Apolêmica decisão desse casal viralizou na internet nos últimos dias, e dividiu opiniões. Por um lado ganharam entusiastas, por outro nem tanto. Mas e você, concorda com a atitude deles?
Os boletos no valor de U$ 240,00 (cerca de R$1.250,00) foram enviados aos convidados que confirmaram presença, mas não foram na cerimônia e nem justificaram a ausência na mesma. O valor recebido foi usado para cobrir os gastos que os pombinhos jamaicanos Doug Simmons (44) e Dedra McGee (43), tiveram com os faltantes.
Em entrevista ao NY Post, o noivo disse que não é só uma questão de dinheiro, mas pela magoa e falta de consideração por não ir e nem se quer avisar. Segundo os recém-casados, todos os mais de 100 convidados para a festa foram questionados várias vezes se realmente poderiam comparecer no evento.
O boleto, chegou junto de uma nota de repúdio pela atitude irresponsável dos convidados, entretanto Doug e Dedra ainda se mostraram um tanto quanto maleáveis em relação a forma de pagamento: Eles aceitam via Pay-Pal e Zelle, e você pode escolher qual forma funciona melhor para você.
O casamento ocorreu no último dia 8, no belissímo Royal Negril Resort & Spa, na Jamaíca. Quem não foi, perdeu, literalmente.
“Strong Black Lead”, perfil “afrocentrado” da Netflix nos EUA, publicou uma imagem da Beyoncé com a seguinte legenda: “Contagem regressiva”.
Foi o suficiente para o pessoal especular um possível lançamento de um álbum visual da cantora na maior plataforma de streaming do mundo no dia 4 de setembro, data que a artista completa 40 anos.
Em 2019 em um acordo milionário, a Netflix trouxe Homecoming para plataforma presenteando seus assinantes com um dos projetos onde a artista mostrou seu lado forte, mas também vulnerável durante o período de preparação para sua primeira perfomance no Coachella em 2018.
Vale lembrar que em entrevista recente para a Harper’s Bazaar, a estrela revelou que esteve “no estúdio por um ano e meio” trabalhando em seu sétimo álbum solo. “Com todo o isolamento e injustiça do ano passado, acho que estamos todos prontos para fugir, viajar, amar e rir novamente”, disse a rainha do pop que complementou. “Sinto um renascimento emergindo e quero participar da criação dessa fuga de todas as formas possíveis.”
As discussões dos últimos dias me fizeram pensar sobre como Brancos, mesmo dotados de todos os privilégios sociais que a branquitude os aferiu, ainda possuem o privilégio do desconhecimento.
Mas Levi, como assim privilégio do desconhecimento? Não conhecer algo não é um privilégio, como falta de conhecimento pode ser um privilégio?
Sim, geralmente desconhecimento não é um privilégio, mas quando se trata de pessoas brancas e questões raciais passa a ser. Vocês nunca notaram que brancos abusam do privilégio de não saber sobre Racismo como defesa para suas atitudes racistas?
“Eu não sabia” é uma das frases mais comuns ditas por brancos quando confrontados por seus racismos. É como se o não saber anulasse a responsabilidade pela violência e o preto que lute…
Pessoas negras não podem desconhecer questões raciais. Descobrimos desde muito jovens os impactos do racismo e somos forçados a conviver com isso.
O racismo foi criado pela branquitude e nós fomos obrigados a ter que aprender e lidar com ele enquanto os brancos além de alegarem desconhecimento delegam a responsabilidade do letramento racial aos negros.
Notem, além de sermos vítimas de violência e não podermos responsabilizar os brancos ganhamos mais uma obrigação, a obrigação de ser professor de racista.
Tentem aplicar essa lógica a outros tipos de violência.
Alguém te bateu, ao invés de se defender você tem que ensinar ao agressor que é errado bater
Alguém te roubou, não chame a polícia, ensine o ladrão que roubar é errado
Absurdo, né?
Então Por que a vítima de racismo deixa de ser vítima e é obrigada a ser professor?
Você branco pode ser milionário, ter acesso as melhores escolas e ter 50 anos de idade e mesmo assim apelar para “Eu não sabia” quando alguém apontar o seu racismo enquanto o jovem preto favelado sem acesso à educação sabe muito bem de tudo que faz e deve ser responsabilizado aos 10 anos de idade. É ou não é um privilégio?
Rihanna e seu namorado, A$AP Rocky, estariam pensando em se casar em breve segundo a revista Us Weekly.
“Seguindo as dicas que Rocky está dando, [isso] pode muito bem acontecer em breve, mas não há pressão e o que mais importa para os dois é continuar construindo sobre essa coisa verdadeiramente linda que eles estão desenvolvendo.” Revelou uma fonte para a revista, que deixou enfatizado o quanto os dois seguiam apaixonados e não precisavam de ‘um papel’ para demostrar isso.
A revista deixou claro que seria uma forte suposição da fonte, pois realmente quem conhece o verdadeiro status do relacionamento são os dois.
Os dois mantiveram segredo sobre seu relacionamento na maior parte do tempo, mas desde o final de junho, eles pareciam menos reservados em mostrar seu amor.
“Eles são muito abertos com os amigos que é diferente de qualquer conexão que já tiveram com qualquer outra pessoa e eles se veem como parceiros de vida”, continua a fonte para a revista. “Eles não precisam de um pedaço de papel para serem felizes, mas Ri é uma verdadeira romântica e seus amigos e familiares, especialmente sua mãe, adorariam vê-la casada.” Finalizou.
A oscarizada cantora H.E.R. fará sua estreia como atriz integrando o elenco da nova versão de “A Cor Púrpura“. A cantora tem sua relação com o cinema representada por ter composto “Fight for You“, do filme “Judas e o Messias Negro“.
A primeira versão cinematográfica de “A Cor Púrpura” foi inspirada no livro homônimo da escritora Alice Walker e foi dirigida por Steven Spielberg em 1985. O longa foi indicado a 11 categorias do Oscar daquele ano, incluindo Melhor Roteiro, Melhor atriz para Whoopi Goldberg e Melhor Atriz Coadjuvante para Oprah Winfrey. A trama acompanha 40 anos na vida de Celie (Whoopi Goldberg), uma mulher negra norte-americana, sobrevivente de abuso paterno e que sonha reencontrar sua irmã na África. O filme foi responsável por lançar a carreira de Goldberg, que mais tarde faria “Ghost – Do Outro Lado da Vida” e “Mudança de Hábito”. Em 2005 a história ganhou versão em musical e recebeu 11 indicações ao Tony (o Oscar do teatro). Em 2015, o musical ganhou o Tony de Melhor Revival Musical.
Imagem: Instagram/H.E.R
A produção já gera expectativas devido a outros grandes nomes envolvidos como Steven Spielberg na produção ao lado de Oprah Winfrey e o lendário produtor Quincy Jones, autor da trilha do filme original.
Outro nome confirmado do elenco é Corey Hawkins, conhecido por atuar em “Infiltrado na Klan“ e “Kong: Ilha da Caveira” . A direção ficará por conta de Blitz Bazawule, cineasta por trás do filme “Black is King“, de Beyoncé.
A previsão de estreia de “A Cor Púrpura” é para 20 de dezembro de 2023.
Terceira edição da pesquisa Most Influential Celebrities, conduzida pelo Instituto Ipsos, apontou a cantora Iza como a celebridade brasileira mais influente do ano de 2021. A artista ficou à frente de nomes como Gisele Bündchen, em segundo, e Ivete Sangalo, em terceiro. A atriz Jéssica Ellen aparece na quinta posição. Entre os nomes em ascensão, o estudo identificou os três nomes mais influentes: a cantora Liniker (1º) e as influenciadoras digitais Jout Jout (2º) e Mari Saad (3º).
Imagem: Instagram/Iza
O objetivo do estudo é entender a importância das celebridades e como os consumidores são direta ou indiretamente influenciados por elas. Celebridades como Iza costumam inspirar confiança nas marcas com as quais trabalham. Carisma e capacidade de inspirar identificação no público são algumas das marcas da cantora de “Gueto”.
A Ipsos entrevistou, entre os dias 01 e 07 de julho, 2.000 pessoas com mais de 16 anos em todo o Brasil, que avaliaram 200 celebridades e influenciadores digitais nas seguintes categorias: Sucesso, Comprometimento/Confiança, Modernidade, Alegria/Carisma, Autenticidade, Role Model, Beleza, Atitude Frente à Pandemia, e Diversidade.
A categoria inédita de Atitude Frente à Pandemia também trouxe Iza na lista. Junto dela estão Whindersson Nunes, Ana Maria Braga, Tiago Leifert e Camilla de Lucas. A cantora aparece também na categoria Diversidade. Gloria Groove, PablloVittar, Camilla de Lucas e Gil do Vigor são os outros mais votados.
Em declaração para o site Glamurama/UOL, a head de Creative Excellence na Ipsos, Cíntia Lin analisou o resultado: “O fato de termos apenas mulheres no ranking é um reflexo da sociedade frente à necessidade de representantes femininas. Essas celebridades trazem o poder da representatividade de forma autêntica e são todas muito bem-sucedidas, o que reforça a importância deste atributo como um driver de influência. Ao se observar outras características comuns deste time feminino, vê-se que são mulheres que se posicionam e fazem uso do seu sucesso para gerar impacto positivo, com uma postura extremamente motivacional. Elas possuem, portanto, uma grande conexão com a audiência”, apontou.
“A Lenda de Candyman” é uma continuação direta do clássico original de 1992 (“O Mistério de Candyman”), estrelado por Tony Todd, que por sua vez é a versão cinematográfica do conto “The Forbidden”, do escritor inglês Clive Barker, e só por isso poderia sustentar tranquilamente a curiosidade dos fãs de terror. Com a confirmação da produção executiva de Jordan Peele, nome queridinho de Hollywood após conceber duas pérolas do terror contemporâneo (“Corra” e “Nós”), a produção sobre o fantasma de Cabrini Green ganhou mais escopo. Não bastasse o nome de Peele, o filme ganhou a direção da talentosa Nia Dacosta, que será responsável pela sequência de “Capitã Marvel”.
Imagem: Divulgação
Candyman é uma lenda intrínseca à criação do Cabrini Green, em Chicago. A história do fantasma com mão de gancho que aparecia quando tinha seu nome chamado cinco vezes em frente a um espelho aterroriza os moradores há décadas. O conjunto habitacional que ambientava o antigo filme foi substituído nos dias atuais por alguns condomínios de luxo e é em um desses prédios que o artista visual Anthony McCoy (Yahya Abdul‑Mateen II) e sua namorada, diretora da galeria, Brianna Cartwright (Teyonah Parris), buscam renovar o status de Anthony dentro da cena artística da cidade e ele busca na história macabra do bairro inspiração para criar novos quadros.
Diante dessa investigação o filme começa a fundir os elementos sobrenaturais existentes no primeiro longa e as metáforas sociais poderosas já exploradas pelo produtor, Jordan Peele em outros trabalhos. Aqui, essas metáforas chegam à enésima potência, mas isso não tira em em nenhum momento o poder de apreciação do filme como obra de entretenimento. As duas primeiras mortes são uma aula de como construir clima soturno e assustar mesmo que não tente esconder o que vai acontecer aos personagens. É o uso do clichê de gênero de forma exemplar e violência gráfica servindo à narrativa.Outra passagem digna de nota é o relato das histórias antigas fazendo uso de bonecos em sombras. Renderia um curta de animação interessante.
Yahya Abdul‑Mateen II e Teyonah Parris têm uma boa química em cena. Ela como curadora de arte tentando equilibrar a carreira e os cuidados com a carreira do namorado estagnado. A ligação da personagem com McCoy se justifica num breve flashback sobre o fim trágico de seu pai e isso é toda exposição necessária que o filme nos dá. Inclusive o namorado e o pai de Brianna serem artistas emergentes frustrados é um fator enriquecido pela sátira que se faz a arrogância do meio, tanto por parte de artistas como de críticos e curadores.
Imagem: Divulgação
O personagem de Mateen II vai naturalmente de um charmoso um tanto cínico para mais completa insanidade à medida que se depara com os eventos aterrorizantes e inexplicáveis de Cabrine Green. Parris mostra a que veio com atuação que eleva o nível de tensão e supera sua ótima participação em “WandaVision”. Brianna é cética e embora demonstre amor a Anthony, não exita em se afastar ao menor sinal de ameaça de violência física.
“A Lenda de Candyman” tece críticas ferozes sobre a gentrificação, racismo, violência policial, arrogância e ausência de autocrítica da classe artística branca. Essas críticas não são leves ou sutis, mas passam longe de resvalar no simples apontamento de dedo. O roteiro (também escrito com ajuda de Nia Dacosta) é sagaz e jamais subestima a inteligência do público.
Esteticamente o filme é lindo. O esmero da fotografia e dos efeitos especiais que só recorrem à computação gráfica em momentos pontuais enriquece a experiência.
Todas as aparições de Candyman são incômodas, sempre acompanhadas de certeira escolha de efeitos sonoros. É um desafio para filmes de terror manter sua criatura assustadora à medida que a figura fica mais comum na tela, mas a premissa do personagem e a escolha por mostrar algumas de suas ações através de reflexos fazem com que sua presença em tela nunca seja inócua em relação a provocar medo.
Acertadíssima escolha da produção em trocar a contadora da história (branca no original) por personagens negros. Afinal, Candyman tem origem no assasinato do afro-americano Daniel Robitaille, um homem assassinado por ter engravidado uma mulher branca. Robitaille foi torturado, teve a mão decepada e depois jogado para ser devorado por abelhas após ter o corpo coberto por mel. Resumindo, Candyman nasceu como vítima e a história de violência contra negros em Chicago fez com que surgissem outras figuras que se tornassem Candyman, mostrando assim que a história repetida e contada torna a lenda imortal, assim como a violência que assola a população negra naquele país.
“A Lenda de Candyman” é aterrorizante, inteligente e traz um final que vai fazer a platéia se arrepiar. Se nada de novo surgir até o final do ano, uma indicação ao Oscar não seria surpresa.
Em uma estratégia para promover seu novo canal de streaming no Brasil, o Star+, a Disney não exibirá a quinta temporada da aclamada série “This Is Us” na TV paga, priorizando a exibição no Star+. “This Is Us” chega à sua sexta e última temporada como uma das produções mais elogiadas da TV norte-americana.
Imagem: Reprodução
Originalmente a série era exibida pela Fox, posteriormente Star Channel. “Os canais [lineares] seguem sendo bem importantes, mas o que a gente tem de leitura é que o consumo do público está mudando. Se você ver a audiência dos canais, vai notar essa mudança de consumo”, disse Cristiano Lima, chefe de Entretenimento da Disney no Brasil, em declaração ao UOL.
“This Is Us” conta a história de três pessoas nascidas no mesmo dia, e a trama passeia entre o passado e o presente mostrando a vida dos personagens que foram marcados por uma tragédia familiar.
A série rendeu a um de seus protagonistas, Sterling K. Brown, diversos prêmios, incluindo Emmy e Globo de Ouro de Melhor Ator em Série Dramática e o Critic Choice Awards na mesma categoria.
O catálogo do Star+ chega ao Brasil no próximo dia 31 de agosto e trará em seu catálogo filmes e séries dos estúdios e canais da Walt Disney Company que não entraram no acervo do Disney+, como ‘The Walking Dead‘, ‘American Horror Story‘, ‘Uma Família da Pesada‘ e ‘Futurama‘.
Atualmente as cinco primeiras temporadas de “This Is Us” estão disponíveis no Amazon Prime Video.
O Ministério Público do Trabalho (MPT) denunciou Sérgio Camargo, presidente da Fundação Cultural Palmares, por assédio moral, perseguição ideológica e discriminação. Em matéria exibida no Fantástico deste domingo (29) um trecho da ação, protocolada após o MPT ouvir depoimento de 16 funcionários e ex-servidores, mostra que Camargo perseguia servidores considerados “esquerdistas” e não alinhados com as pautas bolsonaristas.
Imagem: Pedro Ladeira/Folha Press
Em um dos trechos da ação destacados pela reportagem, o MPT diz que Sérgio Camargo “contaminou todo o ambiente de trabalho e gerou terror psicológico” dentro da Fundação Palmares. Todos os depoimentos coletados apontam para prática de assédio moral por parte do presidente da Fundação Palmares
Após a veiculação da matéria pelo Fantástico e repercussão no Twitter, Sérgio Camargo usou as redes para dizer que os críticos são “afromimizentos” e, nas palavras dele, “massa de manobra que pensa com a cor da pele”. Em declaração ao Fantástico, o líder da Coalizão Negra por Direitos, Douglas Belchior aponta o desserviço de Camargo no cargo de presidente da Fundação Palmares: “Ao invés de fomentar, defender, promover o imaginário, a contribuição histórica da população negra para formação da cultura nacional, ele faz o contrário. Ele está prestando serviço para nossos algozes históricos”, disse.
Em entrevista ao Site Mundo Negro, Patrícia Santos, CEO da EmpregueAfro, Executiva de Gestão de Pessoas e Especialista em Diversidade Étnico-Racial ressalta a importância de denúncias para combater a prática de assédio moral no ambinte de trabalho: “A gente sempre fala que é importante denunciar porque o MPT é 100% comprometido em apurar as denúncias. É comum que as pessoas se sintam acuadas e com medo. Para denunciar em delegacia é preciso que haja duas testemunhas no mínimo, enquanto que no site do Ministério Público do Trabalho a denúncia pode ser feita de maneira anônima”, diz Patrícia, que acredita que através da denúncia o bolsonarista será punido.
ramPatrícia Santos (Imagem:Instagram)
Sérgio Camargo tem atacado ferrenhamente tudo que representa a Fundação Palmares e se coloca como um soldado bolsonarista em uma cruzada contra as conquistas do povo preto. “Não conheço a história dele a fundo. Tenho algumas hipóteses. Acredito que falta de amor próprio, reprodução de auto ódio, entendimento real das questões raciais. Infelizmente ele, Fernando Holiday e outros que se destacaram no bolsonarismo provam que não basta ser negro, é preciso consciência negra, amor próprio, auto estima”, diz Patrícia. Opinião parecida com de Douglas Belchior, que postou em seu Twitter respostas às recentes postagens de Camargo: “Parece que o presidente daFundação Palmares tá surtando nas redes sociais. Mas como há tempos me bloqueou em todas, não consigo ver. Camargo cumpre o vergonhoso papel de serviçal deJair Bolsonaro e desse governo supremacista branco. Fora Camargo! Fora Bolsonaro!”, postou.
Para Belchior, Sérgio Camargo só aprenderá diante de algum choque. “Se aprender. Aprenderão na dor. Ou não aprenderão. Perdem familiares, amigos e respeito, como aconteceu com Camargo. O que será dele ao fim desse governo? Porque ou derrubaremos Bolsonaro ou o derrotaremos nas urnas. Ele acha que será acolhido pelos brancos racistas depois desse tempo de ocupação da máquina pública? Em algum momento ele se decepcionará. E vai sentir. É inevitável”, concluiu.
Douglas Belchior (Imagem: Instagram)
O Mundo Negro perguntou se há chance de pessoas pretas radicalizadas como Camargo terem algo próximo de uma redenção.
Patrícia Santos: Acredito no que Nelson Mandela dizia, que se as pessoas aprendem a odiar, elas podem aprender a amar É possível que ele possa ter algum lapso de consciência e entender todo cenário e estar do lado correto da história. Nesse momento tão importante para o movimento negro em que a gente cresce com as demandas, já ocupa a grande mídia, fala sobre nossas dores e inclusão nas grandes empresas. Esse tipo de comportamento de um homem negro é um retrocesso. É possível enxergar além do umbigo e mudar de atitude.
Douglas Belchior: Nossa crítica ao Camargo não é por ser uma pessoa negra. Mas por ser um gestor que destrói políticas e instituições que deveriam servir ao interesse da comunidade negra. Por ser apoiador de um governo racista e genocida. Ser um membro que trai sua comunidade é um elemento a mais. E tudo bem. Pessoas negras têm o direito de ter o posicionamento político que quiserem, assim como brancos tem. Não somos iguais. E cada um que pague o preço de seus posicionamentos.
Projeto oferece recurso para fortalecer organizações da sociedade civil, além de capacitações que incentivem o afroempreendedorismo e a geração de renda. Serão 14 instituições contempladas. Inscrições estão abertas até 1º de setembro
Em celebração ao 31 de agosto, data em que as Nações Unidas celebrará pela primeira vez o Dia Internacional das Pessoas Afrodescendentes, o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) lança um edital inédito de apoio a povos e comunidades negras tradicionais do Rio de Janeiro.
Serão selecionadas 14 organizações da sociedade civil do Estado, com o objetivo de fortalecer e valorizar as tradições de matriz africana. Além de fomentar a economia cultural e criativa, o edital prevê o apoio técnico e qualificação das instituições contempladas, com capacitações voltadas para o afroempreendedorismo, a geração de renda e a autonomia financeira.
O projeto é uma parceria do UNFPA com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos (MMFDH).Para esta iniciativa, é previsto um investimento total de R$700 mil. Podem se inscrever organizações da sociedade civil com pelo menos um ano de atuação comprovada nas áreas relacionadas a empreendedorismo, geração de renda, valorização da cultura tradicional e dos saberes presentes nos povos e comunidades negras tradicionais. Asinscrições estão abertas até 1º de setembro de 2021.
A oficial para Equidade de Gênero, Raça e Etnia do Fundo de População das Nações Unidas, Luana Silva, lembra que neste ano são celebrados os 20 anos da Conferência de Durban, marco histórico contra o racismo e a intolerância. O edital é mais uma das iniciativas que o UNFPA promove para fortalecer e ampliar a capacidade de povos e comunidades negras tradicionais, mirando no desenvolvimento sustentável e na construção de uma sociedade mais equitativa.
“Além do apoio financeiro, o Fundo de População da ONU vai fornecer apoio técnico, por meio de consultores, para incentivar iniciativas que busquem o afroempreendedorismo e a valorização das tradições negras. Esta é uma iniciativa inédita, que promove a autonomia econômica de grupos socialmente excluídos por meio de formações que incentivem a implementação de seus projetos”, afirma.A ideia, de acordo com Luana, é expandir a iniciativa para o resto do país.
“Nós também vamos elaborar um documento técnico contendo a metodologia aplicada, com o intuito de que esta iniciativa tenha o potencial de ser replicada para outros estados que tenham interesse em apoiar as comunidades negras tradicionais”, detalha.