Home Blog Page 868

Qual é a sua agenda?

0

Por Jonathan Raymundo

Um dos conceitos que mais curto em História é o de historicidade. Este conceito tenta compreender as dinâmicas que estão envolvidas na formação dos valores, das crenças, dos hábitos e instituições sabendo que essas realidades se transformam no tempo, não são estáticas, são históricas.

Para a Historicidade, a experiência – compreendendo o que é experimentado e como se experimenta – é a teia que tece a realidade de um ser. Por exemplo: apesar de serem gêmeos, crescerem em uma mesma família, mesma escola, mesmos pais duas pessoas desenvolverão personalidades diferentes, porque as suas experiências individuais darão o tom.

Em uma linguagem psicológica, historicidade são os conjuntos de experiências que irão constituir a história de uma pessoa e que condicionará seu comportamento em uma determinada situação. Costumava sempre dizer que é impossível dar “cavalinho de pau com transatlântico”, ou seja, não tem como operar movimento bruscos com o conjunto de experiências que engendram a história de um ser, que constrói quem somos.

Sempre agiremos no limite do horizonte das nossas experiências e expectativas. Como os indivíduos, também são os grupos sociais, os povos, as raças. Elas possuem experiências específicas, ou seja, historicidades específicas que formam seu ser, sua psicologia, seu comportamento.

É o estudo dessa formação e das implicações políticas que delas decorrem que se trata também uma perspectiva afrocêntrica. Se pretos e brancos tem experiências históricas diferentes na sua formação de povo como suas agências, seu pensamento, seu comportamento, suas soluções, sua perspectiva seriam iguais? Se somarmos a isso a realidade de que há no mundo uma dominação cultural, política, econômica, ou seja, civilizatória, branca, na discussão perceberemos o óbvio: se a fala/comportamento das pessoas pretas estão em consonância com as pessoas brancas que as dominam e que possuem historicidades diferentes, é porque essas falas são falas ideológicas produzidas pelo regime de poder branco, ou seja, a partir da historicidade branca.

Ideologia aqui como os esquemas de pensamento (material e imaterial) que promovem uma alienação. Ora, pra agir igual o branco, pensar igual o branco, se comportar igual e ter a mesma agenda política que o branco, o negro precisa estar alienado da sua própria experiência histórica, alienado de si próprio, ou seja, colonizado.

Como um povo que convive com uma taxa de aniquilamento onde se morre um filho, um pai, um primo, um tio a cada 23 minutos pode dar a mesma resposta de um povo que não sabe o que é genocídio? Como uma mulher negra pode dar a mesma resposta que as mulheres brancas, se as experiências são outras? Como as mães pretas podem responder a vida igual as mães brancas?

Ora, isso só é possível pela dominação ideológica e alienação. Enfim, esse texto é um enfrentamento, uma guerra contra a ideologia dominante e o seu processo de alienação e um convite ao despertar Negro. Como negro é uma invenção do mundo branco, é preciso “Tornar-se Negro” fora da construção de sentido colonial, como nos lembra Neusa Santos. Ou seja, é preciso tecer o próprio ser a partir da própria historicidade.

Toda vez que um Negro em posição de poder (de influência) ter sua fala aplaudida calorosamente por pessoas brancas, é preciso desconfiar se essa fala não passa de peça de propaganda ideológica branca e portanto, de instrumento de alienação cujo objetivo é a manutenção do domínio colonial da supremacia branca.

Saiba também que o poder quer o poder e que poder se exerce e não se doa. Nenhum povo fará o trabalho por você. Nem se quiserem (não irão querer, pois poder não se doa), não podem, pois sua historicidade é outra. Qual é a sua história? Seu ponto de vista? Sua interpretação da realidade e principalmente qual a agenda política que você defende, levando em conta a sua própria experiência nesse território?

Emocionante! Brasileiro Hebert Conceição nocauteia no último round e ganha o ouro em Tóquio

0

Hebert Conceição conseguiu medalha de ouro no boxe olímpico após nocautear, de forma rara para a categoria, o ucraniano Oleksandr Khyzhniak. Em luta realizada na madrugada de sexta-feira para sábado (7) na categoria até 75kg, Conceição conseguiu uma virada espetacular após perder os dois primeiros rounds por unanimidade.

Imagem: Reprodução/Globo

Hebert Conceição iniciou o primeiro round sendo pressionado por Khyzhniak que desferiu um grande volume de golpes, mantendo a luta à curta distância, anulando as boas habilidades de esquiva do brasileiro. O round foi decidido a favor do atleta da Ucrânia por unanimidade.

No segundo assalto a história se manteve e o brasileiro continuou pressionado pela quantidade de golpes dada pelo adversário. Mais uma vez o round foi decidido por unanimidade a favor de Khyzhniak.

Com a possibilidade quase nula de vencer por pontos, Conceição precisava de um nocaute para conseguir a medalha de ouro e foi justamente o que aconteceu. O adversário tentou encurtar a distância e foi surpreendido por um golpe fulminante da esquerda do brasileiro. Com o pugilista adversário no chão e desorientado, o juiz interrompeu a luta e decretou nocaute técnico para o baiano de 23 anos.

“Eu sabia que estava perdendo e tinha que ir com tudo”, disse o lutador em áudio capturado pela transmissão da Globo. 

Para chegar à final, Hebert passou nas oitavas de final, derrotou o chinês Tuohetaerbieke Tanglatihan por 3 a 2, em decisão dividida dos árbitros. Nas quartas, passou pelo cazaque Abilkhan Amankul, prata no Campeonato Mundial de 2017, e venceu por 3 a 2. Na semifinal, o adversário foi o russo Gleb Bakshi, campeão mundial de 2019 e o brasileiro também venceu.

Isaquias Queiroz pulveriza adversários e é ouro na canoagem individual nas Olimpíadas de Tóquio

0

O canoísta baiano Isaquias Queiroz ganhou a medalha após vencer outros seis rivais na final do C1 1000m (canoa individual). O atleta já tinha ganhado três medalhas nos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro: Prata na Canoa Individual 1.000m, Bronze na Canoa Individual 200m e Prata na Canoa de Dupla 1.000m, (com Erlon de Sousa) e se tornou o primeiro atleta brasileiro a conquistar três medalhas em uma única edição dos Jogos Olímpicos.

Imagem: Instagram/Isaquias Queiroz

Isaquias Queiroz já começou forte e passou em quarto lugar nos primeiros 250m, com Na primeira metade, nos 500m, estava em segundo brigando bico a bico com o chinês. Nos 750m o brasileiro disparou e fez os adversários beberem água . E fechou os 1000m vencendo com 4m04s408.

Ouro negro e baiano. Agora Queiroz tem medalha de todas as cores em sua coleção de medalhas olímpicas. “Feliz por deixar minha família e meus filhos verem a história acontecer”, disse o canoísta após a prova.

O pai pode exercer o direito de receber os parabéns no dia dos pais?

0
Imagem: Getty

Quando mães não reconhecem a necessidade do filho de ter um pai, ainda que ausente.

Mãe cadê meu pai? Quer brincar ele, contar sobre as coisas que acontecem na escola, perguntar como era sua infância, quero saber se posso namorar, se posso chegar tarde em casa…enfim, QUERO MEU PAI!!

Muitas mães acabam ouvindo questionamentos como esse depois de anos de criação solo dos filhos, depois de passar a maioria das fases de desenvolvimento da criança contando pouco ou quase nada do apoio paterno. Muitas recebem suporte da rede de sua rede de apoio como avós, tios e padrinhos, mas aquela ausência paterna ronda a mente e o coração dessas mães.

E é sobre isso que quero falar, a ausência paterna e suas consequências permanentes na vida dos filhos, mas pelo olhar das mães solos. Quantas reivindicam o direto de receber homenagens no dia dos pais? Quantas negam o direito (mesmo que na melhor das intenções) dos filhos descobrirem um pouco mais da história do seu nascimento e o porquê sofrem tal ausência?

Muitos são os motivos que levam homens a não estarem próximos dos filhos durante quase toda a vida, brigas, falta de dinheiro, relacionamentos rápidos e aventureiros ou ainda a falta de informação sobre a existência de uma criança gerada. E o papel das mães diante desse quadro é tentar preencher essa ausência de qualquer jeito.

Por mais que as mães, avós e tios se esforcem para cuidar de uma criança não deixando faltar as necessidades básicas como alimentação e educação e cuidados com a saúde. A necessidade da presença paterna no desenvolvimento cognitivo do pequeno é indispensável, nas tomadas de decisão ao longo da sua vida social, na afetividade e até mesmo na saúde mental segundo pediatras e psicólogos.

Mas porque não insistem em não reconhecer essa necessidade na vida das pessoas que elas mais amam? Seria a relação tóxica que tiveram com seus antigos parceiros, magoas causadas pelo abandono do homem, agressões sofridas, falta de amparo durante a gestação?

Um pai me confidenciou que desde que o sofre ao tentar se reaproximar do filho, pois além da mãe dificultar o contato, ainda emite palavras ao filho ao se referir ao pai como: Ausente, imprestável, irresponsável, egoísta, entre outras ainda mais pesadas.

Não quero amenizar de forma alguma a responsabilidade de um pai no cuidado com o filho, na divisão de responsabilidades com a mãe. Mas levantar outras perspectivas na relação das mães om os pais ausentes.

Baixar a guarda, cobrar essa presença de forma saudável e justa, entendendo a necessidade da criança. Cabe ao pai reconhecer que pode acarretar graves consequências a uma criança que prova sua ausência paterna.

O termo: Eu sou uma PÃE (pai/mãe) não existe e tão pouco valoriza o papel digno de uma mãe solo e que passa muitas vezes sozinhas todas as dificuldades da criação de um filho. Apoio financeiro é possível juridicamente, mas resgatar o afeto e a presença paterna exige um pouco mais de esforço de todos os envolvidos.

Isso é o amor na essência sendo exercido. A pratica do perdão, a busca por conhecimento sobre a necessidade dessa presença e sobre tudo, ao diálogo entre as partes pode ser o melhor caminho para a formação de nossos pequenos.

Nosso trabalho no coletivo pais pretos presentes é tentar essa reaproximação conscientizando os pais da importância de se fazer presente, de participar das diferentes etapas de uma criança, assumir que erros forma cometidos, mas que é possível recomeços harmoniosos e saudáveis.

Além de reivindicar o direto de serem chamados pais e de receber todo o carinho e afeto do filho, não importando o passado de distanciamento.
Domingo é dia dos pais, e meu desejo é que a mães possam incentivar seu filho a tentar um contato paterno ainda que possa ser uma experiência dolorosa. E você papai experimente fazer uma ligação ao seu filho ou ainda uma visita surpresa apenas para dizer, eu te amo.

Como diz aquela pequena criança no do comercial do banco: Isso muda o Mundo!

‘Naomi Osaka: Estrela do Tênis’ passa rápido em instigante história da tímida e carismática atleta

0

Naomi Osaka tem apenas 23 anos, mas já é uma das atletas mais conhecidas da atualidade, sendo vencedora de quatro Grand Slams e sendo a primeira tenista asiática a liderar o ranking mundial. Mas não é sobre as conquistas dentro de quadra que reside o foco do documentário “Naomi Osaka – Estrela do Tênis” da Netflix.

Naomi Osaka é eleita uma das 50 pessoas mais influentes do mundo - Todos  Negros do Mundo
Imagem: Reprodução/Netflix

Dirigido pela experiente documentarista Garret Bradley (‘Time’), o documentário acompanha a vida da tenista ao longo de dois anos, divididos em três episódios que passam rápido, visto a figura interessante que é Osaka. A diretora escolhe por deixar a narração por conta da  retratada, com algumas poucas falas das pessoas que a cercam (pais, irmã, treinadores). Essa escolha faz com que vejamos de forma mais íntima a forma com que Naomi encara o mundo, com reflexões simples e diretas sobre como enxerga sua trajetória e como sente o processo de interação com o mundo após virar uma estrela mundial.

A câmera mostra sua protagonista em festas de família, mudança de casa e durante partidas importantes. Em todas as situações fica a impressão que a campeã está constantemente desconfortável dentro da situação, com exceção de quando participa dos protestos do Black Lives Matter.

Justamente no trecho final, quando mostra a decisão da tenista de usar sua plataforma para falar sobre racismo, nacionalidade e dúvidas existenciais, a produção cresce. Naomi reflete sobre sua condição de japonesa negra que é questionada pelos dois lados quanto à sua raça, a dor de ter perdido um amigo, o astro da NBA Kobe Bryant (morto em janeiro de 2020 em acidente de helicóptero) e se sua vida está mesmo sob seu pleno controle.

É possível sentir um certo desconforto pela personagem e sua sensação de inadequação em ensaios fotográficos e entrevistas. A torcida é para que ela consiga logo sair dali e entrar em quadra ou ir para casa. Curiosamente, pouco antes do lançamento do documentário, Naomi Osaka abandonou o Aberto da França por se sentir mal em dar entrevistas após os jogos.

Filha de mãe japonesa e pai haitiano, Naomi é mostrada como uma mulher que ainda questiona seu lugar no mundo, mas sem negar nenhuma de suas origens e mesmo sem demonstrar personalidade expansiva, impõe sua voz. Os três episódios passam rápido e devido à complexidade da personagem passa longe de soar como uma obra precoce, como pode acontecer ao se retratar jovens personalidades surgindo para o mundo.

Disponível na Netflix.

Dia do Rap: Destaque para mulheres que fazem a diferença na cena

0


A história do Rap Nacional ainda tem sua base masculina pautada com frequência e mesmo nos tempos atuais, debater sobre isso é como tocar o dedo na ferida de quem se incomoda. A discussão em si não é apenas sobre machismo, é sobre a falta de espaço, de representatividade, diversidade, dentre tantas outras questões.

É impossível falar de Rap e dissociá-lo como um dos elementos do Hip-Hop. A participação das mulheres não está restrita à música, mas a diversos locais dentro deste movimento, em espaços ocupados com muito esforço.

Hoje, 06 de agosto, foi instituído o “Dia do Rap Nacional”, através da Lei 13.201/2008, de autoria do deputado Geraldo Vinholi, aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo e aproveito este espaço para exaltar mulheres que vem fazendo a diferença nos trabalhos que desenvolvem dentro da cena do Rap atualmente.

Uma dessas mulheres é a Assessora de Imprensa e Supervisora de Comunicação do Centro Cultural de São Paulo (CCSP), Nerie Bento, referência no que faz. Por muitos anos integrou a Frente Nacional das Mulheres do Hip-Hop (FNMH), presidida por Lunna Rabetti, e lá percebeu a necessidade de documentar a realidade vivida pelas mulheres.

Neri Bento – Foto: Divulgação



Nerie dirigiu e roteirizou o documentário “O Protagonismo das Minas: A Importância das Mulheres no Rap de SP”, lançado em outubro de 2019, com o objetivo de torná-lo um registro histórico e destacar mulheres que estão em diversas áreas. Algumas das mulheres citadas e participantes são: Mila Felix, ex produtora do programa Manos e Minas, da TV Cultura. Sharylaine, rapper que criou o primeiro grupo de Rap brasileiro apenas com mulheres e está há 36 anos na cena. Danna Lisboa, primeira MC trans de São Paulo, entre outras. Você pode acompanhar Nerie nas redes sociais, ela dá dicas para artistas independentes, fala sobre construção de projetos culturais, comportamento, política.

Certamente você já ouviu falar de Katú Mirim, multiartista e ativista que ficou conhecida após a publicação de um vídeo contra a utilização da cultura indígena como fantasia. Ainda na adolescência, Katú descobriu que era adotada e que sua família biológica é composta por indígenas e pretos. Na busca por informações sobre sua ancestralidade, descobriu que descendia do povo Boe Bororo.

Suas músicas abordam a resistência do povo indígena e preto, ancestralidade, gênero e diversidade. Ela é uma das criadoras do coletivo Tibira – Indígenas LGBTQ e enquanto artista, obteve alguns marcos em sua carreira. Participou de festivais, de comerciais televisivos e grandes eventos de música e teatro, foi capa da revista ELLE.

Em fevereiro deste ano, criou a TAG #indigenasjobs, com o objetivo de facilitar a vida de contratantes, já que existe um pensamento racista pautado no ilusório fato de “não encontrar indígenas e por isso não os contratar”. Seu último lançamento foi a música “Indigena Futurista”.

https://www.youtube.com/watch?v=R7Lz6L9Nzyc&ab_channel=KatuMirim

A rapper Katú Mirim – Foto: Divulgação

Bianca Manicongo é o nome dela. Bixarte! Se você não a conhece, procure saber! Ela tem apenas 20 anos e é cantora, compositora, poetisa e rapper, é bicampeã estadual do Slam da Paraíba, finalista do Slam Brasil e ganhadora do Festival de Música da Paraíba. Lançou seu primeiro trabalho musical, intitulado “Revolução”, aos 18 anos. Com 19,a mixtape “Faces” e “Faces Remix” e, aos 20 anos, o projeto “A‌ ‌Nova‌ ‌Era”, financiado pela Lei Aldir Blanc.


Bixarte traz as suas vivências para sua arte, utiliza a música para clamar por igualdade e respeito e, de certa forma, reeducar a população através de suas perspectivas. Seu intuito é mostrar ao mundo que mulheres trans e travestis são capazes de produzir trabalhos com excelência, desmistificar todo o preconceito que há contra a população LGBTQIA+, e falar sobre corpos invisibilizados.

Seu último lançamento foi a música “Àrólé”, em referência ao Orixá Oxossi, o grande Odé (caçador). É uma música que passa força e confiança, além de exaltar a ancestralidade africana. 
https://www.youtube.com/watch?v=MWZ0nOJWfQk

Minha última indicação para vocês é MC Taya, carioca que ganhou destaque na cena com o lançamento da música “Preta Patrícia”, seu primeiro single, que se tornou um verdadeiro movimento em todo o país. Taya mostrou para as jovens pretas que elas podem e devem se amar, cuidar da mente, do corpo, do cabelo e que está tudo bem serem elas mesmas, independentes, sem medos de julgamentos. A Preta Patrícia é aquela menina que é cria da favela, que sonha com as suas conquistas, sem esquecer de onde saiu e onde quer chegar.

MC Taya — Foto Divulgação

Taya é de Nova Iguaçú (RJ), apaixonada por moda e pela valorização da estética preta, conseguiu acender uma chama de esperança no coração de muitas jovens e se tornou referência. Ela não é uma mulher “padrão” e não se envergonha, é uma mulher real e mostra isso de forma bem espontânea nas redes sociais. Além de MC, é comunicadora e apresenta o Bud Street Style, onde fala de lifestyle, música, esporte, entre outros assuntos. Seu último lançamento foi um feat com Larinhx, na música “De LV & Mini Saia”.

https://www.youtube.com/watch?v=sK9JjcHlOuc

Valorize o trabalho da comunidade preta. Compartilhe, divulgue para amigos, pesquise. Procure se ambientar sobre o seu povo, sobre os artistas, pesquisadores, comunicadores, sobre a sua ancestralidade. Se hoje nós ocupamos alguns espaços, é graças aos que vieram antes de nós e prepararam o caminho. Feliz Dia do Rap Nacional, com muito ainda o que lutar. ♥

Família pede exumação de Angolana morta em SP que foi enterrada as pressas pelo ex-marido, um Diplomata Francês

0
Imagem: Arquivo Pessoal

Odete Cambala Cruz é uma mulher angolana, ex-esposa de um diplomata francês que morreu no Brasil no interior de São Paulo, em São José dos Campos, de causa suspeita e até agora não revelada, sendo enterrada às pressas pelo ex-marido, sem o consentimento da família e do consulado angolano.

O juiz de plantão, que em primeira instância se sentiu incompetente de julgar o caso, em menos de 24 horas decidiu dar pleno direito ao ex companheiro, já divorciados, de sepultar Odete sem considerar o interesse do consulado angolano e da família que apelava por um outro fim. Alegando que os filhos tinham legitimidade para requerer o sepultamento da mãe aqui, quebrando assim o juízo o jogo contrário que rege qualquer processo legal.

Segundo informações, a Angolana, no início do processo de divórcio em Março de 2020, procurou o consulado angolano e pediu ajuda, estes junto de seu advogado também de nacionalidade angolana e o jurídico do consulado se disponibilizaram e seguiam atentos os passos do processo até o mês de Julho do ano corrente, em que dias antes do ocorrido a moça fez contacto com o consulado e estes em resposta já não a conseguiam contatar, foi então quando alguns responsáveis se deslocaram para seu endereço onde a encontraram morta.

“Odete sempre foi uma mulher de luz, uma pessoa alegre, sempre teve um espírito de família mesmo longe nunca esqueceu as suas raízes. Ela era uma pessoa agradável de ter por perto. Nos últimos anos passou por um divórcio bastante conflituoso onde a a guarda dos filhos foi a principal frente de batalha” disse Maria Judite Cassombe, irmã da vítima.

A família de Odete está em São Paulo, vieram de Angola (Continente Africano) para acompanhar de perto o processo de exumação e visitar as crianças, poder abraçar e dar aquele conforto de mães, porque vieram duas irmãs da Odete e para nós africanos, aquelas crianças não são simples sobrinhos, são filhos delas também. No entanto, o pai das crianças não permite a aproximação dos familiares com tais.

“E como se não bastasse o nosso luto e a nossa dor ser assim prolongada a cada dia que passa, vimo-nos impedidos de ver os nossos sobrinhos, hoje faz uma semana que estamos aqui no Brasil com esta intenção porque para nós cultura angolana os sobrinhos são filhos nossos também e pela forma como a nossa irmã foi enterrada sem a nossa presença, sem a nossa despedida, dada a relação que nós tínhamos de muito próximas e que fica este vazio de não poder estar lá presente, nós temos essa dificuldade que os nossos sobrinhos passam a ser a única prova viva que a nossa mana deixou.

Então estamos aqui com essa dificuldade e apelar à quem de direito para que a justiça seja feita e que nos permitisse ter este acesso”. conclui a irmã da Angolana.

A família pede exumação do corpo de Odete e para ver as crianças!

Festival CoMA cria o podcast “Laboratório de Mundo”, com apresentação de Linn da Quebrada

0
FOTO: WALLACE DOMINGUES

O Festival CoMA , com o intuito de dialogar com a diversidade para construção de novos ambientes possíveis de tecnoconvívio – termo que condensa as formas de convívio intermediadas pelas tecnologias mais recentes criou o podcast “laboratório do mundo”. 

A apresentação ficou por conta de Linn da Quebrada, agitadora cultural e artista multimídia que recebe convidados para um bate-papo real e consciente. Com estreia marcada para 5 de agosto, o primeiro episódio trouxe a participação de Verônica Oliveira (@faxinaboa) e de Alê Garcia (@alegarcia) para uma conversa sobre equidade, diversidade e inclusão.

O aquecimento para a quarta edição do festival, em formato de podcast, propõe a sensação de uma roda de conversa, com um olhar esperançoso ao futuro a partir de uma perspectiva crítica do agora. Foi tal proposta que trouxe Linn da Quebrada ao comando do programa.

“É uma possibilidade de aguçar a minha curiosidade, de aprender mais. O poder não saber, conversar com pessoas que sejam muito diferentes de mim ou mesmo parecidas, é um meio de encontrar coisas novas”, afirma Linn. 

Ao decorrer dos encontros, nomes como Luedji Luna, Pai Rodney, Teresa Cristina, Lucas Veiga, Fióti, Jaque Fernandes e Srta. Bira passam pelo Laboratório de Mundo, projeto que já transitava pelos planos dos organizadores mas que foi impulsionado pela pandemia. 

Com Beyoncé participando da campanha, Ivy Park anuncia nova coleção inspirada em ‘Black cowboys’

0
Imagem: Reprodução/Clipe

A nova coleção IVY Park Rodeo, chega às lojas em 19 de agosto, inclui quase 60 peças e apresenta os rappers de Houston Tobe Nwigwe e Monaleo, a mãe de Beyoncé, Tina Knowles Lawson, e o ator e cowboy da vida real Glynn Turman também participam da campanha. 

“Depois de entender de onde veio a palavra ‘cowboy’, percebi o quanto das histórias de cowboys negros, marrons e nativos estão faltando na história americana. Tenho orgulho de representar a cultura de Houston, minhas raízes e todas as pessoas que entendem de Snickers fritos e pernas de peru fritas.” Disse Beyoncé em uma declaração exclusiva ao Houston Chronicle.

A coleção que é mais uma da parceria adidas + Ivy Parker venho com calças e macacões jeans de perna larga, macacão jeans curtos e chapéu balde, bolsa de lona na cintura e até chapéu de cowboy, entre outras peças.

A coleção ainda mescla moda com tradição ocidental e apresenta fivelas, polainas e estampa de vaca em uma mistura inesperada de roxo e marrom. Ser vaqueiro foi uma das poucas vagas abertas aos homens de cor após a Guerra Civil, de acordo com William Loren Katz, um estudioso da história afro-americana e autor de “The Black West” e isso inspirou a cantora em sua nova coleção.

Veja o clipe da coleção: https://www.youtube.com/watch?v=SDLhNjROEn4

‘Tour Virtual Pequena África’ promove passeio on-line por região histórica do Rio de Janeiro

0
Imagem: Bog Vida Cigana

No dia 14 de agosto, às 11h, ocorre a “Tour Virtual Pequena África”, onde os participantes poderão conhecer a região portuária do Rio de Janeiro conhecida como Pequena África, incluindo o Cais do Valongo, que foi um dos maiores portos de chegada de navios africanos escravizados nas Américas. O cais completou, em julho deste ano, quatro anos como Patrimônio Mundial da Humanidade e através da tour poderá ser conhecido por pessoas de qualquer lugar do Brasil. 

Imagem: Reprodução

Além do Cais do Valongo, a região abriga locais históricos como a Pedra do Sal, o Instituto dos Pretos Novos, a Casa da Tia Ciata. O passeio virtual  ajudará os visitantes a redescobrir o local e refletir sobre a formação do Brasil de uma perspectiva dos povos pretos.

Após o curso, aulas produzidas por educadores da rede pública e privada do Rio de Janeiro ficarão disponíveis para consulta. A tour tem o valor de investimento em R$ 50,00.

Serviços:

Data: 14/08/2021 | 11:00

Valor: R$ 50,00

 Aulas disponíveis após o curso

  Duração: 3:00

  Capacidade de até 50 pessoas

error: Content is protected !!