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Instituto Casa de Criadores anuncia primeiro curso de formação em moda

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Carol Barreto vai ser uma das professoras do curso. Foto: Karla Brights.

O Instituto Casa de Criadores (ICdC) nasce como um espaço de ocupação e semeadura para novas formas de compreender, produzir conhecimento e fazer moda, entendendo a criação não como ato simplesmente individual ou a serviço de um mercado, mas como algo atravessado por uma dinâmica de afetos capaz de enlaçar relações pessoais, sociais, políticas e econômicas.

Nesse contexto, o instituto deseja promover novos encontros a partir de uma reorganização radical de saberes. É seu dever fomentar e desenvolver pesquisas e dispositivos de escuta no sentido de transformar a prática educacional coletiva em um espaço fértil e extremamente permeável a linguagens, lógicas, estéticas, tecnologias, histórias e formas de organização e afetividade que têm sido sistematicamente marginalizadas, corrompidas e silenciadas.

Com uma turma de 300 alunes, o curso será focado em três pilares: estilo/criação; marketing/comunicação e negócios. Estilistes do line-up da Casa de Criadores também poderão participar desta e de futuras atividades e contarão com acompanhamento especial voltado às questões dos trabalhos que já desenvolvem.

As coordenadoras do primeiro módulo são Carol Barreto, designer de moda e Professora e pesquisadora do Departamento de Estudos de Gênero e Feminismo da Universidade Federal da Bahia, e Karlla Girotto, artista multidisciplinar e pesquisadora no Núcleo de Estudos da Subjetividade da PUC-SP. A grade curricular e os professores selecionados sob supervisão da dupla (a serem anunciados em outra data), seguirão o compromisso de questionar estruturas e apostar nas possibilidades da criação coletiva, escuta, saberes e tecnologias ancestrais.

“Para artistas da Casa, o curso visa potencializar reflexões que problematizam a nossa origem e posicionalidade, frente ao repertório estético-cultural que compõe a nossa formação profissional e humana, nos provocando à construção de outras/novas referências, que transcendam a interdição do racismo, sexismo, misoginia, LGBTQIA+fobias, do etarismo, capacitismo, dentre outras matrizes produtoras das desigualdades, para que assim possamos definitivamente compreender Moda como linguagem e a Linguagem como esfera produtora de realidades”, afirma Carol Barreto, responsável pelo módulo Estilistes da Casa de Criadores.

“É urgente pensar e tomar posição frente às ruínas que são os sistemas que estruturam o nosso mundo. Não que sejam ruínas porque foram arruinadas, estas estruturas já nasceram ruínas: o capitalismo, a noção de raça, gênero e classe, a supremacia branca, patriarcal, burguesa, religiosa e falologocêntrica. A moda é intimamente ligada a todos estes sistemas. Fabricar outros mundos, a partir de outras cosmopercepções e perspectivas significa talvez dissolver o sentido de representação da moda, reinventar os nomes e os saberes, reorganizar os fazeres. É preciso reinventar tudo e que se invente um modo de existir onde a vida seja soberana – não só a vida humana, mas todas as formas de vida. A pergunta ‘Qual moda para qual mundo?’ faz a gente pensar o que queremos, de que modo queremos. Porque insistimos em continuar homenageando um sistema que faz parte de uma cadeia de estruturas que sustenta o mundo tal como o conhecemos e que coloca em risco toda a vida do planeta? Acho que é sobre isso”, complementa Karlla Girotto, que será a coordenadora do módulo Alunes.

Além das coordenadoras, o Instituto terá um conselho formado por professores, orientadores e uma equipe de comunicação, composta por profissionais do mercado como André Hidalgo, André Carvalhal, Dudu Bertholini, Dudx e Neon Cunha.

“É preciso ir além das passarelas. O trabalho de imagem e exposição é muito importante, mas em contato com novas marcas e profissionais, percebemos que é cada vez mais necessário uma preparação para o “antes” e qualificação para o “depois”. Empreender moda no Brasil é algo bem desafiador e as lógicas do mercado mudam a todo momento. Há muitas pessoas e marcas bastante talentosas que têm dificuldade de avançar pela falta de conhecimento e preparação. A proposta do instituto é colaborar com isso, principalmente incluindo pessoas que mesmo que quisessem, por diversos motivos, não têm acesso a cursos e formação”, informa André Carvalhal.

Empresas parceiras que apoiam o Instituto também poderão propor desafios específicos ao final de cada módulo, onde serão sugeridos aos alunes diversos projetos e ações, como a criação de coleções cápsulas, customizações e oficinas, entre outros.

“Estamos felizes em conseguir dar todo esse suporte aos alunes. Impulsionar a democratização do acesso a moda e aos espaços culturais que permeiam esse universo, oferecendo meios e canais para que uma pluralidade de pessoas, de diferentes contextos sociais, localidades e faixas etárias, possa exercitar suas vozes e criações de forma gratuita é algo histórico. Queremos colaborar com a mudança dessas histórias e impulsionar os talentos que temos espalhados pelo país”, afirma André Hidalgo, fundador e curador da CdC.

Para dar uma experiência prática ao módulo inicial do curso, a Riachuelo, patrocinadora do primeiro curso do Instituto, atuará junto a Casa de Criadores, como apoiadora de um destes desafios

“Acreditamos em uma moda que transforma e inclui. O investimento na formação de novos profissionais para o mercado é sempre uma maneira efetiva de trazer olhares atuais e críticos para uma indústria que está em constante transformação. A Riachuelo tem o compromisso de seguir apoiando iniciativas que levem educação e desenvolvimento aos profissionais da moda”, comenta Marcella Kanner, head de comunicação e marca da Riachuelo.

O ICdC conta ainda com a parceria das marcas Rhodia, Santista e Sympla. Para explicar melhor sobre os conteúdos e temas abordados, a equipe responsável pelo Instituto CdC e Casa de Criadores irá realizar, por meio de seus perfis nas redes sociais, lives em formato de masterclass, trazendo profissionais de diferentes veículos de moda para somar aos diferentes conteúdos.

O lançamento do primeiro curso acontece no dia 13 de dezembro, por meio de uma live com as presenças de André Carvalhal, André Hidalgo, Carol Barreto, Dudu Bertholini, Dudx, Karlla Girotto e Neon Cunha, transmitida às 20:00 no canal do Youtube da Casa de Criadores e também no IG da CDC e do Instituto Casa de Criadores.

Para acessar os conteúdos e anúncios do Instituto:

Instagram @institutocasadecriadores

Twitter @institutocdc

“Meu papel hoje é quebrar o paradigma que matemática ou física são difíceis. Tudo é treino”, diz Luciano Machado, engenheiro e empresário

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Nascido no bairro de Pirituba, zona oeste de São Paulo, Machado é o caçula de uma família com quatro filhos. Parte da infância de Luciano foi em um cortiço, com banheiro compartilhado. Aluno de escola pública, conseguiu a oportunidade de estudar em uma ótima escola, que tinha um núcleo negro no período matutino.

Seu pai foi pedreiro, ajudante de obras, e um tempo depois, teve a oportunidade de empreender, se tornando um médio empresário, transformando a vida da família. Sem o suporte necessário, e enfrentando diversas crises econômicas pelas quais o Brasil passou, seu negócio quebrou, mas inspirou Luciano a empreender no segmento de construção, e fazer diferente, com base nas lições aprendidas.

Luciano sabia que sua empreitada não seria fácil, e buscando aprender, foi trabalhar numa pequena empresa, para entender a dinâmica.

Ciente de que seria preciso uma base sólida de formação, se matriculou num cursinho da USP, o NCN (Núcleo de Consciência Negra, com professores negros, que tinha por objetivo ajudar alunos negros entrarem na faculdade pública).

“O NCN foi fundamental na minha construção. Você vai pra um ambiente totalmente negro, pra se preparar, com todo mundo com o mesmo objetivo. Lá, aprendi muito sobre história negra, nossas origens, beleza negra, autoestima, e a andar de cabeça erguida. Foi como se eu tivesse ido me preparar para uma luta de 6 anos, que viria durante a faculdade”, afirma Machado.

Luciano se matriculou em uma faculdade de elite, mas foi bem na época da falência do seu pai. Pleitearam e conseguiram uma bolsa de estudos parcial, para que Luciano continuasse sua formação acadêmica.

Em 1996, na faculdade aprendeu a jogar o jogo. Com 4 turmas de 50 alunos, dos cursos de engenharia, era um dos dois únicos negros que havia em toda a turma de 200 pessoas. Nessa época, se sentia um estranho no ninho, pois era o único que trabalhava em um estágio para ajudar a custear seus estudos. Andava quilômetros pra comer um lanche, no intervalo entre a faculdade e o trabalho.

“Na faculdade, entendi o que era riqueza. Falava-se de jatos, fazendas, num ambiente completamente diferente do meu, onde tive que entender e me situar, que não poderia fazer o que eles faziam, assim como os demais alunos não entendiam o fato de eu trabalhar, enquanto estudava”.

Machado se formou Engenheiro Civil, pela Universidade Mackenzie, em 2002. Como na época trabalhar com engenharia, sem experiência e sem indicações não era fácil, viu a oportunidade de trabalhar no segmento bancário, e aplicou para vagas no setor.

“Meus períodos nos bancos foram fundamentais pra entender um monte de coisas, que hoje uso no meu dia a dia. Trabalhei na área administrativa, e em negócios na área jurídica. Lidei com muitos empresários, vi muito deles ficarem ricos e outros falirem. E aprendi o que fazer e o que não fazer pra sua empresa dar certo”afirma.

Além do segmento bancário, Luciano também passou um período atuando em operadoras de telecomunicações, e decidido a retornar para a área de engenharia, decidiu aplicar para vagas na área comercial. Fez uma rodada pelas grandes construtoras de São Paulo, e por falta de experiência, ouviu muitos nãos. Quando veio seu sim, foi trabalhar na divisão de cimentos de uma grande construtora, e lá ganhou experiência.

“A estrutura é feita pra gente não esteja na engenharia. Existe uma grande armadilha: exatas é difícil, e a gente se afasta dessas disciplinas. Se a gente parar pra pensar que as pirâmides foram feitas no Egito, somos descendentes de grandes pensadores da construção civil. Os engenheiros estão no topo das listas dos mais ricos do mundo.”

Para Luciano, qualquer coisa que a gente utilize em termos de tecnologia ou desenvolvimento, passou por um engenheiro. “A engenharia é pra nós. Meu papel hoje é quebrar o paradigma que matemática ou física são difíceis. Engenharia é treino. E pra mudar a estrutura, temos que trazer as novas gerações, pra entender esse negócio. Faz parte da nossa ancestralidade. Fomos construtores das obras mais antigas, que existem até hoje.”

Com a experiência adquirida no segmento, junto com 3 sócios, fundou a MMF Projetos, uma consultoria de projetos de infraestrutura. É responsável hoje por grandes projetos de saneamento e infraestrutura, como pontes, viadutos, geotecnia, grandes estruturas, e tudo mais relacionado a esta área. Atendem clientes públicos e privados, numa carteira mista. Grandes organizações públicas contam com os projetos da MMF.

Ao longo dos últimos anos, à frente do seu negócio também enfrentou grandes crises, principalmente no segmento de construção e infraestrutura. E com a experiência adquiria, consegui extrair de todas elas grandes oportunidades.

Conseguiram nascer e, também, crescer na crise. Desde a fundação, há 8 anos, seu negócio não para de crescer. No último ano dobraram de tamanho, e já prevê outra dobra para 2022.

“O mercado está aquecido e cheio de oportunidades. Projetos e capital disponível no segmento de infraestrutura. Quem, assim como eu, conseguiu alcançar uma posição, que não é estruturada pra nós, tem o papel de trazer outros. Quebrar paradigmas de que não temos que estar nesse lugar. Acelerar empresas de jovens empreendedores, startups negras. Penso todos os dias que fora da minha empresa tenho uma responsabilidade, e ajudar, dar a mão e ser referência”,ressalta.

Ainda hoje, entende que o futuro está na educação. Com MBA de ADM na FGV, uma especialização em Engenharia Geotécnica, Luciano também se graduou durante a pandemia em filosofia. “Nossa ancestralidade dos construtores de pirâmides precisa ser resgatada. Eles fizeram muito pela nossa história, e precisamos tomar posse, eu acredito”, finaliza.

Habitação do Bem: Banco Afro e Pré-Engenharia realizam projeto para aquisição da casa própria por famílias de baixa renda

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Foto: Getty Images/iStockphoto

O projeto Habitação do Bem tem o objetivo de tornar possível às famílias em situação de vulnerabilidade habitacional a aquisição de um lugar para morar. Contando com empresas apoiadoras da causa habitacional como investidoras sociais, o projeto busca oferecer oportunidades para pessoas que hoje se encontram em situação de aluguel ou residem em conglomerados.

Segundo pesquisa de 2020 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem 13,1 mil aglomerados subnormais distribuídos entre 734 municípios do país com o nome de favela, invasão, grota, baixada, comunidade, mocambo, palafita, loteamento, ressaca e vila, nomes que variam de região para região. E são mais de 11 milhões de famílias no Brasil pagando aluguel.

Mesmo tendo capital para custear parcelas mensalmente, elas não conseguem financiamentos convencionais em bancos para pagar pela casa própria. O Habitação do Bem pretende gerar acesso à casa própria para pessoas das classes C, D e E, sem toda a burocracia bancária que as exclui do sistema de financiamento habitacional e sem a espera de décadas por casas populares do governo.

Os primeiros condomínios sociais do projeto estão sendo concluídos na cidade de Águas Lindas de Goiás. Cada um deles é composto por 19 residências e área de lazer. Novos condomínios sociais serão construídos por todo o Brasil.O projeto foi aprovado e hoje está na Coalizão Habitação, formada pela Artemisia – organização sem fins lucrativos, pioneira na disseminação e no fomento de negócios de impacto social no Brasil – e gigantes do setor de construção civil, como Gerdau, Votorantim, Tigre, Vedacit e Leroy.

“Atualmente, existem 19 casas em construção em Águas Lindas de Goiás, onde se encontra nossa primeira fábrica, e o modelo está sendo replicado para o Litoral de São Paulo, na cidade de Santos, onde serão construídas 50 residências. Nós entendemos o momento difícil e caótico do país e que, muitas vezes, as instituições públicas não conseguem cobrir as demandas desejadas para sanar o problema habitacional que o Brasil enfrenta há anos”, afirma Diego Reis, CEO do Banco Afro.

A entrada do Habitação do Bem na Coalizão Habitação tem o objetivo de buscar mais investidores sociais e ampliar cada vez mais a oferta de moradia por todo o país, criando um ecossistema de financiamento de construção de condomínios sociais. As empresas parceiras fazem doações de materiais ou recursos financeiros diretamente para o programa; a Pré-Engenharia faz a construção dos condomínios e toda gestão do fundo; e o score social dos futuros moradores é gerado pelo Banco Afro, que disponibilizará um painel de controle de acompanhamento da evolução do projeto.

As casas do Habitação do Bem são dispostas em condomínios sociais e têm um custo individual aproximado de R$ 110 mil para 65m² de área construída, com três quartos, sala, cozinha americana e banheiro, além de área externa com garagem e área de serviço coberta. Essas residências são maiores do que as das companhias de habitação governamentais, que têm em média 40 m² quadrados e são mais caras, custando, em média, R$ 120 mil.

“Comecei a rir dos momentos difíceis”, diz Jhordan Matheus, o comediante de Salvador que está conquistando o Brasil

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Foto: Juliana das Fotos.

Nascido em Salvador, Jhordan Matheus começou cedo no mundo da arte. Ainda na infância, o humorista interpretou o personagem Boa Vida no filme Capitães da Areia, baseado no livro de Jorge Amado. 

O ator, que possui seis anos de carreira como comediante de stand-up, revela que começou a se identificar com o humor observando as pessoas do seu bairro e como gostavam de fazer graça. “Eu sempre via pessoas ao meu redor que eram muito engraçadas, que faziam a família e os amigos rirem e eu gostava de ver todo mundo rir, mas começar a trabalhar com isso não foi um início fácil.”

Criado no Engenho Velho de Brotas, o humorista conta que viveu diversos desafios por ser preto, rastafári e vir de um bairro periférico. Além disso, não tinha apoio das pessoas por considerarem ser um trabalho sem estabilidade financeira, mas encontrou nisso uma forma de investir na comédia. “A comédia foi deixando a vida mais leve, eu comecei a rir dos momentos difíceis porque eu tirava daí as coisas boas para falar”, revela.

Jhordan se mudou para São Paulo, onde se apresentou em diversos palcos do estado com seu show de stand-up, levando as suas vivências de forma engraçada para o público. Porém quando vinha a Salvador não tinha tantas oportunidades de se apresentar.

Com um tempo de vivência na capital paulista, a sua vida começou a se transformar e abriu portas em todo país.Com passagem por programas como Conversa com Bial, Jhordan Matheus começou o espetáculo Textani, um show para testar e estruturar seu solo de comédia. Suaapresentação já foi exibida em cidades como Rio de Janeiro e Porto Alegre, realizando seu sonho de ser aplaudido nos maiores palcos do Brasil.

Após quatro anos longe dos palcos soteropolitanos, Jhordan Matheus sempre desejou voltar a se apresentar na sua cidade natal, e no último mês de novembro trouxe seu espetáculo para Salvador. Esgotando ingressos de oito sessões no Teatro Jorge Amado, o comediante considera esse o ponto alto da sua carreira.  “Quando rolou essa virada de chave na minha carreira, eu senti que era a hora de voltar para Salvador. E um moleque do Engenho Velho de Brotas, lotando oito sessões em um dos teatros mais renomados da Bahia, com todo mundo me aplaudindo de pé, foi o ponto alto pra mim”.

Durante as apresentações na capital, o comediante decidiu o nome do seu espetáculo teste, passando a se chamar “Batenu Tenu”, fazendo referência a uma gíria da cidade.

Para 2022, o artista conta que planeja ampliar os trabalhos no início do ano com o show, e posteriormente, gravar um especial solo de comédia, com foco em Salvador.“Eu quero colocar a Bahia no mundo através da comédia, mostrar de onde eu vim”.

Jhordan Matheus ainda revela que tem a intenção de trabalhar em uma novela como presente para a sua avó. “Minha vó é uma inspiração, uma mulher preta e favelada que fez de tudo para cuidar de mim e hoje eu faço tudo isso para ela. Com certeza tenho que fazer uma novela para ela ficar feliz, é doida para me ver na tela, tenho que realizar isso para ela também”, finaliza.

Blacks by XP Inc: como é ser um corpo negro dentro de uma Fintech

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Clara Sodré, especialista em Investimentos, analista de alocação e fundos da XP e educadora da Xpeed School (XP inc.) Foto: Divulgação

Existe um núcleo negro, sólido e crescente dentro da XP. Inc, plataforma que lidera o ramo de serviços financeiros no Brasil.  Ao todo, a empresa tem mais de 3,3 milhões de clientes e R$ 789 bilhões de ativos sob custódia. E como é ser uma pessoa negra dentro de negócio desse perfil, sendo que a comunidade negra faz parte dos grupos mais financeiramente carente?

Conversamos com algumas pessoas negras que fazem parte do quadro de funcionários da XP e que além do crescimento profissional também buscam encontrar seus pares em um ambiente que eles ainda são a minoria.  

“Para mim entrar dentro da XP veio mais da necessidade e ver onde era o lugar mais tranquilo para eu estar no meio da Pandemia. Eu nunca tive essa ambição de trabalhar no mercado financeiro”, explica Carina Sucupira que trabalhava no setor de transporte antes de se tornar Engenheira de Dados nos times de Canais Digitais da XP é líder  Blacks by XP Inc, grupo de profissionais negros dentro da companhia.

“Eu fiz estatística e a maior parte das pessoas que se formam nessa área acabam trabalhando no mercado financeiro. Eu já comecei como estagiária em um banco, então para mim evolução foi natural” detalha Julia Aquino da área de Equity Reseach da XP que entrou na empresa por meio de um programa voltado para mulheres.

A importância de incluir pessoas diversas já é um consenso, mas reter esses talentos ainda não é um tema tão discutido. Clara Sodré, especialista em Investimentos, analista de alocação e fundos da XP e educadora da Xpeed School (XP inc.) explica que espaços seguros, como o próprio grupo Blacks, são fundamentais.

“Nosso grupo é para gente conversar. É um espaço seguro para gente se conhecer, se entender e se apoiar, falar sobre nossos projetos, nossa carreira. Era importante a gente se enxergar e se entender como pessoas de diversas áreas onde a maioria são pessoas branca. Esses espaços também são de fortalecimento. É muito difícil se ver num local onde você não tem referencias e o grupo ajuda muito nessa questão”.

“Eu sou negra e sou lésbica e de todos esses recortes que eu tenho, a negritude é o que me afeta mais”, detalha Carina sobre a necessidade de ter um espaço que discuta questões raciais além das outras.

Porém, em um país onde a pobreza é negra, como fazer pessoas negras se sentirem estimuladas em falar sobre finanças.  Wesley Miquelino, gerente de ESG na XP Inc. e responsável pelos programas de recrutamento explica a visão ampla sobre esse ponto. “Dentro do pacote de desenvolvimento que a gente criou para as pessoas vidas de programas, a gente também incluiu o curso de educação financeira, porque a gente também entendeu que várias pessoas vindas desses programas, passaram a ser os maiores geradores de renda da família. Então a gente achou importante também que eles tivessem essa base para começar essa jornada profissional aqui na XP”.

XP lança programa de formação de assessores de investimento exclusivo para pessoas negras

Com o propósito de capacitar e incluir mais profissionais negros no mercado financeiro, a XP anuncia o lançamento do programa “Vem Transformar”. Serão abertas 600 vagas para cursos de educação financeira e preparatórios para tirar a certificação da Ancord (Associação Nacional de Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias), condição necessária para ser um agente autônomo de investimento (AAI).

“Queremos reforçar, por meio desta e de outras ações, o nosso compromisso em fazer transformações significativas na sociedade. A inclusão e a diversidade na companhia e em nossa rede de parceiros é uma questão de extrema importância dentro do nosso propósito e cultura. Fizemos alguns estudos para identificar quais barreiras impedem a inclusão de profissionais diversos no mercado de trabalho e um dos principais obstáculos é a formação de qualidade, por isso decidimos investir nessas parcerias”, declara Ana K Melo, head de D&I e sócia da XP Inc.

Mais informações clique aqui.

Beyoncé entra para o TikTok e aumenta rumores de novo single

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Beyoncé criou um perfil no TikTok  na madrugada desta sexta-feira (17) e levou os fãs à loucura e ganhando diversos seguidores em menos de 24 horas de suas criação. 

O perfil, que ainda não tem nenhuma publicação, está sendo muito especulado pelos fãs, que estão apostando na internet sobre qual poderia ser o primeiro post de da artista, com alguns já dizendo que poderia ser parte da divulgação de alguma música nova e para atiçar ainda mais, a cantora retirou a foto de perfil, no qual antes era um photoshoot seu para marca Ivy Park.

Na último lançamento, Beyoncé tenha tecnicamente lançado uma nova música com seu último single chamado “Be Alive” da trilha sonora de King Richard: Criando Campeãs, alguns admiradores estão cautelosamente otimistas de que este movimento é apenas mais um passo para o lançamento de um projeto totalmente novo.

Além disso, os memes foram diversos, fãs especulam nova coleção de roupas, um novo álbum, e até que a filha Blue Ivy criou o perfil escondido: “Imagina a Beyoncé descobrindo que a Blue criou uma conta no TikTok para ela”, “Blue larga o celular da sua mãe!”, brincaram nas redes

Filme de animação ‘Care Hair Love’ ganha linha infantil para o cabelo

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O filme que narra uma menininha tentando cuidar do cabelo enquanto a mãe está ausente e as tentativas do pai em fazê-la ficar feliz. 

Produzidas pela Sony Pictures Animation e sendo disponibilizada em seu canal no YouTube o curta de animação “Hair love”, tem como criador Matthew A Cherry. Estrelado por uma família negra, o filme conta a história de um pai que tenta pentear os cabelos crespos de sua filha e narra o amor preto pelo cachos. 

O produtor do filme confirmou a informação em seu Twitter: “Tenho o prazer de anunciar a nossa @dove Coleção Kids Care Hair Love!” Disse ele, que ainda confirmou que estaria emocionado com os novos produtos. 

“Estou muito feliz por fazer parceria com meus amigos da Dove para anunciar nossa NOVA linha Dove Kids inspirada em nosso curta-metragem Hair Love. Cada frasco desta coleção apresenta uma imagem de Zuri e uma afirmação positiva.” Disse. 

A linha infantil, inspirado do clipe, saiu pela Dove e ainda não foi disponibilizada no Brasil. 

Iza vai estrear como atriz em ‘Um Ano Inesquecível – Outono’, primeiro trabalho de Lázaro Ramos no Prime Video

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Foto: Reprodução.

O Prime Video anunciou, nesta sexta-feira (17) que Iza, em seu primeiro trabalho como atriz, vai fazer parte do elenco do musical Um Ano Inesquecível – Outono, filme baseado no livro homônimo com contos das autoras Thalita Rebouças, Paula Pimenta, Bruna Vieira e Babi Dewet. Este será o primeiro trabalho de Lázaro Ramos como diretor no serviço de streaming.

Outros nomes também chegam para reforçar a história, como Lulu Santos, Bukassa Kabengele, Bibba Chuqui, Maria Calu, Rael, Mharessa, Nicolas Lee, Leo Israel e Cláudia Okuno. Um Ano Inesquecível – Outono será lançado no Prime Video em mais de 240 países e territórios.

Com a cidade de São Paulo como pano de fundo, Um Ano Inesquecível – Outono conta a história de Anna Júlia e João Paulo – o típico casal improvável. Ela odeia música e tudo que mais quer é um estágio e estabilidade para ajudar o pai em casa. Ele é um jovem músico de rua que sonha em viver da sua arte. Mesmo assim, a paixão entre os dois acontece, e em um dos lugares mais simbólicos de São Paulo: a Avenida Paulista. A movimentada capital é o cenário ideal para a desafiadora jornada que ambos terão que enfrentar para ficar juntos.

Um Ano Inesquecível – Outono terá direção de Lázaro Ramos e roteiro de Keka Reis. A franquia terá quatro filmes, começando com Um Ano Inesquecível – Outono, seguido de Um Ano Inesquecível – Inverno, depois Um Ano Inesquecível – Primavera e terminando com Um Ano Inesquecível – Verão.

O elenco conta também com os atores já anunciados Gabz e Lucas Leto, como protagonistas, além de Larissa Luz, Pedro Blanc, Raphael Ghanem, Vittor Fernando e Enrico Cardoso. 

Spike Lee fecha parceria criativa de longo prazo com Netflix para realização de novos filmes

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Foto: Quil Limões.

Spike Lee e a Netflix anunciaram o fechamento de uma parceria de longo prazo após o sucesso da colaboração entre diretor ganhador do Oscar e a plataforma em Destacamento Blood e Ela Quer Tudo. A informação é da revista Variety.

“Não há maneira melhor para mim e minha empresa 40 Acres and a Mule Filmworks de começar o novo ano do que renovar nossa parceria com Ted, Scott e Tendo – os destemidos líderes da Netflix”, Lee escreveu em um comunicado anunciando o acordo. “Juntos, vamos nos concentrar nos novos e diversos contadores de histórias”, anunciou Spike Lee.

O diretor de cinema global da Netflix, Scott Stuber, disse que “ao longo da incrível carreira de Spike, sua escrita e direção permaneceram marcantes e perspicazes sobre nossos tempos, embora ainda sejam incrivelmente divertidas. Temos o privilégio de entrar nesta nova parceria com Spike e esperamos trazer o próximo capítulo de filmes do próprio Brooklyn para o mundo”, disse a declaração.

A nova parceria começa em janeiro e o primeiro trabalho de Spike Lee Lee será a produção de “Gordon Hemingway & The Realm of Cthulhu”, dirigido por Stefon Bristol de A Gente Se Vê Ontem.

Festival Wakanda In Madureira retoma atividades presenciais com muita música, cultura e orgulho negro

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Foto: Divulgação.

O Festival Wakanda In Madureira, ponto de encontro e exaltação da cultura negra no Rio de Janeiro vai retornar às atividades presenciais. O primeiro encontro desde o início da pandemia vai acontecer neste sábado (18), na Arena Carioca Fernando Torres, no Rio de Janeiro.

O projeto que completaria dois anos de existência em 17 de março de 2020, passou a atuar exclusivamente de forma virtual após a chegada da pandemia de covid-19. A programação do evento é adequada para pessoas de todas as idades, contando, inclusive, com atividades afropedagógicas para as crianças realizadas pelo Grupo Ujima, além de teatro, dança, afroempreeendorismo e muita música.

“Se a colonização separou a nossa gente, o Wakanda in Madureira continua a fazer um convite para que o povo preto se una e aprenda também a celebrar a si próprio”, explica o idealizador do projeto, e professor de História, Jonathan Raymundo.

As atrações musicais são Funk Samba Club, Lucas e Orelha, Soul Guanabara, Bloco Malunguetú, Azula, roda de jongo com o grupo Afrolaje, Roda de Samba do grupo Coração Batuqueiro e convidados, performance “Meu ofício” com Carlos Maia e DJs.

Serviço:

Wakanda In Madureira

Data: 18/12

Hora: 12h às 22h

Local: Arena Carioca Fernando Torres

Ingresso: Até 18h, R$5. Após as 18h, R$ 10.

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