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Chef Maristella Sodré nos ensina como não desperdiçar alimentos e ser sustentável na cozinha

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Chef Maristella entre suas receitas - Foto: Arquivo pessoal

Em um momento que se discute meio ambiente e fome é fundamental refletirmos sobre como evitar o desperdício de alimentos. Conversamos com a Chef Maristella Sodré sobre como aproveitar o que a gente come e como de forma prática, podemos aplicar ideias da gastronomia sustentável na nossa cozinha.

Maristella é Formada em Gastronomia Social em vários projetos de gastronomia sustentável, empresária e apresentadora da série “Comida Que Transforma” exibida pelo YouTube da Gastromotiva e pelo NHACGNT. Ela também foi vencedora na Categoria Celebridades/ Influenciadores do Prêmio Lixo Zero Brasil 2020.

Mundo Negro – O que é por definição, uma gastronomia sustentável? Ela se aplica a todas as classes sociais?

Chef Maristella – É a Gastronomia que utiliza técnicas de Aproveitamento Integral dos Alimentos, reduzindo o desperdício e valorizando uma alimentação mais natural e nutritiva. Infelizmente não é aplicada a todas as classes sociais. Na realidade, as pessoas, independente da sua posição social, são muito cruas em relação a essas informações. Normalmente por preconceito ou por total desconhecimento. Mas claro que esses conhecimentos são muito menos integrados a realidade da população mais vulnerável.

Foto: Arquivo pessoal

De que forma as questões de sustentabilidade estão ligadas aos cuidados com o meio ambiente?

A Sustentabilidade Ambiental está diretamente ligada a preservação do Meio Ambiente. Nós, seres humanos, devemos utilizar e cuidar dos recursos naturais para que não falte para as gerações futuras, formando assim uma cadeia solidária e consciente. Devemos ser responsáveis ao lixo que produzimos todos os dias. Pois o planeta é um só. Preservar o planeta e cuidar dos recursos naturais é uma questão de urgência em relação ao futuro da humanidade.

Como essa pauta de gastronomia sustentável pode ser discutida dentro da comunidade negra que faz parte dos índices de fome que voltaram a aumentar por conta da pandemia?

Através de uma linguagem mais simples e acessível a todos. Trabalho em comunidades há mais de 3 anos. No início, observava uma grande dificuldade na aceitação desse assunto nos alunos e a repulsão pela mudança desses hábitos. Trabalhei muito e adaptei todo o planejamento e linguagem das aulas, trazendo ingredientes e realidades que aproximasse mais do seu dia a dia, mas com adaptações mais sustentáveis e saudáveis. Hoje, graças a Deus, meus alunos vão as aulas com mais entusiasmo e curiosidade. Animados em criar e reproduzir dentro das suas próprias casas. Pessoas socialmente vulneráveis e que geralmente recebem doações de alimentos todos os meses como ajuda e que hoje tratam o alimento de maneira diferente. Respeitando cada cocção e cada finalização. Com uma visão mais sustentável. Sem desperdício. O preconceito se transforma em admiração. O que me deixa muito feliz , pois aproveitam melhor o alimento absorvendo todos os nutrientes existentes e consequentemente obtendo mais comida em cima da mesa para sua família. O que não se pode consumir, aprendem outras formas de devolver os nutrientes ao solo, como por exemplo, técnicas de compostagem. Vivenciando e trazendo aos poucos essa nova realidade as suas vidas. Mas infelizmente é um índice muito baixo da população negra que possui esse privilégio de aprendizado. Meu sonho é mudar esse quadro o mais rápido possível, pois é uma questão de urgência, em relação a fome e ao futuro do planeta.

Foto: Arquivo pessoal

DICAS PRÁTICAS SOBRE COMO TER UMA ALIMENTAÇÃO SUSTENTÁVEL

PLANEJAR AS COMPRAS DE MANEIRA CONSCIENTE

RESGATAR A ANCESTRALIDADE ATRAVÉS DA COMIDA, POIS NOSSOS AVÓS E BISAVÓS JÁ EXERCIAM ESSA PRÁTICA DO APROVEITAMENTO INTEGRAL DOS ALIMENTOS. COM A INDUSTRIALIZAÇÃO DOS PRODUTOS, DEIXAMOS DE LADO ESSE PRAZER DE CONSUMIRMOS O QUE VEM DA TERRA E OPTAMOS PELO MAIS PRÁTICO.

UTILIZAR O ALIMENTO NA SUA TOTALIDADE, INGERINDO TODOS OS NUTRIENTES EXISTENTES (POIS A MAIOR CONCENTRAÇÃO DE NUTRIENTES ESTÁ PRINCIPALMENTE NAS PARTES QUE NORMALMENTE DESCARTAMOS)

FAZENDO UMA HORTA                       

SEPARANDO O LIXO E DANDO O DESCARTE DE MANEIRA ADEQUADA

 CONSUMIR MAIS PRODUTOS NATURAIS E MENOS INDUSTRIALIZADOS

Estreias na Wolo TV: Tensões, partidas e reencontros em quatro filmes neste final de semana

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A Wolo TV continua lançando material original com foco no público negro. Essa semana em especial, a plataforma de streaming contará com quatro lançamentos exclusivos, todos disponíveis a partir do dia 5 de junho, sábado.

Sujeito Objeto”  de Djalma Calmon acompanha Pedro e Renata, mais um casal em meio à multidão de sujeitos. Ele é um artista de rua, estátua viva que se tornou seu próprio personagem: calado e duro. Ela é viva, mas está morrendo por dentro.

Imagem: Divulgação

Em  “Aquém das Nuvens”, de Renata Martins (colaborou em “Malhação – Viva a Diferença“)  vamos poder ver a história de Nenê,  casado com Geralda há 30 anos. Em uma tarde de domingo, como de costume, ele vai à roda de samba encontrar os amigos. Ao voltar para casa, surpreende-se com uma notícia sobre Geralda. Sem deixar que o ritmo do samba caia, Nenê encontra uma solução para ficar ao lado de sua eterna namorada.

Imagem: Divulgação

5 Fitas” nos apresentará os dois garotos fofos, Pedro e Gabriel que no dia da Lavagem do Bonfim, decidem fugir de casa e se aventurar entre a multidão, para tentar pedir por uma bola de futebol, deixando toda família desesperada. A produção é de Heraldo de Deus e Vilma Martins.

Imagem: Divulgação

Por fim temos o multi-indicado em várias premiações, incluindo melhor ator de média-metragem para Heraldo de Deus, Melhor Fotografia e Melhor Roteiro, “Facão”. Um jovem reservado e solitário, passando por um momento de dificuldade, se arrisca em pequenos delitos para sobreviver. Ao assaltar Pietra, uma jovem apaixonada por cinema, tem sua vida transformada pelos filmes que encontrou na mochila roubada. O longa dirigido por Camila Hepplin foi exibido no Fade To Black Festival.

Imagem: Divulgação

Prontos para um fim de semana recheado de boas obras nacionais? A Wolo TV não exige assinatura mensal e cnta com programas totalmente gratuitos e outros sob aluguel a um preço acessível.

Projeto ‘Lendo Mulheres Negras’ lança seu primeiro livro infantil

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Imagem: Divulgação lendo mulheres negras

O livro “Menina Nicinha” tem forte inspiração nas conversas de Evelyn Sacramento, que é co-fundadora do projeto literário Lendo Mulheres Negras e escritora da obra, com sua avó, onde eram contadas lembranças da infância, com direito a molecagem, trabalho e memórias do recôncavo baiano.

Voltado para o público infantil, o livro é informativo e reflexivo, sem deixar de despertar a curiosidade e a inteligência dos pequenos leitores. A publicação tem 36 páginas e ilustrações da mineira Bárbara Quintino.

O livro Menina Nicinha foi contemplado no Prêmio das Artes Jorge Portugal, e tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.

A venda do livro começou no dia 2 de junho e os pedidos podem ser feitos no site (https://www.lendomulheresnegras.com.br/menina-nicinha). Os 50 primeiros livros vendidos até o dia 3 serão autografados pela autora e todos os pedidos feitos até dia 20 de junho terão frete incluso, no valor de R$35,00 por livro. Além disso, os materiais didáticos estão disponíveis para download gratuito no site do projeto.

Iza, Lázaro Ramos e Silvio de Almeida são convidados do ‘Altas Horas’ deste sábado

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Imagem: Globo/Divulgação

Serginho Groisman recebe neste sábado, dia 5,vários convidados em seu programa. Entre eles, o ator Lázaro Ramos, o intelectual Silvio de Almeida e a cantora Iza, que falam sobre seus projetos a seguir. O programa vai ao ar aos sábados, depois do ‘Vai que Cola’. 

Lázaro Ramos aproveitou para falar um pouco sobre seu lado escritor e apresentar os detalhes dos seus novos livros infantis  ‘O Pulo do Gato’ e ‘Edith e a velha secreta’. “Eu nunca imaginei isso, mas virou um lugar que é quase terapêutico para mim. Inclusive foi o que me salvou no ano passado, durante a pandemia”, conta ele sobre as publicações.

Lázaro, fala ainda sobre a experiência como diretor do filme ‘Medida Provisória’ e aproveita o bate-papo de sábado para contar um pouco sobre como anda a sua vida familiar durante a pandemia, ao lado de Taís Araujo e os dois filhos do casal.

Continuando com os convidados, o programa traz ainda a cantora Iza, que adianta as suas últimas novidades profissionais: “Eu estou preparando o lançamento do meu segundo álbum e acho que esse processo de tentar me encontrar foi muito decisivo para construir o que eu vou mostrar. Neste momento eu estou mais madura, o meu som está mais maduro”.

Na atração, Iza apresenta a sua nova música, ‘Gueto’. Também no ‘Altas Horas’, a voz de Johnny Hooker invade o estúdio ao cantar ‘Flutua’ e ‘Crise de Carência’.

O filósofo e professor Silvio de Almeida também estará no ‘Altas Horas’ e fala a respeito do livro ‘Racismo Estrutural’, levantando reflexões sobre o assunto. Silvio Almeida ainda revela uma parte de suas lembranças, em especial as que guardou do pai e a influência paterna em sua criação.

O ‘Altas Horas’ ainda recebe a microbiologista Natalia Pasternak, que analisa a vacinação no Brasil.

Gueto: Iza celebra as origens em novo clipe e ressalta a importância de ocupar espaços

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Com a propriedade de ter se tornado dona de mais de 1.6 bilhão de streamings, indicada a Grammy Latino, apontada Mulher do Ano (GQ Magazine), Iza acaba de lançar, em todas as plataformas digitais, o single de estreia do seu segundo álbum, previsto para o próximo semestre. “Gueto é uma forma de celebrar da onde eu vim. Não é sobre ostentação,mas sobre ocupação. Ser a mina preta da zona norte estando em vários comerciais onde eu nunca tinha visto uma mina preta antes”. Essas são as primeiras falas da cantora carioca sobre seu mais recente lançamento: o clipe do single ‘Gueto’. A letra inicia com um aviso que se reflete na força da canção e da fala da artista: `Olha quem chegou/ É fogo na babilônia/Trajada de amor/ Só pra te causar insônia”. Iza é uma das poucas cantoras no país que consegue causar frisson antes de um novo lançamento, como uma Rihanna brasileira.

 Imagem:Rodolfo Magalhães

O clipe de ‘Gueto’ não economiza nas cores, na celebração da cultura urbana e das lembranças da cantora. “Eu queria muito desenhar esse gueto colorido que existia na minha cabeça e que existe, sabe? Eu sou de Olaria, Zona Norte do Rio de Janeiro e eu lembro de um gueto colorido, bem cuidado, um gueto onde a gente não tinha medo de andar na rua, que é de lei a gente fechar a rua no domingo, a gente nem precisava avisar a prefeitura, era só passar a cordinha que não passava nem caminhão. Era uma vontade grande de mostrar esse lugar, tornar esse lugar lúdico”, explica a cantora que busca com a produção do clipe evocar lembranças de bairros onde as pessoas viveram.

Iza tem alçado vôos altos desde que lançou o álbum “Dona de Mim” (2018), mas sem perder de vista a origem que lhe catapulta para o salto. “Esse sentimento de pertencimento das pessoas significa ter orgulho de onde eu vim, significa que sim, brota ouro da onde eu vim, significa mostrar que o que mais faz sucesso nesse país veio do gueto, sim. A gente pode não se ver na TV, mas o que as pessoas têm consumido veio desses lugares. Então é sobre isso, né? A gente faz parte de tudo e deveríamos ocupar mais”, diz, também lembrando que celebrar as origens é colocá-la em espaços antes negados.

Imagem: Rodolfo Magalhães

Na semana passada, a Revista Time publicou um artigo em que elegia Iza como um dos ícones da nova geração. A publicação rasgou elogios à postura da cantora sobre temas importantes como representatividade e posicionamento frente ao racismo no Brasil. “Sou formada em Comunicação e a cabeça explode quando você ganha uma indicação como essa. Eu me sinto muito feliz. A gente costuma dizer que não trabalha para ganhar prêmio, nem nada, mas é óbvio que quando a gente recebe um tapinha nas costas desse, dizendo que a gente está no caminho certo, tudo muda e é dessa forma que vejo. É muito lindo e me sinto abençoada por receber esse reconhecimento. Principalmente num momento que é tão difícil fazer arte, sabe?”, diz a cantora que continua: “Eu queria muito que as pessoas entendessem que não é legal ser exceção. Eu não quero que as coisas sejam assim. É a primeira vez que fico falando de mim na música, mas não é sobre essa coisa do primeiro lugar, de ser eu. É sobre a questão mesmo de abrir as portas para tanta gente incrível que faz diferença na arte do país, que é vetor, sim, de mudança na arte do país e não tem lugar, não tem visibilidade. Então é muito legal quando a gente recebe uma nomeação como essa porque tudo quanto é dúvida que a gente tenha na cabeça acaba sendo sanada, principalmente quando não temos contato com público que é quem abraça a gente quando a gente está precisando”, termina.

Iza é articulada e firme como nem sempre se vê entre artistas de longo alcance na música brasileira. Fala de forma clara, concisa, mas sem esvaziar discursos e explicações. É de se esperar que o jeito de se expressar na fala esteja também na nova canção e nas poses confiantes da superprodução do novo clipe. Para o novo álbum, que ainda não teve todas as faixas decididas, a cantora promete dancehall, R&B, Rap e trap, formando a caldeira musical que já estava presente no debut de 2018. O próprio single lançado é uma pontinha do que virá e a julgar pela produção, não será menos impactante para a cena musical que o disco anterior.

Imagem:  Rodolfo Magalhães

A entrevista ocorreu dias antes de polêmicas sobre a obrigação ou não de haver posicionamento político de pessoas públicas. Como uma profecia, houve resposta a uma questão sobre levantar pautas. “Eu sou a bandeira. Eu estar ali sentada no horário nobre. Eu já estou falando muita coisa só de estar ali ocupando, sabe? Eu acabo falando de racismo e essas coisas porque são coisas que eu vivi e faz parte da vida de todos os brasileiros, então não tem como fugir disso. Seria muita hipocrisia da minha parte. Não é proposital. É o que eu sei falar de verdade. Eu vou trazer as minhas vivências e infelizmente estaremos sofrendo racismo até lá e a gente vai continuar falando sobre isso até isso mudar”, reflete a cantora que entende que sendo suas músicas feitas para um recorte específico da população já está enviando uma mensagem.

Na condição de artista enclausurada por conta da pandemia, a cantora diz ter lidado com questões que havia protelado, tornando esse novo registro algo mais pessoal e biográfico que os trabalhos anteriores. De encontro às suas raízes e ciente de exaltar a ancestralidade negra, Iza reflete: “Não tem muito como eu falar para onde estou indo se eu não souber da onde vim. A gente se perde pelo caminho se não soubermos da onde a gente veio. Por isso é muito importante fincar muito o pé no chão, nas suas raízes e deixar claro para as pessoas que nossa trança tem muita história para contar. Isso é muito mais que um estilo”.

Imagem:  Rodolfo Magalhães

Já chamada de Beyoncé brasileira, Iza não esconde a inspiração na cantora norte-americana soltando um “amém” ao citar o nome da diva pop. “Ela me inspirou muito a falar de onde eu vim, me encorajou muito a falar de onde eu vim e eu acho que isso é mágico, sabe? A libertação de você querer falar quem é, de querer falar para o mundo quem você é. Isso é mágico. Espero que meu trabalho tenha o impacto assim na vida de alguma pessoa porque com certeza o trabalho dela me impactou bastante, me inspirou a continuar procurando uma voz minha”, afirma a intérprete de “Pesadão”.

Iza fala com sorriso aberto ao lembrar que nos shows a faixa etária abrange desde crianças até idosos. A cantora também mostra consciência de que sua visibilidade sendo mulher negra de pele escura ainda não significa que os padrões de representatividade sejam os ideais. Iza lembra que faltam mulheres negras gordas com visibilidade. “Muitos que vieram antes da gente estão trabalhando para abrir as portas e agora a gente tem que trabalhar para ‘arregaçar’ as portas e deixar aberta. A gente precisa trazer as pessoas para onde a gente está”, discursa com assertividade. “Uma vez que você é exceção, eu falo isso para os artistas. Uma vez que você conseguiu furar o bloqueio, você tem obrigação de trazer gente com você. A gente precisa ser vetor de mudança”, aponta.

“ Eu canto a minha vida inteira que nem uma louca. Desde criança em casa.  Por que eu só tive coragem de me expor com 25? Muito provavelmente porque eu nunca me vi na TV. Porque quem eu via era completamente diferente de mim. Porque eu achava que não dava. Tem uma hora que você acha que não dá mesmo. Se você não se vê nos lugares, você vai achar que não dá! Isso precisa mudar. Quando lancei ‘Pesadão’ as pessoas comentavam que só tinha negro no clipe e eu vou colocar só negro até as pessoas pararem de cometar e acharem normal isso. A gente tem obrigação de trabalhar essa ocupação!”. crava Iza em palavras que soam ainda mais forte olhando para os olhos determinados da cantora.

Imagem:  Rodolfo Magalhães

Nas últimas semanas surgiu um boato sobre uma possível parceria com Sam Smith, já que ambos colocaram o mesmo tema da foto ao mesmo tempo em suas redes sociais, mas Iza diz que foi apenas um delírio coletivo, embora tenha gostado da ideia. “O homem vai pensar que eu estou stalkeando ele. Todo mundo marcando o homem porque brasileiro não tem limite. Foi uma grande coincidência, que eu amei, mas foi só uma grande especulação. Ainda sobre possíveis parcerias, Iza diz que está conversando com Ludmilla, que na sua opinião é a maior cantora negra do país.

O clipe foi gravado em São Paulo e no Rio de Janeiro. A rua que aparece no vídeo de ”Gueto” foi construída em uma antiga fábrica de São Paulo para evitar aglomerações possíveis de se usar em uma rua de verdade, enquanto a parte da Igreja da Penha utilizou a locação real. Com a pandemia, Iza estuda soluções audiovisuais para entregar conteúdo aos fãs já que não fará shows em 2021 por conta da pandemia. Na última quinta-feira, Iza realizou a maior live de sua carreira, como exemplo de alternativas para divulgar o trabalho.

Ao se despedir da equipe de jornalistas presentes na coletiva, a cantora agradeceu nome por nome,dizendo que sabe o quanto o trabalho da imprensa é importante nessa ponte com os fãs, ainda mais em tempos de reclusão e expôs o coração deixando cair lágrimas. “Muito obrigada pelo carinho gente. É TPM, meu deus”, brincou.

Se o próximo disco vier com toda a alma que a cantora demonstra, toda a ansiedade se justifica. Confira o clipe:

MC Rebecca lança clipe de’Pussy Gang’, primeiro single do EP ‘Outro Lado’

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Foto: Luan Gadelha

Na noite desta quinta-feira (3) MC Rebecca lançou o clipe do single principal de seu trabalho, Pussy Gang, em parceria com Hyperanhas. As quatro faixas do EP Outro lado também já foram lançadas. Os clipes de Bala, Só Faço o Que Eu Quero e Beijo e Bye Bye’ serão lançados nas próximas semanas, no canal da artista e também em todas as plataformas digitais.

Ao lado das influenciadoras Rafa Uccman e Yris Araujo, a funkeira aparece como a patroa de uma casa noturna. Ao comandar alguns strippers em show para mulheres, Rebecca promove uma troca de papeis entre os gêneros e mais uma vez traz o prazer feminino como tema de canção, assim como nos hits Cai de Boca, Ao som do 150, Sento com Talento e Tô Preocupada (Calma Amiga). Com a união do funk, trap e rap, a cantora aposta em muita sensualidade, empoderamento, liberdade feminina.

Pussy Gang traz o início de uma história ainda com muitos mistérios a serem desvendados. Isso porque os quatro clipes, gravados em São Paulo, formarão um curta-metragem, ou seja, os próximos acontecimentos retratando o passado e o futuro desta série só serão contados por meio das outras três faixas – ainda sem datas anunciadas.

Rebecca é a diretora criativa do EP ‘Outro Lado’. “Chegou o momento de todos conhecerem o meu outro lado! Estou muito feliz com todo o resultado desse trabalho. Idealizamos uma forma diferente de comunicar as músicas e unir os clipes. O projeto conta uma história surpreendente e de maneira autêntica. Pussy Gang vem com tudo para apresentar a minha gangue e recrutar mais integrantes. Já estou ansiosa para vocês conhecerem os próximos capítulos”, comemora ela.

Confira o clipe!

https://www.youtube.com/watch?v=FEfrLDRhVLU

A “negritude fílmica” na terceira temporada de Master of None

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Anthony Rodrigues

O crescimento vertiginoso de produções de autoria e/ou protagonismo negro nos últimos anos vem despertando debates calorosos dentro da academia e da crítica cinematográfica. O principal deles é motivado pelo uso recorrente de termos como “cinema negro” e “narrativas negras” para definir filmes (ou séries, clipes, animações etc.) escritos, dirigidos ou estrelados por pessoas negras. Pode parecer intuitivo para o público em geral, mas nem sempre um filme com essas características recebe esse rótulo consensualmente. Ao longo da história, o termo “cinema negro” ganhou contornos estéticos e políticos específicos, como um movimento artístico-cultural que emergiu paralelo às mudanças sociais mais amplas acerca da representação racial. Isso significa dizer que fazer “cinema negro” não é apenas sinônimo de presença negra atrás e/ou na frente das câmeras – embora esses aspectos ainda sejam fundamentais. Fazer “cinema negro” diz respeito à forma com que os filmes são produzidos, como as imagens são capturadas e qual narrativa está sendo contada.

O teórico negro do cinema Michael B. Gillespie vem pensando isso de modo interessante, ao defender o uso do termo blackness film [negritude fílmica] para escapar dos clichês que geralmente acompanham o “cinema negro” do senso comum (filmes sobre racismo e a realidade social negra) ou a ideia de “performance negra” (culturas negras performadas exoticamente na tela). Blackness film, nesse sentido, é pensar as produções audiovisuais onde o que prevalece é a liberdade criativa do(a) artista negro(a), implicado(a) tanto pelas produções de autoria branca, quanto (e principalmente) pela própria subjetividade, trajetória de vida e poder de imaginação. É, em síntese, se apropriar e escapar, paradoxalmente, dos enquadramentos teóricos e políticos da crítica e produção cinematográfica branca, para projetar a complexidade da negritude e do “mundo negro” fora das relações raciais com a branquitude – inclusive ironizando-as.

Ao meu ver, são exatamente essas características que estão presentes na terceira temporada da série Master of None, dirigida impecavelmente em cinco episódios pelo seu ex-protagonista Aziz Ansari, que também assina o roteiro com a brilhante roteirista e atriz Lena Waithe. Após o envolvimento pessoal de Ansari em uma polêmica de assédio sexual, o seu personagem Dev deixa o centro da narrativa, transferindo para a melhor amiga Denise (Lena Waithe) e sua companheira Alicia, interpretada por Naomi Ackie. A temporada, então, gira em torno do relacionamento de Denise com Alicia e os conflitos que surgem a partir do desejo das duas de terem uma criança. Mas essa não foi a única mudança radical na série. Antes uma dramédia que flertava fortemente com o gênero sitcom em alguns momentos (afinal, Ansari também é comediante), Master of None se transformou num drama cult, profundamente complexo, sensível, político e muito bem construído pela dupla Ansari e Waithe. Em suma, se transformou numa “série de arte”.

A proposta estética parece combinar perfeitamente com a mudança de tom na narrativa. Agora, a série valoriza a fluidez natural dos diálogos, dando a sensação de que o tempo passa mais devagar para quem assiste. A primeira percepção é que todos os enquadramentos são fotograficamente bem definidos, e são raras as cenas em que a câmera se movimenta. Na verdade, quem se movimenta são os personagens, que por vezes saem do quadro e são reconhecidos apenas pela sua voz. Essa nova dinâmica exigiu que quase todas as cenas fossem gravadas em plano-sequência, já que praticamente não há os cortes comuns do cinema de gênero, como os tradicionais plano e contra-plano em diálogos. Para compensar a ausência de uma dinâmica acelerada, a direção de arte aposta numa paleta de cores impecável, tanto nas roupas e acessórios das personagens, quanto nos objetos e detalhes da casa de campo que Denise e Alicia moram.

A narrativa, apesar de também tematizar problemas sociais a serem enfrentados por um casal negro lésbico, conseguiu passar ao largo dos clichês de uma “produção-denúncia”. A crítica está ali, e é forte, mas ela não é abordada diretamente. É tratada a ideia de amor romântico, o desejo de maternidade para uma mulher negra lésbica e a solidão que pode fazer parte desse processo sem que o telespectador assuma isso como norte da narrativa. Não é uma temporada sobre racismo e lesbofobia, embora também seja. Nesse ponto, o roteiro acerta em apostar em diálogos corriqueiros de um casal, que passa por momentos de carinho, sexo e companheirismo, mas também por crises comuns a todos os outros casais. Ao fim e ao cabo, apenas ficamos apreensivos acerca do desfecho do casal, principalmente após o intenso episódio quatro, protagonizado por Alicia.

Nessa terceira temporada, Ansari e Waithe humanizam Denise e Alicia – e até mesmo Dev, que aparece esporadicamente também tendo uma briga de casal e dando apoio a Denise. “Humanizar”, nesse caso, significou tornar personagens negras complexas, que cometem erros e passam por questões subjetivas nem sempre ligadas às relações de opressão, embora isso seja constitutivo de suas trajetórias de vida. A ausência relevante de personagens brancos na série é um bom indicativo de como a série conseguiu, nesta temporada, quebrar com os clichês em torno do “cinema negro” e da “performance negra” sem necessariamente precisar sair do realismo e da verossimilhança. E acreditem, é muito difícil alcançar esse nível.

Venus Williams defende Naomi Osaka: “Sei que cada pessoa que me faz uma pergunta não pode jogar tão bem quanto eu”

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Imagem: Reprodução/Google fotos

A estrela multicampeã de  tênis Venus Williams disse que nunca sofreu em coletivas de imprensa porque desenvolveu um mecanismo de defesa. “Sei que cada pessoa que me faz uma pergunta não pode jogar tão bem quanto eu”, disse em entrevista aos repórteres do Aberto da França (Roland Garros).

Venus continua: “Portanto, não importa o que você diga ou escreva, você nunca acenderá uma vela para mim”, disse a tenista de 40 anos que entende que atletas se diferem na forma de lidar com a imprensa. Serena disse que “sente por Naomi Osaka” e também passou por entrevistas coletivas “muito difíceis” em sua carreira. “É assim que eu lido com isso. Mas cada pessoa lida com isso de forma diferente”, concluiu.

Venus Williams delivers epic response to a journalist when supporting Naomi  Osaka | indy100
Venus Williams e Naomi Osaka (Imagem: AFP)

Williams respondia sobre os atritos da tenista  Naomi Osaka com a organização do evento após dizer que entrevistas coletivas faziam mal à sua saúde mental. “É chutar uma pessoa quando ela está no chão”, chegou a comparar, Osaka.

Osaka retirou-se de Roland Garros na última terça-feira, após ter dito que não daria entrevistas coletivas após os jogos. A atleta chegou a ser advertida quanto a uma possível multa e respondeu dizendo que esperava que a punição fosse direcionada para instituições de caridade, mas acabou por desistir da queda de braço com a organização. A tenista japonesa ganhou apoio de outros tenistas e também de esportistas de outras modalidades, como o piloto de Fórmula 1 Lewis Hamilton.

Osaka disse que seus problemas de saúde mental começaram em 2018, quando ela ganhou o primeiro de seus quatro campeonatos no Aberto dos Estados Unidos em uma polêmica final contra Serena Williams (irmã de Venus). Ela tinha apenas 20 anos na época.

7 fatos históricos retratados no premiado filme Judas e o Messias Negro

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Imagem: Divulgação

Baseado em fato reais, a traição que levou a morte de um dos líderes do Partido dos Panteras Negras rendeu duas estatuetas no Oscar 2021

São Paulo, 01 de junho de 2021 – Judas e o Messias Negro é um longa baseado em fatos reais, que tem como protagonista William O’Neal, um agente duplo contratado pelo FBI para se infiltrar no Partido dos Panteras Negras em Chicago no final dos anos 60. Porém, nem tudo sai como esperado e o “Judas”, interpretado por Lakeith Stanfield, acaba virando amigo íntimo de Fred Hampton, “Messias”, presidente do partido e principal alvo dos federais.
Um dos grandes ganhadores do Oscar de 2021, com indicações a Melhor Filme, Melhor Roteiro Original, Melhor Fotografia, Melhor Ator Coadjuvante e Canção Original, o longa faturou duas estatuetas na premiação, Melhor Ator Coadjuvante, com Daniel Kaluuya no papel de Fred Hamptom, e Canção Original, por “Fight For You”, da cantora H.E.R.
Durante o filme, dirigido por Shaka King, podemos ver como era o trabalho de Fred e dos Panteras Negras na cidade, oferecendo café da manhã para crianças e assistência médica gratuita para a população preta. Abaixo, destacamos vários outros eventos que aconteceram de verdade e que também são retratados na obra de ficção:

Imagem: divulgação


O nome Messias
O apelido Messias, que Fred recebeu e dá nome ao filme, foi realmente usado pelo FBI durante as investigações.
Oratória potente
Os discursos inflados e emocionantes de Fred não são apenas um dom, mas fruto de muito estudo. Na vida real, o revolucionário estudava os textos de Martin Luther King e Malcolm X para conseguir passar mensagens tão impactantes quanto a deles. No filme, é possível vê-lo repetir cada palavra de um discurso gravado.
“Eu sou um revolucionário”
A cena de Fred bradando “eu sou um revolucionário” durante uma de suas palestras, com participação da plateia devolvendo o grito, impactou os espectadores desde o trailer do filme. E na vida real, esse momento realmente aconteceu, sendo um dos marcos mais lembrados pela comunidade.

Trailer Oficial

Coalizão Arco-íris
A Coalizão Arco-Íris foi a união do Partido dos Panteras Negras com os Jovens Patriotas, um grupo de pessoas brancas e pobres. Juntos, eles lutavam contra pobreza, corrupção e brutalidade policial nas ruas.
Roubo de sorvete
Tanto na vida real quanto no filme, Fred Hampton foi acusado e preso por roubar US﹩70 em sorvete – o que nunca aconteceu. Essa foi a única forma encontrada pelos federais para tirar Fred do comando dos Panteras.
Ataque à sede
Enquanto Fred estava detido, a sede do Partido dos Panteras Negras foi atacada pela polícia. Depois de um intenso tiroteio, os Panteras se renderam e o prédio foi incendiado, cena que também condiz com a realidade.
• Judas remunerado
William O’Neal recebia dinheiro do FBI por intermédio do agente Roy Mitchell, interpretado por Jesse Plemons, pelo trabalho infiltrado no Partido dos Panteras Negras. Porém, as regalias mostradas no filme, como as idas a restaurantes caros e à casa do agente, nunca foram confirmadas.
O filme já está disponível para compra nas plataformas digitais Apple TV, Google Play, Microsoft e Playstation, garantindo o filme para assistir quando quiser, onde quiser e como quiser. A partir do dia 3 de junho ele estará disponível para aluguel nas plataformas Apple TV, Google Play, Microsoft, Playstation, Sky, Uol Play, Vivo, WatchBr e Claro, com a possibilidade de assistir o filme sem limite de plays, por 48 horas.

Organização do concurso Miss Teen Earth diz que não houve racismo na penalização de Miss Bahia

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Netto Santos, coordenador do concurso Miss Teen Earth nega que tenha havido racismo nos critérios de pontuação que penalizaram a modelo Thasilla Brandão em uma das etapas do concurso Miss Teen Earth. A modelo, de 18 anos, Miss Teen Bahia, Thasilla Brandão, de 18 anos, foi penalizada em uma etapa do concurso  Miss Teen Earth, realizado em São Paulo após discursar com fala sobre representatividade negra (noticiamos aqui), o que foi uma decisão  inesperada para a baiana. “Não passou pela minha cabeça que eu perdi o título por conta do meu discurso. Meninas de outros Estados também estavam torcendo por mim, que eu falei inglês. Isso já me deixou um pouco mais confiante”. Thasilla era favorita para levar o prêmio nacional. O coordenador do evento, Netto Santos reafirma o favoritismo da modelo baiana. “Ela era uma das candidatas mais cotadas em todo confinamento pela sua trajetória, empenho, inteligência e por todo seu preparo. Até outras candidatas a viam assim, o que realmente era. Em seu discurso final, por sinal foi lindo ela defender a causa negra (que também é minha causa por ser negro), ela fala que está lá para representar todas as mulheres negras da Bahia e do Brasil, e isso  é fantástico! Em análise dos jurados, que também concordaram com a sua posição, porém tecnicamente falando (concurso de miss), uma miss deve defender todas as causas, nesse caso, todas as raças. Esse ponto de vista não é meu e sim dos jurados que viram dessa forma”, disse ao Mundo Negro.

Netto Santos junto com apresentadora Bruna Finda do concurso Miss Teen Earth (Imagem: Miss Teen Earth)

A fala de Netto vai de encontro ao que a própria Thasilla já tinha dito. O administrador também nega que tenha havido racismo permeando os critérios de pontuação. “Temos em nosso concurso outra negra representando o RJ, um apresentador e coreógrafo, temos outra apresentadora e a nossa advogada também da cor negra. Então queria deixar bem claro que racismo não tem, nunca houve e nunca terá no nosso concurso que é um concurso internacional”, defende.

Thasilla disse ao Mundo Negro que foi chamada para o Miss Teen Earth pelo próprio Netto Santos, após ele ter visto a modelo em outro concurso, no qual ela já tinha citado que tinha como prioridade falar da causa negra, então ela não imaginou que essa seria uma razão de penalidade, ainda mais que o próprio Santos é negro, assim como parte do corpo de jurados. A miss também disse que ao enviar um vídeo para coordenação recebeu o feedback com o comentário “foco: representatividade”. Parabéns”. Segundo Thasilla, a  justificativa para a pontuação só foi revelada após sua mãe, Joseane Carla, ir perguntar sobre as premiações e por curiosidade ter perguntado as razões. Joseane esperava que a eliminação da filha fosse ser por razões ligadas ao traje ou ao desfile. “No meu discurso só a primeira frase foi para causa negra. O restante foi para todos. A Miss Universo ganhou o tpitulo falando só sobre a causa negra ganhou o título”, diz Thasilla.

Thasilla Brandão (Imagem: Instagram)

Após repercussão do caso, a organização diz ter oferecido o título principal que seria para ela representar o Brasil em competição estrangeira, devido a desistência da vencedora que por motivos particulares abdicou o título. E por regra, a terceira colocada ocuparia o cargo, mas não foi aceito. A modelo diz que a organização só se posicionou sobre sua participação no lugar da vencedora após repercussão da polêmica, uma vez que ela alega que já era sabido que a candidata que venceu tinha deixado explícito que não seguiria competindo após o concurso. “Para mim foi como se eles querendo me comprar por causa de tudo que aconteceu, para acalmar a mídia, porque até então eles não tinham postado nenhuma nota”, aponta.

Perguntado sobre quais seriam os critérios técnicos usados pelos jurados para penalizar, Netto Santos respondeu: “Eu não diria penalizar, até mesmo porque ela ficou em terceiro lugar entre tantas candidatas, e a repercussão se deu por ela não aceitar a sua colocação e expor da forma que foi. Qualquer “tribo”, (me desculpe se uso o termo errado), a defenderia da forma que foi. Todos os jurados eram jurados técnicos, pessoas capacitadas e que entendem do mercado. Tínhamos o preparador da miss do maior concurso do mundo, o Miss Universo, o qual sua miss que ficou em segundo lugar no último dia 16 de maio, nos Estados Unidos. Tínhamos outros preparadores brasileiros e internacionais, estilistas e consultores de moda. Os critérios se baseiam na vivência e experiência desses jurados no mundo miss”, explicou.

Sobre as premiações não entregues, Santos explicou que houve um problema  devido ao fechamento da fábrica que produz a faixa para as candidatas, mas que serão entregues ainda este mês. Thasilla diz que houve consternação entre várias candidatas e que o resultado foi questionado pelas outras modelos. “Juntamente com meu advogado e equipe estamos em busca da justiça, que entreguem as premiações que foram prometidas e que eles cumpram o contrato. Foi um desrespeito comigo e com as outras candidatas pelo fato de não cumprir aquilo que tinha escrito e assinado. Não posso aceitar um título para esse ano depois de tudo o que aconteceu, passei 1 mês para assimilar  tudo e decidir o que iria fazer porque eu realmente não estava bem”, desabafa.

Além de modelo, Thasilla é professora de balé e de inglês e a carreira de miss foi uma forma de chegar a mais pessoas, ajudando-as de várias formas, com ações sociais.”Por isso faço faculdade de biomedicina, quero entrar no mundo da estética avançada e fazer com outras pessoas se sintam bem com a sua estética. Além de fazer parte de alguns projetos que ajudam pessoas do sertão e crianças com necessidades especiais”, revela.

Imagem: Instagram

Netto enfatiza que o concurso tenta mudar e acertar conforme a mudança de tempos, e que os critérios nunca foram raciais. “Gostaria também se possível que falasse do nosso apreço e carinho pela Miss Bahia, que ela faz parte da família do concurso e que em momento algum deixaríamos ela desamparada, tanto é que a oferecemos o título maior do concurso com despesas de hospedagem de 5 dias, alimentação, transfer na cidade onde irá acontecer o concurso, passeios em pontos turísticos entre outras itens que fazem parte da etapa internacional do concurso”, conclui.

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