell Ndegeocello)
Melhor performance de rap “Savage” – Megan Thee Stallion featuring Beyoncé
Melhor álbum de música cristã contemporânea “Jesus Is King” — Kanye West
Melhor álbum de jazz instrumental Trilogy 2 – Chick Corea, Christian McBride & Brian Blade
Melhor álbum latino de jazz “Four Questions” – Arturo O’Farrill & The Afro Latin Jazz Orchestra
Melhor clipe “Brown Skin Girl” — Beyoncé
Disco de música global “Twice As Tall” – Burna Boy
Melhor faixa dance “10%” — Kaytranada Featuring Kali Uchis
Melhor álbum de dance/eletrônica “Bubba” — Kaytranada
Melhor performance de R&B tradicional Ledisi
Melhor álbum de R&B progressivo “It Is What It Is” — Thundercat
Melhor álbum de R&B “Bigger Love” — John Legend
Melhor álbum de rap “King’s Disease” — Nas
Melhor álbum de comédia BLACK MITZVAH -Tiffany Haddish Melhor álbum de Reggae GOT TO BE TOUGH -Toots & The Maytals Melhor álbum de Blues Contemporâneo- HAVE YOU LOST YOUR MIND YET? – Fantastic Negrito Melhor álbum de blues tradicional RAWER THAN RAW – Bobby Rush Melhor álbum de gospel raíz CELEBRATING FISK! (THE 150TH ANNIVERSARY ALBUM) – Fisk Jubilee Singers
Melhor álbum gospel PJ Morton
Melhor canção ou performance gospel MOVIN’ ON – Jonathan McReynolds & Mali Music; Darryl L. Howell, Jonathan Caleb McReynolds, Kortney Jamaal Pollard & Terrell Demetrius Wilson, songwriters
Lifetime Achievement Award Grandmaster Flash & The Furious Five, Lionel Hampton, Salt-N-Peppa
Trustees Award Kenny “Babyface” Edmonds Music Educator Award Jeffrey Murdock
Aproveite confira também algumas das melhores apresentações da noite:
Black Pumas, indicados ao álbum do ano, apresentaram Colors.
Cardi B, apresentou UP e Wap ao lado de Megan Thee Stallion- com direito a uma surpresa para os brasileiros
Brittany Howard foi uma das artistas que participaram do tributo para aqueles que se foram no último ano
Além dessas, outra performance extremamente marcante da noite foi a do rapper Lil Baby. Em tom de protesto, ele lembrou de George Floyd, falou sobre a violência policial e cobrou ações do governo a respeito das mortes de pessoas negras. Em seu canal no Youtube, Lil Baby mostrou o making off da apresentação e o público comentou que era como se estivessem assistindo a um making off de documentário. Confira aqui:
A páscoa está se aproximando, e assim como no último ano as comemorações precisaram ser adaptadas ao atual cenário de pandemia. A troca de chocolates é uma tradição muito presente no Brasil, e a chef Aline Chermoula está cuidando para que a data não perca uma de suas grandes essenciais, presentear e surpreender o próximo.
“Receber ovo de páscoa como presente é um carinho muito especial. Que expressa sentimentos de amor, carinho, cuidados que remetem a felicidade e traz a presença mesmo que a pessoa esteja distante” diz a chefe especializada em culinária afrodiapórica Aline Chermoula.
Foto: Aline Chermoula
Além dos seus produtos terem toques de africanidades, devido toda a trajetória de Aline na culinária, a chef tem inovado na forma de surpreender os clientes e incentivar as compras, ainda que em tempos de pandemia.
“O principal diferencial é o cliente montar seu próprio ovo. Escolhe o chocolate e o recheio de cada metade do ovo”
Foto: Aline Chermoula
Para o cliente, poder montar o seu próprio ovo com os produtos de preferência é um grande conforto, pois permite que o ovo seja exclusivo aos seus gostos e ao gosto de alguém especial. Com a produção artesanal de Aline Chermoula nenhum ovo de páscoa é igual.
A chef falou sobre como aplica os ingredientes afrodiapóricos nos produtos pascoais, a produção sempre preza pela preferência do cliente, mas a chef também tem complementos afrodiapóricos que dão um sabor único aos ovos de páscoa
“No ovo de páscoa é opcional! Mas se o cliente permite adiciona canela e/ou cravo ao chocolate aromatizando. E com este chocolate monto a estrutura do ovo.”
O cliente pode escolher o tipo de chocolate, os complementos que compõe o ovo de páscoa e ter o ovo montado a seu gosto, as opções de chocolate são:
Meio amargo
Ao leite
Blend (meio amargo e ao leite)
Ou branc
Foto: Aline Chermoula
A chef adora o preparo de todos os tipos, mas os ovos trufados estão sendo os mais pedidos atualmente, Aline contou um pouco de como a produção dos ovos foi afetada na pandemia
“Preparo os ovos com toda segurança necessária. Uso máscara, a qual troco a cada hora, uso luvas e as troco com frequência. Segurança é o primordial tem tempos de pandemia.
A produção é artesanal e desde que a pandemia iniciou trabalho sozinha. Opção para garantir a segurança.”
Confira os sabores disponíveis e as condições de entrega:
Encomendas especiais Ovos de Páscoa da Chermoula
Ovos crocantes ou trufados Ovos de colher Ovos personalizados (escolha cada item que irá em seu ovo de colher)
Escolha o Tipo de chocolate:
Meio amargo Ao leite Blend (meio amargo meio ao leite) Branco
Se for crocante escolha:
Amendoim Avelã Nozes
Escolha recheio (trufado ou de colher)
Brigadeiro tradicional Doce de leite Frutas vermelhas Maracujá Ninho Oreo
Tamanho e valores
Trufado ou crocante
250g 50 reais 500g 90 reais
De colher
250g 70 reais 500g 120 reais
Formas de pagamento
– Depósito bancário/PIX no ato da encomenda
– Cartão de crédito via PicPay
Pedidos e prazo para encomenda
Através do e-mail aline@chermoula.com.br ou do WhatsApp (11) 951444845
Obs: sujeito à disponibilidade de estoque.
Entregas
Serão Agendadas por região
Feitas entre 25 a 31/03 Frete para centro expandido, alguns bairros da zona oeste, zona norte, zona leste alguns bairros da zona sul: R$ 10Para outras localidades, consulte nossa equipe.
Ficou curioso para provar ovos exclusivos da Aline Chermoula? Os pedidos podem ser feitos pelo WhatsApp e as encomendas já estão abertas e devem ser feitas com antecedência.
Em ‘Banho de Quilombo’, Jaque Barroso apresenta a cultura da Mussuca para o Brasil. Foto: MAVI.
Cantora lançou o primeiro single de 2021 em homenagem a quilombo sergipano
A cantora sergipana Jaque Barroso, dona de uma das vozes mais autênticas da música brasileira atual, acaba de lançar seu primeiro single de 2021. Batizada de “Banho de Quilombo”, a música traz fortes elementos da cultura do quilombo da Mussuca, em Laranjeiras, Sergipe, misturado com as batidas eletrônicas do dub e do Drum N’ Bass, entre outras referências.
“Samba de Coco, Samba de Pareia, São Gonçalo, Cacumbi, Taieiras, Reisado, Chegança, Lambe-Sujo, Caboclinhos”. É enumerando as muitas expressões da música e cultura popular da Mussuca e de Laranjeiras, que Jaque nos introduz ao no mundo multicolorido da cultura negra sergipana, que é a sua origem.
“Minha família é de Laranjeiras, e eu cresci participando dos encontros de cultura e das tradições da Mussuca. Quando eu comecei a compor, esse repertório cultural e esse legado ancestral já estava na minha mente”, relembra.
“Banho de Quilombo” tem também um videoclipe a ser lançado no próximo dia 30 de março, todo ambientado no quilombo da Mussuca. “Não vou contar mais detalhes para não perder a graça, mas quero todo mundo de olho no dia 30”, ri.
O single faz parte do disco ‘Descalça Entre Mundos’, com lançamento previsto para junho deste ano. “Esses mundos são o mundo da minha ancestralidade e esse mundo que a gente vive aqui. O mundo da cultura popular e da música eletrônica, estes mundos nos quais eu transito e que fazem parte de mim”, explica a cantora.
No Rio, atualmente, não falta opção gastronômica para um rolê de preto. Na última década, no eixo Centro e Zona Norte da cidade, surgiram restaurantes especializados na culinária africana e afro-brasileira que oferecem um cardápio com significados que vão além dos pratos, com iguarias coloridas e saborosas.
Mais do que restaurante, esses espaços são centros culturais que possibilitam encontros de pessoas pretas na cidade. Em condições sociais normais para aglomeração, oferecem roda de samba, jazz, chorinho, workshops e rodas de conversa sobre variados temas, e tudo mais que reforce a sociabilidade e propague a cultura negra. Devido à pandemia do novo coronavírus, parte da atuação desses espaços se estendeu para as suas redes sociais.
Embora não sejam exclusivos para pessoas pretas, são “ambientes de segurança”, como definiu uma amiga, dizendo que neles pessoas brancas ficariam inibidas de serem racistas. Os valores que orientam esses restaurantes são afeto, ancestralidade, comunhão, vivência, saberes e artes afrocentradas, com a gastronomia como abre-alas.
A cidade do Rio de Janeiro vem se africanizando ainda mais agora, pela boca, com esses restaurantes. E, na maioria deles, além de comida você encontra outros artigos atrelados à cultura e à arte preta, como moda, livraria e artesanatos, agregando outras marcas ao local. Recorrem a um modelo de negócio colaborativo, compartilhado e comunitário, que talvez seja uma alternativa interessante de sustentação para essa conjuntura de recessão econômica que se prolonga há anos.
Listei alguns desses espaços que vêm formando um circuito gastronômico africano e afro-brasileiro na cidade.
Quilombo Cultural Casa do Nando
Após sofrer um incêndio em agosto de 2020 que destruiu o antigo casarão localizado no Largo de São Francisco da Prainha, na Pequena África, região portuária, o Quilombo Cultural Casa do Nando foi reconstruído em um novo endereço, agora na Rua Camerino 176, na mesma região. A reconstrução do espaço foi feita com ampla solidariedade, com crowdfunding, doações de materiais e com pessoas que, de maneira voluntária, literalmente colocaram a mão na massa.
A Casa do Nando há 7 anos vem se referenciando na cidade como um local de pretos para pretos, como um espaço de acolhimento; desenvolvendo atividades artísticas, culturais e ação social. Tudo isso temperado com afeto, alegria e amor, valores propagados pela Casa.
A cozinha é do chef Nando, o anfitrião, que oferece no seu cardápio uma das melhores feijoadas do Rio. Além do feijão, Nando prepara uma boa rabada com agrião e batata, aquele frango com quiabo e outros pratos representativos da gastronomia quilombola.
Kaza 123
A Kaza 123 é recém-nascida, inaugurou no ano passado, na rua Visconde de Abaeté 123, em Vila Isabel, Zona Norte. O espaço é gerido por Lica Oliveira, Rodrigo França e Maria Júlia Ferreira, que agrega um mix de marcas pretas. Mesmo com pouco tempo, já tem conquistado fama pelo ambiente aconchegante, cheio de referências negras na decoração e na livraria Kitabu, que divide o espaço com as marcas de moda Idunu África e ComplexoB. A gastronomia da Kaza fica por conta da Angurmê Culinária Afro-Brasil.
O carro-chefe da cozinha é o angu, servido como uma referência de comida ancestral, que tem várias opções, do angu à baiana ao angu com rabada. Mas no seu cardápio de comida afro-brasileira tem feijoada, bobó de camarão e alguns caldos servidos em charmosas tigelas de barro.
Vila Isabel, berço de Noel Rosa e Martinho da Vila, além da própria escola de samba, é historicamente um bairro boêmio, onde se concentram muitos bares e restaurantes. Agora a Kaza 123, que se destaca pela decoração e como importante espaço de sociabilidade preta, mesmo tão jovem, já chegou protagonizando e inovando a cena.
Imagem/Google fotos: Kasa123, tempos não pandêmicos
Afro Gourmet
O restaurante Afro Gourmet fica a menos de 3 km da Kaza 123, na rua Barão de Bom Retiro 2316, Grajaú, Zona Norte. Seu espaço aconchegante funciona desde agosto de 2018. Antes de fixar esse ponto, o Afro Gourmet era um projeto gastronômico itinerante que ocupava eventos pela cidade.
O empreendimento é gerido pela chef Dandara Batista, que abriu o restaurante para oferecer sabores africanos em pratos como Arroz de Hauçá, Ndolé, Arroz Jollof, Tagine, Amalá com rabada, Moamba de Galinha, Mufete, entre outros.
A cozinha do Afro Gourmet alia afeto e resistência, valores que orientam a chef Dandara a oferecer comida africana como uma forma de conexão ancestral.
Imagem/Google: Dandara Batista; Afro Goumert
Dida Bar e Restaurante
O Dida Bar e Restaurante fica na Praça da Bandeira, também na Zona Norte da cidade. Talvez seja o mais conhecido e frequentado. É administrado por Dilma Nascimento e seus filhos, que através da gastronomia e da arte compartilham saberes e valores africanos. No Dida, afeto, acolhimento e ancestralidade são ingredientes fundamentais na organização do espaço e nas preparações da cozinha.
As atrações no Dida, em condições normais, tem na programação roda de samba, jazz e até bloco de carnaval; rodas de conversa, workshops e lançamento de livros relacionados à cultura negra também ocupam o espaço. Por tudo que representa para comunidade negra carioca, Dilma Nascimento, dona Dida, foi homenageada pela vereadora Marielle Franco com a medalha Chiquinha Gonzaga em 2018, que é entregue pela Câmara de Vereadores do Rio a personalidades femininas de destaque no Brasil.
No Dida, os pratos africanos são divididos entre Angola (mufete e calulu de carne seca), Nigéria (Arroz de Hauçá e Galinha de Piri Piri), África do Sul (Joanesburgo), Senegal (Mafé Boeuf) e Moçambique (Tocossado com camarão seco e Caril de Camarão). O restaurante ainda oferece outras opções, como o Camarão no Coco, Feijoada, Bobó de Camarão e Baião de Dois.
Imagem/Instagram: Dida Bar e restaurante
Casa Omolokum
A Casa Omolokum fica na Pedra do Sal, espaço na região portuária que é um lugar de memória africana e que tem uma roda de samba de renome internacional. A Casa conta com a coquetelaria do Bar Odara e com a Livraria Casa da Árvore, especializada em literatura brasileira, cultura carioca, política e religiosidade de matriz africana. A cozinha, comandada pela chef Leila Leão, traz à mesa a culinária afro-brasileira marcada pela religiosidade de matriz africana. O conceito já vem dito no nome do espaço. A Casa Omolokum vem oferecendo, também, oficinas sobre literatura africana, empreendedorismo feminino e etnogastronomia.
Imagem/Instagram: Casa Omolokum
Os pratos são servidos nos finais de semana e acompanham entrada, prato principal e sobremesa. A Casa já serviu bobó de siri catado com camarão, feijão a João da Baiana, xinxim de galinha, caruru de costela, acarajé, sempre inovando o seu cardápio. Com a pandemia de covid-19 e a necessidade de seguir os protocolos da OMS (Organização Mundial da Saúde), esses espaços vêm adotando medidas de segurança sanitária e funcionando de acordo com os decretos municipais. Alguns oferecem a opção de delivery e pedidos por aplicativos. De qualquer forma, fica como dica para aproveitar o melhor da culinária africana e afro-brasileira no Rio de Janeiro. Vale fazer o circuito!
Entre os dias 06 e 10 de abril, irá acontecer a 11ª edição do “Festival de Arte Negra A Cena Tá Preta”, em formato totalmente onlinee gratuito.
O Festival integra as comemorações pelos 30 anos de trajetória da companhia e apresentará sete espetáculos do repertório do grupo, entre montagem infantil e adulto, além de leitura dramática, mesa redonda e oficinas.
Os espetáculos serão transmitidos pela internet e contam com a direção ou atuação de artistas do Bando de Teatro Olodum. A leitura dramática e as ações formativas também serão realizadas no ambiente virtual por meio de videoconferência.
Na abertura do Festival, dia 06/04, 18h, acontece a palestra “A história do Teatro Negro no Brasil e sua dramaturgia”, com a doutora em Difusão do Conhecimento pela UFBA, Mabel Freitas. Logo depois, Mabel Freitas participa de mesa redonda, juntamente com o ator, diretor e dramaturgo Ângelo Flávio e mediação do ator Fábio Santana, sobre a temática da Performance Negra, com interação do público, que poderá enviar comentários e perguntas online.
Com vagas limitadas, as inscrições para as oficinas estão abertas de 8 a 28 de março, e podem ser feitas através do link: https://cutt.ly/oficinasperformancenegra.
Entre os grandes sucessos da companhia que marcaram a história do teatro baiano estão: “Ó Paí, ó”, a revista musical “Cabaré daRrrraça”, a premiada versão afro-baiana para o clássico de “Shakespeare Sonho de Uma Noite de Verão” e outros 20 títulos.
O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal e é realizado pelo Bando de Teatro Olodum e Mil Produções.
Do criador de ‘Little Marvin’ e da produtora executiva Lena Waithe, a nova série de terror da Amazon estreia ainda este ano na plataforma. A primeira temporada de Them é ambientada nos anos 1950 e conta a história de uma família negra que se muda da Carolina do Norte para um bairro totalmente branco de Los Angeles, durante o período conhecido como A Grande Migração.
A casa da família se torna o ponto inicial, onde forças malignas, tanto reais quanto sobrenaturais, ameaçam provocá-los e destruí-los.
As presenças malignas podem, inclusive, não ser tão assustadoras quanto a vida real. Com a chegada dos Emory, os vizinhos brancos começam a aterrorizar as suas vidas e tentam expulsá-los do bairro, ameaçando a família caso eles não voltem para a Carolina do Norte.
Dessa forma, a série vai tratar temas importantes, como o racismo e preconceito, traçando paralelos entre os anos 50 e nosso período atual.
Foram quase três anos até que as primeiras notícias oficiais sobre o seriado começassem a sair e a previsão da série é ser passada em abril.
Them é estrelado por Deborah Ayorinde, Ashley Thomas, Alison Pill, Shahadi Wright Joseph, Melody Hurd e Ryan Kwanten.
Neste domingo (14/3), o Café Filosófico tem a participação da filósofa Djamila Ribeiro, que fala sobre Amor e Ódio – Racismo em Debate. A edição é parte da série A Consciência Mascarada: Larvatus Prodeo, com curadoria do historiador Leandro Karnal. Vai ao ar às 19h, na TV Cultura.
No programa, serão debatidas questões como a forma que pandemia ressaltou a desigualdade e o racismo estrutural. A crise trouxe para a cena da Internet pessoas maravilhadas com a capacidade de fazer pão em casa, ao lado de outras sem recursos para comprar comida para a família.
Perguntas como de que forma lidar com a vida real em meio ao racismo e à misoginia? Qual o papel da mulher negra na sociedade brasileira? Qual amor e qual ódio estão presentes no nosso imaginário e nas nossas práticas sociais de exclusão e de luta? Serão levantadas durante o programa.