Home Blog Page 762

Casal negro doa $5 milhões para Howard University, a principal universidade afro-americana dos EUA

0

O casal filantropo de ex-alunos da Howard University Eddie C. Brown e C. Sylvia Brown fez a maior doação de ex-alunos que universidade recebeu, no valor de US $5 milhões. O casal inclusive se conheceu e se apaixonou na época que eram estudantes nessa universidade.

“Somos extremamente gratos a Eddie e Sylvia por terem feito este presente histórico para a Howard University”, disse o presidente da Howard University, Dr. Wayne A. I. Frederick, em uma declaração por escrito onde destacou que a doação foi feita para um programa específico que ajuda estudantes carentes, o GRACE. “O subsídio GRACE ajudou a eliminar as barreiras financeiras para a educação dos alunos de Howard, e estou emocionado que os Browns foram inspirados a doar uma doação tão generosa a este importante fundo. Minha esperança é que os alunos sejam inspirados por sua história e generosidade e que outros em nossa comunidade de ex-alunos considerem as muitas maneiras como eles também podem impactar as gerações atuais e futuras de alunos Howard.”

O casal Eddie C. Brown e C. Sylvia Brown

Desde o início da bolsa, a Universidade viu um aumento médio de 17% na retenção e uma taxa média de graduação em quatro anos de 78%, o que equivale a um aumento de 32% em comparação com alunos da mesma categoria financeira que não receberam os fundos GRACE.

“Melhor corpo da minha vida”: Will Smith compartilha resultados de sua jornada pela boa forma

0
Foto: Reprodução Instagram

A família Smith não tem mede de expor suas vulnerabilidades. Will Smith, 53 anos, usou sua conta no Instagram em meados de abril para compartilhar com seus fãs sua insatisfação com o seu corpo. “Este é o corpo que me carregou por toda uma pandemia e incontáveis ​​dias pastando na despensa. Eu amo esse corpo, mas quero me sentir melhor. Chega de muffins da meia-noite. É isso”, dizia a legenda postada pelo ator.

Neste domingo, 17, Will voltou as redes para compartilhar os resultados de uma mudança de estilo de vida que inclui acordar muito cedo para malhar além da reeducação alimentar. Smith disse que finalmente alcançou o melhor corpo da sua vida.

Além do treinos na academia e corrida, o vídeo compartilhado pelo nosso eterno Fresh-Prince inclui meditação e Yoga.

Vale lembrar que a mudança de estilo de vida de Will Smith inspirou muitas pessoas ao redor do mundo, incluindo celebridades Marlon Wayans (‘Todo Mundo Em Pânico‘) e Anthony Anderson ( Black-Ish)

Feira Preta celebra 20 anos em parceria com Facebook e anuncia sua próxima edição

0

Pretahub e Facebook acabam de selar mais uma parceria e dessa vez para celebrar um marco: juntos promovem a 20ª edição da Feira Preta, maior evento de cultura e empreendedorismo negro da América Latina. 

Sob o tema ‘Existe um futuro preto e ele não se constrói sozinho’, a celebração dos 20 anos do festival terá 20 dias de programação 100% online, com transmissões via Facebook e Instagram de shows, palestras, videomapping, workshops e a tradicional feira de empreendedorismo. Além disso, a parceria expande o alcance da Feira Preta nas redes sociais com uma agenda repleta de atividades antes e durante o evento, abrindo espaço para criadores de conteúdo, influenciadores e Grupos do Facebook. 

“Nesses 20 anos a Feira Preta vem sendo construída a muitas mãos, em conjunto com pessoas e instituições privadas e públicas que nos ajudam a contar essa história e chegar a cada vez mais pessoas. A parceria com o Facebook já vem de alguns anos e, agora, se estende ainda mais com a co-realização desta edição. Afinal, existe sim um futuro preto, porém ele não se constrói sozinho. Celebrar as duas décadas da Feira Preta junto a uma empresa como o Facebook  é revolucionário!”, comemora Adriana Barbosa, fundadora da Feira Preta e CEO da PretaHub.

A Feira Preta 2021 acontece de 20/11 a 10/12 e entre as atrações confirmadas até o momento estão os shows de Péricles, Liniker, Tasha & Tracie e Afrocidade, além de uma parceria com o British Council para celebrar a luta pelos direitos das comunidades LGBTQIA+ por meio de artes, música, dança e moda do Brasil e do Reino Unido. A edição conta, ainda, com milhares de produtos de empreendedores de todo o país que estarão à venda no Marketplace Feira Preta. 

Para conferir a programação completa, acesse www.feirapreta.com.br.

Um banco digital resolveu dar uma assinatura da Wolo.Tv, canal de conteúdo 100% negro, como benefício para os seus funcionários

0

Em passos lentíssimos, as empresas brasileiras estão começando a entender o espectro da diversidade que vai muito além de contratar o influenciador negro como cara da marca. A diversidade que faz a diferença é aquela que reconhece que reparação histórica passa também pelo investimento em empreendimentos negros.

O banco digital will bank além de investir na Wolo.TV Wolo , primeira plataforma de streaming da América Latina com conteúdo exclusivamente negro, está oferecendo a assinatura do streaming para os seus funcionários dentro do pacote de benefícios .

Para o ator, diretor e cofundador da Wolo, Licinio Januário esse apoio é fundamental. “Não basta as empresas incluírem as pessoas negras em propagandas ou ter cotas de funcionários negros, é preciso que elas visem parcerias horizontais com empresas fundadas por pessoas pretas que beneficiem o crescimento de ambas e que trabalhem para uma mudança da mentalidade de consumo do povo”, diz ele.

A Wolo oferece um catálogo focado em narrativas negras e tem como propósito descentralizar a produção audiovisual no Brasil e oferecer oportunidades de trabalho para profissionais negros do setor.
Com essa parceria os mais de mil Willers – como são chamados os colaboradores do banco – terão acesso a documentários, filmes, séries, talk-show, desenhos, entre outros conteúdos que estão disponíveis, exclusivamente, na plataforma de streamings, já que os canais abertos só apresentam histórias negras em situação de extrema vulnerabilidade ou de violência.

“Grande parte do nosso público potencial, a população desbancarizada, é negra. Para que possamos entender as necessidades dessas pessoas e oferecer produtos e serviços que realmente façam sentido, buscamos trazê-las também para dentro do will bank. Por isso, 42% dos nossos colaboradores são negros e mais de 50% das nossas contratações são de pessoas negras”, afirma Felipe Félix, CEO do will bank.

“Não é só um preto apresentador, é um preto apresentador num canal elegante”, diz Paulo Vieira sobre seu programa no GNT

0
Foto: Guilherme Lemos

Paulo Vieira estreia dia 21 de outubro, às 21h30 no GNT como apresentador do reality show culinário Rolling Kitchen Brasil e o fato dele ser negro foi um dos principais fatores pelo qual ele disse sim ao convite do canal do grupo Globo. “Gostaria muito que as pessoas nos vissem, enquanto o povo preto no nosso melhor. Não só pelo que eu entreguei de trabalho, mas o que eu entreguei como imagem. Eu queria realmente que as pessoas me vissem como queremos ser vistos. Prósperos, ricos, elegantes, bonitos”. O tema é de grande estima para o ator que cresceu admirando a química dos seus pais na cozinha. “Eu cresci vendo isso, a música tocando, cerveja no copo e os dois cozinhando juntos. Culinária pra mim é amor”, descreve o ator e apresentador que conversou com o site Mundo Negro sobre esse novo desafio em sua carreira.

“Rolling Kitchen Brasil” é um reality show gastronômico feito por casais famosos que gostam de cozinhar. No programa essas duplas devem preparar duas receitas complementares e de um mesmo tema. No entanto, cada um deles estará em uma cozinha separada. Para animar a competição, a cada quinze minutos, o palco gira 180 graus e um assume a cozinha do outro, preparando o prato de comida do ponto em que seu par parou. O melhor prato, vence a competição. “O programa também usa esse game para falar de relacionamento, de amor, de todas as formas de amor, enaltecer o amor. Que é o ingrediente principal do relacionamento”, detalha Paulo.

Nessa entrevista exclusiva, ele conta mais detalhes sobre o impacto desse novo desafio na sua vida profissional, como o fato de ser negro impactou nas suas escolhas e ainda nos conta quem manda bem na cozinha da casa dele.

Mundo Negro – Pela primeira vez você vai assumir um programa sozinho e em realities o apresentador têm uma grande responsabilidade pela dinâmica da apresentação. O que te ajudou a conduzir o The Rolling Kitchen? Foi seu lado ator, coisas que você assistiu e pegou como referência , a curiosidade  sobre a harmonia entre os casais na cozinha ou nada disso?

Paulo Vieira:O que me ajudou a conduzir o programa foram os meus anos de talk show. Passei quase três anos ao lado do (Fábio) Porchat e ele me confiava bastante responsabilidade. Tanto que no final, a gente quase que dividia todo o programa. E também porque o Fábio é uma pessoa muito generosa, a ponto de eu assumir o programa. Uma vez ele tava viajando e eu fiz um ao vivo, com o Gugu. Esse tempo de show, de programa diário foi o que mais me ajudou. Até falei para ele o quanto aquilo tinha sido importante pra mim.

2) Um homem negro conduzindo um reality com uma pauta tão levre e divertida é raro de se ver na TV. A questão da representatividade é algo que você reflete sobre ao abraçar os seus projetos? Você pensa na audiência negra que se sente contemplada pelo o que você representa e num canal tão relevante? Do outro lado como audiência, como é essa questão para você?

Não dá pra você ser artista negro no Brasil e não pensar na pauta racial. Isso tá sempre comigo. Inclusive, foi um dos motivos que me fizeram aceitar estar nesse programa. Aos poucos, a gente tem deixado para trás a falta de pretos apresentadores na televisão. Tem de ter mais! Me vi com esse convite na minha mesa e o fato desse combate estar tão quente, foi o motivo de aceitar o desafio. Assumi essa responsabilidade e não queria fugir dessa luta, não só apresentar um programa no Grupo Globo, como de estar a frente de um programa no canal mais chique do grupo, que é o GNT. Não é só um preto apresentador, é um preto apresentador num canal elegante. E eu quis fazer por onde. Caprichei nos looks, na apresentação. Gostaria muito que as pessoas nos vissem, enquanto o povo preto no nosso melhor. Não só pelo que eu entreguei de trabalho, mas o que eu entreguei como imagem. Eu queria realmente que as pessoas me vissem como queremos ser vistos. Prósperos, ricos, elegantes, bonitos…

Foto: Guilherme Lemos

3) Na vida real, cozinhar juntos pode ser tão legal quanto sair para jantar.  Pelo o que você tem visto no seu programa ou que pode dar mais certo e o que pode dar mais errado quando um casal decide cozinhar junto. 

 “A questão é que tudo isso cai por terra quando você coloca o fator competição. Porque, a partir do momento em que a pessoa errar uma receita, não é um problema. Mas, a partir do momento que você está competindo com um outro casal, aí que a coisa apimenta. A competição é o que mais movimenta esse programa. Principalmente quando você tem casais extremamente competitivos, que é o caso dos nossos. O programa também usa esse game para falar de relacionamento, de amor, de todas as formas de amor, enaltecer o amor. Que é o ingrediente principal do relacionamento.

4) Como é a sua relação com a cozinha? Gosta mais de doce ou salgado? Você e sua esposa têm o hábito de cozinhar juntos e quais são os pratos que você acha que feitos em casa ficam mais gostosos do que comer fora ou pedir pelo aplicativo?

Cozinha pra mim é afeto. Então, tem tudo a ver falar de amor e usar a cozinha como cenário pra isso. A minha vida foi ver meus pais cozinhando juntos. Inclusive competindo. Porque meus pais têm uma briga de quem faz o melhor tutu, o melhor macarrão. A gente precisa ficar dando postos quase como orda culinária. Eu cresci vendo isso, a música tocando, cerveja no copo e os dois cozinhando juntos. Culinária pra mim é amor. Eu gosto muito de cozinhar. Adoro cozinhar para as pessoas que eu amo. Não sei escolher entre doce e salgado. É a mesma coisa que pedir para uma mãe escolher um filho pra morrer.  Eu não consigo escolher, todos têm espaço no meu coração. Cozinho para a Ilana, porque ela não sabe fazer nada na cozinha. Minha vida é alimentar aquela garota. Nunca pediria no aplicativo uma comida de casa: arroz, ovo frito, feijão. O aplicativo nunca vai conseguir trazer um ovo frito igual ao da sua mãe. O dia que isso acontecer é porque o mundo tá acabando e tá acontecendo alguma coisa muito errada. Então comida de casa é em casa.

Dia mundial da alimentação será marcado por distribuição de alimentos em dez estados brasileiros

0

O Dia Mundial da Alimentação será celebrado no próximo sábado, 16 de outubro. No Brasil, um dos maiores produtores de alimentos do planeta, os números da fome estão em crescimento.

A Campanha #TemGenteComFome, nascida no seio de organizações do movimento negro, foi lançada em março de 2021 para enfrentar a fome e auxiliar famílias brasileiras naquilo que é um direito humano básico: a alimentação. 

Com os R$ 18 milhões captados nos primeiros seis meses, 130 mil famílias receberam ajuda e foram distribuídos mais de 54 mil cartões de alimentação, 29 mil cestas básicas e 55 mil cestas com produtos orgânicos nos 27 estados. Os recursos também ajudaram a garantir empregos e renda para armazéns e mercadinhos locais e para agricultores familiares.

Para marcar a data internacional do dia 16/10 e lembrar a todos que a fome ainda está no horizonte diário de quase metade da nossa população, a campanha fará uma grande ação de distribuição de cestas básicas em 10 territórios simultaneamente: Rio Branco (AC), Maceió (AL), Salvador (BA), Cariacica (ES), Cuiabá (MG), Altamira (PA), Picos (PI), Porto Alegre (RS), Baixada Fluminense (RJ) e Zonas Sul e Leste de São Paulo (SP).

Um dos porta-vozes da campanha, o historiador Douglas Belchior afirma: “Não é possível não se revoltar com essa realidade de pessoas pegando ossos para comer num país que produz tanto alimento. O papel da sociedade civil é continuar se mobilizando e exercitando a solidariedade ativa ao mesmo tempo em que cobra o governo, cobra responsabilidade daqueles que dirigem os cofres públicos e que deveria estar investindo agora, neste minuto, para enfrentar a fome.”

A campanha, que ganhou a adesão de nomes como Gilberto Gil, Emicida, Camila Pitanga, Antônio Pitanga, Zeca Pagodinho, Sueli Carneiro, Elza Soares, entre outros, foi inspirada pelos versos do poeta Solano Trindade: “Se tem gente com fome, dá de comer”.

A ação do dia 16/10 será também o lançamento da segunda etapa deste grande movimento liderado pela Coalizão Negra por Direitos e por parceiros como Anistia Internacional, Oxfam Brasil, Redes da Maré, Ação Brasileira de Combate às Desigualdades, @342Artes, Nossas-Rede de Ativismo, Instituto Ethos Orgânico Solidário, Grupo Prerrogativas e Fundo Brasil. A campanha#TemGenteComFome é auditada pela empresa PP&C, que integra a holding Nexia.

Dois policiais civis são denunciados por uma das mortes na operação do Jacarezinho

0

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou na noite desta quinta-feira (14) dois policiais civis por uma das 28 mortes da operação no Jacarezinho, em 6 de maio, considerada a mais letal da história do estado.

Os dois agentes responderão pelo óbito de Omar Pereira da Silva, no Beco da Síria. Um dos denunciados responderá pelos crimes de homicídio doloso e fraude processual. Outro agente é acusado pelo crime de fraude processual.

Os policiais denunciados são Douglas de Lucena Peixoto Siqueira e Anderson Silveira. De acordo com a denúncia, Douglas cometeu homicídio e fraude e Anderson Silveira cometeu fraude.

As fraudes que teriam sido cometidas foram:

  • remoção de cadáver
  • apresentação falsa de uma pistola glock .40 e um carregador
  • inserção de uma granada que, segundo os policiais, estaria em posse de Omar

Na comunicação da ocorrência, os policiais afirmaram que a vítima, antes de morrer, atirou uma granada contra eles. Douglas admite no registro de ocorrência do caso que foi ele que atirou em Omar.

A denúncia aponta crime de homicídio qualificado por dificultar a defesa da vítima (que já estava encurralada, desarmada e com um tiro no pé) e fraudes na lei 13869, de2019, artigos 23 e 25 (abuso de autoridade).

Informações são do G1.

Cozinheirinhos da Diáspora: Chef Aline Chermoula lança livro infantil inspirado na Culinária Africana nas Américas

0
Foto: Reprodução.

Livro poderá ser adquirido no site da Amazon

No próximo dia 23, a chef Aline Chermoula lança livro de culinária infantil para ajudar as famílias a reforçarem laços de afetividade a partir das práticas alimentares da culinária afrodiaspórica. A receitas são práticas e fáceis apresentam ingredientes muito utilizados nas cozinhas africanas e brasileiras, como abóbora, coco, inhame, batata doce e quiabo.

Cozinheirinhos da diáspora: saberes e sabores de nossa culinária ancestral e afetiva, é um livro  ilustrado e interativo. A obra também ressalta instruções de boas práticas em cozinha, destacando os cuidados necessários para cozinhar prevenindo acidentes.

Mãe de duas crianças, Malu e Pedro, Aline sabe como pode ser desafiador introduzir alimentos na faixa de idade, entre os 2 e 12 anos. O paladar se forma em um ambiente competitivo, onde estímulos externos como propagandas de alimentos industrializados são bem comuns. Por isso, ela acredita que contar um pouco da história de cada ingrediente pode deixá-lo mais atrativo para esse público.

“Quero que as famílias levem as crianças mais vezes para a cozinha e pratiquem receitas que exaltam também a contribuição dos africanos na culinária do Brasil. Os pratos que eu cito no livro são nutritivos, saborosos e  carregados de um legado cultural que precisa ser conhecido desde cedo”, explica a Chef.

Aline é pesquisadora da Culinária da Diáspora Africana pelas Américas, e no livro trabalha ingredientes diversos da diáspora africana em receitas práticas e modernas, como saladas, requeijão, bolos, sucos e panquecas.

O livro Cozinheirinhos da Diáspora, em formato e-book estará disponível para compra na plataforma Amazon, por R$ 25,00.

SERVIÇO:

Lançamento do Livro Cozinheirinhos da Diáspora

Dia 23/10, sábado, das 16h às 17h.
Ao vivo, na plataforma Zoom. 
Para crianças de 2 a 12 anos, acompanhadas os responsáveis 
Inscrições a partir de 15/10, em inscricoes.sescsp.org.br.

Vagas limitadas. 
Livre. Grátis. 

Estudo mostra como o racismo prejudica o desenvolvimento de crianças negras

0
Foto: IStock

Crianças submetidas a preconceitos e discriminações podem ter problemas emocionais e físicos. Educação Infantil pode ser um agente no combate e prevenção à discriminação

Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 56,3% dos brasileiros se declararam pretos ou pardos em 2019. Essa maioria da população sofre e é prejudicada indistintamente com o racismo, que começa ainda na infância. As crianças pequenas são as primeiras a sentir seus efeitos e a educação infantil pode ter um impacto importante sobre isso.

É isso o que aponta a publicação inédita  Racismo, Educação Infantil e Desenvolvimento na Primeira Infância “, estudo lançado pelo Núcleo Ciência Pela Infância (NCPI) durante o IX Simpósio Internacional de Desenvolvimento da Primeira Infância .

Para contribuir com a adoção de políticas públicas afirmativas de combate à discriminação racial, o estudo dissemina conhecimento científico sobre os efeitos do racismo estrutural no desenvolvimento das crianças negras em seus primeiros seis anos de vida.

O estudo, coordenado por Lucimar Dias, pedagoga e Professora Associada da Universidade Federal do Paraná (UFPR), mostra que a educação infantil é um dos primeiros e mais importantes ambientes de socialização da criança e é nesse espaço que ocorrem as interações sociais que impactam diretamente o desenvolvimento dos pequenos. Nesse contexto, relações saudáveis podem contribuir positivamente para a aprendizagem, enquanto experiências negativas são prejudiciais.

De acordo com a publicação, se as crianças convivem em espaços que oferecem como experiência relações sociais em que a imagem do negro é construída a partir de referências negativas, é de se esperar que isso afete seu desenvolvimento emocional.

Um dos principais impactos, aliás, se dá justamente na aceitação da imagem. É na primeira infância que o ser humano começa a notar as diferenças físicas. Sendo assim, é fundamental que nesse período a criança se sinta aceita, acolhida e valorizada. “Quando a criança passa por uma situação racista, ela pode construir um sentimento de desvalorização, de rejeição da própria imagem, de inibição e dificuldade de confiar em si mesma. Isso afeta, inclusive, no seu processo de socialização”, explica Lucimar.

Além disso, o racismo traz implicações negativas para a saúde mental de crianças e adolescentes, como maior incidência de sintomas de ansiedade e depressão. “Também não podemos deixar de elencar outra consequência dessa discriminação: o estresse tóxico. Essa situação pode interromper o desenvolvimento saudável do cérebro e de outros sistemas do corpo, aumentando o risco de uma série de doenças”, comenta a pesquisadora.

Estudos sugerem que doenças cardiovasculares, obesidade, diabetes tipo 2, distúrbios respiratórios e imunológicos podem ter raízes em adversidades vividas na primeira infância, como o racismo.

Papel da educação infantil no combate ao racismo

A educação tem sido um importante lugar de reprodução deste problema, mas ela também pode contribuir para ser espaço de mudança. Segundo a publicação, o racismo está presente em diálogos e ações no cotidiano de crianças e educadores. Nesse sentido, um processo educacional que desconsidera esse fator, expõe os pequenos ao risco.

Nesse ambiente, diferenças como cor da pele, tipo de cabelo e gênero afetam a socialização, contribuindo para a aproximação, aceitação ou proibição em um grupo social. “Um dos casos mencionados no estudo, por exemplo, traz a história de uma criança que ficou sem dormir após ter seu cabelo comparado ao de uma bruxa. É importante que os professores estejam preparados tanto para identificar e agir em situações como essa não se repitam quanto para acolher a criança que sofreu essa a violência”, comenta Lucimar.

Para a acadêmica, uma das causas da propagação do racismo é não incluir questões de raça como uma variável fundamental na formação dos profissionais da educação infantil. Isso permite que crianças negras deixem de ser protegidas e prejudica a construção da identidade positiva delas , prevista inclusive nos princípios éticos da educação infantil. “Estudos têm demonstrado que formações de professores voltadas à educação das relações étnico-raciais leva os profissionais a mudarem suas práticas e estarem mais atentos a necessidades pedagógicas que respeitem a identidade racial negra”, diz.

Vale ressaltar que, no Brasil, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNE). instituem a obrigatoriedade da inserção da cultura afro-brasileira e africana nos currículos e incluem a educação das relações étnico-raciais. Essas normativas ajudam a combater o racismo nas interações sociais das crianças e ajudam na construção de identidade negra.

Para conferir o estudo Racismo, Educação Infantil e Desenvolvimento na Primeira Infância, basta clicar aqui

Dia do Professor: Conheça Antonieta de Barros, a deputada negra que criou a data no Brasil

0
Antonieta de Barros. Foto: Reprodução.

Por Reinaldo Calazans

Mulher preta, filha de pessoas escravizadas, Antonieta de Barros sempre lutou e acreditou que os professores são agentes de mudanças na sociedade. Ela nasceu em Florianópolis, Santa Catarina em 11 de junho de 1901, filha de Catarina e Rodolfo de Barros. Foi criada pela sua mãe, pois ficou órfã muito cedo. Sua mãe trabalhou como doméstica na casa do político Vidal Ramos, o que facilitou nos estudos, aos cincos anos de idade foi alfabetizada numa escola particular.

Na finalidade de ajudar pessoas carentes, ela fundou o curso particular Antonieta de Barros, em 1922. Sofreu muito na sociedade, por ser mulher preta e pela sua classe social. Mulher corajosa em demonstrar seus ideais, ela venceu o preconceito e foi considerada umas das melhores educadoras da sua época.

Uma carreira promissora fez com que ela entrasse para a nossa história, criou e dirigiu o jornal A Semana, em Florianópolis, mantido até 1927. Assumiu o mandato de deputada estadual de 1935 a 1937. Trabalhou muito e logo instituiu o Dia do Professor, celebrado em 15 de Outubro, e o feriado escolar (Lei Nº 145, de 12 de outubro de 1948).

Uma das suas frases mais marcantes sem dúvida é “Educar é ensinar os outros a viver; é iluminar caminhos alheios; é amparar debilitados, transformando-os em fortes; é mostrar as veredas, apontar as escaladas, possibilitando avançar, sem muletas e sem tropeços; é transportar às almas que o Senhor nos confiar, à força insuperável da Fé.”

Que mulher, salve, salve Antonieta.

error: Content is protected !!