O Jamaicano Wilston Samuel Jackson, falecido em 2018 aos 81 anos de idade, foi homenageado em Londres com uma placa azul inaugurada no último dia 25, segunda-feira, em uma cerimônia para seus filhos, netos e bisnetos. Durante o evento, sua filha, Polly Jackson, fez questão de lembrar a dedicação do pai ao trabalho, apesar de todo o racismo por ele sofrido: “Ele nunca se atrasava ou perdia um dia e estava muito orgulhoso de seu trabalho, apesar dos muitos desafios que enfrentou. Hoje foi uma homenagem adequada à sua vida e carreira. ”
Jackson se mudou da Jamaica para Londres em 1952, e pouco tempo depois começou a trabalhar na manutenção dos trens, se tornando um maquinista cerca de dez anos depois disso. Durante esse período, ele trabalhava durante o dia e a noite estudava para os exames de maquinista. Sua carreira foi duradoura e bem-sucedida, dirigindo locomotivas famosas como a Flying Scotsman e a The Elizabethan.
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Apesar de ser tão celebrada hoje, a vida profissional de Jackson não foi fácil. Sua promoção como maquinista em 1962 gerou muito ódio entre os racistas que trabalhavam com ele, mas esse não foi o único problema que ele teve que enfrentar. Em 1964, quebrou as duas pernas em um acidente com quando o seu trem colidiu com um outro que estava estacionado, após erroneamente um sinal dar a luz verde. No entanto isso não o abalou, e após sua recuperação, ele foi para a Zâmbia, onde ensinou outras pessoas a dirigirem locomotivas.
Durante a homenagem, Mick Wheelan, o Secretário-geral do Sindicato dos Maquinistas disse: “Estamos extremamente orgulhosos de ter Wilston como um dos nossos, um motorista dedicado com uma carreira ilustre e inovadora”. Entretanto, mesmo tanto tempo depois de Wilston as coisas não mudaram muito por lá. De acordo com uma pesquisa recente da ASLEF Menos de 10% dos maquinistas britânicos são de origem não-branca. Uma história e tanto, merecia uma cinebiografia, não acham?
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