O Jantar Black 2022, com uma noite especial com a celebração ao dengo ancestral, será realizado no restaurante Africano Biyouz’, em São Paulo, no dia 5 novembro, a partir das 20h30. O evento é organizado pelo casal Ana Paula Evangelista e Durval Arantes, do movimento Intelectualidade Afrobrasileira,
Neste ano, o casal homenageado no evento será a jornalista Joyce Ribeiro e o engenheiro Luciano Machado. Em 2021, a primeira edição homenageou o filósofo Silvio Almeida e a estilista Edinéia Carvalho.
O Jantar Black também terá a participação de casais notáveis como a CEO do Mundo Negro Silvia Nascimento e o Alexandre Nascimento. A CEO da Empregueafro Patrícia Santos e o Paulo Dias, além da CEO do Movimento Black Money Nina Silva e o Alan Soares.
Para deixar o clima ainda mais romântico, os convidados poderão apreciar o pocket show da cantora Vanessa Jackson.
O evento será aberto ao público, mas tem poucos convites disponíveis. Casais afrobrasileiros interessados, podem entrar em contato pelo e-mail: jantarblack@intelectualidadeafrobr.org
A bailarina e coreógrafa Arielle Macedo anunciou que lançará uma websérie gratuita com o objetivo de ensinar passos de dança para seus seguidores. “Por essa vocês não esperavam! Tudo que vocês mais pediram, irá finalmente acontecer…”, escreveu Arielle no Instagram, nesta tarde de segunda-feira (3). “Depois de ter as minhas coreografias girando o mundo, eu decidi que chegou o momento de compartilhar os meus segredos. Eu vou quebrar o silêncio e não só contar, mas mostrar as técnicas das coreografias mais dançadas do momento! E o melhor disso tudo: numa série de 3 vídeos totalmente gratuitos”.
Arielle Macedo. Foto: Nara Roboredo.
Coreógrafa da cantora Anitta, Arielle já percorreu o mundo através da dança. Nas redes sociais, ela está sempre desenvolvendo algum trabalho viral. “Então, se você que me acompanha tem vontade de aprender a dançar ou até mesmo se você já dança, mas quer aprimorar os seus passos, a sua chance é essa! Já manda para aquela amiga que é amante da dança também e vamos juntas nessa”, anunciou ela.
Com o título de ‘Eu quero ver você dançar’, a websérie tem como objetivo ensinar a relevância de cada movimento do corpo e como isso pode beneficiar a rotina diária de cada indivíduo. Além disso, o site oficial informa que os alunos aprenderão técnicas profissionais de dança para executar corretamente as coreografias mais famosas do momento. Inscrições podem ser feitas clicando aqui.
Num show realizado no último sábado (1), o rapper Mano Brownemitiu sua opinião sobre as eleições que estão em curso no Brasil. O artista e apresentador destacou a importância do voto como ferramenta de transformação. “No Brasil, o preto rico fica branco e ataca os outros pretos. Ele vota contra os outros pretos, e ele não é mais preto”, disse Brown sem citar nomes.
“Essa é a regra básica da sobrevivência do preto no Brasil: ganhar dinheiro e ficar branco. Infelizmente é a verdade, ou me provem ao contrário“, continuou o rapper. “Não estou falando pra ninguém votar em ninguém não. Pense em você. Pense só um pouquinho. Também não estou afim de fazer a mente de ninguém não, tá ligado? Ninguém é criança de seis anos aqui não. Depois não reclama dos próximos quatro anos”.
Na internet, alguns usuários viram a fala de Brown como uma possível indireta para Neymar, que durante a última sexta-feira (30), declarou voto em Bolsonaro, atual Presidente da República e candidato à reeleição.
Durante o atual pleito, Mano Brown declarou voto em Lula. Tido como uma grande referência para os jovens negros no Brasil, o artista sempre se mostrou enfático sobre seus posicionamentos políticos. “Sem Dúvida nenhuma ! Eu vou de 13”, escreveu ele no último domingo (2).
Ainda durante o show realizando no sábado, Brown enfatizou a necessidade do voto. “Vota em quem você quiser, não vai dizer que o Mano Brown te arrastou. Seja você. O problema é que preto com dinheiro fica branco, aí o meu discurso vai por água abaixo”, finalizou ele.
Após o polêmico tapa no Oscar 2022, Will Smithestá de volta as cinemas. Nesta tarde de segunda-feira (03), a Apple TV+ anunciou o lançamento de ‘Emancipation’, juntamente com um super trailer. O filme, que recebeu críticas iniciais favoráveis, estreia dia 2 de dezembro nos Estados Unidos.
Ao longo deste ano, a notícia de que o filme seria cancelado chegou a ganhar destaque na mídia internacional, como um dos desdobramentos de todo escândalo no Oscar. Agora, parece que a Apple está disposta a colocar ‘Emancipation’ entre os favoritos nesta temporada de premiações.
Foto: Reprodução / Reporter Budapest.
Em ‘Emancipation’, Will Smith viverá a história de Peter, um homem escravizado que foge de uma fazenda nos Estados Unidos para se unir ao exército que batalhou contra o fim da escravidão, durante a Guerra Civil. Peter se tornou símbolo da luta abolicionista quando uma foto de suas costas nuas, marcada com cicatrizes deixadas por um chicote, foi publicada pelo Independent em 1863.
No novo trailer é possível obserar a fuga do homem e como ele sobreviveu aos caçadores que tentavam levá-lo de volta à fazenda escravocrata.
Lançamento oficial no Brasil ainda não foi anunciado. Abaixo, você confere o trailer.
Na corrida pela Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) liderou o Nordeste com 66,7% contra 27% para Bolsonaro (PL), uma vantagem de 12,9 milhões de votos. No primeiro turno, Lula só venceu nesta região e no Norte, com 47% a 45,5%.
O conservador Rodrigo Constantino foi uma das pessoas que destilou ódio no Twitter ao postar uma imagem usando a expressão “Cuba da Sul” em referência ao Nordeste. “A parte do país que mais recebe assistencialismo decide sobre a parte do país que mais produz para o PIB”, falou.
Um homem chegou a dizer: “Tem que morrer de fome nordestino fdp. Seus bahiano de merda vão ficar sem água”. E ainda continuou com as ofensas: “Bando de bahiano que não quer trabalhar”.
Em outro perfil, a mulher que também cometeu crime de xenofobia afirmou não ter medo de ser ‘cancelada’ na web. “Querem ter 1 milhão de filhos pra ganhar auxílio, mamando na teta do governo.
Em 2018, o candidato a Presidência Fernando Haddad (PT) também venceu na região Nordeste com 69,7% contra 30,3% dos votos ao Bolsonaro. E resultado também gerou uma série de ofensas preconceituosas contra a população.
Nas eleições do último domingo (2), o número de candidatos ligados às pautas conservadoras aumentou, em especial no partido do atual presidente da república, o PL, que conquistou 99 vagas na Câmara dos Deputados e se tornou a maior bancada no Senado, o que deixou a oposição em estado de alerta.
Mas, diante de um cenário mais conservador em crescimento na política brasileira com a chegada dessas figuras, o resultado do legislativo também mostrou que candidatos negros, LGBTQIA+ e indígenas conquistaram um espaço importante nessas eleições, ocupando cadeiras nos âmbitos estaduais e federais.
Para a analista política Basília Rodrigues, apesar do conservadorismo, existe uma força eleitoral capaz de eleger candidatos ligados a grupos minorizados. “As candidaturas de políticos não conservadores terão papel de resistência no Legislativo contra ideias retrógradas e excludentes. Passaram no teste das urnas como prova de que o eleitorado é diverso e que também deseja ser representado com diversidade. Há pessoas no Brasil com força para eleger negros, trans, indígenas, minorias em geral, apesar da onda conservadora”, comenta.
É o que vimos em São Paulo. Érika Hilton está entre os deputados federais mais votados do Estado e foi a segunda mais votada dentro do seu partido, o PSOL. Já o Paraná elegeu sua primeira deputada federal negra na história. Carol Dartora concorreu pelo PT e foi eleita com 130 mil votos. Enquanto no Rio Grande do Sul, Daiana Santos também conquistou o cargo no legislativo.
Já para o cargo de deputado estadual, as candidaturas paulistas formadas por coletivos de mulheres negras também estão comemorando a vitória, com a chegada da Bancada Feminista, formada por Paula Nunes, Carol Iara, Simone Nascimento, Mari Souza e Sirlene Maciel e do Movimento das Pretas, formado por Mônica Seixas e as co-parlamentares Ana Laura Oliveira, Karina Correia, Letícia Chagas, Najara Costa, Poliana Nascimento e Rosa Soares.
“Independente de a direita ter feito algumas cadeiras, alguns números maiores pelo país, a gente conseguiu eleger pessoas de fibra, luta e resistência. Tá aí Benedita [da Silva] reeleita, Talíria [Petrone] reeleita. A gente consegue chegar com Érika Hilton, uma mulher que a gente precisa estar atenta a todos os passos. Soninha Guajajara chegou à bancada do cocar. A gente tem que estar feliz com as nossas vitórias e entender onde erramos, quais são nossas derrotas, mas partir para cima”, destaca a ativista Anielle Franco.
Para ela, é importante que exista apoio para que essas candidatas possam fazer seu trabalho: “A gente tem que dialogar. Porque a maioria da população brasileira é de pessoas negras. E elas [candidatas negras] dialogam direto com essas pessoas? Sim. Mas a gente precisa furar a bolha nesse momento, que é garantir a eleição do Lula e garantir que essas meninas consigam fazer o trabalho delas lá”, finaliza.
Parece mesmo que as teorias sobre Shuri (Letitia Wright) ser a nova Pantera Negra vão se confirmar. Em novo trailer de Wakanda Forever, continuação de Pantera Negra, divulgado nesta segunda-feira (3), é possível ver de maneira mais clara que o novo comandante de Wakanda, será, na verdade, uma mulher.
O novo trailer mostra Wakanda se preparando para uma batalha com o mundo submerso comandado por Namor, o antagonista desta sequência. Namor e Shuri aparecem em posição de contraste também no novo cartaz divulgado pela MCU.
O filme tem previsão de estreia para o dia 11 de novembro e vai trazer no elenco Angela Bassett, Lupita Nyong’o, Winston Duke e Martin Freeman, já presentes no primeiro filme e, entre as novidades para a sequência, Tenoch Huerta, Michaela Coel e Dominique Thorne.
Recentemente, Kevin Feige, presidente da Marvel, deu uma entrevista onde comentou a decisão de não escalar outro ator para viver T’Challa em Wakanda Forever. Segundo ele, a decisão foi tomada em respeito ao luto de todos pela morte de Chadwick Boseman.
Por Kelly Baptista, Diretora Executiva da Fundação 1Bi.
Você conhece quantas mulheres negras em posição de alta liderança ou em cargos de gerência? Recentemente, me peguei pensando de novo nessa questão ao me ver em um espaço majoritariamente masculino e branco, no qual as discussões eram sobre temas que diziam respeito a grupos minorizados. Como sempre, me senti solitária e desconfortável.
É confuso e estranho perceber que, mesmo com o avanço das pautas de Diversidade e Inclusão, inserção no mercado de trabalho e aceleração da carreira de grupos minorizados, a ausência de mulheres negras nos espaços de tomada de decisão ainda é comum.
Quando falamos sobre o aumento do número de mulheres nos cargos de alta liderança das corporações, normalmente isso não contempla as interseccionalidades e nos retemos, assim, a mulheres brancas, cisgêneros, urbanas e com algum poder aquisitivo. Muitas iniciativas que aceleram mulheres para cargos de C-level, sem levar em conta interseccionalidades, acabam corroborando para a manutenção do poder, sem recorte algum.
O que eu quero saber é onde estão as mulheres ou pessoas negras na sua empresa? E quando elas estão presentes, seguem recebendo menos quando comparadas a mulheres e homens brancos?
Em nosso país, mulheres negras ocupam apenas 3% dos cargos de liderança. E recebem 57% a menos do que os homens brancos.
O meu lembrete de hoje vai para os atuais líderes e times de recrutadores: para que o discurso de “mulheres no poder” ou “girl power” faça sentido é preciso destruirmos os vieses inconscientes, que nada mais são do que os preconceitos, estereótipos ou pensamentos tendenciosos sobre determinado grupo social. Permita que mulheres negras, travestis, periféricas e com deficiência tenham as oportunidades necessárias para apresentar o seu talento.
Parafraseando a nossa“Mulher Rei”, Viola Davis: “a única coisa que separa mulheres que não são brancas de todas as outras são as oportunidades”.
Representantes dos conservadores, contrários à política de cotas e críticos ao movimento negro, Fernando Holiday e Sérgio Camargo não conseguiram se eleger deputados federais por São Paulo.
Nas redes sociais, Fernando Holiday comentou a derrota. “Agradeço a todos os eleitores que me deram a confiança de seu voto e parabenizo a todos os vitoriosos. O trabalho seguirá firme pelos próximos dois anos como vereador de SP”, disse ele nas redes sociais. O ex-MBL recebeu 38.118 votos e será suplente do Partido Novo.
Sérgio Camargo, ex-presidente da Fundação Cultural Palmares do governo Bolsonaro, concorreu a um cargo eletivo pela primeira vez neste pleito. No entanto, com apenas 13.085 votos também não conseguiu se eleger. Em suas redes sociais, ele não comentou a derrota. Os dois compõem uma ampla lista de candidaturas do espectro bolsonarista que não tiveram êxito na corrida para a Câmara dos Deputados.
Parte da internet celebrou a derrota de ambos nas eleições deste ano. Outros, apesar de celebrar, interpretaram o fato como uma demonstração de que, mesmo estando à direita exercendo cargos públicos, o racismo faz com que essas candidaturas não sejam valorizadas no âmbito o bastante para conseguirem mandatos. “O que eles tem em comum? São negros de direita, pois é. Na hora de escolher seus representantes a direita em 2022 esqueceu dos pretos”, disse um usário no Twitter.
Fotos: Reprodução/ Marcus Steinmeyer Beleza LGBeauTé/ Fedrico Zuvire/ Jornal Extra
Mulheres negras fazem história na Eleição 2022! Erika Hilton (PSOL), se tornou a primeira mulher trans eleita ao Congresso Nacional, com 255 mil votos.
Enquanto Sônia Guajajara (PSOL) se torna a primeira mulher índigena eleita para representar o estado paulista e Célia Xakriabá (PSOL), a primeira indígenas a representar Minas Gerais.
A ex-Ministra do Meio Ambiente Marina Silva (REDE), volta ao parlamento como deputada federal de São Paulo depois de 11 anos. Já Talíria Petrone (PSOL) é reeleita como a terceira deputada mais votada pelo Rio de Janeiro com quase 200 mil votos.
Nenhuma mulher negra foi eleita para o Senado. E Vera Lúcia (PSTU), a única mulher negra candidata para Presidência da República recebeu mais de 25 mil votos.