Recebendo muitos comentários em que o público estava fazendo confusão entre a Feira Preta e a Expo Internacional Dia da Consciência Negra, que foi realizada entre os dias 20 e 22 de novembro no Anhembi, Adriana Barbosa Idealizadora do Festival Feira Preta CEO Pretahub resolveu se manifestar e explicar que não tem nenhuma relação com a exposição, que está em seu primeiro ano de funcionamento.
“Neste ano, estamos celebrando os 20 anos de Feira Preta. São 20 anos conectando histórias. 20 anos construindo um futuro preto, nutrindo e potencializando o empreendedorismo preto nas mais diferentes áreas: das artes à gastronomia, do feito à mão ao ultra-tecnológico”, comentou Adriana Barbosa, idealizadora da feira, explicando que as duas iniciativas tem individualidades, organização e iniciativas diferentes. E ela vai ao ponto que tem gerado confusão. “Cabe dizer, no entanto, que a Expo Internacional Dia da Consciência Negra, que teve sua primeira edição realizada no último final de semana no Anhembi, não tem relação organizativa, de curadoria, ou qualquer outra com o Festival Feira Preta”.
Durante os 20 anos em que está funcionando a feira já reuniu cerca de 300 mil pessoas nos eventos presenciais e mais de 2 milhões nos eventos online, em todos eles, cerca de 300 empreendedores, artistas, intelectuais de diferentes países estiveram presentes em nossas atividades.
“As propostas podem, claro, ser entendidas como complementares, mas são diferentes. A Feira Preta tem em seus eventos anuais um encontro de tudo o que é realizado e construído ao longo de todo o ano junto a uma rede de criatividade e empreendedorismo negro em todo o país. Realizamos diversos programas de formação, capacitação, desenvolvimento, além de aporte financeiro por meio de diferentes fundos em parceria com a iniciativa privada”, complementou a empresária.
A primeira ‘Expo Internacional Dia da Consciência Negra’ foi organizado pela prefeitura de São Paulo, durante os dias de 20 a 22 de novembro no pavilhão Oeste do Anhembi, na zona Norte, local que já sediou a Feira Preta, que esse ano será virtual por conta da pandemia do COVID-19.
Produzida por Tropkillaz, a música é a primeira do próximo EP da artista.
“Enquanto seus dreads passeiam na minha trança nagô, nossa sintonia é fogo pique Iansã e Xangô”. Os novos versos de Larissa Luz celebram o amor entre pessoas negras com leveza e calor. O single “Afrodate (Dreadlov)”, disponível nas plataformas de streaming, abre alas para o próximo EP da artista baiana com o objetivo de apresentar sua nova fase por meio de diferentes referências estéticas. A canção, feita em parceria com o rapper Coruja BC1 e com Bruno Zambelli, é produzida por Tropkillaz.
“Seu dread na minha nuca/ Me deixa maluca/ Passeando em mim faz meu corpo arrepiar”, diz um trecho da canção, que passeia por imagens da intimidade de um casal preto.
Larissa Luz continua pautando em sua arte temas sociais de extrema relevância – no caso, o amor e a afetividade de pessoas pretas. “Venho dando atenção ao afeto e às diversas manifestações emocionais diárias às quais as relações nos conduzem. Acho saudável tentar outros caminhos para dizer coisas importantes”, ela explica. A nova fase se traduz também no discurso da letra, pautando o amor como um caminho para a revolução. “Penso em usar a arte para mexer com estruturas, começo a enxergar a leveza e a simplicidade também como caminho possível para fazer isso acontecer. O amor revoluciona e pensar ele sob a nossa perspectiva é fundamental!”, ela explica.
“Afrodate (Dreadlov)” conta com a produção do duo Tropkillaz, que, segundo Larissa, expandiu sua visão musical. “Fui extremamente bem recebida pelo Tropkillaz, eles buscaram me ouvir e entender enquanto artista criadora, intérprete, e abarcaram minha visão com a destreza de quem faz uma alquimia”, ela conta. A faixa foi a primeira a ser composta para o próximo EP da cantora, antes ainda de pensar em lançar um trabalho mais extenso sobre a temática afetiva. “‘Afrodate (Dreadlov)’ é o começo de tudo! Quando ela ficou pronta, pensei: ‘Vamos falar mais sobre isso’”, finaliza.
Declaração do artista vem dias depois de a socialite assumir um novo relacionamento.
O rapper Ye – novo nome de Kanye West – falou sobre sua separação de Kim Kardashian assunto na noite desta quarta-feira (24) enquanto entregava marmitas para pessoas em situação de rua em Los Angeles, em um evento de Ação de Graças.
De acordo com o Page Six, antes de finalizar a visita, Ye pegou o microfone e disse: “A narrativa que Deus quer é que você veja que tudo pode ser redimido e todos esses relacionamentos que cometemos erros. Eu cometi erros. Fiz publicamente coisas inaceitáveis como marido, mas agora mesmo por qualquer motivo – eu não sabia que estaria aqui, não sabia que estaria na frente deste microfone. Estou aqui para mudar essa narrativa. Não vou deixar o E! Escrever a narrativa da minha família. Não vou deixar o Hulu escrever a narrativa da minha família”, começou ele.
Em seguida, ele disse que pretende retornar ao convívio familiar. “Eu sou o pai da minha família. Tenho que estar ao lado dos meus filhos o máximo possível, mas eu preciso voltar para casa. Estou fazendo de tudo para estar bem próximo deles”, disse.
“Se o inimigo puder separar Kimye [como os fãs se referem ao ex-casal], haverá milhões de famílias que sentirão que essa separação está ok… mas quando Deus unir Kimye, haverá milhões de famílias que serão influenciadas para ver que podem superar o trabalho de separação. Do trauma que o diabo usou para capitalizar para manter as pessoas na miséria enquanto as pessoas passam por cima dos sem-teto para ir à loja Gucci”, concluiu.
O pronunciamento de Ye vem dias depois da ex-esposa assumir publicamente um relacionamento com o humorista Pete Davidson. Os dois estão passando pelo processo de divórcio desde o início de 2021 e são pais de quatro filhos: North (8 anos), Saint (5 anos), Chicago (3 anos) e Psalm (2 anos).
Ilustração: Estúdio Dialeto, Robinho Santana e Rafa Black.
Histórias de amor de Ilê Aiyê, Luedji Luna, Tássia Reis, Majur, Larissa Luz e Maurício Sacramento (Batekoo) serão materializadas em embalagem especial
As tradicionais garrafas da Coca-Cola serão transformadas em uma embalagem especial de celebração do amor preto, conectadas com alguns dos principais nomes da música preta brasileira, em edição especial super limitada a influenciadores e colaboradores da marca. Com seis versões diferentes, as embalagens trazem consigo histórias de autocuidado, resistência, ancestralidade, além da celebração da cultura e revolução do amor preto. Elas serão contadas através das ilustrações do Estúdio Dialeto, Robinho Santana e Rafa Black.
Isso porque a empresa é patrocinadora da primeira edição do festival internacional Afropunk em terras brasileiras. Nascido nos Estados Unidos, mais especificamente no bairro do Brooklyn da cidade Nova Iorque, o festival tem como objetivo disseminar a potência musical, política e poética preta. Neste ano, o evento acontecerá no dia 27 de novembro (sábado) e será transmitido virtualmente direto do Centro de Convenções da capital baiana, Salvador.
Apresentado por Larissa Luz, o festival traz em sua edição de estreia o rapper Mano Brown juntamente com a Duquesa, Luedji Luna, que dividirá o palco com Duo Yoún, a cantora Margareth Menezes ao lado de Malía, Tássia Reis se apresentará com o grupo Ilê Ayê; e, por fim, Urias que cantará acompanhada da banda Virus.
Além do patrocínio ao festival, outras ações internas estão acontecendo paralelamente para celebrar a Consciência Negra. A jornada proposta passa por convite à ancestralidade, conhecimento e resgate das memórias, celebração e projeção para o futuro. Como ponto de contato direto com os colaboradores, uma série de eventos para todos os membros da Coca-Cola América Latina serão promovidos com profissionais e personalidades que possuem relevância nos assuntos.
“A Coca-Cola é uma marca que sempre pensou nas embalagens como um agente transmissor de mensagens positivas para a sociedade, de paz, de otimismo e felicidade, por exemplo. Por isso, a ideia de criar uma garrafa de amor preto, reforçando o inspiracional por meio da resistência foi a maneira mais autêntica e assertiva que encontramos para nos conectar com um festival tão grandioso como o Afropunk”, declara Débora Mattos, chefe do gabinete da Presidência da Coca-Cola América Latina. “Além disso, vemos como muito importante a promoção da diversidade, equidade e inclusão através das marcas e temos trabalhado muito nisso internamente. Essa parceria com o festival é algo muito importante para nós“, completa.
De acordo com Adriano Sato, Redator da Wunderman Thompson, “O Afropunk é o maior festival de pessoas pretas do mundo.Transformamos, pela primeira vez, a garrafa de vidro de Coca-Cola em uma celebração de amor preto, adicionando no lenço que sai das garrafas histórias poderosas de amor de diversos artistas afro-brasileiros. Isso tudo porque amar é revolucionário”. Pensamento reforçado também por Luiza Alencar, Redatora Júnior da agência “Quando dizemos que amar é revolucionário também falamos da busca pelo conhecimento das nossas próprias narrativas, da história de pessoas negras. Por isso as histórias de amor espalhadas pelos lenços são diversas, elas nos trazem reflexões sobre nossos amores”, concluiu.
A campanha ‘Amar É Revolucionário’ foi criada pela Wunderman Thompson Brasil e Coca-Cola com o intuito de celebrar as potências negras em todas as suas vertentes. A embalagem de Luedji Luna ressalta a humanização e o amor materno preto; já a garrafa do Ilê Aiyê vai homenagear o amor preto pelas raízes africanas em uma combinação com a estampa de Tássia Reis que relembra o amor preto ancestral e a valorização de famílias provindas da diáspora negra. “Meus pais estão casados há 41 anos, é muita história. Minha família que, como qualquer família simples e preta, sempre fez de tudo para que nada nos faltasse, mas o mais importante foi sentir o amor e respeito de uns pelos outros”, completa a artista.
Unindo-se diretamente à temática cultural do festival, Maurício Sacramento – idealizador da Batekoo, uma das festas negra e LGBTQIAP+ e urbana mais relevantes da atualidade – enfatiza o amor preto pela cultura preta. A cantora Majur estampa a embalagem que celebra o amor preto romântico e toda a sua importância. Para completar o time de peso, a figura de Larissa Luz traz a mensagem de amor próprio. “Em meio à pandemia, vivi processos íntimos e internos bem intensos e profundos. Me encarar de frente e me perceber de várias formas inéditas me fez amadurecer em diversos aspectos”, declara.
A Coca-Cola também marcará presença no palco durante a apresentação do Ilê Aiyê, que promete ser histórica. Considerado um dos grupos afrobrasileiros mais importantes da história da cultura do país, o Ilê Aiyê foi responsável por uma enorme revolução musical no Brasil, além de incentivar e valorizar a autoestima do povo preto, não somente pela sonoridade musical, mas também pelas roupas e religião.
Neste mês, Samantha Schmütz inaugura o seu primeiro projeto musical autoral com grandes participações. O primeiro single, “Edifício Brasil”, feito em parceria com Tropkillaz e escrito por Dow Raiz, chega em todos os tocadores digitais e com clipe no YouTube nesta quarta-feira, dia 24.
Com batidas de reggae e nuances latinos mesclados ao som urbano do Tropkillaz, a música apresenta a essência forte e combativa da artista, que canta: ‘’A carne mais barata tinha que ser do bando que aqui explorou / Bandidos andam bem vestidos lucrando com a história que ele apagou / O desgoverno, eu vi / O arrebento e o jornal que é pra disfarçar / ‘Capetalismo’ tá aí’’.
O clipe traz referências de corrupção, episódios de violência contra a mulher e até uma série de manchetes que aconteceu no Brasil, como a morte do menino Miguel.
“Sempre fui fã do Tropkillaz, mas conheci o trabalho deles mais de perto através do Criolo, que nos apresentou, e, logo de cara, deu tudo muito certo! Dividi com eles a vontade que eu tinha de trabalharmos juntos e também de lançar minha carreira de cantora com músicas inéditas. Eles entenderam a sonoridade que eu gostaria de fazer, entenderam que o Dow Raiz seria uma pessoa perfeita pra canetar a nossa história e, assim, achamos um caminho verdadeiro e que tem muito a nossa cara! É uma projeto atual, único e com muita identidade. Esperamos muito que esse som chegue nos corações de todo mundo!” Disse Samantha sobre o novo trabalho.
O lançamento do EP completo está previsto para o ano que vem.
Encontro, que acontece no dia 26 de novembro tem como proposta promover experiência singular com mulheres negras de todo Brasil para abordar temas relevantes para a população negra, por meio de vivências e compartilhamento de saberes
O que as pessoas negras, principalmente mulheres, gostariam de falar em novembro? Foi essa inquietação que levou a empreendedora gaúcha, Caroline Moreira, a criar o “1° Encontro de Afetividades Negras”. A ideia ganhou força depois de conversar com cerca de 200 pessoas da rede de contatos de sua startup – a Negras Plurais – responsável por assessorar e impulsionar projetos de mulheres negras no mercado econômico. A partir daí, surgiu a inspiração para os temas e atividades que compõem a programação do “Afetividades Negras”. O evento gratuito, que surgiu para amenizar os impactos da pandemia, acontece no dia 26 de novembro (sexta-feira), das 8h às 20h, e contará com talks, palestras, culinária ancestral, show da Bia Ferreira e participação da DJ Miria Alves.
Serão 12 horas de conteúdo online com 10 talks durante os intervalos e temas ligados a questões emocionais do povo negro, trazendo novas perspectivas de como apoiar e exaltar mulheres negras por meio do afeto ancestral. “Perguntamos para diversas mulheres o que elas gostariam de fazer no dia da consciência negra? Nesta pesquisa, 100% disse que queria descansar. Por isso, criamos o “Afetividades Negras”, um dia para as mulheres se apoiarem, se conectarem e se fortalecerem falando sobre afeto”, diz Caroline Moreira, CEO da Startup Negras Plurais.
Nas mesas, os temas “LGBTQIA+”, “Mães Negras”, “Empresárias negras e o dinheiro” e “Moda Sustentável” são os destaques da programação. Dentre as palestrantes convidadas estarão algumas das principais potências negras do empreendedorismo feminino do país, como a Adriana Barbosa, idealizadora do maior evento de cultura negra da América Latina – a Feira Preta; a jornalista e apresentadora, Alline Prado: Fernanda Ribeiro, fundadora do AfroBussiness Brasil; Ana Minuto – cocriadora do Potências Negras e Silvia Nascimento – jornalista e diretora de conteúdo do site Mundo Negro.
A colunista do Mundo Negro, a chef Aline Chermoula participará do evento com suas comidinhas carregadas de axé.
“A base das relações negras é o afeto. Por isso, estamos muito felizes em realizar um evento, que trará reconexão, força e muito conhecimento, além de dar a oportunidade da revisitação do passado e valorização do presente a todas essas mulheres”, afirma Caroline.
O Afetividades Negras é uma realização de Negras Plurais com apoio do Grupo Carrefour Brasil. A programação completa do evento está disponível no site http://negrasplurais.com.br.
Só quem se deparou com comissários negros durante uma viagem sabe como é gostoso ver gente como a gente em espaços tão embranquecidos como aeroportos. O coletivo Quilombo negro mapeia e potencializa os profissionais negros que escolheram essa profissão, mas que também lidam com o racismo, inclusive de passageiros.
Em um feito inédito 10 alunos do projeto “Pretos que voam”, idealizado pelo Quilombo Aéreo se formaram no dia da Consciência Negra, em 20 de novembro. A cerimonia foi realizada em Porto Alegre. A duração do curso desses profissionais durou 9 meses.
Como presente de formatura os formandos ganharam uma viagem para conhecer companhia aérea Gol.
Na visita, os novos funcionários receberam uma aula sobre aviação, uniformes, curso de língua estrangeira e o pagamento da taxa das provas junto à Agência Nacional de Aviação (ANAC). Além disso, aprofundaram seus conhecimentos sobre o mundo da aviação, visitaram o centro de memória da Companhia, sala de operações, sala de treinamento de Comissários e puderam tirar dúvidas com os executivos presentes. Os alunos também foram convidados a participarem do próximo processo de seleção de tripulação comercial e técnica, ainda sem data definida
Na ocasião, o presidente da GOL recebeu Preto Zezé, presidente da Central Única das Favelas, e debateram com os convidados a presença de pretos na aviação civil.
Companhia aérea fala sobre diversidade / Foto: Gol
“É muito importante que outras empresas sigam o exemplo da GOL e adotem políticas que incorporem os negros nas Companhias. Temos que assumir que o problema existe e que queremos mudanças, tanto na fala, na postura, na decisão. É possível mudar o mundo por meio do diálogo aberto”, garante Preto Zezé.
A GOL garante o propósito de ser a “Primeira para Todos”, discurso alinhado ao posicionamento de diversidade da Companhia, que é “Feita por Todos, para Todos, e com Todos Juntos”.
Escola de aviação Civil Antirracista
Kenia Aquino, um das idealizadoras do projeto “Pretos que voam”, disse que a meta agora é ir mais longe e oficializar espaços de educação de comissários por meio de uma escola. “Agora que eles terminaram sua formação, estamos buscando um voo ainda mais alto. Pretendemos nos tornar a primeira escola de aviação civil antirracista”, explica a comissária.
Para alcançar esse objetivo eles estão buscando arrecadar fundos por meio de um financiamento coletivo. A meta é arrecadar R$ 90 mil. Quem quiser contribuir com essa iniciativa tão especial clique aqui.
Mano e Djamila discutem a importância da busca pelo conhecimento e da quebra da “hierarquia dos saberes”, como diz a própria filósofa, no próximo capítulo do podcast apresentado por Brown.
O papo, que vai ao ar nesta quinta-feira, dia 25, grátis, só no Spotify, está repleto de reflexões, desabafos e sinceridade.
“Eu acho que a liberdade do nosso povo vai muito pelo conhecimento, pelo que a gente tem que aprender”, complementa o rapper.
A convidada fala sobre seu papel como mulher negra e filósofa dentro da academia (Academia Brasileira de Letras) é a desconfiança relacionada à intelectualidade da população negra.
“Eu parto desse lugar crítico da filosofia, de romper com esse ideal do filósofo homem branco europeu. É pensar a partir de filósofas e filósofos de outros lugares, de outras geografias da razão, mas, sobretudo, para questionar esse lugar de poder”, afirma Djamila.
“Você pode estar falando uma coisa brilhante e não vão aceitar porque é de praxe te colocar em dúvida. E se você vencer, o próximo passo é colocar em dúvida a sua honestidade”, comenta Mano.
“É sempre essa tentativa de assassinar reputações de pessoas negras no Brasil. O que fizeram com Simonal neste país? O que fizeram com tantas pessoas negras que eles apagaram da história? Ao passo que com pessoas brancas, eles reabilitam reputação o tempo todo”, completa Djamila.
O podcast Original Spotify Mano a Mano, conduzido por Mano Brown, tem novos episódios toda quinta-feira. Ao todo, são 16 episódios em que cada um traz uma conversa direta com personalidades do esporte à política, da música à religião.
Jay-Z se tornou o artista mais indicado na história do Grammy Awards, com três indicações em 2022, somando 83 no total. Anteriormente, ele estava empatado com o lendário produtor Quincy Jones, com 80 indicações.
Jay, que lançou um álbum pela última vez em 2017, foi indicado pelas participações especiais com Kanye West (cujo álbum “Donda” está concorrendo a Álbum do Ano) e o falecido DMX. Ele atualmente tem 23 vitórias.
Beyoncé estava empatada em segundo lugar com Jones com 80 indicações, mas eles foram ultrapassados por Paul McCartney, que recebeu duas indicações na categoria de rock e agora tem 81 indicações na carreira. Nem Jones nem Beyoncé foram indicados para prêmios de 2022.
Jay, que fará 52 anos no mês que vem, foi indicado em 18 dos 22 anos do Grammy desde 1999, quando foi indicado pela primeira vez, embora sua agenda de lançamentos tenha diminuído consideravelmente na última década.
Os maiores anos de prêmios Grammy para Jay-Z foram 2009, 2010 e 2012, quando ele levou para casa três prêmios em cada. Ironicamente, ele não ganhou nenhum troféu em seu ano mais indicado, 2017, quando seu álbum “4:44” e singles e vídeo relacionados receberam oito indicações no total.
Isso não melhorou seu relacionamento complicado com os Grammys , e Jay declarou sua opinião sobre o assunto inequivocamente em “Apeshit”, lançado no ano seguinte em seu álbum de dueto com a esposa Beyonce, “Everything Is Love”. “Diga ao Grammy que se dane essa merda de 0 por 8 / Você já viu a multidão enlouquecendo?”, Ele canta na música.
A 64ª cerimônia anual do Grammy Awards será realizada em Los Angeles em 31 de janeiro de 2022.
Kevin Strickland, 62, passou 40 anos preso injustamente. Foto: Rich Sugg.
Com informações da Associated Press
Um homem de Kansas City, nos Estados Unidos que ficou preso por mais de 40 anos por três assassinatos foi libertado da prisão na terça-feira depois que um juiz decidiu que ele foi condenado injustamente em 1979.
Kevin Strickland, 62, sempre afirmou que estava em casa assistindo à televisão e não teve nada a ver com os assassinatos, que aconteceram quando ele tinha 18 anos. Ele soube da decisão quando a notícia rolou na tela da televisão enquanto ele assistia a uma novela. Ele disse que os presos começaram a gritar.
“Não estou necessariamente zangado. Isso é muito. Acho que criei emoções que todos vocês ainda não conhecem ”, disse ele aos repórteres ao deixar o Centro Correcional Western Missouri em Cameron. “Alegria, tristeza, medo. Estou tentando descobrir como colocá-los juntos. ”
Ele disse que gostaria de se envolver nos esforços para “evitar que isso aconteça com outra pessoa”, dizendo que o sistema de justiça criminal “precisa ser demolido e refeito”.
O juiz James Welsh escreveu em seu julgamento que “evidências claras e convincentes” foram apresentadas que “mina a confiança do Tribunal no julgamento da condenação”. Ele observou que nenhuma evidência física ligava Strickland à cena do crime e que uma testemunha-chave se retratou antes de sua morte.
“Nessas circunstâncias únicas, a confiança da Corte nas convicções de Strickland é tão abalada que não pode ser mantida, e o julgamento da condenação deve ser anulado”, escreveu Welsh ao ordenar a libertação imediata de Strickland.
O promotor do condado de Jackson, Jean Peters Baker, que pressionou por sua liberdade, agiu rapidamente para rejeitar as acusações criminais contra ele para que pudesse ser libertado.
“Dizer que estamos extremamente satisfeitos e gratos é um eufemismo”, disse ela em um comunicado. “Isso traz justiça – finalmente – a um homem que sofreu tragicamente tanto como resultado dessa condenação injusta”.
Mas o procurador-geral do Missouri, Eric Schmitt, um republicano que concorre ao Senado dos Estados Unidos, disse que Strickland é culpado e lutou para mantê-lo preso.
“Nesse caso, defendemos o estado de direito e a decisão que um júri formado pelos pares de Strickland tomou depois de ouvir todos os fatos do caso”, disse o porta-voz de Schmitt, Chris Nuelle, em um breve comunicado. “O Tribunal se pronunciou, nenhuma outra ação será tomada neste assunto.”
O governador Mike Parson, que recusou os pedidos de clemência de Strickland, tuitou simplesmente que: “O Tribunal tomou sua decisão, nós respeitamos a decisão e o Departamento de Correções dará seguimento à libertação do Sr. Strickland imediatamente”.
Strickland foi condenado pelas mortes de Larry Ingram, 21; John Walker, 20; e Sherrie Black, 22, em uma casa em Kansas City.
A audiência de prova se concentrou principalmente no testemunho de Cynthia Douglas, a única pessoa a sobreviver aos tiroteios de 25 de abril de 1978. Ela inicialmente identificou Strickland como um dos quatro homens que atiraram nas vítimas e testemunhou isso durante seus dois julgamentos.
Ela escreveu que teve dúvidas logo após a condenação, mas inicialmente estava “hesitante em agir porque temia enfrentar acusações de perjúrio se retratasse publicamente declarações feitas anteriormente sob juramento”.
Mais tarde , ela disse que foi pressionada pela polícia a escolher Strickland e tentou durante anos alertar especialistas políticos e jurídicos para ajudá-la a provar que ela havia identificado o homem errado, de acordo com depoimentos de sua família, amigos e um colega de trabalho. Douglas morreu em 2015.
O juiz também observou que dois outros homens condenados pelos assassinatos posteriormente insistiram que Strickland não estava envolvido. Eles citaram dois outros suspeitos que nunca foram acusados.
Durante seu depoimento, Strickland negou sugestões de que ofereceu US $ 300 a Douglas para “manter a boca fechada” e disse que nunca havia visitado a casa onde os assassinatos ocorreram antes de acontecerem.
Strickland é negro, e seu primeiro julgamento terminou com um júri empatado quando a única jurada negra pediu a absolvição. Após seu segundo julgamento em 1979, ele foi condenado por um júri totalmente branco por uma acusação de assassinato capital e duas acusações de assassinato em segundo grau.
Em maio, Peters Baker anunciou que uma revisão do caso a levou a acreditar que Strickland era inocente.
Em junho, a Suprema Corte do Missouri se recusou a ouvir a petição de Strickland.
Em agosto, Peters Baker usou uma nova lei estadual para buscar a audiência probatória no condado de Jackson, onde Strickland foi condenado. A lei permite que os promotores locais contestem as condenações se acreditarem que o réu não cometeu o crime. Foi a primeira vez – e até agora a única vez – que um promotor usou a lei para combater uma condenação anterior.
“Mesmo quando o promotor está do seu lado, demorou meses e meses para o Sr. Strickland voltar para casa e ele ainda teve que voltar para um sistema que não fornecerá qualquer compensação pelos 43 anos que ele perdeu”, disse Tricia Rojo Bushnell, diretora executiva do Midwest Innocence Project, que ficou ao lado de Strickland quando ele foi solto.