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Infiltrado Na Klan brasileiro: Ale Santos revela o processo seletivo de uma célula nazista no Brasil

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Imagem/Reprodução: Google fotos

O podcast ‘Infiltrado No Cast’ trará no episódio desta segunda-feira os resultados da apuração feita pelo podcaster Ale Santos em um grupo de neonazistas brasileiros, mais especificamente uma célula da AWD, grupo que se encontra em outros países. “Eu rastreei na deep web uma pessoa que fez o processo para a entrada na AWD Brasil a partir de um grupo do Telegram e contou num fórum chan da deep web toda comunicação e e-mail que recebia”, conta Ale.

Chans são fóruns que espalham ódio pela internet, formado em maioria por homens brancos que culpam mulheres e outras minorias por todas as mazelas de sua vida. Ale conta que os membros dessa célula nunca entram em grupos com mais de cinco pessoas para que possam proteger outros membros em caso de comprometimento de um grupo. “A primeira parte do processo seletivo é você enviar um e-mail que você tem acesso ou do canal do Telegram ou de cartazes espalhados em capitais. Pelo que andei apurando, a atuação deles está principalmente em São Paulo. Eles testam se você é capaz mesmo de espalhar o ódio. Perguntam se você é branco e se está se relacionando com pessoas brancas. Uma das provas é colar os cartazes nazistas na cidade do candidato”, revela.

Imagem: Infiltrados No Cast

No final do processo seletivo a pessoa tem que postar a foto no grupo, provando que colou o cartaz com apologia nazista. Também há uma espécie de mantra com dizeres de publicações nazistas. Após isso é marcado um encontro para saber se a pessoa é branca de verdade. “O que me chocou foi a extrema organização deles. Uma organização que dificulta a identificação deles. Eles se movimentam em forma de colmeia. Um grupo forma um líder e esse líder forma um novo grupo que forma um outro líder”, explica o produtor de conteúdo.

Grupos de Facebook usam palavras cifradas para disfarçar mensagens de ódio. “Essa estrutura pode existir num número muito superior do que as investigações policiais e jornalísticas já revelaram”, conta Ale, que também diz que os membros podem ser encaminhados para um treinamento de guerrilha. “Ele param de postar no fórum e passam a treinar com pessoas que vão treinar campo, vão treinar terrorismo doméstico, vão treinar formas de se mobilizar e atacar outras pessoas e aí você vê que tem inúmeros outros pequenos grupos fazendo o mesmo treinamento, conclui”.

O episódio vai ao ar hoje, ás 22h e você pode conferir clicando aqui.

O Infiltrado No Cast é um podcast informativo, que traz convidados especiais para discutir de forma divertida temas polêmicos através da perspectiva negra-brasileira.

Djonga fala sobre racismo e polêmica do show na Maré em entrevista ao Provoca

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O rapper mineiro Djonga será o entrevistado da próxima edição do Provoca, da TV Cultura, na próxima  terça-feira (01/6), às 22h.  O apresentador Marcelo Tas abordará temas como racismo, prêmios e o polêmico show realizado durante a pandemia no Complexo da Maré. Na época, o artista foi criticado por promover aglomeração e se defendeu dizendo que o show “foi para a galera que trabalha e só se fode”.  No último disco intitulado “Nu”, Djonga abordou as polêmicas e cobranças. Para Tas o rapper disse “Eu fui inimigo da saúde pública ali naquele momento, né. Eu fui e eu sei que fui. E quando eu fiz, já sabia que ia acontecer as críticas, tinha certeza absoluta. Só eu não posso aceitar que um cara me compare com o Bolsonaro. Não posso e não vou aceitar, sacou?”

Djonga - YouTube
Imagem: Divulgação

O rapper, que foi  o primeiro brasileiro a ser indicado para o prêmio BET Hip-Hop Awards na categoria de Melhor Artista Internacional,  compartilhou um caso recente de racismo no qual foi abordado por estar andando de Porsche em um bairro. Djonga complementa que tal situação desagradável não foi a única e que já foi parado por policiais “milhões de vezes (…) a grande maioria das vezes, para não falar todas”. Tas questiona o que fazer para não “entrar no jogo” e o rapper conta que deve-se saber de seus direitos. “Depende. Quando você é mais novo, fica com medo, né. Quando você é adolescente, fica com medo. Quando você não tem informação, fica com medo. Hoje eu ainda tenho medo, mas eu sei me colocar na situação.”

Seguindo a pauta racial abordada no programa, o compositor é questionado sobre a marca que quer deixar no mundo, respondendo que quer mostrar que quem faz a arte, quem é preto, que passa por uma vida difícil, “também é humano, pode ser humano e deve ser humano”. Djonga complementa, “até o ego é negado para gente a vida inteira (…) você cresce achando que aquele cara que é branquinho bonitinho cabelo loiro pode querer tudo, o tempo todo, e a gente não”, conclui.

‘Espero representar à altura’: Marcos Luca Valentim estreia como apresentador em boletim da TV Globo

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Jornalista foi vencedor do Prêmio Melhores do Ano Mundo Negro, em 2020.

Jornalista apresentou o boletim GE em 1 minuto, da TV Globo, no jogo de abertura do campeonato brasileiro.

O jornalista Marcos Luca Valentim estreou na frente das câmeras como apresentador do boletim esportivo GE em 1 minuto, da TV Globo, no intervalo da partida entre Flamengo e Palmeiras no último domingo (30).

“Eu fiquei muito nervoso, era uma estreia enorme, estreia do campeonato brasileiro, Flamengo e Palmeiras, muita gente vendo, é claro que eu fiquei ansioso. E ainda, com a missão de condensar as informações em um minuto”, conta o jornalista.

Marcos já trabalha na TV Globo há cinco anos como produtor e na edição de texto e revela que nunca tinha pensado em aparecer no vídeo. “Eu nunca pensei em estar na frente da câmera, sempre gostei mais de escrever VT, de cortar texto, de editar os textos e estar por trás das câmeras produzindo. Não sei se era porque eu não gostava [do vídeo] e não pensava a respeito, ou se também, não me via neste lugar por falta de representatividade, então passa por isso também”, analisa.

No twitter, o apresentador postou foto dos bastidores da estreia.

“Eu sou um cara preto, de dread, no maior conglomerado de audiovisual da América Latina, aparecendo no principal horário da semana, no principal produto, que é o futebol. A nossa margem de erro tem que ser zero, e é óbvio que isso afeta a gente desde que a gente nasce.”, analisa Marcos, refletindo sobre a necessidade de “ser duas vezes melhor” imposta pelo racismo na sociedade brasileira.

A repercussão entre seguidores, telespectadores e amigos não poderia ser melhor. “Ver as respostas das pessoas, muita gente preta dizendo que se amarrou, que se sentiu representada de verdade, para mim é o que vale”, diz o agora apresentador.

COMENTARISTA — Além de apresentador do boletim, Valentim também estreou na semana passada como comentarista de MMA. “Foi mais tranquilo do que eu imaginava, porque é um esporte que eu domino, tenho conhecimento técnico, não fico nervoso porque estou ali para dar minha opinião a respeito da luta. Foi muito legal porque eu gosto de assistir”.

Valentim também lidera o Coletivo Diáspora, grupo de jornalistas negros dentro do grupo Globo, responsáveis pelo Ubuntu Esporte Clube, podcast que aborda temas diversos a partir de uma visão afrocentrada, no Globoesporte.com. No ano passado, Marcos foi o vencedor na categoria Jornalista, do Prêmio Melhores do Ano, do site Mundo Negro.

MTV Brasil exibirá o BET Awards no dia 27 de junho

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Imagem: Reprodução/ Clipe de 'WAP'

A MTV Brasil vai exibir o “BET Awards 2021” ao vivo, no dia 27 de junho,às 21h, e os brasileiros poderão torcer pelo seu artista favorito e ainda acompanhar apresentações musicais dos maiores nomes da música pop negra

O BET AWARDS 2021 tem entre seus indicados o rapper brasileiro Emicida concorrendo na categoria Melhor Artista Internacional. Megan Thee Stallion e DaBaby lideram  com sete indicações cada. Os indicados deste ano refletem a grandiosidade da expressão criativa e excelência negra na música, televisão, cinema e esportes. “Estamos animados em trazer a maior celebração da cultura de volta com o BET Awards 2021”, diz Connie Orlando, EVP Specials, Music Programming & Music Strategy. “Estamos seguros, em Los Angeles, para celebrar a incrível lista de indicados deste ano. Fomos pioneiros com um dos primeiros shows de premiação oficial e seguimos como uma alternativa durante a pandemia global. Estamos prontos para dar um passo adiante com o retorno do público para celebrar as melhores e mais brilhantes mentes criativas da indústria do entretenimento“, afirma.

Megan Thee Stallion (Imagem: Instagram)

Além da entrega dos prêmios, o BET Awards 2021 terá apresentações musicais de Alicia Keys, Anderson .Paak, Chloe x Halle, D Smoke, DaBaby, Jahi, Jennifer Hudson, John Legend, Jonathan McReynolds, Kane Brown, Lil Wayne, Lonr., Masego, Megan Thee Stallion, Nas, Rapsody, Roddy Ricch, Sir, Summer Walker, Usher, Wayne Brady e YG.

Após o inovador show de premiação virtual do ano passado, o BET AWARDS retorna este ano com uma audiência presencial. Os indivíduos vacinados podem se registrar nos Estados Unidos para participarem da plateia. A BET trabalhará em estreita colaboração com a Prefeitura de Los Angeles para apoiar os esforços de vacinação da comunidade e garantir a adesão aos protocolos COVID-19.

O BET reconhece artistas e atletas em 21 categorias com as indicações ao BET Awards 2021 (uma delas será anunciada, em breve). As nomeações são selecionadas pela BET’s Voting Academy, que é composta por fãs e um grupo de profissionais do entretenimento nas áreas de televisão, cinema, música, mídia social, marketing digital, jornalismo esportivo, relações públicas e artes criativas.

O Mundo Negro publicou a lista dos indicados aqui.

Naomi Osaka é multada em U$15 mil por não falar com a imprensa após vitória no Aberto da França

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Foto: Christophe Ena.

A atleta já havia avisado durante a semana que não faria entrevistas após as partidas para preservar a saúde mental

A tenista Naomi Osaka foi multada em U$ 15 mil após faltar a uma coletiva de imprensa após sua primeira vitória no Aberto da França, neste domingo (30). A atleta também foi advertida de que poderá enfrentar consequências mais sérias – até mesmo uma expulsão – se continuar sem falar com a imprensa.

Em nota conjunta, o Aberto da França, dos Estados Unidos, de Wimbledon e da Austrália disseram tomaram providências após as declarações de Naomi sobre a decisão de não falar com os jornalistas.

“Após este anúncio, as equipes de Roland-Garros pediram a ela que reconsiderasse sua posição e tentaram, sem sucesso, falar com ela para verificar seu bem-estar, entender os detalhes de seu problema e o que poderia ser feito para resolvê-lo no local”, a declaração continuou. “Ela também foi lembrada de suas obrigações, as consequências de não cumpri-las, e que as regras devem ser aplicadas igualmente a todos os jogadores”, diz a nota.

Na quarta-feira da semana passada a atleta anunciou que não participaria de coletivas de imprensa. “Eu não vou me sujeitar a pessoas que duvidam de mim”, disse a atleta em sua conta no twitter. “De qualquer forma, espero que o valor considerável das multas seja direcionado a caridade de saúde mental”, antecipou a atleta antes mesmo de ser multada.

“O Protetor” é um filme de ação estiloso e violento que se segura no carisma de Denzel Washington

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Antoine Fuqua é o diretor responsável por “Dia de Treinamento”, longa responsável por dar o Oscar a Denzel Washington em 2002. Em “O Protetor”, ator e diretor repetem a parceria em um cenário suburbano parecido com o do filme premiado.

Denzel é Robert MacCall, um homem aparentemente pacato que trabalha em uma loja de ferragens e que um dia mostra um talento sem igual para matar, após criminosos que agrediram a prostituta Teri (Chloe Grace Moretz) com quem fez amizade no café onde costuma ir para ler.

O Protetor | Netflix
Imagem: Reprodução

O filme segue uma linha menos caótica do que outros filmes de ação, sendo um retrato de seu protagonista extremamente metódico. Não há pressa para estabelecer conflito, mas a presença enigmática de MacCall deixam no ar que aquele homem sabe muito mais do que simula na sua repetitiva rotina diária. O diretor conhece o ator que tem em mãos e deixa o olhar de Washington falar muito mais do que exposições desnecessárias no roteiro. Em uma das melhores cenas do filme, há uma tentativa de negociação com mafiosos russos que entrega muito da forma de operar de MacCall. Ele entra na sala onde se encontra o núcleo da gangue russa e observa cada objeto, cada posição dos indivíduos no local e ao fim da conversa esse olhar atento faz todo sentido, com o personagem usando tudo aquilo que observou como arma para dizimar os adversários. O evento é como um gatilho e Robert passa a agir como justiceiro da região o que vai levá-lo a confrontar algo maior que cafetões de bairro. 

Todos os golpes de MacCall são certeiros, as lutas são rápidas, mas o que torna o filme ainda mais interessante é que para a implacabilidade do herói há um vilão interessante e ameaçador vivido pelo neozelandês Mark Csokas. Seu personagem é tão metódico quanto o protagonista, mas com uma verve cruel. A presença dele faz com que a gente possa temer pela integridade física dos outros em cena.

Esteticamente o filme é bonito e para quem gosta da figura de Denzel Washington, há filmagens de sobra com o ator em câmera lenta, debaixo da chuva e fazendo a pose de durão, mas nenhum exagero que faça o longa resvalar na cafonice.

“O Protetor” é um filme de ação estiloso, com enredo simples, mas que ancorado no carisma de Denzel Washington e na competência de Antoine Fuqua evita cair na lista de filmes genéricos de ação.

O filme está disponível na Netflix.

“A minha prioridade vai ser a voz que me emocione”: Gaby Amarantos será a nova técnica do The Voice Kids

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Imagem: Globo / Fábio Rocha

A cantora e apresentadora paraense, Gaby Amarantos, é a mais nova integrante do time de técnicos do The Voice Kids. Ao lado de Carlinhos Brown e de Michel Teló, que passa a integrar a edição voltada para jovens talentos e do mais novo apresentador do programa, Márcio Garcia.

A temporada inédita da atração musical vai ao ar no canal infantil nas sextas seguintes à exibição na TV Globo, sempre às 22h e nos domingos após a “temperatura máxima” a partir do dia 6 de junho.

Por isso, Gaby – que já participou do ‘The Voice Brasil’ em 2013, como técnica assistente de Lulu Santos na fase das batalhas – falou um pouco mais sobre a sua mais nova participação no programa:

O que você tem ou já teve em comum com os candidatos do ‘The Voice Kids’?

Com certeza a capacidade de sonhar, de acreditar que, apesar de tudo, o mundo pode ser um lugar melhor – aquele lugar da criança continuar viva dentro da gente. Eu sempre fui fã do ‘Kids’ e já borrei vários lencinhos de maquiagem assistindo os talentos. Você vê que ali, além da voz, tem o início de um sonho, tem os olhos cheios de esperança em acreditar que o mundo pode ser bonito. Eu tento manter a minha criança viva e essa “infantilidade” de quem acredita no futuro.

Quais eram seus sonhos na infância?

Eu tinha diversos sonhos: sonhava gravar meu primeiro CD, cantar as minhas próprias músicas e ver as pessoas no show cantando as músicas junto comigo. E também estar na televisão. Lembro que eu tinha um desejo muito grande de cantar no ‘Domingão do Faustão’, era um programa que me inspirava muito a cantar na TV. Hoje a gente tem as plataformas digitais, mas quando eu era criança a gente tinha também o rádio, que era bem forte.

Eu queria que as pessoas tivessem acesso à minha música em todos esses lugares, esse era o meu maior sonho de criança. Sonhava muito, também, com o ambiente dos shows, imaginava como seria a luz, que eu entraria voando no palco e teria glitter para todo lado… E sempre tive uma figura muito lúdica associada aos figurinos, eles sempre foram muito importantes para mim, tanto quanto a música. Por isso hoje os meus figurinos são quase uma brincadeira de criança para manter a chama da música acesa dentro do meu coração.

É a sua estreia no ‘The Voice Kids’. Como você imagina que será enquanto técnica?

Eu quero ser uma tia Gaby, bem parceira, que troca, que dá dicas importantes. E também que é amorosa, um colo quando eles precisarem, mas que está ali sempre querendo tirar deles o melhor. Quero mostrar para eles que a coisa mais importante na música é ser livre. A música é o meu instrumento de liberdade e quero que eles também sintam isso. Que tenham coragem de se expressar, de serem diferentes e de alcançarem tudo que eles sempre sonharam alcançar através da música, porque é possível. A música é uma das coisas mais divinas que existem no planeta.

O que a técnica Gaby vai priorizar para virar a cadeira?

A minha prioridade vai ser a voz que me emocione, que me arrepie, que me ensine, que me constranja, me confunda, me acalante… que me encha de esperança! Vou virar a cadeira para vozes que me conectem com meu lado mais humano, meu lado mais cheio de emoção, que tem coragem de ser do jeito que é. Eu fico emocionada só de imaginar como vai ser!

Assistiu às edições anteriores? Acha que vai se emocionar muito nesta?

Sim, sempre. E eu sempre assisti muito a todas as edições. Estou assistindo ao ‘The Voice +’ agora, e é outro rolê. O ‘Kids’ tem essa coisa preciosa de ter artistas no início do seu sonho. São crianças, são adolescentes, mas são artistas. Artistas que têm potencial, talento, que estão no início da caminhada e cheios de vontades de fazer, de realizar, mas que também têm seus medos, suas inseguranças e que enchem nosso coração de humanidade. Assistindo, eu sempre pensei como seria divertido estar nesse lugar. Ser assistente, no ano passado, foi uma experiência linda. Eu me emocionei e me arrepiei diversas vezes e sempre pensei que seria incrível poder voltar.

“Ela prefere assim, eu não a amarrei “, afirmou a influenciadora Virginia Fonseca sobre babá trabalhar 7 dias por semana

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Foto: Divulgação

Por Françoise Rocha, Advogada

Em um primeiro momento fica quase impossível associar o discurso da influenciadora digital Virginia Fonseca com a fala da Senadora Simone Tebet em sua última participação na CPI da Covid, que tem chamado atenção no cenário político atual. Influenciadora/or, por descrição, consiste em: aquele/a que exerce influência sobre; influenciar significa induzir alguém a fazer alguma coisa, a se comportar de determinada maneira ou pensar de um modo específico. Influenciadoras/es digitais são pessoas que se expressam através das redes sociais, geram conteúdo e, por meio dele, impactam indivíduos e comunidades.

Mas a confluência entre as falas, que têm em comum relações de trabalho no âmbito doméstico existe e, o repúdio aos atos que demonstram tal convergência, não merece um destino de silenciamento. Conforme divulgado em vários sites de notícias, no último 14 de maio, a influenciadora digital Virginia Fonseca, que está grávida de sua primeira filha, teria declarado que contratou uma babá em regime integral de trabalho – sempre disponível para a família, 7 dias por semana.

Nas redes sociais, ela se defendeu: “Ela (a nova babá) trabalha dessa forma, para ela é mais conveniente estar na casa da família do que ter que ir e voltar todo dia. Ela poderia ter oferecido 12 horas de trabalho, eu contrataria ela e mais uma. Mas ela prefere assim, eu não a amarrei e nem a obriguei a nada”…

Uma semana depois, a Senadora Simone Tebet, quando se dirigiu ao ex Ministro Pazzuelo, tecendo de maneira enfática e muito contundente comentários à atuação do general no enfrentamento do combate à Pandemia frente ao Ministério da Saúde, frisou que tinha uma funcionária internada em decorrência do coronavírus, e complementou:

“Hoje, neste momento, estou com uma funcionária que está comigo há 23 anos, que mora na minha casa, que morou na minha casa por muito tempo, que me ajudou a criar as minhas filhas, num leito de hospital”.

O que estes dois episódios/falas nos revelam é que existe, ainda enraizada na cultura brasileira, a normalização daquilo que a Constituição Federal, força normativa maior deste País, tentou regulamentar. Digo que tentou pois, durante muito tempo, praticamente não existiu um horizonte normativo garantidor de direitos trabalhistas para as empregadas domésticas, ainda que tenha ocorrido o “nascimento jurídico” da classe, em 1972, este ainda não se mostrou suficiente para inibir alguns comportamentos.

Acreditava-se que esta marginalização poderia ter sido sanada com o advento da EC 72/2013, entretanto, a promulgação da Emenda Constitucional n° 72, que amplia os direitos as(os) empregadas(os) domésticas(os), e a Lei n° 12.964/14, que multa as/as empregadoras/es que não assinarem a carteira das/os trabalhadoras/es, não são suficientes para erradicar as desigualdades e a desvalorização do trabalho doméstico na atual sociedade.

Temos, portanto, um triste cenário de desproteção jurídico-trabalhista – marcado tanto pelo reconhecimento deficitário de alguns direitos, quanto pela baixa aplicabilidade das normas já positivadas -, pouca atenção tem sido concedida a essa realidade, e isso acontece por serem as mulheres negras e pobres as principais responsáveis pela realização diuturna desse trabalho. Dos exemplos acima citados, há quem defenda que: foram as empregadas que assim decidiram-permanecer diuturnamente na casa dos patrões, ou então, elas são como se fossem da família.

Meras retóricas que buscam a legitimação para a perpetuação do que é ilegal, pois pela Lei, a duração do trabalho doméstico não pode exceder 8 horas diárias e 44 semanais, sendo permitido que a funcionária faça 2 horas extras por dia, “contratar” uma pessoa para um trabalho ininterrupto é colocá-la em uma situação análoga à escravidão, é necessário o respeito ao tempo máximo de 10 horas diárias com o intervalo de no mínimo 2h durante a jornada e de 11h entre uma jornada e outra. Vale ressaltar, também, que a Lei Complementar 150/2015 não permite o contrato 24 horas.

Outro aspecto que também deve ser considerado é que estas empregadas acabam sendo alijadas do convívio com sua própria família, ou seja, são expropriadas do sentimento de viverem com os seus, sob o discurso de proximidade afetiva com seus empregadores.

De acordo com a Organização Internacional do Trabalho, no ano de 2017, se organizassem um encontro de todos os seus trabalhadores domésticos, o Brasil reuniria uma população maior que a da Dinamarca. O país emprega cerca de 7 milhões de pessoas no setor – o maior grupo no mundo – composto majoritariamente por mulheres negras. Em comum entre as falas, os dados e a realidade, os traços escravocratas.

Lázaro Ramos: “A literatura é uma forma potente de fazer as crianças acreditarem nos seus sonhos”

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Foto: Divulgação

Uma conversa com crianças, estudantes de uma escola pública, fez com que o ator, diretor e escritor Lázaro Ramos tivesse uma nova percepção sobre a importância dos livros para os mais jovens.

O sonhar, que parece ser algo que faz parte de toda infância, em um mundo sem muitas referências, se torna quase um privilégio. “Eu vi no olhar ou no jeito de responder de algumas das crianças, que elas não sabiam nem que tinham direito de sonhar. Não é que não tinha um sonho. Era sobre não saber se poderia se poderia desejar ou conquistar alguma coisa além desse mundinho que elas vivem”, descreve Ramos em uma entrevista exclusiva à nossa editora-chefe, a jornalista Silvia Nascimento.

Lázaro brinda nossas famílias com dois novos livros: “O Pulo do Coelho” (Editora Carochinha) e “Edith e a Velha Sentada” (Editora Pallas). As duas obras falam sobre questões que serão uma mão na roda para pais, mães e adultos que querem oferecer uma alternativa às multitelas (TV/Celular/Tablets) às quais as crianças vivem imersas durante a pandemia, mas sem renunciar a temas que dizem respeito ao afeto, amor, autoconhecimento e até disciplina.

Sobre literatura dentro da sua casa, Lazinho diz que não há regras até por conta do ritmo de trabalho dele e parceira da vida e trabalho, a atriz Taís Araújo. “Desde cedo a gente colocou a coisa da leitura na casa da gente como prazer, e não como obrigação. A gente sempre trouxe muitos livros que eles se enxergassem e se vissem. Não adianta mandar ler se a gente não lê, então a gente fica com nosso livrinho debaixo do braço, eles veem o objeto na nossa mão. Eu fui fruto de uma concepção errada de que a gente só tinha que ler por obrigação”.

Nessa entrevista conversamos sobre seus livros, pandemia e a crianças do futuro. 

Mundo Negro – “O Pulo do Coelho” fala sobre sonhos, frustrações, autonomia, sucesso, fracasso e resiliência. Foi uma obra pensada para essas crianças que estão crescendo em meio a pandemia?

Ele começou a ser escrito há quatro anos, mas quando chegou a pandemia, eu mudei algumas coisas no livro porque eu entendi que ele tinha utilidade para as famílias que estavam vivendo com suas crianças impossibilitadas de viverem como criança gosta, como todos nós gostamos de viver, com liberdade encontrando os amigos. É um livro que fala sobre um coelho que fica confinado numa cartola e que um dia ele resolve fugir para ter a liberdade e ele se torna mágico.  É sobre autonomia, é sobre ele sonhar e desejar, que são temas estão muito na minha cabeça já há muito tempo. Eu acho que esse livro começou sabe quando?  Eu sempre faço visitas a escolas para falar sobre meus livros e eu lembro de um dia eu fiquei muito impressionado quando cheguei numa escola pública lá em Salvador, e chegou aquele velho momento em que eu perguntei “O que vocês sonham em ser?”. Eu vi no olhar ou no jeito de responder de algumas das crianças, que elas não sabiam nem que tinham direito de sonhar. Não é que não tinha um sonho. Era sobre não saber se poderia se poderia desejar ou conquistar alguma coisa além desse mundinho que elas vivem. E isso me chamou atenção. Eu fiquei querendo muito falar sobre isso e o livro começou aí, desse dia do passeio na escola.

Capa de O Pulo do Coelho de Lázaro Ramos com ilustrações de Lais Dias .
Foto: Divulgação

E a relação com a pandemia?

Eu percebi que o livro se encaixava muito bem para falar desse momento do confinamento, que é um assunto difícil para a gente falar com essas crianças e nós não temos todas as respostas. A gente perde a paciência com nossos filhos às vezes e a gente não sabe o que oferecer para eles sossegarem e para se entreterem.  A gente não sabe explicar quando é que isso vai passar ou como lidar com isso.  Foi em cima dessa vivência toda que eu adaptei o livro e acabei juntando os dois assuntos.

“A velha sentada” também voltou por isso, porque fala sobre uso equilibrado de tecnologia que é um assunto na casa de todo mundo.  A criançada está o tempo todo na televisão ou no celular.  Não tem uma amiga ou amigo que eu conheci que não esteja em algum momento gritando para o seu filho sair da frente de alguma tela. Aí pensei que eu tenho esses dois livros que podem contribuir para esses assuntos e outros como autoestima, autonomia e autoconhecimento, por conta da história da menina que entra na própria cabeça.

Falando sobre “Edith e a Velha Sentada”, a questão do que é emoção e o que é sentimento é bem confusa até para nós, adultos. Para você, de que forma os livros podem contribuir para o autoconhecimento das crianças? Nessa fase pandêmica muitas estão fazendo terapia pela primeira vez e falar sobre si é difícil. Os personagens podem ajudar?

Exato tanto pela identificação dos personagens quanto pelo tema. Esse livro é um pouco fruto de uma percepção de que tinha até meus 26, 27 anos de idade . Eu não sabia que eu podia falar e pensar sobre autocuidado. Eu não sabia que eu podia ter dúvida. Eu não sabia que eu podia chorar, eu não sabia que eu podia pedir ajuda. Eu vivia com aquela velha mensagem de que “você tem que dar certo, você tem que ser superior a todo mundo”.  Eu vim saber isso com 27 anos de idade. Ninguém nunca conversou sobre esses assuntos comigo, nem de forma séria, nem de forma lúdica.

O livro veio para tapar esse buraquinho também, para gente pensar isso e ir se cuidando, se alimentando, criando parcerias e aprendendo a lidar com as frustrações.  Os dois livros têm isso na verdade. Tem uma frase no “Pulo do coelho” que eu quero até fazer um quadro para botar no meu escritório e diz assim: “não existe sucesso nem para fracasso que seja eterno”. É uma frase que ela traz algo de realidade, mas ela também é um estímulo para saber quando a gente receber alguns nãos, e a vida vai dar um monte de não para gente, a gente não pode desistir. Tem caminhos e a gente vai encontrando e vai mantendo a nossa sede de vitória, de vencer, de lutar e de construir aquilo que a gente sonha deseja.

Capa do livro Edith e a Velha Sentada, de Lázaro Ramos com ilustrações de Edson Ikê. Foto: Divulgação.

Você acredita que as crianças do futuro, as pós pandemia, serão melhores do que nós fomos?

Acho que as nossas crianças vão ter sequelas desse período, no jeito de se relacionar, de criar, na maneira de se relacionar com o outro e com a rua. E essa mudança, eu acho, que só virá se nós adultos, como somos o espelho para eles, tivermos consciência e revermos o nosso comportamento. Passa por tudo, passa por votar melhor, por um líder melhor. Nessa nova era, desse período pós pandemia, a gente vai ter que reconstruir tudo. Vamos ter que reconstruir as cidades, as profissões e as relações. A mensagem que a gente vai passar para as nossas crianças passa também por uma por uma consciência de como a gente lida com o meio ambiente. Não há como a gente não falar sobre isso. Não há como a gente não pensar mais sobre isso.  Eu tenho me obrigado muito a pensar sobre isso porque eu entendi que a função das cidades mudou e vai mudar, o jeito se reunir mudou e vai mudar, o jeito da gente lidar com o que a gente come, com o que a gente planta vai mudar.  A gente vai ter que ter essa consciência.  A mudança deles vai acontecer, se nós também fizemos um esforço para isso. Porque afinal de contas nós somos espelho.

E o Prêmio “Sim à Igualdade Racial” 2021 vai para? Confira o resultado!

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Foto: Ari Kaye

E o Prêmio “Sim à Igualdade Racial 2021” vai para?

Esse evento é o nosso “Oscar” de excelência negra, que se consolida a cada ano e premia destaques em várias áreas. A premiação foi uma potente viagem, que fizemos juntos, pelo “mundo ideal”, pelo “mundo que sonhamos” e que estamos construindo, também, com a contribuição de eventos como esse. O Instituto Identidades do Brasil (ID_BR) mais uma vez nos oferece, além da premiação, um espetáculo que agrega música, arte, cultura e História, com personalidades negras fundamentais de hoje e do passado.

A premiação exibida pelo canal Multishow, contou com a impecável apresentação de Jéssica Ellen, Majur e Xamã, com alegria e emoção, em interação com os tantos outros artistas convidados, um desfile de talentos e diversidade musical, um panorama da riqueza de ritmos, belezas e vozes. Encontros de gerações dialogavam com as referências históricas do conceito artístico criado pelo Instituto e o roteirista e diretor artístico Elísio Lopes Jr., uma viagem entre passado, presente e futuro, por meio da arte.

Xamã Jessica Ellen e Majur – Foto: Ari Kaye

Não faltou impacto na apresentação do esperado dueto de Elza Soares e o Diretor musical do prêmio, Zé Ricardo, um momento emocionante e que vai ficar nas mentes de quem acompanhou a premiação. As marcantes performances de Gloria Groove, Ludmilla, Xande de Pilares e Agnes Nunes, fazendo a quem prestigiou querer mais e esquecer um pouco desses tempos difíceis sem show presenciais.

MC Carol e Ludmilla: Foto: Ari Kaye

Outros encontros também fizeram parte do espetáculo: MC Carol cantando com Tati Quebra Barraco, Flávio Renegado com Lukinhas, e Brô Mc’s.

Brôs MCs – Foto: Ari Kaye

O reconhecimento de alguns dos principais nomes e iniciativas em prol da igualdade racial no Brasil também foi espaço de arte como ferramenta de mudança, em acordo com os objetivos da premiação. “Transformar o ideal da igualdade em realidade é possível. Somos todas e todos responsáveis por esta co-construção, e entendemos que para mudar o mundo precisamos antes de tudo mudar a nós mesmos. Não devemos ter medo de abordar temas delicados como a pauta antirracista e revisar constantemente nossas atitudes do dia a dia. Esse é o primeiro passo para chegarmos no mundo ideal que queremos ter num futuro não tão distante.”, afirma a fundadora e Diretora-Executiva do ID_BR, Luana Génot, sobre o prêmio e outras iniciativas do Instituto.

Elísio Lopes, Luana Genot, Ludmilla, Zé Ricardo e Tom Mendes – Foto: Ari Kaye


Agora é a hora de conferir a lista de quem levou o Prêmio. E a premiação nas 10 categorias dos pilares Cultura, Educação e Empregabilidade vai para:



Pilar CULTURA

Categoria: RAÇA EM PAUTA

Trace Brasil

Trace Brazuca: inovação e representatividade são DNA de canal negro | Exame
A Trace é uma empresa global multiplataforma de mídia, entretenimento e educação que se conecta com públicos multiculturais por meio da música e de conteúdo afro urbano. Está presente em 27 canais da TV paga, rádio, serviços online e mobile disponíveis para 350 milhões de pessoas, em mais de 120 países. Lançada em 2003, a Trace tornou-se a marca líder de mídia para juventude afro urbana conectada na África Subsaariana, França, Caribe, Inglaterra e na região do Oceano Índico.
José Papa, que já foi CEO de Cannes Lions e da WGSN Global, está à frente da Trace Brasil, junto de Ad Junior, comunicador e consultor em diversidade, referência na produção de conteúdo sobre combate ao racismo e preconceito na mídia. A empresa chegou ao país em julho de 2019 e, em novembro, lançou o Trace TRENDS, exibido pela RedeTV!. O canal Trace Brazuca foi lançado em julho de 2020 nas operadoras Net/Claro, Vivo, Blue TV e Guigo TV, com pautas sobre música, comportamento, arte, diversidade, esportes e empreendedorismo.


Categoria:ARTE EM MOVIMENTO:

Alberto Pitta

Alberto Pitta Há 40 anos desenvolvendo trabalhos de pesquisas e criações artísticas, Alberto Pitta é um dos pioneiros na criação do que hoje se conhece por estampas afro baianas, se utilizando de símbolos, ferramentas, indumentárias e adereços dos orixás como fonte de inspiração. Sua vivência dentro de terreiros de candomblé favorece e estimula a criação artística, possibilitando assim a extração do essencial para a interpretação de códigos e símbolos. PItta se destaca no cenário artístico e cultural da Bahia, no que se refere ao carnaval dos blocos afro, afoxés e de indígenas em Salvador. Nos últimos 22 anos, se dedica a produção e concepção artística do Cortejo Afro, bloco que vem se destacando pelo resgate de valores estéticos no carnaval de Salvador, trazendo a arte de volta para as avenidas da cidade.


Categoria: DESTAQUE PUBLICITÁRIO:

Dove (Influência negra – Documentário Olhares cruzados)

Toda mulher preta tem em si uma história. São diversas vivências, olhares, caminhos Contemos nossas glórias para construção de uma autoestima bem preta e poderosa. “Olhares cruzados”, não é só um projeto documental. É sobre legado, ancestralidade, autoestima e construção do amor próprio.
Protagonizado pelas trajetórias inspiradoras de Cris Mendonça, Kiara Felippe e Joyce Fernandes e com trilha original de Hailanny Souza na voz de Bia Ferreira, esse documentário nos convida a ver o mundo sob outros olhares. O projeto foi produzido pela Influência Negra em parceria com a Dove e Refinery29.

Categoria: REPRESENTATIVIDADE EM NOVOS FORMATOS:

Tukumã Pataxó

Pilar EDUCAÇÃO

Categoria INTELECTUALIDADE:

Sílvio Almeida

Silvio Almeida Silvio Luiz de Almeida é um dos mais reconhecidos intelectuais brasileiros da atualidade. Jurista, consultor, advogado e palestrante há duas décadas, Sílvio tem doutorado e pós-doutorado em Filosofia e Teoria Geral do Direito, pela Faculdade de Direito da USP. Seu livro “Racismo Estrutural” é considerado um dos mais importantes estudos sobre raça e racismo. É também professor de Compliance Antidiscriminatório e Governança e Ética Corporativa da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP), e de Filosofia do Direito e Pensamento Social Brasileiro na Universidade Presbiteriana Mackenzie. Em 2020, foi professor visitante no Centro de Estudos Latino-Americanos e Caribenhos da Universidade de Duke (EUA). Se destaca por sua atuação à frente do Instituto Luiz Gama, organização que visa à inclusão de minorias e à promoção de uma educação antirracista. Nos últimos anos, proferiu palestras nacionais e internacionais sobre temas relacionados à ética, além de prestar consultoria para organizações públicas e privadas sobre a implantação de práticas antidiscriminatórias e técnicas de promoção da diversidade e inclusão.


Categoria INSPIRAÇÃO:

Conceição Evaristo

Conceição Evaristo é escritora, ficcionista e ensaísta. Mestre em Literatura Brasileira pela PUC/Rio, Doutora em Literatura Comparada pela UFF, sua primeira publicação em 1990 foi na série Cadernos Negros do grupo Quilombhoje. Foram 7 livros publicados, entre eles o vencedor do Jabuti, Olhos D’água (2015), 5 deles traduzidos para o inglês, francês, espanhol e árabe. Prêmio do Governo de Minas Gerais pelo conjunto de sua obra; Prêmio Nicolás Guillén de Literatura pela Caribbean Philosophical Association; Prêmio Mestre das Periferias pelo Instituto Maria e João Aleixo. Escritora homenageada em diversas Feiras Literárias. Mãe de Ainá – sua especial menina – em 2019, teve 3 de seus 7 livros, aprovados no PNLD Nacional e também foi a escritora homenageada da Olimpíada de Língua Portuguesa pelo Itaú Social. Lançou seu “Poemas da Recordação e Outros Movimentos” em edição bilíngue (português/francês) no Salão do Livro de Paris e “Olhos D’água” em francês pela Editora Des Femmes. Ainda em 2019, foi homenageada pelo Prêmio Jabuti como personalidade literária.


Categoria EDUCAÇÃO E OPORTUNIDADES:

Rede de professores antirracistas

Pilar EMPREGABILIDADE

Categoria COMPROMETIMENTO RACIAL:

99 JOBS


Categoria LIDERANÇA:

Helena Bertho


Categoria : TRAJETÓRIA EMPREENDEDORA:

Weena Tikuna

We’e’ena Tikuna
We’e’ena Tikuna We’e’ena TIKUNA é uma artista plástica do Amazonas, cantora, palestrante, Nutricionista, Design de moda, além de ativista dos direitos Indígenas e YouTuber. We’e’ena que significa “a onça que nada para o outro lado no rio”, nasceu na terra Indígena Tikuna Umariaçu no Amazonas, Alto Rio Solimões. Seus pais decidiram morar em Manaus para que seus 6 filhos pudessem estudar. Apesar de mudarem para capital, eles criaram a comunidade indígena Tikuna em Manaus para que os filhos não perdessem os costumes e a tradição de povo originário. Foi assim que We’e’ena cresceu, no entre viver de duas culturas, das tradições da aldeia aos costumes da cidade. Sofreu discriminação na escola por não falar o português, mas hoje é uma mulher guerreira que venceu todos os obstáculos e o racismo. Através de sua história de superação é espelho para muitos(a)s indígenas.

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