A atriz Camila Pitanga chegou na HBO Max e já começou a estampar as prateleiras internacionais da plataforma. Depois de 25 anos na Tv Globo, a atriz foi anunciada como a estrela do streaming em um coquetel que aconteceu na noite do domingo, 21, em Nova Iorque.
Usando full look Balenciaga, a atriz posou para as lentes de Pedro Arietas para a noite tão especial. Durante o discurso do CEO da empresa, Camila foi a estrela citada como aposta da HBO para o próximo ano.
Nesta segunda, a atriz participa do iEmmy a convite da sua mais nova casa. Ao sair da Rede Globo, Camila revelou que tomou a decisão pensando em alçar novos voos e sair da sua zona de conforto.
Imagem: Pedro Arietas
“Tomei a decisão de sair da minha zona de conforto para assumir uma nova responsabilidade. Sei que não será simples, mas acredito na minha força criativa”, disse ela.
Na plataforma, ela também trabalhará como produtora de conteúdos, além de atuar.
Os artistas e militantes da questão racial Kênia Maria e Érico Brás não são mais um casal. O anúncio da separação foi feito por Kênia Maria neste final de semana. Os dois viveram um relacionamento por nove anos. Os dois tiveram uma participação exibida no último sábado (20), no programa Caldeirão, na TV Globo.
A separação dos dois não se deu de forma amigável. Segundo nota enviada pela assessoria, “Kênia entrou com pedido de divórcio litigioso e outras medidas judiciais que se mostram necessárias, uma vez que a separação não aconteceu de maneira amigável e os desdobramentos acarretaram situações prejudiciais à atriz”
O ex-casal já havia passado por uma separação em 2019, mas reataram o relacionamento quase um ano depois.
Os dois conquistaram espaços de grande relevância para a comunidade negra, como a premiação por figurarem entre as 100 pessoas negras mais influentes do mundo pelo Mipad, órgão vinculado à Organização da Nações Unidas (ONU), onde Érico foi conselheiro consultivo do Fundo de População das Nações Unidas e Kênia atuou como defensora dos Direitos das Mulheres Negras, na ONU Mulheres.
Obra será lançada dia 23 de novembro na livraria Argumento
Thiago Thomé é um artista completo. Conhecido pela sua atuação em novelas como O Outro Lado do Paraíso, A Dona do Pedaço e Novo Mundo, todas da rede Globo, ele – eu estará na série “Arcanjo Renegado” ano que vem -, é também compositor e já gravou com grandes nomes da música nacional como Ivete Sangalo, Zeca Pagodinho, Thiaguinho e outros, além de participar da banda Funk Samba Club, com Vítor Art. Agora, Thomé apresenta outro talento estreando como escritor na ficção científica com o livro “E se desse para DENEGRIR?”.
A obra narra a trajetória de uma família negra rica, que resolve inverter a ordem social de um país, promovendo verdadeira revolução racial, tendo como aliadas tecnologia e ciência. Uma mãe e seus cinco filhos – três homens e duas mulheres – somam seus talentos e habilidades profissionais para conseguir trocar de lugar com os principais líderes das estruturas sociais, igualando as relações de poder e oportunidades entre brancos e negros e revolucionando as organizações sociais ao melhorar, drástica e necessariamente, as condições de vida da população preta. Com isso, os protagonistas interferem na mídia e na política do país.
O texto é dinâmico e repleto de adrenalina. É uma ficção que traz a importante reflexão sobre as relações de poder e submissão entre as raças. Veloz, intensa, científica e atualíssima, a história criada por Thiago presenteia o leitor com uma oportunidade de enxergar o cotidiano com olhar mais crítico e humano ao mesmo tempo. O livro debate ainda temas como racismo, candomblé, conflitos individuais, indústria farmacêutica, intergêneros, relações interraciais e mais.
Escrito inteiramente na pandemia, foi a chance que Thiago teve para conquistar o feito de escrever seu próprio livro, que era um desejo antigo. “Já tinha tentado escrever um livro outras duas vezes, mas nunca conseguia me dedicar pela correria da rotina. Aproveitei o tempo ganho com a paralisação inicial provocada pela pandemia do novo coronavírus e escrevi”. Thomé criou uma espécie de ritual: Todo dia, acordava as três horas da madrugada (bom horário para o processo criativo), acendia o cachimbo (em memória ao pai, que era fumante) e bebia um copo de cachaça (acompanhado de um copo d’água e uma caneca de café) com a meta de escrever 1500 palavras por dia.
Foto: Divulgação.
O curioso é que, na vida pessoal, o artista não consome bebida alcoólica e nem fuma. “Criei esse sistema e, de certa forma, era um momento de me conectar com minhas origens, minha ancestralidade, me ajudando na inspiração para compor a história. Quase como se o Thiago escritor fosse um personagem novo e esse ritual me ajudasse a conectar com ele”, conta o autor.
O livro, que tem 252 páginas, terá cópias físicas e digitais publicadas pela Approach Editora, com lançamento no dia 23 de novembro de 2021, na livraria Argumento, a partir das 17 horas.
Serviço: Livro “E se desse para DENEGRIR?” Tiragem inicial: 500 exemplares Preço sugerido: livro físico R$52,00 / e-bookR$14,90 Autor: Thiago Thomé Editora: Approach Editora Capa: Pandro Nobã Lançamento: 23/11/2021 Local: Livraria Argumento, na Rua Dias Ferreira, 417 – Leblon, Rio de Janeiro – RJ, 22431-080
Serão 600 vagas. Empresa irá bancar os custos de capacitação e preparação para a certificação de agente autônomo de investimento.
Com o propósito de capacitar e incluir mais profissionais negros no mercado financeiro, a XP anuncia o lançamento do programa “Vem Transformar”. Serão abertas 600 vagas para cursos de educação financeira e preparatórios para tirar a certificação da Ancord (Associação Nacional de Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias), condição necessária para ser um agente autônomo de investimento (AAI).
Os cursos terão duração de 60h (Xpeed) e 70h (Ancord).Para participar, é necessário se autodeclarar uma pessoa negra/parda. A empresa também arcará com os custos da prova. As pessoas aprovadas no exame participarão de processos seletivos dos escritórios de agentes autônomos parceiros da XP.
“Queremos transformar o mercado financeiro para melhorar a vida de todas as pessoas brasileiras. Acreditamos que, para isso, a diversidade do nosso país deve ser refletida em nosso ambiente de trabalho e que, só assim, conseguiremos desenvolver as melhores soluções em investimento para diferentes necessidades e pessoas”, destaca Marta Pinheiro, sócia e diretora de Cultura & ESG da XP Inc.
O programa Vem Transformar é uma iniciativa da XP em parceria com o coletivo Blacks by XP Inc, formado por pessoas negras da XP. A ação faz parte do plano criado pela diretoria de ESG, em março de 2020, que desde então vem ampliando seu compromisso com a sociedade. A área vem atuando de forma contínua e propositiva na promoção de ações afirmativas dentro da companhia, hoje com cerca de 6 mil funcionários. Ao todo, estão sendo investidos mais de R$35 milhões em iniciativas voltadas à diversidade, inclusão e equidade racial para o público interno e externo.
“Queremos reforçar, por meio desta e de outras ações, o nosso compromisso em fazer transformações significativas na sociedade. A inclusão e a diversidade na companhia e em nossa rede de parceiros é uma questão de extrema importância dentro do nosso propósito e cultura. Fizemos alguns estudos para identificar quais barreiras impedem a inclusão de profissionais diversos no mercado de trabalho e um dos principais obstáculos é a formação de qualidade, por isso decidimos investir nessas parcerias”, declara Ana K Melo, head de D&I e sócia da XP Inc.
As informações detalhadas sobre as vagas e como se candidatar serão em breve comunicadas pela empresa.
Brasil esse momento é nosso! O maior festival de música negra do planeta estará entre nós. O Afropunk Bahia acontece em Salvador no dia 27 de novembro, em modo híbrido, ou seja, haverá a presença de público – moderada por conta da pandemia – mas o mundo todo poderá acompanhar o festival online (Youtube/Site Afropunk). Na programação do evento, apresentado por Larissa Luz, o rapper Mano Brown divide o palco com Duquesa; Tássia Reis se une ao Ilê Aiyê; enquanto a baiana Luedji Luna se apresenta com o Duo Yoún; a carioca Malia soma ao lado da Margareth Menezes; e, por fim, Urias com Vírus.
O visual é algo tão importante quanto o som nesse evento. A beleza do público que sempre apresenta looks incríveis tem que ser recompensada com uma estética estimulante. Junto com Gil Alves, Bruno Zambelli, diretor criativo do grupo musical ATTOOXXA, dirige a parte criativa do festival.
Bruno Zambell – Foto: Arquivo pessoal
O Mundo Negro conversou com Bruno sobre o que podemos esperar desse evento tão aguardado pela comunidade negra brasileira. Ele tem um grande desafio pela frente que é fazer um evento internacional no Brasil vacinado, mas que ainda tem que seguir os protocolos de segurança para o público e o staff. “Acho que cabe também reconhecer a toda a equipe preta que fez essa ideia funcionar, pelos obstáculos não apenas técnicos, mas também emocionais, em fazer acontecer um evento tão esperado pela gente, no momento mais difícil possível para a sociedade”.
MUNDO NEGRO – COM A MAIORIA DAS PESSOAS VACINADAS, QUAIS SÃO NESSE MOMENTO OS MAIORES DESAFIOS EM PRODUZIR UM FESTIVAL DESSE PORTE AINDA EM FORMATO HÍBRIDO?
As maiores dificuldades estão em justamente lidar com esse momento de transição. Perceber os estabelecimentos abrindo, os eventos liberando maior quantidade de pessoas. Isso requer que o festival vá se adaptando a esse processo. Ocorreram várias alterações no meio do caminho. Primeiro se pensou em uma proposta somente online e depois foi abrindo para o público. Fazer um festival híbrido é perceber que o que seria somente uma transmissão recorre também ao acolhimento do público, e é desafiador fazer o que seria o ideal. Sem contar que é o primeiro festival Afropunk Bahia, o que é um desafio por si só, sendo a primeira edição no Estado e no Brasil. Acho que cabe também reconhecer a toda a equipe preta que fez essa ideia funcionar, pelos obstáculos não apenas técnicos, mas também emocionais, em fazer acontecer um evento tão esperado pela gente, no momento mais difícil possível para a sociedade.
O QUE MAIS VAI REPRESENTAR O BRASIL NESSA VERSÃO NOSSA DO AFROPUNK?
Trazemos o Brasil dentro do conceito do festival deste ano, que é a roda. A roda foi um símbolo escolhido por ser uma expressão que se manifesta em vários lugares da nossa cultura Brasileira, especialmente musical e religiosa. Pensamos que esta seja uma forma de marcar o símbolo e sair do padrão de olhar o artista debaixo, enquanto ele está em cima, no palco. Em círculo, permanecemos todos em volta e sem fim. E não é apenas sobre os artistas que vão se apresentar e que iremos assistir, mas sobre todos construirmos essa grande roda, esse grande ritual. A princípio, temos esse olhar Afropunk sobre o que é Brasil, um olhar próprio. E é o que vai acontecer nesse festival.
VOCÊ JÁ PARTICIPOU DE ALGUMA EDIÇÃO DO AFROPUNK SE SIM, QUAL MAIS GOSTOU E QUAIS OUTROS FESTIVAIS DE MÚSICA VOCÊ CONSIDERAR INSPIRADOR?
Eu nunca estive em um festival do Afropunk, sempre quis desde a primeira vez que eu soube da existência e quando soube que viria para o Brasil, fiquei ansioso demais com essa possibilidade. Acho que eu e meus amigos, quando soubemos disso, pensamos: “imagina se tal artista toca, se tal artista vem de fora tocar… imagina se a gente toca” – no caso, eu e meus amigos que trabalham com música. Nos imaginamos pensando onde vai ser, o que vamos vestir. Penso que esse é o sentimento mais incrível do Afropunk, porque também fala sobre a carência que temos de um espaço para valorizar nossa cultura enquanto pessoas pretas. Eu já estive em muitos festivais, mas nunca senti que esse fosse o centro de interesse do evento. Ter um espaço como esse é incrível, principalmente em Salvador, que é a cidade mais preta do Brasil pô, então, eu diria que é o lugar ideal para acontecer, com certeza vamos criar caminhos muito prósperos.
Trazendo uma narrativa um manifesto contra o racismo e a precariedade do sistema educacional no Brasil, o filme ‘Cabeça de Nêgo’ chegou em 20 de novembro no Globoplay. Dirigido e roteirizado por Déo Cardoso, o longa foi inspirado no movimento de ocupação de escolas ocorrido em São Paulo, em 2015.
Contando a história de Saulo, um jovem engajado em impor mudanças em sua escola e que tem como principal referência os Panteras Negras – partido político dos EUA que tinha como foco principal a defesa da comunidade afro-americana. Após ser alvo de racismo e reagir ao insulto, ele é expulso, mas se recusa a deixar as dependências do colégio até que a justiça seja feita. O ato dá início a uma grande mobilização coletiva.
Marcando a estreia de Déa como direto, ele disse que o filme busca provocar inquietações, sentimentos e questionamentos em seu público. Além de Lucas Limeira, que vive o protagonista Saulo, o elenco conta com as atrizes cearenses Nicoly Mota e Larissa Góes, o ator baiano Val Perré e a participação especial de Jéssica Ellen no papel de professora
“Meus filmes buscam expressar inquietações, questionamentos e sentimentos que determinados contextos sociais me despertam. Faço filmes para refletir os temas abordados e para compartilhar sensações em relação a eles”, declara Déo Cardoso.
Novembro é o Mês da Consciência Negra, é um marco na luta e celebração da população negra no Brasil e é também o mês em que nós, militantes contra o racismo, passamos muita raiva. Na prática, não há um dia sequer em que a gente não sinta algo referente ao racismo (tristeza, ódio, solidão, desprezo, cansaço e a tão presente raiva). Mas novembro é diferente. Além de todos os sentimentos que vivenciamos, também precisamos lidar com os discursos da opinião pública sobre essa data. Nas conversas informais, nas reuniões de trabalho e nas redes sociais todo mundo tem alguma coisa para falar sobre o 20 de novembro. Nos espaços virtuais saltam postagens do discurso de 2006 feito pelo ator Morgan Freeman sobre a possibilidade do dia da Consciência Humana.
O sucesso da fala desse ator norte-americano, ou melhor, de um trecho dela, expressa um desejo de desvalorização de conquistas políticas importantes do Movimento Negro. Não farei uma análise dessa entrevista, estou mais interessada na sua utilização do que nela em si. Porém, para um balanço do discurso, te convido a assistir a entrevista na íntegra e a analisá-la criticamente. Como podemos acreditar que o discurso isolado de um indivíduo pode colocar à prova a trajetória de um movimento social inteiro?
Todo ano precisamos justificar a importância do dia 20 de novembro para a história do nosso país. Você já conversou com alguém que queria acabar com o feriado de 21 de abril, dia de Tiradentes? Eu nunca. O herói da Inconfidência Mineira foi um militar, minerador, dentista, tropeiro e proprietário de escravizados, sim, você leu certo. Ele é ícone da Independência, além de um feriado nacional, ele foi homenageado com várias estátuas pelo Brasil. Tiradentes não está sozinho nesse panteão de “heróis”, que incentivaram o sistema escravista, faço aqui mais um convite, conheça o projeto Galeria de racistas.
Vamos avançar o calendário para chegar em 20 de novembro. Desde 2003 esse dia foi incorporado no calendário escolar brasileiro por meio da lei 10.639. Em alguns estados, como o Rio de Janeiro, é feriado. Na década de 1970 integrantes do Movimento Negro começaram a reivindicar o 20 de novembro como marco de resistência, em oposição ao 13 de maio, assinatura da Lei Áurea pela princesa branca, aquela que libertou os escravizados.
Novembro expressa a liberdade negra conquistada e não concedida. Em 20 de novembro de 1695, Zumbi dos Palmares, líder do quilombo dos Palmares, foi morto pelo poder colonial. Zumbi é símbolo da resistência negra contra o sistema escravista. O quilombo localizado na Serra da Barriga, atual estado de Alagoas foi liderado por ele durante 20 anos dos quase 100 de existência desse “Estado Negro” como definido por Edson Carneiro no livro O Quilombo dos Palmares. Além da resistência contra as forças lusas, havia também que combater tropas holandesas que queriam destruir esse modo de viver construída pelos negros.
Escrever este texto é também relembrar que nós, ativistas do movimento negro, estamos há décadas lutando por causas antigas. Sabemos que a história não é linear. Se engana quem pensa que estamos evoluindo como sociedade, tempo e progresso não são sinônimos. Mas entender isso não minimiza nem apaga as nossas dores, os nossos traumas coletivos. Nos últimos dias as dores se intensificaram ao vermos por exemplo a mãe do menino Miguel expressando sua dor e indignação, pois está se aproximando o aniversário dele de 7 anos e ela não poderá comemorar. As mães negras não conseguem ver seus filhos crescerem, formarem-se, viajarem, viverem. Observamos também o atual presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, sugerir no Twitter a mudança do nome da instituição para princesa Isabel. Acompanhamos em tempo real o jovem negro influenciador Júlio Sá numa abordagem policial racista, choramos com ele pela violência real e simbólica dessa situação, que é vivenciada pela maioria dos jovens negros. Ao acompanhar estes casos, que não são isolados, lembrei da frase: “quem vai pagar a conta?” presente da música Cabô de Luedji Luna. Os traumas que nós sofremos em consequência do racismo doem muito, para onde enviamos essa cobrança?
O publicitário e fundador da Black Influence , Ricardo Silvestre - Foto: Bruno Gomes
O mercado publicitário lentamente começou a entender a importância da representatividade em campanhas e por trás da produção de material publicitário. Quando marcas querem buscar diversidade uma das agências mais requisitadas do momento é a Black Influence do publicitário Ricardo Silvestre.
Nesse mês da consciência negra conversamos com ele sobre as principais campanhas que sua agência participou esse ano e talvez você tenha visto mais de uma delas.
Spotify – Para a marca a Black Influence fez o mapeamento de influenciadores da principal campanha de 2020, a Retrospectiva Spotify. Em 2021, trabalhou na campanha “Abra seus Ouvidos”, que destaca o trabalho de artistas negros que estão na plataforma e incentiva a valorização da cultura negra.
Stix – O trabalho realizado foi para o lançamento da marca, que é o ecossistema de pontos do grupo Pão de Açúcar.
Magalu – Já para o Magalu foi feito recentemente o mapeamento de influenciadores para comunicar o Programa de Trainee 2022.
Amazon Prime Video – Para a empresa de streaming foi desenvolvida uma estratégia de comunicação para impulsionar nas redes sociais a série “Manhãs de Setembro”, estrelada pela cantora Liniker. O trabalho de comunicação foi feito com mais de 60 influenciadores, com protagonismo para criadores negros.
Pinterest – O Pinterest decidiu criar, em parceria com a agência, o movimento ‘Maravilha Preta’, a primeira série de conteúdo original no Brasil com conteúdos criados por pessoas pretas relacionados à cultura, moda, beleza e bem-estar. A ideia foi que, ao proporcionar uma plataforma inclusiva e diversa, seus trabalhos tenham destaque e impactem os mais de 400 milhões de usuários do Pinterest no mundo.
Você conhece os movimentos negros brasileiros? Pois é, muita gente não conhece a História do movimento brasileiro e por consequência buscam referências em outros países.
Mas nós temos movimentos que existiram e foram extremamente importantes para proteção dos direitos de nós negros, e se estamos aqui hoje, é por conta deles.
Conheça 4 movimentos negros históricos do Brasil e se inspire.
Frete Negra
Em 1926 alguns homens negros tentaram organização um Congresso para discutir questões pertinentes sobre a condição de vida que os negros estavam tendo no país após a abolição da escravidão em 1888, houve vários clubes e grupos de pessoas negras cobrando do Estado brasileiro uma reparação histórica, ou seja, os negros que foram escravizados por séculos nesse território fossem inseridos de forma justa na sociedade brasileira, que tivessem seus direitos garantidos.
Infelizmente o Congresso não ocorreu, porém, alguns anos depois surgiam a Frente Negra Brasileira, fundada em setembro de 1931, 40 anos depois da abolição da escravatura, com o intuito de promover a inserção das pessoas negras na sociedade brasileira.
A FBN foi tão importante que chegou a ter mais de 50 mil integrantes e se espalhou pelo país: Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Bahia e Pernambuco.
Eles tinham um Estatuto do grupo, já que para participar da FBN os associados pagavam uma taxa, este servia para que eles pudessem realizar várias ações voltadas para a população negra.
Entre suas principais ações a criação do jornal A VOZ DA RAÇA e uma escola para pessoas negras. A FBN não foi o primeiro coletivo negro no país, mas foi um dos mais importantes em todos os sentidos.
Teatro Experimental do Negro
A história do Teatro Experimental do Negro vai passar pela biografia de Abdias do Nascimento (1914-2011), seu fundador em 1944, que foi membro da Frente Negra no auge de seus 18 anos, e que ao longo de sua vida se dedicou a combater o racismo no Brasil.
A proposta original era formar um grupo teatral constituído apenas por atores negros, mas progressivamente o TEN adquiriu um caráter mais amplo, defendendo os direitos civis dos negros na qualidade de direitos humanos.
Movimento Negro Unificado
Um coletivo importante, que existe até hoje, o MOVIMENTO NEGRO UNIFICADO, o MNU, surgiu em 1978, em meio a manifestações pela morte de um feirante negro, Robson Silveira da Luz de 27 anos, que foi acusado de roubo, preso e torturado, morto pela polícia. Em resposta a essa ação violenta, várias pessoas se reunirão, cerca de 3 mil pessoas, em frente ao Teatro Municipal de São Paulo para pedir justiça.
E dessa ação, nasce o MNU, no meio de uma ditadura militar, com o objetivo de combater a discriminação racial no país. Foi a junção de várias entidades que buscaram se unificar para poderem pressionar a sociedade. A criação foi deliberada em uma reunião na Câmara Municipal de São Paulo. Sendo assim, o MNU se consolida como um grupo sério e legítimo.
Seus principais fundadores: Flávio Carrança, Hamilton Cardoso, Vanderlei José Maria, Milton Barbosa (meu conterrâneo e atual coordenador do MNU), Rafael Pinto, Jamu Minka e Neuza Pereira
Como um grupo/coletivo ainda existente, o MNU possui em seu site um documento com todas as suas ações, chamado de Plano de Lutas, que engloba além da educação, saúde, mulheres pretas, luta quilombola, cultura, juventude, religiosidade, política entre outras.
Géledes
Criada em 30 de abril de 1988, mesmo ano que foi promulgada a Constituição brasileira, o Geledés é uma organização voltada para discussões que tange às mulheres negras e homens negros na sociedade, que visa lutar contra as opressões: racismo, machismo e sexismo sobretudo, além de combater todas as outras opressões presentes em nossa sociedade. A atuação do Geledés se dá em diversas áreas: saúde, educação, política, mercado de trabalho, entre outros.
Atua nas iniciativas da ONU e acompanha os trabalhos da Comissão Interamericana de Direitos Humanos; participa dos esforços de diversas organizações da sociedade civil das Américas pela aprovação da Convenção Interamericana de Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos. Geledés possui status consultivo na Organização dos Estados Americanos-OEA.
O Portal Geledés é o espaço de expressão pública das ações realizadas pela organização no passado e no presente e de seus compromissos com a defesa intransigente da cidadania e dos direitos humanos, e a denúncia permanente dos entraves que persistem para a concretização da justiça social, a igualdade de direitos e oportunidades em nossa sociedade.
O Rei da Voz, Péricles, é um dos grandes nomes da música brasileira da atualidade e integra a programação do Festival Feira Preta de 2021, que começa neste sábado (20) e segue até dia 10 de dezembro. O engajamento do cantor na questão racial e a sua forma de falar de amor, o tornaram um dos titulares das trilhas sonoras do amor preto brasileiro, e não foi à toa.
Prestes a completar 35 anos de carreira, o cantor falou sobre a relação de sua música com a questão racial no Brasil, na edição comemorativa de dois anos do programa Trace Trends, na última sexta (19).
“Eu faço questão de colocar essas pautas, não só nas músicas, mas na maneira de viver”, disse o cantor, que prossegue: “O mundo mudou muito, sabemos o quanto, e temos base para a discussão. Temos hoje livros que falam sobre o assunto, faculdades que abordam a temática e estamos aptos a melhorar o mundo através da nossa ótica. Esse é o legado que temos que deixar, eu acredito nisso”, destaca.
Prestes a lançar seu novo álbum, Céu Lilás, o cantor também falou sobre suas referências na música, em especial, o período em que fez parte da banda da sambista Jovelina Pérola Negra. “A experiência com a Jovelina Pérola Negra foi…ee tenho gratidão por ela. Em um dado momento da nossa carreira, ela pegou a gente pela mão e disse: ‘Vem cá, é assim que se faz’, isso foi uma pós graduação que eu guardo em mim até hoje”, diz.
Conhecido por sua desenvoltura nas redes sociais, o cantor disse que a presença nas redes não é a primeira coisa na qual ele pensa no momento de criar um repertório. “Eu penso no reflexo que vai causar no nosso público primeiro, mas como a gente tem hoje esses aplicativos onde a gente lança uma dança, eu crio uma dança para aquilo e de alguma forma, a gente usa essas ferramentas como uma maneira de estar mais juntos”, refletiu.
O show de Péricles na Feira Preta acontece no dia 2 de dezembro, Dia Nacional do Samba e vai ser transmitido on-line, nas redes sociais da Feira.
FEIRA PRETA — Nesta edição de 2021, a Feira Preta completa 20 anos e se reafirma como o maior festival de Cultura Negra da América Latina. Em 20 dias de programação, o Festival, já consagrado como um grande fomentador do empreendedorismo negro brasileiro, conquista importantes apoiadores e entra de vez no mundo do mercado digital, levando seus colaboradores para o marketplace exclusivo do Mercado Livre.