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ID_BR e Cultne lançam documentário sobre Prêmio Sim à Igualdade Racial 2022

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Foto: Documentário Prêmio Sim à Igualdade Racial 2022

O ID_BR (Instituto Identidades do Brasil) e a Cultne.TV, lançam o documentário do “Prêmio Sim à Igualdade Racial”. O filme, lançado no dia 10 de junho, conta com os bastidores da quinta edição da premiação e entrevistas com personalidades como Preta Gil, Xamã, Jorge Aragão, Ícaro, entre outros grandes nomes do cenário artístico e cultural negro e indígena.

A ideia nasceu em celebração aos cinco anos do prêmio, que começou em 2018, como uma cerimônia no Copacabana Palace e hoje é o maior evento do Brasil, que mapeia, reconhece e premia pessoas e entidades em prol da igualdade racial. Nos últimos quatro anos, o evento contou com mais de 40 mil indicações e 190 finalistas.

O documentário, com direção geral de Filó Filho, está disponível no canal do Youtube da Cultne, responsável pela captação das entrevistas e cenas nos bastidores da premiação. Criada em 2009, a Cultne.TV é o maior acervo digital da cultura negra na América Latina.

O podcast Mano a Mano apresentado pelo rapper Mano Brown e o diretor Jeferson De foram um dos vencedores desta edição no Pilar Cultura.

Mãe perde guarda da filha após levar a jovem de 14 anos a um ritual umbandista

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Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil.

Em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, uma mãe está sendo impedida, desde o último dia 20 de maio, de conviver com sua filha de 14 anos, após ter levado a adolescente para participar de um ritual umbandista. A pedido do Ministério Público, o Juiz da 2ª Vara da Infância e Juventude de Ribeirão das Neves decretou o recolhimento da adolescente em um abrigo municipal, sob o argumento de que a mãe, Liliane Pinheiro dos Santos, violou o direito da filha à liberdade religiosa.

O caso, que está sendo apontado como intolerância religiosa, começou após a adolescente sofrer um desmaio dentro da escola onde estuda. A partir disso, os representantes da instituição de ensino acionaram o Conselho Tutelar, este, que por sua vez, denunciou o caso ao Ministério Público de Minhas Gerais.

De acordo com os advogados que cuidam do processo, o Juiz se baseia num estudo que possui citações referentes ao desejo da adolescente de 14 anos em voltar a frequentar a igreja evangélica. Além disso, um boletim de ocorrência registrado por conselheiras tutelares, menciona cicatrizes na jovem. No mesmo BO, Liliane é acusada de sequestro e cárcere privado de sua própria filha.

O advogado Hédio Silva Jr., que acompanha o caso, aponta sérias inconsistências na decisão. “Não há laudo pericial de lesão corporal, apenas uma cicatriz. A mãe não foi ouvida, a menina não foi ouvida, as decisões todas foram tomadas com base em uma interpretação de uma conselheira tutelar”, declarou Hédio, em conversa com o jornalista Arthur Anthunes, para o MUNDO NEGRO. “Não tenho dúvida nenhuma de que nenhum muçulmano ou nenhum judeu perdeu a guarda [de seu filho] por conta da circuncisão e nenhum pai católico perdeu a guarda porque levou o filho à missa e viram o padre utilizando bebida alcoólica. Então, essa clivagem é uma clivagem direcionada às religiões afro-brasileiras”.

Foto: Amanda Oliveira / GOVBA.

Segundo os defensores de Liliane, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o Código Civil e a Constituição Federal asseguram aos pais o direito de definir a educação religiosa dos filhos menores. “Você repare que a mãe, de vítima, por conta de arbitrariedades do Conselho Tutelar e do Ministério Público, ela passa a ser algoz. E daí que o boletim de ocorrência vai acusar a mãe de sequestro e cárcere privado, quando, na verdade, mãe e filha estavam sendo vítimas de arbitrariedades de abuso de poder, especialmente por parte do Ministério Público”, enfatiza Hédio, que também é coordenador-executivo do Instituto de defesa dos direitos das religiões afro-brasileiras (IDAFRO).

Em nota, o IDAFRO declara que repudia toda inconsistência jurídica e racismo religioso do Conselho Tutelar e do Ministério Público ao concluírem que seria do interesse maior e mais saudável para a adolescente o confinamento em abrigo do que a convivência no seio familiar no qual convive há 14 anos. O caso segue em andamento dentro da Justiça.

“O IDAFRO existe há 5 anos mas na verdade há 30 anos nós fazemos um trabalho de advocacia pro bono em defesa das nossas religiões, atuamos em casos emblemáticos no país. O IDAFRO sobrevive de da contribuição de associados e de apoio de alguns poucos colabores”, diz Hélio. “Casos como esse lamentavelmente tendem a aumentar independentemente independentemente do resultado das próximas eleições. A gente precisa ter uma estrutura jurídica que tenha um mínimo de resposta a esse tipo de abuso, de totalitarismo, de arbitrariedade, de truculência e de atrocidade, que cada dia mais são praticadas contra as religiões afro-brasileiras”.

Bela Gil é cogitada para ser vice do Haddad em SP

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Foto: Leandro Paiva

A chef e a apresentadora Bela Gil é cogitada à vice-governadora na chapa de Fernando Haddad (PT), para o governo de Sâo Paulo nas eleições deste ano, em reuniões recentes da coordenação de Luiz Inácio Lula da Silva. Filiada no PSOL desde 2020, ela já afirmou que ficaria honrada com o convite, em entrevista a Folha de São Paulo.

“Se esse convite for feito, eu ficaria muito honrada, muito feliz, com certeza. Ouvi falar dessa história, mas ainda não conversei com o Haddad sobre isso”, disse Bela Gil. “Se isso se concretizar, seria uma felicidade, ele [Haddad] sabe da minha vontade de participar mais ativamente do governo e torço por ele muito”, ressaltou.

A chef pretendia se candidatar como deputada federal ou estadual neste ano, mas acabou desistindo. “A minha vontade de fazer política parlamentar é viva, contínua, e espero que em algum momento eu consiga me candidatar. Mas desisti de 2022”, conta.

Ligada a política, ela é militante pela causa do meio ambiente, acesso à alimentação saudável e o pai Gilberto Gil, foi Ministro da Cultura entre 2003 e 2008, durante o governo Lula.

O PSOL retirou a candidatura de Guilherme Boulos para governador para apoiar o ex-prefeito Fernando Haddad em São Paulo.

Jessilane diz que utilizará o mundo artístico para trabalhar com a educação: “Vem muita coisa boa”

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essilane durante passagem pelo São Paulo Fashion Week 2022. Foto: AG News.

Após ganhar projeção nacional por meio do Big Brother Brasil 22, Jessilane Alves passou por uma série de transformações em sua vida. A professora de biologia, que agora trabalha utilizando sua imagem como influenciadora, conta que está vivendo um momento desafiador e muito novo. “Eu não imaginava como seria a vida após o programa [BBB 22], é tudo muito intenso e eu estou aprendendo a lidar com esse novo lugar que eu me encontro e estou gostando muito“, diz Jessi em entrevista para o MUNDO NEGRO.

Nesse primeiro momento pretendo trabalhar, também no mundo artístico mas principalmente com educação, que é o que eu já fazia”, enfatiza Jessilane, ao destacar a forma como deseja apresentar sua imagem ao público daqui pra frente. “Então vou continuar sim falando sobre Libras, sistema educacional brasileiro e a própria biologia, porém de uma forma diferente, quero realizar trabalhos voltados para essas áreas, e inclusive usar o mundo artístico para promover marcas que estão diretamente relacionadas a esses assuntos, mas também estou aqui para experimentar o novo. Voltar para a sala de aula neste momento não é um dos meus objetivos, acredito que uma das formas de usar essas oportunidades que tenho agora a meu favor, é trabalhar para que eu tenha estabilidade financeira para poder um dia voltar a sala de aula tradicional única e exclusivamente por amor“.

Jessilane. Foto: Iude.

Morando em São Paulo, a ex-BBB diz que decidiu se mudar para a cidade por conta das oportunidades em torno do seu atual trabalho. “Além de ser o lugar onde as coisas acontecem em relação a trabalho, acho que possibilidade de vir para cá é muito interessante, porque eu gosto de mudanças e gosto de não me sentir sempre no mesmo lugar, então acredito que ter me mudado vai muito além disso, mexe na vida como um todo e conhecer novos ares também é importante.

Ao MUNDO NEGRO, Jessi também conta detalhes sobre seus planos para o futuro, as mudanças pós BBB, as questões sociais, o desejo em seguir carreira artística e como utilizará a educação para firmar sua imagem no mercado publicitário.

MUNDO NEGRO: Você é muito mergulhada em questões sociais, como deseja trabalhar esse seu lado agora que ganhou uma projeção tão grande com o BBB 22?
Jessilane: Eu continuarei falando sobre todas essas questões sociais que eu já levantava no programa ou que me constituem, mas agora trazendo elas para esse lugar que eu me encontro, fazendo com que elas tenham mais espaço para que a gente consiga reforçar todos esses assuntos. Um deles é a educação, e eu continuarei sendo educadora e professora, porém agora trazendo a minha profissão para esse outro lugar, espero conseguir fortalecer essas questões com a projeção que o programa me proporcionou.

Aliás, nos conte sobre seus projetos futuros, ainda pensa em voltar para a sala de aula? Se vê trabalhando no mundo artístico?
Nesse primeiro momento pretendo trabalhar, também no mundo artístico mas principalmente com educação, que é o que eu já fazia. Então vou continuar sim falando sobre Libras, sistema educacional brasileiro e a própria biologia, porém de uma forma diferente, quero realizar trabalhos voltados para essas áreas, e inclusive usar o mundo artístico para promover marcas que estão diretamente relacionadas a esses assuntos, mas também estou aqui para experimentar o novo. Voltar para a sala de aula neste momento não é um dos meus objetivos, acredito que uma das formas de usar essas oportunidades que tenho agora a meu favor, é trabalhar para que eu tenha estabilidade financeira para poder um dia voltar a sala de aula tradicional única e exclusivamente por amor.

Jessilane durante o Baile da Vogue 2022. Foto: Gabriel Renne.

Você sempre destacou a importância da educação na vida das pessoas, como você avalia o cenário brasileiro e a educação pública de forma geral?

Eu vejo que a gente tem avançado em muitas áreas da educação, entretanto em alguns pontos ainda há uma regressão. Acredito que a gente tem que continuar lutando para que a educação tenha o devido lugar e relevância que deveria ter, principalmente a educação pública brasileira, desde a educação básica até o ensino superior. A gente ainda tem que lutar muito sim, tem que levantar a bandeira, tem que ter políticas públicas favoráveis à entrada e permanência de estudantes na escola. Ainda há muito a se fazer, mas aos poucos estamos evoluindo.

Observamos que você colocou e tirou tranças depois que saiu do BBB 22, como tem aproveitado esses novos acessos a experiências ligadas a moda e beleza? Tem algo novo que você não vive mais sem?

Eu estou amando experimentar coisas novas! A saída do programa me deixou com um mundo de coisas novas para que eu possa experimentar, essas experiências ligadas à moda e beleza estão me deixando muito instigada. Recentemente veio a notícia do São Paulo Fashion Week, que me deixou super empolgada, é muito curioso porque eu nunca imaginei e agora aconteceu, estou muito feliz. Eu tenho mudado o visual, tentado experimentar mais maquiagens e looks que talvez eu não usaria, estou me dando esse espaço para experimentar e para viver o novo.

Tem algo na sua rotina antes do BBB 22 que sente falta?

Sinto falta da rotina de horários, eu estava muito acostumada com a minha rotina de acordar no mesmo horário, em dar aula das 7h da manhã às 17:30h da tarde, e agora costumo brincar dizendo que já não tenho mais um horário definido em relação aos dias que vou trabalhar. Outra coisa que sinto falta é de ensinar, tanto que qualquer oportunidade que eu tenho de explicar alguma coisa para alguém, eu estou por aí ensinando (risos).

Jessilane. Foto: Reprodução / Redes Sociais.

As mulheres negras formaram um núcleo forte de apoio e amizade dentro do BBB. Essa amizade continua fora do jogo? E qual a importância da sororidade na sua vida como um todo?

As meninas foram muito importantes para mim, principalmente nós três (eu, Lina e Natália) mulheres pretas que passamos muitas vezes pelas mesmas dores, anseios, ou que de alguma forma conseguimos compreender o que a outra sente e passa. Estarmos juntas e se fortalecendo foi muito importante, aqui fora nossa amizade continua, trocamos mensagens e quando conseguimos, nos encontramos pessoalmente.
Para mim é muito importante essa sororidade, não só em relação as minhas meninas mas em relação ao todo, por que de alguma forma eu sinto que a gente é criada e construída socialmente para que haja uma competição entre nós mulheres, sendo que já é tão tudo muito difícil pra gente, então construir essa base de apoio, de uma apoiar a outra e entender as dores de cada uma é de uma importância muito grande.

Pra finalizar, nos conte, o que podemos esperar da Jessi daqui pra frente?

Vocês podem esperar muitas novidades, vai vir muita coisa boa, não vou dar spoiler. Mas uma coisa que é fato, é que eu estou disposta, então todas as coisas estiverem ao meu alcance, eu quero experimentar e me jogar! Viver tudo que o que o pós me proporcionar, assim como eu vivi tudo que o programa me proporcionou. Costumo dizer que eu sou intensa e eu sou entregue, então vou viver intensamente da maneira mais entregue tudo que tenho para viver.

Mc Carol lança clipe ‘Africano’, em cenas românticas com o noivo em Lisboa

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Foto: Arquivo pessoal

Mc Carol de Niterói, que agora se declara ‘Ex-bandida’, desde que pediu o namorado em casamento, no início do mês, lançou a música ‘Africano‘ neste domingo, Dia dos Namorados e o clipe na manhã desta segunda-feira, com cenas românticas ao lado dele, em Lisboa, Portugal.

A funkeira de 28 anos está namorando desde o ano passado com um africano, de 36, que ela conheceu durante a turnê que fez na Europa e pediu ele casamento ao voltar para Portugal para mais shows, com uma linda decoração no quarto, com a frase na parede ‘Casa Comigo?’.

No Twitter, Mc Carol comemorou o noivado. “Sempre quis ser romântica, eu só não tinha achado a pessoa que merecia! Muito bom poder se entregar tranquilamente e poder falar o que sente sem joguinhos!. Obrigada a todos que acompanharam essa história do começo e torceu por nós. Obrigada meu pai Xangô por ter colocado seu filho no meu caminho”.

Com o noivado e a música nova, os fãs tem reagido na web com brincadeiras divertidas, que a própria funkeira tem retweetado na página dela.

Ao jornal Extra, a Mc Carol já tinha dito que eles estavam vivendo um romance à distância, mas que ele virá morar no Brasil com ela.

Veja o clipe:

Jennifer Hudson conquista prêmio Tony e se torna a segunda mulher negra com status EGOT

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Foto: Getty Images

Jennifer Hudson levou o troféu de Melhor Musical pela peça ‘A Strange Loop‘ no Tony Awards neste domingo (12), em Los Angeles, o prêmio de maior prestígio do teatro norte-americano.

A conquista desta noite, levou a atriz a ser a 17º artista a obter o status EGOT, ou seja, vencedora dos prêmios Emmy, Grammy, Oscar e Tony. Jennifer também é apenas a segunda artista negra a alcançar esse status, depois da atriz Whoopi Goldberg, além de ser a terceira mais jovem, aos 40 anos. O cantor John Legend continua sendo o único artista negro da lista.

Com uma carreira bem premiada, ela já levou quatro Oscars. O primeiro foi em 2007, pelo filme ‘Dreamgirls‘, como Melhor Atriz Coadjuvante. Ela também ganhou dois Grammys, de Melhor Álbum R&B por seu disco autointitulado em 2009 e Melhor Álbum Musical por ‘A Cor Púrpura’ em 2017.

No Emmy, a artista foi premiada por seu trabalho como produtora executiva da animação ‘Baba Yaga’, em 2021.

Jennifer foi revelada em 2004, na terceira temporada do ‘American Idol‘, onde ficou em sétimo lugar, mas viu sua carreira alavancar desde então.

Site Mundo Negro participa de intercâmbio com jornalistas negros nos Estados Unidos

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Foto: Divulgação.

Editora-chefe Silvia Nascimento faz parte do grupo de jornalistas negros brasileiros que estão nos EUA para troca de conhecimentos sobre jornalismo negro a convite da Embaixada Americana

O Site Mundo Negro está em missão nos Estados Unidos desde o último sábado (11), por meio do Programa de Liderança para Visitantes Internacionais (IVLP), um dos principais programas de intercâmbio profissional dos EUA. Silvia Nascimento, editora-chefe do MUNDO NEGRO viaja ao lado de outros nomes do jornalismo negro brasileiro, como Basília Rodrigues, Rita Batista, Fernanda Carvalho, Aline Aguiar e Raimundo José, um jovem quilombola produtor de notícias do Maranhão, além de outros nomes do jornalismo brasileiro.

Entre os principais objetivos do programa, estão estabelecer conexão entre jornalistas negros do Brasil e jornalistas negros estadunidenses, estudantes de jornalismo, universidades historicamente negras e empresas de mídia. O intercâmbio, que tem duas semanas de duração, também vai incluir a oportunidade de celebração do Juneteenth, o dia de emancipação dos escravizados norte-americanos, lembrado em 19/6.

A troca de saberes nessa jornada é uma das coisas que mais estimula Silvia Nascimento. “Eu acredito que minha vivência como editora do maior portal de notícias da comunidade negra em um país de maioria negra possa ser algo interessante a ser compartilhado e em contrapartida, eu quero aprender com os jornalistas negros americanos como eles conseguem causar impacto na mídia como um todo”, planeja.

Para Basília Rodrigues, o intercâmbio proporciona a oportunidade de traçar paralelos entre as lutas raciais nos dois países. “Será oportunidade de compreender algumas diferenças e também pontos em comum da luta racial nos Estados Unidos e no Brasil. Quinze dias de imersão sobre o empoderamento de jornalistas negros em que vamos conversar com profissionais da imprensa americana, fontes do governo e também acadêmicas.”

O intercâmbio continua até o dia 25 de junho, e a cobertura de tudo que tá acontecendo por lá, você acompanha em nosso site e nas nossas redes sociais.

Baco Exu do Blues lança ‘Hotel Caro’ em parceria com Luísa Sonza; Assista

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Foto: Pam Martins.

Pouco depois de lançar seu álbum Quantas Vezes Você Já Foi Amado, disco que alcançou o top 5 global dos mais ouvidos do mundo no Spotify, Baco Exu do Blues retorna com mais um lançamento: ‘Hotel Caro’, fruto de parceria com a cantora e compositora Luísa Sonza. O single é um R&B que fala de sentimentos e desejos durante o fim de um relacionamento bom e foi lançada para o Dia dos Namorados, comemorado no último domingo (12).

“Estou muito feliz com este lançamento. Acho que é um encontro musical e geracional importante. Algo que de certa forma soa inusitado e que funcionou de forma perfeita. Fiquei muito feliz em ter a oportunidade de trabalhar em estúdio com Luísa e conhecer de perto o processo de criação dela”, comemora Baco.

Luísa também está feliz com o encontro e com o resultado de “Hotel Caro”. “É uma música incrível que eu tenho a honra de lançar com o Baco e estou muito grata por ele ter compartilhado totalmente esse projeto comigo, e ter deixado eu escolher a data de lançamento. Esse era um ponto muito importante para mim, já que acho que a letra super tem a ver o Dia dos Namorados. O single promete! Muito feliz e realizada com esta parceria”, afirma a cantora.

A concepção do clipe está bem ligada ao teatro, com poucos objetos em cena e os dois artistas esbanjando talento nas interpretações. ” A atmosfera densa com pouca luz, reflete bastante o teor da música, da letra e do próprio arranjo”, acrescenta o diretor OG Cruz.

Assista o clipe:

Relações interraciais e saúde mental

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Foto: Reprodução,

*Por Shenia Karlsson 

Em comemoração ao dia 12 de junho parece-me relevante trazer à luz de nossas discussões um assunto bem evitado nas rodas da vida: o relacionamento interracial. Certamente evitar falar não resolve as dificuldades que esta relação impõe aos que apostam viver esse tipo de amor. 

Cada vez mais falamos sobre o amor preto como cura e que vale a pena ser vivido –  vide nosso histórico de desencontros e interdições. Entretanto, também tem os que defendem a tese de que “o amor não tem cor”, “o amor acontece”, sendo o amor um fenômeno incontrolável, independente de raça, cultura, posição socioeconômica e afins. FALÁCIAS!

O amor é socialmente construído assim como o racismo, influenciando diretamente em nossas escolhas amorosas, seja por identificação, seja por alienação. De fato, num país em que o embranquecimento ainda é um ideal de nação, a miscigenação, dentre tantas violências praticadas contra nossos corpos, é um resquício das marcas profundas que o racismo produziu.

Em sociedades estruturadas pelo racismo, o ideal de sujeito “branco” é a norma, produzindo inclusive assimetrias nas relações interraciais. Os processos de identificação dos negros são contaminados por este ideal e frequentemente não vimos pessoas como nós, negros, sujeitos merecedores de nosso afeto, amor e cuidado.

Embora a relação interracial tenha adquirido um suposto caráter de normalidade, está longe de ser uma perfeição.  De qualquer forma, notamos uma insistência em romantizar tal relação sem ao menos discutir honestamente as inconsistências e os enormes desafios que casais interraciais enfrentam.

Algumas pesquisas americanas relacionam o aumento de sintomas depressivos na relação interracial (Wong;Penner,2018).  Segundo os pesquisadores, o fator raça desencadeia uma série de situações estressantes, afetando assim o bem estar psicológico do casal.  A incompatibilidades racial e cultural aumentam os conflitos e consequentemente o risco de sofrimento psíquico devido a discriminação e racismo (Wong;Penner,2018). Outra pesquisa revelou a relação do aumento de estresse e sintomas de depressão em membros de relações interraciais devido a discriminação e a marginalização social que os casais enfrentam e uma das consequências é o isolamento (Dush;Pittman,2018).

Pessoas negras em relações interraciais muitas vezes procuram apoio emocional fora de sua relação amorosa (família, amigos e psicólogos) e têm suas experiências oriundas do racismo e da discriminação geralmente deslegitimadas. O silenciamento passa a ser uma constante, visto que falar de raça passa a ser um tema conflituoso, de tensão. Pessoas brancas tendem a se sentirem extremamente atacadas quando o assunto é racial, gerando assim um afastamento emocional. 

O que fazer para manter a saúde psicológica do casal interracial? Deixo algumas dicas. O tema raça não deve ser um tabu e é necessário admitir as diferenças raciais com positividade e nunca com antagonismos. Demanda esforço de ambas as partes, principalmente pelo membro branco do casal sendo este um agente fundamental nos enfrentamentos diários, levando em conta que o membro negro requer mais proteção. Entender que as violências sociais e a forma como o racismo se estrutura atravessa as relações amorosas, por isso, atenção dobrada. O membro negro não deve nunca negociar sua existência e sua negritude em detrimento do conforto do membro branco, se houver conflitos, estes devem ser enfrentados com coragem. 

As relações inter-raciais são diversas, não possui um padrão único, ainda que sejam complexas, cheias de desafios e está longe de ser uma perfeição, muito pelo contrário, requer mais responsabilidade, engajamento, demanda diálogo contínuo, especialmente quando o tema é raça. 

Shenia Karlsson – Psicóloga clínica, Co-Fundadora do Papo Preta: Saúde e Bem-estar da Mulher Negra. 

Filme ‘Escola de Quebrada’ do Paramount+ em parceria com Kondzilla, inicia gravações

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Foto: Divulgação

A Paramount+ anunciou o início das gravações de seu novo longa-metragem original, Escola de Quebrada. Esta é a segunda produção cinematográfica do VIS, divisão de estúdios da Paramount, produzida no Brasil.


Escola de Quebrada é uma comédia juvenil que retrata a poderosa e apaixonante cultura jovem das favelas de São Paulo, onde a presença do funk brasileiro tem uma grande influência no estilo: o jargão, a estética, a roupa, a música e claro, no humor único e original.


O filme contará a história de Luan (Lucas Righi), um jovem estudante de escola pública da Zona Leste de São Paulo que, cansado de sempre ser excluído dos grupinhos e principalmente, ser invisível aos olhos de Camila (Laura Castro), quer ser respeitado e popular. Mas nesse universo, essa missão não parece ser tão simples.


Na tentativa de fazer parte de algum grupo, Luan consegue ter a inimizade de todos e até coloca em risco o amado campeonato de futsal da escola. Para fugir dessa bagunça, ele vai precisar da ajuda de seus amigos Rayanne (Bea Oliveira) e Deivid (Mauricio Sassi). Juntos, eles encontram uma maneira de salvar o campeonato e obter a tão desejada atenção de Camila. Ou pelo menos é o que Luan pensa.


O filme é produzido pelo VIS, divisão da Paramount, em parceria com Kondzilla. Com criação de Kaique Alves e direção de Alves e Thiago Eva.

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