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Amazon confirma a segunda temporada de Manhãs de Setembro, estrelada por Liniker

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Foto: Divulgação

Uma ótima notícia para quem prestigia a produção audiovisual brasileira. O Amazon Prime Video confirmou o início da produção da segunda temporada da série Manhãs de Setembro protagonizada pela cantora e compositora Liniker. A nova temporada aborda os desdobramentos da vida de Cassandra ( Liniker) que viu sua vida mudar com a chegada de Gersinho, seu filho, acontecimento que comprometeu sua vida amorosa, financeira e profissional.  

Além de Liniker, o elenco da segunda temporada de Manhãs de Setembro conta novamente com Thomas Aquino, Karine Teles, Gustavo Coelho, Gero Camilo, Paulo Miklos, Clodd Dias, Isabela Ordoñez, Clébia Souza, Inara Cristina, Elisa Lucinda, Linn da Quebrada, Divina Nubia e Danna Lisboa. Assim como na primeira temporada, o roteiro é de Josefina Trotta, Alice Marcone e Marcelo Montenegro, com direção de Luis Pinheiro e Dainara Toffoli.

Nova temporada é produzida novamente pela O2 Filmes, com roteiro de Josefina Trotta, Alice Marcone e Marcelo Montenegro; Luis Pinheiro e Dainara Toffoli voltam a dirigir os episódios.

Será que se casam? Carolina e Hudson representam o amor preto no “Casamento às Cegas Brasil”

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Imagem: Alisson Louback/NETFLIX

Brasileiro ama um reality show e o Casamento às Cegas, que estreou dia 6 de Outubro na Netflix é sobre romance, amor e a pergunta que ainda não tem resposta: o amor é cego?

Dos 16 casais participantes, só 10 saem noivos do experimento e mesmo sem nunca terem se visto antes do pedido de casamento, um casal negro se formou: a advogada Carolina Novaes e o empresário Hudson Mendes. Os dois são paulistas, ela tem 30 e ele 27.

Ainda nas cabines, fase inicial do experimento em que os casais conversam tendo entre eles uma parede, que impossibilita que eles se vejam, era possível ver a sintonia entre Carol e Hudson que tem em comum o amor pela família.

Foto: Reprodução

Enquanto o empresário vem de um lar com pai e mãe presentes, a advogada tem um relacionamento complicado com pai e foi criada pela mãe. “Se ele nunca foi nos meus aniversários, nas formaturas, porque vou chamá-lo para o meu casamento?”, argumentou Carol em um momento no reality. Para o seu noivo, o distanciamento de sua escolhida de seu pai seria uma pedra no sapato, o que não faz muito sentido.

Em uma parte do experimento, quando o casal fica uma semana em um resort para se conhecer melhor, algumas diferenças começaram a aparecer. Carol é assumidamente uma ativista do movimento negro e feminista. E mesmo sendo a única mulher negra “finalista” do programa, a advogada é firme em suas convicções como quando, por exemplo, ela questionou o garçom e perguntando por que servem o champanhe primeiro aos homens e não as mulheres.

“Ela fala muita coisa que eu não sabia”, disse Hudson mais de uma vez sobre os posicionamentos de sua noiva sobre as questões raciais. Já no ponto de vista do feminismo, os questionamentos de Carol não são vistos de forma tão amistosa.

Foto: Reprodução

Outra diferença entre o casal é o momento de suas carreiras. Enquanto Hudson parece ainda estar se encontrando, Carol atua em sua área, o Direito, e é presidente da Comissão da Igualdade Racial da Ordem dos Advogados do Brasil, em Pinheiros. Nesta quarta-feira,19, o programa termina exibindo os episódios finais onde saberemos se a Carol e Hudson se casam poucas semanas depois do primeiro encontro.  Ficando juntos ou não a verdade é que, individualmente os dois representaram bem a comunidade negra, mostrando consciência racial, respeito à família e suas origens e claro, esbanjando beleza e estilo.

“Acho que não é pra mim”, diz Jamie Foxx sobre casamento

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Foto: Getty Images.

Um dos solteiros mais cobiçados de Hollywood, Jamie Foxx, de 53 anos acha que casamento não é pra ele e não é algo que esteja realmente em seus planos. Pai de duas filhas, ele acha que “a família tradicional, crianças, van e casa de campo, acho que não é para mim”.

O ator é pai de duas filhas: Corrine, de 27 anos, e Annalise, de 12. Durante entrevista concedida ao E! News, ele disse que acredita que essa decisão, inclusive, é a melhor para seu relacionamento com elas. “Muitos casamentos acabam não dando certo quando os filhos crescem, e já vimos crianças sendo separadas de suas famílias”, pontuou Foxx se referindo a casamentos de amigos.

Sobre a relação dele com as filhas, ele foi categórico: “Nós, na verdade, ficamos mais juntos. Não sei o que é, só sei que é diferente, mas é muito amor”. O ator também revelou que faz questão de ter sua família expandida sempre por perto.

“Foi planejado ter toda a minha família morando comigo, porque não quero que vivam longe da minha situação”, explicou Foxx. “Eu quero que eles vejam e compartilhem as coisas pelas quais eu passo. Há muito trabalho duro, há muita decepção, mas há muitas coisas para comemorar.”

Jamie Foxx foi a inspiração para a série Netflix de Corrine, Meu pai e outros vexames e acaba de lançar o livro Act Like You Got Some Sense, “Aja como se você tivesse noção”, em tradução livre.

“Infelizmente essa é a forma que o sistema te boicota”: Ludmilla cancela sua participação no Prêmio Multishow depois do anúncio dos indicados

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Foto: Reprodução.

A cantora Ludmilla cancelou sua participação no Prêmio Multishow deste ano e desabafou nas redes sociais sobre a realidade das indicações de artistas negros e LGBT às principais categorias de prêmios no Brasil. Reação da cantora vem após o anúncio dos indicados das categorias principais do Prêmio. Na postagem, Ludmilla apresentou uma série de números e dados que embasam seu posicionamento enquanto uma das cantoras brasileiras mais relevantes no cenário atual.

“Sou a primeira cantora negra da América Latina a acumular 1 bilhão de streams só no Spotify, hoje são mais de 1.5 bilhão de plays nas plataformas. Meus clipes somam 2.5 bilhões de views, Rainha da Favela ficou meses entre as músicas mais tocadas. São os números que falam!”, começou a cantora.

Lud continuou enumerando os feitos de sua carreira e citando o “Numanice”, seu projeto de pagode lançado durante a pandemia e que, nas palavras da funkeira, “impactou a cultura brasileira e revolucionou o mercado do pagode de um jeito jamais visto, por ser uma mulher a frente do projeto, que garantiu o vídeo musical solo mais visto de 2021 por uma cantora pop brasileira”.

Ludmilla ainda relembrou o impacto que causou quando foi premiada em 2019. “Desde quando ganhei a primeira vez e impactei todo o sistema por ser a primeira cantora negra a ser indicada e a vencer essa categoria em 26 anos de prêmio, uma representante das minorias, uma cantora negra, bissexual, funkeira, periférica, nunca mais fui indicada na categoria “Cantora do Ano”. Infelizmente essa é a forma que o sistema te boicota!”, prosseguiu.

Por fim, a cantora cancelou sua participação na Premiação. “Venho por meio desse tweet avisar a todos e ao @multishow que não me apresentarei mais no prêmio esse ano. Obrigada pelo convite, mas onde não sou bem vinda prefiro não estar só por educação”, concluiu.

Rebeca Andrade tem 100% de aproveitamento e se classifica para as finais dos três aparelhos em que competiu

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Foto: Fernando Frazão/ Agência Brasil.

Na madrugada de terça-feira (19), Rebeca Andrade fez história mais uma vez e se classificou para as finais do Mundial de ginástica artística em Kitakyushu, no Japão. A atleta competiu em três aparelhos e se classificou em todos eles.

No salto sobre a mesa, Rebeca recebeu notas de 14.900 e 14.700. Garantiu a média de 14.800 e ficou em primeiro lugar na tabela. Ela também ficou em primeiro lugar nas barras assimétricas, com 15.100 pontos.

https://twitter.com/cbginastica/status/1450289490669576200

“Meu salto foi melhor que no treino de pódio. Eu estava me sentindo melhor mesmo. Com um pouco mais de tempo, acho que consegui sentir melhor o aparelho e ter um controle melhor na hora. Consegui sentir o meu corpo. Foi muito bom”, avaliou a campeã olímpica.

Na trave Rebeca também garantiu uma vaga na final. Ela terminou com nota de 13.400 empatada com a japonesa Mai Murakami em 8º lugar.

No sábado, às 4h45 (horário de Brasília), a campeã olímpica vai buscar a sua primeira medalha em um Mundial, no salto, e depois disputa a final das barras. No domingo, tenta um pódio na trave.

Manter ou não o nome do ex? Torrei Hart, ex de Kevin Hart trouxe de volta essa discussão

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Torrei e Kevin Kart - Foto: Reprodução

Torrei Hart, a ex-esposa do comediante Kevin Hart manterá o sobrenome do famoso ex e a justificativa dela é bem objetiva: “para começar, o nome é meu”.

Em uma entrevista na semana passada, a atriz foi questionada por que ela ainda usa o sobrenome do ex-marido, apesar do divórcio ter acontecido há uma década.“Em segundo lugar, porque Kevin nunca pediu de volta – ele não quer que [eu] devolva”, ela continuou. “E em terceiro lugar, meus filhos não querem que eu mude meu nome.”

Assim como Kevin, Torrei também é humorista. O casal se casou em 2003 e anunciou que se separaria em fevereiro de 2010.“Meu ex-marido usou meu nome várias vezes nos seus shows de stand-up e eu tive que aceitar”. 

Os dois tiveram dois filhos juntos: Heaven, de 16 anos, e Hendrix, de 14 anos.

Kevin é casado com a atriz e modelo Eniko Hart  com quem hoje tem dois filhos, Kenzo de 3 anos e Kaori de 2 meses. Na época, Torrei disse em alguns entrevistas que Kevin estava sendo infiel e saindo com Eniko enquanto ele ainda era casado.

Ainda sobre o nome, Torrei disse que seu sobrenome famoso nunca trouxe trabalhos para ela que teve que dar um tempo na carreira para cuidar dos filhos ao mesmo tempo que carreira de Kevin progredia.

“Eu carrego o nome dele dia e noite, mas se eu ficar parada, sem fazer nada, ninguém vai me oferecer trabalho. Eu tenho que sair, estudar e me preparar para as coisas acontecerem”, explica a comediante.

Hoje os dois mantém um relacionamento saudável e amigável.

Dona Ruth: Festival de Teatro Negro de São Paulo celebra cem anos de Ruth de Souza com programação artística e oficinas

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Foto: Divulgação.

Para celebrar o centenário de Ruth de Souza, Elisa Lucinda apresenta experimentação cênica audiovisual inédita

A Oficina Cultural Oswald de Andrade recebe atividades da 3ª edição do Dona Ruth: Festival de Teatro Negro de São Paulo entre os dias 23 e 31 de outubro. O espaço localizado no Bom Retiro, centro de São Paulo, faz parte das Oficinas Culturais, programa da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e gerenciado pela Poiesis, que realiza programação totalmente gratuita para a fruição e formação artística.

Neste ano, o Dona Ruth: Festival de Teatro Negro de São Paulo ocupa a Oficina Cultural Oswald de Andrade com debates relacionados à crítica e criação teatral, metodologias de pesquisa e uma apresentação inédita para celebrar os 100 anos que a atriz Ruth de Souza (1921-2019) completaria, como um resgate da sua vasta contribuição nas artes cênicas.

Além da Oficina Cultural Oswald de Andrade, a 3ª edição do Dona Ruth: Festival de Teatro Negro de São Paulo contará com atividades on-line e presenciais do Itaú Cultural, SESC SP (Sesc Interlagos, Sesc Santo Amaro, Sesc Ipiranga); da Secretaria Municipal de Cultura (Teatro João Caetano e Teatro Cacilda Becker); e do Museu Afro Brasil. Saiba mais sobre todas as atrações no site do festival (clique aqui ).

Confira a programação que a Oficina Cultural Oswald de Andrade recebe:

A atividade formativa Quilombo artístico-pedagógico – A crítica como pensamento e criação, nos dias 23 e 24, 30 e 31 de outubro, sábados e domingos, das 10h às 13h, busca incentivar a reflexão dos participantes sobre a crítica teatral como lugar de pluralidade das estéticas negras, a partir da análise de suas peças teatrais e performances contemporâneas. Também propõe a crítica como um espaço para colaborar com mais histórias e teorias do teatro brasileiro, questionando a ideia de Brasil e redistribuindo imaginários estéticos, éticos, políticos, dentre outros olhares. Com mediação da atriz e crítica de teatro Soraya Martins e pelo Zoom, as inscrições ficam abertas neste link .

Foto: Divulgação.

O ato artístico Eu, Ruth de Souza será apresentado por Elisa Lucinda, atriz, poeta, escritora, jornalista e cantora, no dia 25 de outubro, segunda-feira, a partir das 20h, no YouTube das Oficinas Culturais. Não é necessária inscrição para assistir e interagir. Eu, Ruth de Souza é uma síntese da carreira dessa dama do teatro. Primeira atriz negra brasileira a pisar no palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. A atriz Elisa Lucinda recolheu alguns aspectos e fatos da carreira da artista e as incorporou para viver um pouco a nossa Ruth e trazê-la com suas histórias para nós. A edição 2021 do festival destaca o encanto, sonho e permanência como geradores da trajetória de Ruth de Souza e o ato de narrar sua trajetória traz forças contra narrativas em um país afundado, desde a sua fundação, na violência de raça e de gênero.

Entre os dias 26 e 28 de outubro, terça a quinta-feira, das 18h às 20h, será a vez do Quilombo artístico-pedagógico — narrativas de si: metodologias de pesquisa biográfica de Ruth de Souza. Como estudar as relevantes trajetórias de estrelas negras das artes cênicas brasileiras? Por que a livre escolha de um ofício ganha dimensão política e histórica? Essas e outras questões serão pensadas na atividade coordenada por Julio Claudio da Silva, historiador e doutor em História Social pela Universidade Federal Fluminense, biógrafo de Ruth de Souza é o escritor da obra Uma Estrela Negra no Teatro Brasileiro (2017), e por Sandra Almada, jornalista, professora universitária, escritora, Mestre em Comunicação e Cultura pela Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO/UFRJ). Autora de “Damas Negras”, com as trajetórias de vida e profissional das atrizes Ruth de Souza, Zezé Motta, Léa Garcia e Chica Xavier. As inscrições estão abertas aqui .

Os estudos das biografias têm despertado interesse entre diversos profissionais, de historiadores a antropólogos e ao público em geral. As memórias e biografias das personagens negras tem se destacado neste segmento, ainda mais pelas demandas dos movimentos negros e da aplicação da Lei 10.639/03. Assim, o objetivo desta atividade é discutir algumas possibilidades de pesquisa de cunho biográfico e socializar experiências de investigação sobre a trajetória da artista Ruth de Souza, a partir das narrativas de si e de outras pessoas, presentes em fontes orais, e ainda em acervos privados e públicos com registros de suas trajetórias.

Dona Ruth: Festival de Teatro Negro de São Paulo é considerado o primeiro festival dedicado à produção e pesquisa teatral feita por artistas negros na região paulistana, agindo como um território de expressão, encontros, reflexões, diálogos e fruição entre o público, artistas, coletivos e companhias. Ruth de Souza foi a primeira atriz negra a se apresentar no Theatro Municipal do Rio de Janeiro com o Teatro Experimental do Negro (TEN), a primeira brasileira indicada como melhor atriz no Festival de Veneza de 1954 pela atuação em Sinhá Moça e tem mais de 80 trabalhos distribuídos no teatro, no cinema e na televisão.

Serviço:

Dona Ruth: Festival de Teatro Negro de São Paulo na Oficina Cultural Oswald de Andrade

Quilombo artístico-pedagógico – A crítica como pensamento e criação
Com Soraya Martins
23 a 31/10 – sábados e domingos – 10h às 13h
Classificação indicativa: maiores de 18 anos

Inscrições: Até 20/10 – aqui
Plataforma: Zoom | Vagas:15 | Seleção: Análise da ficha de inscrição.

Eu, Ruth de Souza
Com Elisa Lucinda
25/10 – segunda-feira – 20h às 20h30
Classificação: livre
Plataforma: YouTube Oficinas Culturais.
Sem necessidade de inscrição.

Quilombo artístico-pedagógico — narrativas de si: metodologias de pesquisa biográfica de Ruth de Souza

Com Julio Claudio da Silva e Sandra Almada.
26/10 a 28/10 – terça a quinta-feira – 18h às 20h
Classificação indicativa: maiores de 18 anos
Inscrições: Até 22/10 – aqui

Plataforma: Zoom | Vagas: 30 | Seleção: Por ordem de inscrição | Análise da ficha de inscrição

“Vivi uma linda história de amor com uma mulher”, ex-Rouge Aline Wirley fala sobre bissexualidade em entrevista

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Foto: Reprodução.

Aline Wirley, ex-integrante do grupo Rouge, falou em entrevista ao Quinta Pod, de Kelly Key, sobre um relacionamento que ela já viveu com outra mulher.

“Um dia eu olhei pra uma pessoa, uma mulher, e falei: ‘O que está acontecendo?’ E na verdade foi um amor por aquela pessoa que brotou. E eu vivi uma história de amor muito linda com ela. Cheguei a me relacionar com ela, há muitos anos atrás.”

Questionada por Kelly Key sobre por que ela levou tanto tempo para falar sobre o assunto, ela disse: “porque ninguém nunca me perguntou”, e completou: “A gente está em um momento de desconstrução de um monte de paradigmas, hoje a gente pode ter esse tipo de conversa e isso é muito legal”.

A cantora revelou que espera que poder falar abertamente sobre esse tema ajude outras pessoas que de repente se identifiquem como bissexuais a perceberem que também podem falar sobre isso.

“Eu espero que de alguma maneira isso toque o coração das pessoas para que elas sejam mais felizes. A gente é mais feliz quando a gente está em paz com a gente mesmo. Mas a gente vive em uma sociedade muito nociva, é muito difícil ser o que a gente é dentro das caixinhas que a sociedade quer colocar a gente”, avaliou.

Colin Powell, primeiro negro secretário de Estado nos EUA, morre aos 84 anos de covid-19

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Colin Powell, primeiro negro a ser secretário de Estado dos Estados Unidos morreu devido a complicações decorrentes da covid-19, segundo postagem de sua família nas redes sociais.

“O general Colin L. Powell, ex-secretário de Estado dos EUA e presidente do Estado-Maior Conjunto, faleceu esta manhã devido a complicações da Covid 19”, escreveu a família Powell no Facebook. “Perdemos um marido, pai, avô notável e amoroso e um grande americano”, disseram eles, destacando que ele estava totalmente vacinado.

Colin Powell foi soldado do exército dos Estados Unidos, combatente na guerra do Vietnã e ingressou na administração americana quando se tornou conselheiro de segurança no governo de Ronald Reagan. Ele também se tornou o mais jovem e o primeiro negro a ser chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas e mais tarde se tornou chefe da diplomacia do governo de George W. Bush.

Embora nunca tenha apresentado uma candidatura à Casa Branca, quando Powell foi empossado secretário de Estado de Bush em 2001, ele se tornou o funcionário público negro de mais alto escalão no país até o momento, ficando em quarto lugar na linha de sucessão presidencial.

“Acho que isso mostra ao mundo o que é possível neste país”, disse Powell sobre sua nomeação que fez história durante a audiência de confirmação do Senado. “Isso mostra ao mundo que: Siga nosso modelo, e durante um período de tempo desde o nosso início, se você acredita nos valores que defendem, você pode ver coisas tão milagrosas quanto eu sentado diante de você para receber sua aprovação.”

Com informações da CNN.

Um edifício em Copacabana: uma crônica sobre não ser visto como morador por conta da cor da pele

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Foto: iStock

 Camila de Araujo*

Há trinta anos moro no mesmo prédio, na Zona Sul do Rio de Janeiro, onde minha mãe é trabalhadora doméstica. Apadrinhada pelos patrões dela, para quem sou como se fosse da família, por volta dos dez anos de idade, migrei do quartinho de empregada para o quarto que a filha do casal havia deixado ao sair de casa. O edifício é composto por dez apartamentos, um por andar.

Os quartos não são pequenos, mas também não são grandes. Há funcionários – porteiros, vigias, zeladores, manobristas que se desdobram nas funções anteriores -, vinte e quatro horas por dia. Também há câmeras de vigilância e garagens aberta e subterrânea. Ao contrário dos condomínios modernos que oferecem sauna, piscina, churrasqueira e área de lazer para os pequenos brincarem atrás das grades, a majestosa sala-de-estar, com vista para a praia de Copacabana e arejada pela brisa do mar que percorre a Avenida Atlântica, compensa os defeitos. Como os dois elevadores que enguiçam com frequência e embalam os moradores numa balada ruidosa até que o porteiro apareça – alguns moradores permanecem dentro do cubículo suspenso até que o homem de uniforme realize o simplório gesto de estender e recolher o bíceps e o antebraço.

Há três décadas estou acostumada com a sinfonia de correntes da caixa de metal. Ontem ao sair para encontrar minha namorada apertei o botão diversas vezes até que as portas pantográficas decidissem se fechar. Ali, pertinho, admirei a mulher negra de cabelos cacheados e devolvi seu olhar porque gostei do que vi ao me reconhecer através do espelho, sozinha.

Quando cheguei à portaria e sai do elevador, o tímido Wallace, como um soldado, estava atrás da porta. Antes que ela se fechasse o homem a segurou. Então, recebi na cara como um soco aquele olhar que gente como eu repara ao entrar em lojas antes de ser seguido ou em bancos quando a porta giratória trava, misteriosamente. No trajeto entre o elevador e a porta de vidro que levava a grade do prédio e à rua, me senti sob a mira da velha de cabelos tão brancos que a brancura era uma extensão da pele.

 – Pode entrar, dona – disse o porteiro.

– Vou depois que ela sair – disse a velha.

Wallace murmurou um ruído indecifrável, porém, constrangedor.

É racismo, minha senhora. Eu moro aqui também, eu poderia dizer, mas apenas atravessei a mesma porta que atravesso há trinta anos, ao contrário de gerações de trabalhadoras domésticas que saem pela porta de serviço ao final do dia. Na rua, ainda olhei para trás. A velha continuava parada ao me encarar. Havia um abismo entre nós; metros de distância, grades de segurança, uma escadaria. Contudo, seu olhar alertava que o melhor que eu podia fazer era não retornar, não invadir mais ainda um dos trechos mais caros da cidade. Só falta isso me render uma confusão, disse a mim mesma.

Olhei para frente. Pensei em minha mãe, andares acima, com vista para a máquina de lavar e o cheiro de sabão em pó na porta.

*Camila de Araujo está entre os vencedores do concurso literário Prêmio Rio de Contos e é uma das selecionadas para compor o próximo livro da Flup Cartas para Esperança. 

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