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“Suas decisões médicas são da sua conta”: Lakeith Stanfield volta a falar sobre vacinação e exclui postagem

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Foto: Steven Ferdman/Getty Images.

O astro de Atlanta e Judas e o Messias NegroLaKeith Stanfield, que anteriormente recebeu críticas por fazer provável post antivacina, voltou a tocar no assunto no Instagram.

Desta vez, o ator indicado ao Oscar compartilhou uma postagem com mensagem semelhante, onde falou sobre “decisões médicas”. Embora ele não tenha mencionado especificamente a pandemia em curso no post original, era claramente uma referência às vacinas.

“Suas decisões médicas são da SUA CONTA”, dizia o post de Stanfield. “Essas decisões não interessam a todo mundo só porque vivemos em uma época assustadora.” 

Stanfield também respondeu a uma série de comentários subsequentes e confirmou que apesar de pensar dessa forma, ele está realmente vacinado.

Em um comentário, Stanfield disse acreditar que há “medidas equilibradas de ambos os lados”. Outro fã destacou que Stanfield tem uma plataforma de amplo alcance devido à sua celebridade, e que deve “ter em mente que suas ações e decisões impactarão mais pessoas do que a média das pessoas”.

Em resposta, Stanfield confirmou que foi vacinado e disse que deseja “fornecer algum equilíbrio sobre esta questão”. Ele também mencionou que as pessoas são “violentas com as pessoas do outro lado”, embora não esteja totalmente claro a qual “lado” ele está se referindo no comentário.

Val Perré volta à TV como Potifar em “Gênesis” e estreia nos cinemas em “Cabeça de Nêgo”

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Foto: Márcio Farias.

Após sucesso de “Coisa Mais Linda”, série da Netflix que lhe rendeu indicação no Prêmio Notícias de TV, o ator estreia nos cinemas e volta à cena nas novelas.

A sétima fase de “Gênesis” marca a reta final da trama e o retorno de Val Perré à TV aberta. Após hiato de dois anos, na novela bíblica da Record o ator baiano interpreta Potifar, homem de confiança do faraó e general do exército egípcio. Em paralelo, dia 21 de outubro poderá ser visto nos cinemas em “Cabeça de Nêgo”, longa-metragem de estreia de Déo Cardoso, e aguarda ansioso o resultado do Prêmio Notícias da TV, onde está indicado como Melhor Ator Coadjuvante pela série “Coisa Mais Linda”, da Netflix.

“O convite para Gênesis aconteceu antes da pandemia, mas daí veio a pandemia, tudo parou e muita coisa aconteceu. Tivemos mudança no elenco, fiquei na expectativa de como tudo ficaria. Foi uma experiência incrível vivenciar todo o processo. Potifar perdeu sua esposa e seus dois filhos na guerra. E é ele quem compra José (Juliano Laham) numa feira de escravos e o leva pra ser seu servo”, pontua o baiano, cujo último trabalho na TV aberta foi em “Verão 90”, na TV Globo.

Tendo sua fé fundamentada nas religiões de matrizes africanas, o ator conhecia a história bíblica à qual ajudou a dar vida. “Antes mesmo de conhecer a minha própria origem, minha própria história, eu já conhecia a história da Bíblia, e isso ocorre devido à opressão que historicamente vivemos até os dias de hoje. Nós fomos proibidos de amar e cultuar nossa religião, então agradeço a todos que resistiram e mantiveram a memória da nossa cultura viva. Resistência! Ogunhê!”, brada.

E a preparação para o papel contou com algumas fases. “Começamos antes da pandemia, então foram muitos ensaios, workshop, palestras com historiadores, documentários, alguns sobre batalhas… Foram muitas referências, e entender o universo do personagem me serviu de grande inspiração”, rememora Val, que está indicado como Melhor Ator Coadjuvante no Prêmio Notícias da TV pelo papel de Duque Araújo em “Coisa Mais Linda”.

“Esta indicação foi realmente uma surpresa. É uma sensação tão incrível… É como a realização de um dever cumprido. Em 2020 tive a indicação como Melhor Ator no Prêmio Shell pelo meu papel como Solano Trindade no espetáculo ‘Solano, vento forte africano. E foi diferente, teve um outro impacto emocional. Estava em casa quando recebi a notícia pela minha assessoria. Chorei, agradeci aos meus orixás, aos meus ancestrais. Hoje, aos 25 anos de carreira, acredito ter adquirido mais experiência e amadurecimento, tanto na vida pessoal quanto profissional. E também me permito acreditar que isso tem me levado a lugares cada vez mais desafiadores. Aos críticos que hoje me veem com outros olhos, minha gratidão!”, celebra Val.

Às vésperas de estrear um novo filme nos cinemas, o ator comemora a força da cultura nacional. “É uma imensa alegria participar do primeiro longa do cineasta Déo Cardoso, um manifesto contra o racismo e toda precariedade do sistema educacional no Brasil. Rodamos o filme no Ceará e, por lá, nos festivais pelos quais passou ele já saiu vencedor”, gaba-se o integrante de “Cabeça de Nêgo”, eleito pelo júri oficial como Melhor Longa na Mostra Olhar do Ceará, e Melhor Longa-Metragem Cearense pela Associação Cearense de Críticos de Cinema (2020).

O movimento no mercado para atores negros segue sendo acompanhado de perto por Val. “Percebo que será cada vez mais importante estarmos atentos não apenas à inserção do negro na TV, mas também aos papeis destinados. Precisamos de escritores, autores, diretores e produtores negros para contarmos nossa própria história. No geral, a cultura foi muito castigada pela pandemia, e naturalmente se impôs diante de tudo e todos e se mostrou essencial na vida da humanidade”, reflete.

Formado pelo Curso Livre de Teatro da Universidade Federal da Bahia, Val Perré iniciou a vida artística como dançarino no Balé Folclórico da Bahia, no Teatro Miguel Santana, em Salvador. Com diversas peças e filmes no currículo, na TV o ator participou das novelas “Além do Tempo”, “Babilônia”, “O Rebu”, “Amazônia” e fez participações em “O Canto da Sereia”, “Gabriela”, “Viver a Vida”, “Força Tarefa”, “Guerra e Paz”, “Insensato Coração”, “Linha Direta” e “Desejo Proibido”. Em 2008, integrou o elenco de “Filhos do Carnaval”, com direção de Cao Hamburguer, exibido no HBO.

“Foi um processo de libertação”, diz Lumena Aleluia sobre implante de silicone nos seios

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Lumena Aleluia (Foto: Waldir Evora / Ale Monteiro / Divulgação)

A influenciadora digital e ex-BBB Lumena Aleluia falou sobre sua primeira cirurgia estética – implante de silicone nos seios – à revista Vogue.  “Assumi desejos que até então não tive oportunidade de realizar e, sobretudo, apoio. Então, para mim, foi a realização de um sonho, que transcende meramente a parte física, estética, mas fala de autoestima”, disse.

A cirurgia veio após a participação de Lumena no reality show, que deu a ela entrada no mundo das celebridades. Apesar de ser um procedimento comum nesse meio, ela nega que tenha cedido a pressões estéticas para realizar a transformação.

“Eu não sou uma mulher de ser cooptada por pressões alheias, muito pelo contrário, eu gosto de me sentir, tendo referências, várias mulheres me inspiram”, disse ela à publicação. “Essa foi mais uma decisão baseada nas referências que eu tenho, de mulheres empoderadas, que assumem seus desejos, suas liberdades. Foi um processo de libertação”.

Para mostrar o resultado da cirurgia ao público, ela fez um ensaio fotográfico.

“Hoje me torno muito mais confortável para trazer esse debate sobre a estética no âmbito da saúde da mulher, porque tem a ver com saúde mental, emocional, projetos de vida, projetos de novas identidades. A gente precisa cada vez mais naturalizar essas tomadas de decisões nas nossas experiências de liberdade enquanto mulheres”, concluiu.

Folha de bananeira: Um modo afrodiaspórico de servir alimentos

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Imagem: Aline Chermoula

A folha de bananeira é uma alternativa natural e sustentável a embalagens de papel alumínio.
Uso da folha de bananeira na cozinha não é nenhuma novidade. Sua utilização faz parte da tradição e cultura de muitos países, inclusive é um modo de servir as comidas de matrizes africanas aqui no Brasil!

Na Bahia a folha de bananeira é elemento central tradições alimentares, estão presentes em importantes preparos que marcam identidades e receitas de matriz africana. São os casos do abará e do acaçá, aberén e muitos outros citados por Manuel Querino em seu livro A arte Culinária na Bahia (1957).

Raul Lody, antropólogo da alimentação no Brasil diz “Essas comidas de matrizes africanas são de comidas do tabuleiro tradicional da baiana de acarajé, onde as folhas da bananeira se destacam como modo de servir alimentos” (1992).

A bananeira é nativa da Ásia, migrou para África e depois para as Américas. Basicamente, é cultivada em toda a faixa tropical e subtropical. Sua folhas são grandes, flexíveis, impermeáveis e anti-aderentes. Além de serem lindas e darem aquele ar tropical.
Na África e na Ásia, ficamos a folha de bananeira faz parte dos preparos do dia-a-dia. Inclusive em grandes centros urbanos.

Apesar das folhas serem versáteis e terem uma participação tão importante na história alimentar de muitos países, os avanços tecnológicos trouxeram materiais substitutos (ex. papel alumínio e papel manteiga). E pasmem! A folha de bananeira muitas vezes foi deixada de lado. Não são comestíveis, mas tem papel muito importante na culinária. Ela ajuda no preparo, no serviço, no consumo e no transporte.

Imagem: Aline Chermoula

Vamos as dicas de uso!

Embrulho para cozinhar ou assar
A folha de bananeira consegue segurar os líquidos da comida, sendo o pacote perfeito para cozinhar o que quiser – legumes, peixe, frango. Apesar da folha não ser consumida, ela possui um alto teor de antioxidantes, este antioxidantes são absorvidos pelo alimento junto com o aroma da folha.

Envoltório para fermentação de alimentos
A folha de bananeira é uma ótima embalagem para fermentação aeróbica de alguns alimentos, pois ela permite a troca de ar, protege o alimento e deixa a fermentação ocorrer naturalmente. Como é o caso do Kenkey, prato do Noroeste da África, uma massa de milho fermentada.

Outro exemplo, é o uso das folhas de bananeira para cobrir o cacau na sua fermentação.
Revestindo pratos – não suja e fica lindo.

Em meus eventos com a Chermoula é bem comum os pratos serem servidos com “forro” de folha de bananeira, neste caso, a folha de bananeira tem duas funções, além de ficar lindo, não deixa o prato sujar tanto, economizando água. A folha da bananeira é um elemento essencial em
meu trabalho, utilizo como técnica de preparo e quanto na estética.

Mas não precisa de banquetes e festividades para comer no “prato” de folha de bananeira.
Para embrulhar os restos de comida
Se ela é utilizada para cozinhar, servir, transportar…porque não armazenar? As folhas de bananeira duram bastante tempo na geladeira e congelam muito bem.
Para deixar a apresentação do prato linda e tropical.
Se um prato forrado com folha de bananeira no já tem outra aparência, imagina servir sua receita em uma cumbuca de folha de bananeira ou fazer um origami com a folha e deixar na mesa?

Imagem: Aline Chermoula

Aprenda a preparar a filha da bananeira!

Dicas para preparar e cozinhar com a folha de bananeira
Antes de usar a folha de bananeira, é importante entender algumas características.

Para começar, você sabia que a bananeira não é uma árvore e sim uma erva gigante?
A folha de bananeira pode chegar a mais de 2 metros de comprimento. Ela tem um talo central (pecíolo) que divide a folha em 2 lâminas. O lado de cima da folha é mais brilhante e o lado de baixo é mais fosco.
Para grande parte dos usos que listamos acima, é preciso separar estas duas lâminas do talo central. Se você comprar a folha de bananeira em mercados, provavelmente esta etapa já terá sido feita. Então é só seguir as dicas abaixo:
• Limpe as folhas no sentido das fibras, assim não corre o risco de rasgar.
• Antes de usar, ferva em água ou esquente as folhas na chama para que fique maleável.
• Quando as folhas são destacadas do talo central, fica uma parte fibrosa do lado que estava anexado. Esta “linha” de fibra pode ser utilizada para amarrar os seus embrulhos.
• Corte no tamanho que precisar, rasgue as folhas com a mão no sentido da fibra. Se quiser um formato específico, use uma tesoura.
• Se for cozinhar no vapor ou assar, use um palito de dente para fechar os embrulho. Assim não corre o risco de abrir.
• Você pode congelar as folhas de bananeira. É mais prático congelar as folhas já cortadas em tamanho menor. Quando for usar, é só descongelar em temperatura ambiente.
• Se a sua receita soltar muito suco ou tiver algum molho, melhor considerar uma dupla camada de folha de bananeira. Ela aguenta, mas nem tanto.
Sabia que você pode cozinhar com o umbigo de bananeira?
Por um mundo mais com mais folha de bananeira
Além de ser tão versátil é uma alternativa barata, biodegradável e mais bonita que papel alumínio e plástico, não acha?
Imagina só se ela saísse dos pratos tradicionais e da cozinha caiçara e nativa e fosse parar nos refeitórios, praças de alimentação e food trucks de hoje em dia? Potencial e benefícios têm.

Adele fala sobre sua relação com Beyoncé e chora ao lembrar do Grammy: “Eles não sabem o que é um álbum visual”

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Em uma emocionante entrevista para a VOGUE Americana, Adele comentou sobre sua relação com Beyoncé e chorou falando sobre o Grammy de 2017, revelando que, em sua opinião, “Lemonade” deveria ter vencido álbum do ano. A cantora ainda afirmou que é fã de Beyoncé desde a infância e que as músicas que ela lançada sempre foram “suas melhores amigas”.   

“A música era literalmente minha amiga (Quando criança). Eu era filha única, a música era minha irmã que eu nunca tive. É por isso que amo tanto Beyoncé. Ela lançava música tão regularmente que seria como vê-la. Realmente me sentia assim. Ela me fez sentir muitas coisas.” Explicou ela. 

Após ser questionada sobre Grammy 2017 e sobre suas falas afirmando que “não seria justo” ganhar ao invés de Beyoncé, ela ratificou o que sempre disse e revelou a supresa em ter levado a premiação ao invés de sua ídola.

 “Minha opinião pessoal é que Beyoncé definitivamente deveria ter vencido”, disse Adele, que presumiu que Beyoncé iria ganhar, até o show de premiação começar. “Eu tive esta sensação: ganhei, porra. Eu fiquei confusa, tipo, eu terei que ir e dizer a ela o quanto o álbum dela significa muito pra mim.”  

“Eu disse a ela a maneira como o Grammy funciona, e as pessoas que o controlam no topo – eles não sabem o que é um álbum visual. Eles não querem apoiar a maneira como ela está levando as coisas adiante com seus lançamentos e as coisas sobre as quais ela está falando.” — Adele

Para Adele, lemonade merecia ganhar e relembrou que para as “suas amigas de cor” o lançamento do álbum foi um dos maiores de seus reconhecimentos. 

Ludmilla sobre o veto à distribuição gratuita de absorventes: “mas o leite condensando tá na mesa dele, né?”

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Aprovado pelo Congresso em Setembro, o projeto que previa a distribuição gratuita absorvente feminino para estudantes de baixa renda de escolas públicas e mulheres em situação de rua ou de vulnerabilidade extrema foi vetado pelo presidente Jair Bolsonaro nessa quinta-feira, 7. De acordo com o texto publicado no “Diário Oficial da União”, projeto não estabeleceu fonte de custeio.

A cantora Ludmilla usou sua conta no Twitter para falar sobre a sua indignação. “É todo dia um 7×1 nesse governo. Tantas outras coisas pra eles se preocuparem, mas não, só querem f mais ainda a galera que já é sofrida e vulnerável. Imagina uma mulher não poder ir pra escola pq tá menstruada e não tem absorvente? Mas o leite condensado tá lá na mesa dele né”, disse a funkeira.

A ONU estima que 1 em cada 10 meninas falte a escola durante a menstruação. Aqui no Brasil a situação é ainda mais complicada. Segundo a pesquisa, 1 em cada 4 mulheres já faltou a aula por não poder comprar absorventes. Quase metade destas (48%) tentaram esconder que o motivo foi a falta de absorventes e 45% acredita que não ir à aula por falta de absorventes impactou negativamente o seu rendimento escolar.

Em uma pesquisa feita pela marca de absorvente Always mulheres e meninas entrevistadas disseram que na falta de absorvente, elas recorrem a alternativas, como papel higiênico, roupas velhas ou toalha de papel. Essas alternativas além de desconfortáveis, não garantem a higiene o que pode acarretar em doenças.

Fórum ‘Sim à Igualdade Racial’, promovido pelo IDBR, será online e gratuito

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A 6ª edição do Fórum Sim à Igualdade Racial, promovido pelo ID_BR – Instituto Identidades do Brasil –, acontece no próximo dia 23 de outubro do ano 2021.

O evento tem o objetivo de fomentar debates sobre as novas tendências do mercado de trabalho, e principalmente conectar profissionais negras, negros e indígenas com empresas que atuem em prol da igualdade racial e invistam em diversidade e inclusão.

Nesta edição, o Fórum trará oráculos, painéis, palestras, além de nomes como do líder indígena dos atores Fabrício Boliveira, Juliana Alves e atrações musicais de Péricles, Pocah, entre outras personalidades da comunidade negra e indígena.
O evento é online, gratuito e será transmitido pelo YouTube.

O Instituto Identidades do Brasil (ID_BR) é uma organização sem fins lucrativos, pioneira no Brasil e 100% comprometida com a aceleração da promoção da igualdade racial. A partir da Campanha Sim à Igualdade Racial desenvolvemos ações em diferentes formatos para conscientizar e engajar organizações e a sociedade. 

Charlize Theron diz que tem uma comunidade de mulheres negras que a ajudam a criar suas filhas

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Foto: Reprodução/Instagram.

A atriz Charlize Theron é mãe de duas filhas adotivas, Jackson de 9 anos e August de 5 anos, duas crianças negras. Como uma sul-africana branca, Charlize diz que sabe que não terá todas as respostas quando se trata de criar meninas negras, mas não tem medo de buscar por elas durante o caminho.

“Todos nós como pais, sabemos onde nos falta e onde somos ricos. E talvez não seja aqui onde estou”, admite ela à revista Essence. No entanto, a atriz disse que tem uma rede de apoio formada por mulheres negras que a ajudam a preencher suas lacunas de conhecimento para ajudar as meninas a se orgulharem de sua aparência. 

“Sou muito grata à incrível vila de mulheres negras fortes em minha vida para as quais eu posso ligar ou podem ir até minha casa e elas me dizerem: ‘Você precisa parar de fazer isso’ ou ‘O que você está fazendo? ‘”, Ela compartilhou. “Então, elas me colocaram no meu lugar e, por causa delas, sinto uma grande confiança em criar minhas filhas.”

Quanto às questões da infância negra para além dos cuidados com os cabelos, Theron diz que mantém a mente e os ouvidos abertos e ouve as orientações de suas filhas sobre o que é necessário. 

“Tento manter um diálogo consistente com elas para que não pareça que estamos apenas conversando sobre as coisas quando elas já estão pirando”, disse ela sobre abordar tópicos de identidade com as filhas. “Acho que para elas é mais fácil apenas compartilhar e falar sobre essas coisas. Eu também estou olhando para elas, certo? Elas precisam de exemplos, então estou tentando criar isso para elas”, finalizou.

Abdulrazak Gurnah, escritor da Tanzânia, vence Prêmio Nobel de Literatura

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Foto: Simone Padovani/Awakening/Getty Images

Em suas obras, o escritor aborda efeitos do colonialismo e a vida de refugiados. Ele é o quinto africano a conquistar o prêmio.

O escritor tanzaniano Abdulrazak Gurnah é o vencedor do prêmio Nobel de Literatura de 2021. Ele é o quinto escritor africano a conquistar o prêmio. O anúncio foi feito pela Academia Sueca na manhã desta quinta-feira (7). Segundo a instituição, Gurnah ganhou o prêmio “por sua penetração intransigente e compassiva dos efeitos do colonialismo e do destino dos refugiados no abismo entre culturas e continentes.”

“Seus romances fogem de descrições estereotipadas e abrem nossos olhares para uma África Oriental culturalmente diversificada, desconhecida para muitos em outras partes do mundo”, afirmou a Academia.

Gurnah nasceu em Zanzibar, que hoje faz parte da Tanzânia, em 1948, mas atualmente mora na Grã-Bretanha. Ele deixou Zanzibar aos 18 anos como refugiado após um violento levante de 1964 no qual soldados derrubaram o governo do país. 

Os 10 romances de Gurnah incluem “ Memory of Departure ”, “Pilgrims Way” e “Dottie”, que tratam da experiência do imigrante na Grã-Bretanha; “ Paradise ” , indicado para o Prêmio Booker em 1994 , sobre um menino em um país da África Oriental marcado pelo colonialismo; e “ Admiring Silence ”, sobre um jovem que deixa Zanzibar e vai para a Inglaterra, onde se casa e se torna professor.

Antes dele, outros africanos a vencerem o prêmio foram Wole Soiyinka, em 1986; Naguib Mafouz, em 1988; Nadine Gordimer, em 1991; e J. M. Coetzee, em 2003.

Pelo segundo ano consecutivo, prêmio Nobel não terá cerimônia presencial em Estocolmo, em razão da pandemia. Os ganhadores receberão o prêmio em seus países de residência.

Plataforma on-line apoia formação e presença de pessoas negras em espaços de liderança

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Foto: Senivpetro / Freepik.

Espaço oferece acesso a informações de editais e recursos financeiros para que jovens e adultos se desenvolvam em diferentes fases da vida pessoal e profissional

Com o objetivo de formar e fortalecer pessoas negras e aumentar a diversidade racial em espaços de decisão, a Fundação Tide Setubal lança a plataforma Alas. A iniciativa apoia a população negra de todo o país em diferentes momentos da vida — ainda na escola, na faculdade ou no mercado de trabalho —, com aporte financeiro e oportunidades de aprendizagem, para que se desenvolvam plenamente.

A inciativa propõe um pacto coletivo pela equidade, na medida em que estimula toda a sociedade e lideranças brancas a apoiarem a população negra e a promoverem a diversidade racial nos espaços onde atuam, por meio de formações e fortalecimento e de mudanças organizacionais. O objetivo é sensibilizar pessoas físicas e jurídicas e responsabilizá-las diante do contexto racista do país, a fim de que esse quadro seja modificado, seja em instituições públicas ou privadas.

Três pilares estratégicos estruturam a iniciativa: Asas, Elos e Caminhos. O primeiro, atende jovens do ensino médio e recém-formados de 16 a 24 anos que passam por diferentes formações no intuito de inspirá-los para o exercício de liderança. O segundo, Elos, cria pontes entre lideranças e universidades para cursos de graduação ou mestrado ou espaços de formação para gestão pública, por exemplo. O terceiro, Caminhos, aprimora competências e habilidades das lideranças negras que já estão mais estabelecidas no mercado, financiando com até R$ 15 mil desde cursos livres, pós-graduações e intercâmbios até fonoaudiólogos e psicólogos, a depender da necessidade específica do candidato.

A seleção é realizada por meio de editais que terão as informações disponibilizadas na plataforma. Hoje, a iniciativa conta com as seguintes instituições parceiras: Fundação Getulio Vargas, GOYN, Imaginable Futures, Insper, Instituto Ibirapitanga, Instituto Singularidades, Open Society, Porticus América Latina e Vetor Brasil. Vetor, FGV, Singularidades, Insper e GOYN participam com projetos. Já o Ibirapitanga, Open Society, Porticus e Imaginable Futures apoiam a Alas com recurso financeiro.

A FGV oferece bolsas para cursos de graduação e mestrado, o Insper, bolsas para cursinho preparatório para o vestibular e o Instituto Singularidades, bolsas de graduação. No caso da FGV, a instituição paga metade das mensalidades e, quanto ao Insper, após a aprovação no vestibular, os jovens concorrem ao programa de bolsas da instituição.

Para obter informações, é preciso preencher um formulário na plataforma e, assim, sempre que novas oportunidades estiverem disponíveis, os inscritos serão notificados via e-mail. Os interessados devem então procurar diretamente as instituições que estão oferecendo os projetos, como o lançamento de editais periódicos. Candidatos às bolsas da FGV e do Singularidades, por exemplo, precisam se inscrever e passar no vestibular das instituições no fim do ano para acessarem os benefícios. Já para obter uma bolsa para o cursinho preparatório para o vestibular do Insper, deve-se contatar a Educafro, que oferta a formação.

O Vetor Brasil, por sua vez, já está com inscrições abertas para suas bolsas do programa de trainee de gestão pública. Ainda em outubro, será lançado pela plataforma o edital Traços com apoios individuais de R$ 15 mil para fortalecer lideranças dos campos político e jurídico. Pessoas físicas e jurídicas também podem participar da Alas doando para as campanhas de matchfunding da plataforma.

Quanto maior a arrecadação, maior o número de lideranças negras apoiadas em suas trajetórias. As doações podem ser direcionadas para o Fundo ou diretamente para uma das iniciativas, por meio do financiamento coletivo, realizado em parceria com a Benfeitoria. Para cada R$ 1 doado, o fundo Alas investe mais R$ 2 em cada ação, triplicando as doações obtidas.

De acordo com Viviane Soranso, coordenadora do Programa Raça e Gênero da Fundação, “dados do Instituto Ethos apontam que, de 56% da população negra ou parda do país, apenas 4,7% estão em cargos de poder, seja na área política, na carreira corporativa ou em organizações do terceiro setor. Isso mostra que a caneta não está na mão da população negra”. Segundo ela, foi esse cenário de desigualdades que motivou a criação da plataforma.

Além de conectar pessoas negras a oportunidades e de oferecer recursos para o desenvolvimento em suas trajetórias, a Alas visa expandir sua atuação por meio da adesão de novos parceiros, com o foco na capacitação dos profissionais dessas organizações. Para isso, a iniciativa convida e instiga diversas organizações a discutirem e a implementarem uma política de diversidade racial em suas próprias instituições que de fato promova a inclusão e não meramente a inserção de pessoas negras.

“A ideia é que, a cada novo apoiador da plataforma, um exercício de olhar da porta para dentro seja feito. Ou seja, estimularemos a reflexão sobre de que modo as instituições estão olhando para a diversidade no seu quadro de colaboradores. Se for uma universidade, no seu quadro de professores e assim por diante. Então, além da bolsa, esses parceiros precisam se comprometer internamente e se questionar: há pessoas negras em cargos de decisão nos nossos espaços?”, finaliza Viviane Soranso.

Um piloto, realizado em 2019 e 2020, já selecionou e apoiou 31 lideranças negras de todo o país, de diferentes idades, formações, necessidades e expectativas. Entre os beneficiados pelo edital Caminhos está a graduanda em engenharia civil mineira, Ana Luiza Nascimento Silva, que realizará um intercâmbio de estudos em 2022. “É um sonho de quase dez anos. Ainda na adolescência sonhava com essa possibilidade. Quando iniciei meus estudos, o programa Ciências Sem Fronteiras foi cortado. Eu não desisti. Realizei alguns processos seletivos, mas, somente agora, com o apoio da Fundação, isso se materializou”, relata.

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