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Cinema Negro: Festival Internacional se une ao Cultne na terceira edição do Fianb

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Foto: Divulgação.

Parceria entre Apan e Cultne firma elo entre a memória e o futuro do cinema e do audiovisual negros no Brasil

Pensar Memória e Futuridades é o mote da terceira edição do Festival Internacional do Audiovisual Negro no Brasil (Fianb), que este ano propõe pensar “O audiovisual negro como um espaço de uma convocação para a vida”, entre os dias 23 e 27 de novembro, em São Paulo.

O Cultne, maior acervo digital de cultura negra da América Latina, se soma ao Festival, por meio da presença marcante de Filó Filho, idealizador e diretor do acervo que também é uma TV digital. 

Com seu trabalho, Filó e uma equipe de profissionais, registraram momentos muito importantes da história do povo negro brasileiro, como a Conferência de Durban, em 2001. O acervo guarda também depoimentos de grandes pensadoras e pensadores negros como Lélia González, Abdias do Nascimento e muitos outros.

“É um encontro da minha geração com a geração de jovens profissionais do audiovisual negro, e todos nós buscamos o letramento audiovisual, que eu fui buscar dentro da memória pública e hoje é construída de formas muito mais diversas.. Então, isso é muito importante, estar trocando conhecimento e perspectivas das formas de fazer e pensar o audiovisual negro, porque é firmar um momento de transformação da linguagem e do cinema brasileiro operado pelo nosso protagonismo”, destaca Filó, que, na programação, vai apresentar uma masterclass sobre Memória e História Pública.

Dando um salto para o futuro desejado, a Associação de Profissionais do Audiovisual Negro (APAN), que realiza o Festival, deseja que o entendimento e reverência a quem veio antes, o conhecimento de caminhos, ferramentas e pontes entre realizadores do Audiovisual negro no Brasil e políticas públicas garantam espaços de protagonismo ao ecossistema do cinema negro no País.

A APAN tem como missão a articulação permanente da pluralidade do audiovisual negro feito hoje, em todos os cantos do país. Esse movimento de ampliar um seminário para a proposição de um festival só é possível na interlocução com entidades como a Cultne e com diálogos internacionais, como o iniciado este ano com o Steps-Afridocs”, diz Rodrigo Antonio, presidente executivo da APAN.

“É do encontro dessas múltiplas metodologias de afirmação das narrativas negras que a gente constrói formas de incidência social  conectadas com o momento político do país e, principalmente, de transformação da percepção do mercado em relação às narrativas negras”, conclui.

Formativas 

O Fianb conta com uma rica programação formativa em três espaços da cidade de São Paulo. Confira:

Dia 24/11 – Espaço Itaú de Cinema – Frei Caneca
10h -12h – Painel 1 – Grace Passo, Janaina Oliveira e Tatiana Carvalho

Dia 25/11 – Centro Cultural São Paulo
10h – 12h – Painel 2  – Mercado Audiovisual e Equidade Racial
Tom Pinheiro, Maria Shu e Gleidson Mercês – Mediação Janaina Oliveira ReFem

18h30 – Painel 3 – Tecnologias ancestrais, as construções políticas do movimento negro no contemporâneo.
Nathalia Carneiro e Sil Bahia –  mediação Joyce Prado.

Dia 26/11 – Centro Cultural São Paulo
14h – 16h Mesa 4 – Cinema especulativo no cinema negro brasileiro
Kênia Freitas, Yuri Costa, Eric Paiva – Mediação Kariny Martins

Dia 26/11 – Ibira Laqb Cine
15h – 17h Mesa 05 Cineclubismo e a difusão do cinema negro no Brasil com Clemenno  JR, Pâmaela Ohnitram, Daniel Fagundes, mediação Thais Scarbio

Dia 27/11 – Centro Cultural São Paulo
15h – 17h – Mesa 6  A comunicação pública como janela de conexão das diásporas.
Jeã Santos, Joel Zito Araújo, Rita Freire, Rodrigo Antônio

SERVIÇO – 3º Fianb – Festival Internacional do Audiovisual negro no Brasil

Datas: De 23 a 27 de Novembro
Locais – São Paulo/SP

Mostra internacional, Mostra Nacional e debates – Centro Cultural São Paulo

Isaac Silva leva desfile inspirado em Wakanda para a SPFW

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Aretha Saddick encerrando o desfile de Isaac Silva. Foto: Fabiano Battaglin/gshow

No Dia da Consciência Negra, Isaac Silva levou um desfile emocionante para a São Paulo Fashion Week, uma das maiores semanas de moda do mundo. Com referências que remetem a Pantera Negra: Wakanda para Sempre, personalidades negras e indígenas carregaram com estilo e defenderam as criações de Isa, levando à frente o lema “Acredite no seu Axé”.

“O filme mostra o nosso grande potencial. Nós que trabalhamos com moda, precisamos de arte, cinema e música, que são temas que nos inspiram”, disse a estilista ao gshow.

Foto: Fabiano Battaglin/gshow

Pela primeira vez, Isa não levou estampas para a passarela do SPFW. Com a cor branca e tons terrosos dominando a produção, a estilista trouxe também elementos como palhas e búzios e trabalhou com o tecido laise. “O laise é um tecido muito usado pelas pessoas de religião de matriz africana, e é um tecido muito popular, fácil de ser manipulado”, disse.

Personalidades como Roger Cipó, Manoel Soares, Rita Batista, Aretha Saddick – que encerrou o desfile vestida de noiva – e muitas outras passaram pela passarela de Isaac.

A coleção homenageia duas mulheres que inspiram Isa em suas criações: a estilista Marisa Moura, que destaca as raízes brasileiras em seus trabalhos, e a senegalesa Mama, uma das pioneiras em trazer tecidos africanos ao Brasil. Na opinião da estilista, ainda é necessário que se veja com mais atenção o trabalho de pessoas negras na moda brasileira. “Imagine quantas outras como elas não existem por aí?”, questiona.

“Quem levantar a taça, sujará suas mãos com sangue”, critica Fatou sobre os trabalhadores mortos nas obras da Copa do Mundo

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Foto: AMA/Getty Images

A cerimônia de abertura da Copa do Mundo no Catar acabou de acontecer na manhã deste domingo (20), mas o país continua sendo alvo de polêmicas fora dos campos devido a violações de direitos humanos e trabalhistas. Ontem, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, causou revolta ao dizer que se sente “árabe, gay e trabalhador migrante” ao defender o Catar e criticou os países ocidentais “hipocrisia”: “O que acontece neste momento é profundamente injusto […] Devemos nos desculpar pelos próximos 3 mil anos antes de dar lições de moral”, disse aos jornalistas.

No dia 10 de novembro, um relatório foi divulgado pelo grupo de direitos humanos Equidem que aponta que trabalhadores imigrantes que construíram os estádio da Copa sofreram “violações persistentes e generalizadas dos direitos trabalhistas”. As denúncas incluem discriminação baseada na nacionalidade, práticas ilegais de recrutamento e salários não pagos.

No Instagram, a estudante e influencer Fatou Ndiaye se manifestou contra a posição do atual presidente da Fifa e a violação de direitos humanos e trabalhistas no Catar e relembrou do Joseph Blatter, ex-presidente da Federação. No dia 8 de novembro, ele declarou que “Catar foi um erro, foi uma escolha ruim”, doze anos depois da escolha do país-sede.

“O presidente dos corruptos, o Blatter que fez de tudo para a aprovação do Catar como sede veio dar lição de moral e reconheceu só agora que foi um erro. Já o atual presidente, o italiano Infantino só quer saber de faturar e resolveu cuspir até no prato que comeu para defender o Catar”. E completa: “O ocidente topa tudo por dinheiro e o Catar pagou a nota que queriam. Nada além disso!”, critica.

“Por enquanto, a única seleção que fez algo que presta foi a holandesa. Eles doaram todo o prêmio recebido aos imigrantes que foram escravizados durante a construção dos estádios. Essa Copa bateu recorde de mortes por acidente de trabalho. Mais de 6,5 mil morreram por acidente de trabalho”, escreve Fatou.

Segundo reportagem do jornal The Guardian de 2021, 6,5 mil trabalhadores imigrantes morreram durante as obras da Copa do Mundo. “Não sei quem vai levantar a taça, mas sujará suas mãos com sangue de milhares de pessoas. O curioso é que todos querem a taça”, afirma.

Entre os países Africanos, Camarões e Senegal prometem não passar despercebidos da Copa do Mundo 2022

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Bassogog conquistou a Copa Africana por Camarões (Foto: Gabriel Bouys/AFP)

Neste domingo (20) será a abertura da Copa do Mundo 2022 e os países africanos estão presentes na competição.

Camarões, Gana, Marrocos, Senegal e Tunísia garantiram suas vagas após uma competição preliminar de quatro equipes seguida de uma fase eliminatória.

Segundo o professor da Universidade de Texas, Wycliffe W. Njororai Simiyu as seleções africanas não estão passando despercebidos na Copa do Catar e o ano de 2022 pode “ser o ano para mudar a história da Copa do Mundo na África“.

“O continente sempre prometeu muito na vitrine internacional, mas entregou muito pouco . As razões para isso incluem má preparação , controvérsias internas, histórico disciplinar ruim , erros técnicos e táticos em momentos cruciais e recrutamento de treinadores estrangeiros no último minuto.” Disse Wycliffe ao site ‘A conversa’.

Senegal é Campeão da Copa das Nações da África. Nesta Copa do Mundo, na primeira etapa, o time enfrenta a seleção da Holanda, Catar e Equador em um grupo que não deve ter medo de um time forte e com boa experiência. A equipe conta com nomes como Édouard Mendy , o capitão Kalidou Koulibaly, Idrissa Gueye , Ismaïla Sarr e o atacante Mané.

Camarões chega à copa sob o comando do técnico Rigobert Song, que disputou quatro Copas do Mundo como jogador, Camarões chegará ao Catar com alguns talentos de alto nível espalhados pela Europa, como André-Frank Zambo Anguissa , André Onana e Eric Maxim Choupo-Moting . Existem também várias estrelas em potencial na equipe.

O Racismo “Antirracista”: violência velada e adoecimento

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Foto: Freepik

Texto: Shenia Karlsson

A frase icônica da Angela Davis realmente soa como um único direcionamento possível quando pensamos em construir uma sociedade mais justa e equânime. “Numa sociedade racista, não basta não ser racista. É necessário ser antirracista”. Sábias palavras de uma
mais velha que realmente sabe o que pronuncia. Essa frase virou um mantra na luta contra o racismo e palavras de ordem dos movimentos e coletivos negro. Como essa luta não é só de quem sofre mas de quem criou o problema, podemos observar um número significativo de brancos dispostos a entender e colocar em prática atitudes condizentes com um antirracismo ético. No entanto, tenho observado relatos e situações em que brancos autodeclarados antirracistas naturalizam atitudes racistas contra negros em diversos
espaços.

Nesse artigo, em comemoração ao Mês da Consciência Negra, vou abordar um fenômeno muito frequente, “as atitudes racistas praticadas por brancos que se autodeclaram antirracistas”. Esse tipo de violência velada e carregada de perversão é fonte de
adoecimento psíquico especialmente para negros que dividem espaços com os ditos “aliados”. Nossas narrativas têm sido sequestradas historicamente por grupos que se utilizam de nossas lutas e construções, seja para o esvaziamento, seja para benefício próprio. Não é difícil notar que o antirracismo vem sendo utilizado por muitos brancos quase como um crachá, a fim de reforçar uma suposta boa intenção e engajamento com o intuito de angariar vantagens e fazer a manutenção dos privilégios. Essa instrumentalização nociva enfraquece todo o esforço empreendido por aqueles que realmente estão comprometidos e pior, acomete pessoas negras e racializadas de uma forma sutil porém muito violenta.

A disputa dos espaços e o adoecimento psíquico

Com o avanço das lutas sociais e a presença de pessoas negras em alguns lugares estratégicos – mesmo que em menor escala, os brancos tem tomado alguns caminhos e os mais polares são: o estreitamento do pacto narcísico a fim de proteger privilégios (a
exemplo disso o aumento do conservadorismo e o discurso de ódio) e o engajamento com a luta antirracista (provém do entendimento sobre a própria responsabilidade em termos de privilégios). Entretanto, existe um grupo de brancos (que talvez seja a maioria, não
sabemos) impregnados em vários espaços de poder, apossando-se do discurso antirracista de forma instrumental cujo o único intuito é perpetuar a manutenção da estrutura racista e, em consequência disso, seus privilégios sem que possam ser questionados.

O autor Dany-Robert Dufour em seu conceito o perverso puritano pode servir para elucidar as verdadeiras intenções de brancos que tomam para si o discurso antirracista sem ter uma postura crítica diante de suas interações com pessoas negras e/ou racializadas quando diz que “ o perverso (o branco) por ele abrigado desfruta sadicamente do neurótico puritano (o negro) ,enquanto o puritano suporta o perverso, vale dizer, dele desfruta masoquisticamente”. Interagir com pessoas negras sem repensar seu lugar social e de
opressão pode ser caracterizado como uma atitude perversa, tendo em vista que atitudes racistas veladas e inconscientemente intencionais reproduz lógicas de opressão e sofrimento psíquico nas vítimas em questão, os negros. Abuso de poder, objetificação,
assédio, invisibilização, práticas de silenciamento atitudes incompatíveis com um antirracismo ético e sério.

O racismo desmentido

A partir do conceito de desmentido de Sandor Ferenczi, a psicanalista Jô Gondar discorre sobre o racismo desmentido em que pessoas brancas impõem situações controversas às pessoas negras causando grande confusão. Por um lado, se diz não racista, por outro, continua expressar comportamentos racistas e discriminatórios, e quando questionados tendem a desvalorizar o peso e a seriedade de tal comportamento desconsiderando o dano e o prejuízo causado às pessoas negras, prejuízo tanto material quanto simbólico. O discurso antirracista funciona aqui como uma desculpa, ou até como uma permissão para que tais comportamentos não sejam repensados.

Somos sujeitos compostos de experiências, quando somos forçados a nos submeter a situações em que somos atacados e vilipendiados, e sem o direito de expressar nossa dor e indignação, somos imediatamente reduzidos a não sujeitos, não humanos. Tais
circunstâncias adoecem psiquicamente e emocionalmente.

Repensando o Antirracismo

Estamos num processo de avanço, não há como retroceder. A luta antirracista é um remédio numa sociedade que padece do grande mal chamado racismo e, a despeito disso deve ser protegida a todo custo. Os Usurpadores sempre existirão, nos cabe a denúncia, o
enfrentamento e o desmascarar dos mal intencionados. Para a nossa saúde individual e coletiva é preciso cobrar, discutir e refletir criticamente. As atitudes racistas merecem resposta a altura pois estamos num ponto onde mudanças radicais devem ser lançadas, em
coletivo. O combate às ervas daninhas embrenhadas na luta antirracista requer um conjunto de práticas de enfrentamento basedas no fortalecimento interno do indivíduo assim como nossas redes de apoio e segurança. Violências veladas também adoecem, minam a
alma, atingem nossa potência e nos enfraquece, e acreditem, essa é a real intenção. Desenvolver a capacidade de reconhecer os verdadeiros aliados, identificar nossas figuras de opressão e descolonizar os afetos são estratégias importantes de enfrentamento contra
o racismo.

Com Adriana Barbosa e Luana Génot, evento reúne CEO’s e lideranças negras para discutir a equidade racial nas empresas

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Fotos: Arthur Nobre/Divulgação e Vans Bumbeers/Netflix

Nos próximos dias 29 e 30 de novembro, o Pacto de Promoção da Equidade Racial realizará a 1ª Conferência Empresarial ESG Racial no Teatro FECAP em São Paulo. Com a participação de CEO’s de grandes empresas, especialistas em indicadores de equidade racial e lideranças negras, o evento tem como proposta discutir sobre o Protocolo ESG Racial, criado pelo Pacto para mensurar e combater o racismo e a desigualdade dentro das organizações, os impactos do racismo no Brasil e as soluções para a dissolução dessas estruturas culturais, sociais e econômicas. Com apresentação da atriz e influenciadora digital Isabel Fillardis, a conferência acontece das 9h às 18h.

Serão dois dias de evento com uma intensa programação de painéis divididos por blocos temáticos nos quais os palestrantes irão discutir temas como os desafios para mensurar indicadores ESG, sutentabilidade pela otica da diversidade e inclusão, e os impactos dos 10 anos da política de Cotas para uma educação antirracista.  

Entre os nomes confirmados  estão: Adriana Barbosa, CEO da Pretahub e fundadora da Feira Preta; Celso Athayde, CEO da Favela Holdding; Soraia Cardoso, Gerente SR de Gente na VOX Capital; Ednalva Moura, Relações Institucionais da Associação Pacto; Alberto Cordeiro, Gerente de Engajamento na McKinsey e Compain; Rachel Maia, CEO da RM Consulting; Luana Génot, Diretora-executiva no IDBR; e Helena Theodoro, Presidente do Conselho Elas+.

Além dos painéis, no primeiro dia de evento (29), será divulgada  a pesquisa inédita “A mulher negra no mercado de trabalho brasileiro: desigualdades salariais, representatividade e educação entre 2010 e 2022”,  elaborada  pela Associação Pacto de Promoção da Equidade Racial, com o propósito de analisar e discutir a participação da mulher negra no mercado de trabalho nos últimos doze anos. “Ao considerar diferenças salariais e taxas de participação, as mulheres negras estão em posição desfavorável no mercado de trabalho brasileiro para o recorte analisado na pesquisa, mesmo considerando algumas regiões do país e o extrato de rendimento. Notamos também que, apesar dos resultados negativos, existem evidências de melhora desses indicadores ao longo dos anos”, explica Guibson Trindade, gerente executivo do Pacto. 

Para Gilberto Costa, diretor executivo da iniciativa, o evento servirá para ampliar o conhecimento, o engajamento e o desenvolvimento de soluções concretas para que a agenda ESG esteja no centro dos modelos de negócio e do processo de tomada de decisão das empresas. Só assim conseguiremos criar caminhos efetivos para a promoção da igualdade racial e a mudança da forma estrutural e estratégica do cenário de desigualdade enfrentado por profissionais negros na sociedade brasileira”, informa.

O desafio de mensurar a Equidade Racial

O protocolo ESG Racial não é apenas uma ferramenta de promoção da diversidade e inclusão, mas um importante propulsor de transformação social do país por meio da educação qualificada. Com suas métricas exclusivas, diretrizes e ações afirmativas, o protocolo propõe caminhos efetivos para ampliar a capacitação da população negra, gerando riqueza de perspectivas e oportunidades, fomentando o desenvolvimento de novos talentos e promovendo justiça social.

A expectativa é receber mais de 1000 pessoas nos dois dias de evento e que a Conferência passe a ter edições anuais em diferentes regiões do Brasil. A 1ª Conferência Empresarial ESG Racial é uma realização do Pacto de Promoção da Equidade Racial com a Anbima, apoio social da FECAP e patrocínio da Vale, Ambev, Mobile, L’Oreal e United Airlines. 

SERVIÇO

O que: 1º Conferência Empresarial de ESG Racial
Quando: 29 e 30 de novembro, das 9:20 às 18 horas
Onde: Teatro da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), Av. da Liberdade, 532 – Liberdade, São Paulo – SP.

DIA 29 DE NOVEMBRO:

Abertura da Conferência – Gilberto Costa, Diretor Executivo do Pacto e Professor Fábio Vargas, Reitor da FECAP

Painéis

29/11 – Terça-feira

10H – O ESG RACIAL NO BRASIL SOB A ÓTICA DOS CEO’S 

Participantes: Adriana Barbora, CEO PretaHub; Gilson Finkelsztain, CEO B3; Patrick Hruby, CEO da MOVILE; José Berenguer, CEO XP SA; Celso Athayde, CEO da Favela Holdding.

11H50 – INOVAÇÃO E INDICADORES ESG – O DESAFIO DE MENSURAR A EQUIDADE RACIAL

Participantes: Soraia Cardoso, Gerente SR de Gente na VOX Capital; Carla Crippa, VP Corporate Affairs and Positive Impact AMBEV; Vilma Pinto, Instituição Fiscal Independente – Senado Federal; Leandro Camilo, Membro do Conselho Global de Inclusão e Diversidade da PWC; Fernanda Camargo, Wright Capital Wealth Management

14H10 – PROPOSIÇÕES DE COMBATE AO RACISMO ESTRUTURAL

Participantes: Ednalva Moura, Relações Institucionais da Associação Pacto; Jéssica de Paula, Corporate Venture da GERDAU; Carolina Sierra, Cultura e Diversidade VIVO – Telefônica; Elisa Lucas, Secretária Adjunta de Promoção da Igualdade Racial da Prefeitura de São Paulo; Vânia Neves, CTO Vale; e Zizo Papa Neto, Fundador da Trace Brasil e do Pyaar.

15H10 – ORGANIZAÇÕES SOCIAIS E O MERCADO CORPORATIVO EM UMA AGENDA DE TRANSFORMAÇÃO RACIAL
Participantes: Jéssica Rios, Co Founder Black Win; David Hodge, Consulado Geral dos Estados Unidos; Marina Peixoto, Diretora Executiva no Mover; Carlo Pereira, CEO Pacto Global – ONU; Maria Inês Pastori, Superintendente Executiva de Pessoas no BANCO FIBRA; e Jandaraci Araújo.

16H40 – DIVERSIDADE E INCLUSÃO: COMPROMISSOS COM A SUSTENTABILIDADE
Participantes: Selma Moreira, Vice Presidente de Diversidade, Equidade e Inclusão no JP Morgan; Alberto Cordeiro, Gerente de Engajamento na McKinsey e Compain; Adriana Alves, Vice Presidente de Diversidade BNP PARIBAS; Andrea Albuquerque, Corporativa de Diversidade e Inclusão no SESI/SENAI; Marina Quental, VP Global de Pessoas da Vale; e Bruno Caldas Aranha, Diretor de Crédito Produtivo e Socioambiental do BNDES.

17H20 – LANÇAMENTO DO ÍNDICE ESG DE EQUIDADE RACIAL MULHERES NEGRAS

30/11 – Quarta-feira 

9H –  PACTO DE PROMOÇÃO DA EQUIDADE RACIAL
Participantes: Guibson Trindade, Gerente Executivo na Associação Pacto; Theo Van Der Loo, CEO NatuScience S.A.; Fabio Alperowich, Diretor FAMA Investimentos; Mônica Marcondes, Executive IB – Banco Santander; Jair Ribeiro, Presidente da Parceiros da Educação; Rachel Maia, CEO RM Consulting

10H30 – INVESTIMENTO SOCIAL PRIVADO EM EQUIDADE RACIAL
Participantes: Luana Genot, Diretora Executiva no IDBR; Isabel Clavelin, Gerente do Fundo de Empreendedorismo Negroda BrazilFoundation; Paula Fabiani, CEO at IDIS – Instituto para o Desenvolvimento do Investimento; Ana Buchaim, Pessoas, Marketing, Comunicação, Sustentabilidade e Investimento Social na B3; Giovanni Harvey, Diretor Executivo do Fundo Baobá.
11H30 – O PAPEL DA FILANTROPIA NA TRANSFORMAÇÃO RACIAL NO BRASIL 

Participantes: Anna Karla, CEO na Ayo Consultoria; Cassio França, Secretário Geral no Gife; Márcia Silveira, Head de Diversidade e Inclusão da L’Oreal; Jair Ribeiro, Presidente da Parceiros da Educação; e Helena Theodoro, Presidente do Conselho Elas +.
14H – EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA – 10 ANOS DE COTAS 

Participantes: Beth Scheibmayr, CEO Uzoma Diversidade Educação e Cultura; Prof. Ricardo Henriques, Superintendente Executivo na Instituto Unibanco; Jésus Gomes, Doutor em Ciências Sociais, Professor da Fecap; José Vicente, Reitor da Faculdade Zumbi dos Palmares; e Frei David, Diretor da Educafro

15H – GOVERNANÇA CORPORATIVA COMPROMETIDA COM A EQUIDADE RACIAL

Participantes: Daniel Teixeira , Diretor Executivo na Ceert Equidade Racial; Alexsandra Ricci, Comitê ESG da Fecomercio SP; Cristina Pinho, Conselho de Administração do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa; Fernanda Tauffenbach, Partner in Financial Advisory – Deloitte; Marcelo Billi, Superintendente de Educação e Certificação na Anbima
16H – LIDERANÇAS NEGRAS E ESPAÇOS DE PODER

Participantes: Gilberto Costa, Diretor Executivo da Associação Pacto; Kwami Alfama, CEO at Tereos Starch & Sweeteners Brazil; Edvaldo Vieira, CEO na Amil; Claudio Silva, Diretor de Implantação na ADP Latam; Viviane Moreira, C Level e Conselheira 101; Eduardo Santos, General Manager – EF Education First

Encerramento da Conferência – Gilberto Costa, Diretor Executivo do Pacto

Atividade Cultural – Samba das Moças

Sobre o Pacto de Promoção da Equidade Racial 

O Pacto de Promoção da Equidade Racial é uma iniciativa que propõe implementar um Protocolo ESG Racial para o Brasil, trazendo a questão racial para o centro do debate econômico brasileiro e atraindo a atenção de grandes empresas nacionais e multinacionais e da sociedade civil para o tema.

No Rio de Janeiro, cinema promove semana especial com filmes que celebram a Consciência Negra

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Foto: Divulgação.

O Dia da Consciência Negra está sendo celebrado em todo o país neste dia 20 de novembro. Comemorando essa data, a rede Estação Net de Cinema promove a Mostra FILMES NEGROS IMPORTAM, com 20 obras nacionais e estrangeiros, entre clássicos e inéditos, que discutem as questões afrodiaspóricas em sua amplitude, a potência da cultura e a importância histórica no mundo contemporâneo.

A mostra abre com a comédia Na Rédea Curta, novo longa de Ary Rosa e Glenda Nicácio, que retrata de forma bem humorada o cotidiano de uma mãe e seu filho na periferia de Salvador. Na seleção, os inéditos e premiados: 7 Cortes de Cabelo no Congo, de Luciana Bezerra, Gustavo Melo e Pedro Rossi, Exu e o Universo, de Thiago Zanato, Mato Seco em Chamas, de Joana Pimentel e Adirley Queirós, A troco de Nada, de Patrick Granja.

‘Marte Um’. Foto: Divulgação.

Programação
Estação NET Rio – Sala 4: Marte Um” todos os dias de manhã para escolas – Exceto Sábado, Domingo e Quinta (24/11)

Preço único: R$ 12,00

Domingo (20/11)

15h – Na Rédea Curta (PRÉ) De: Glenda Nicácio e Ary Rosza 100 min

17h – A Troco de Nada De: Patrick Granja 75 min

19h15 – Zinder De: Aicha Macky 82 min

21h – Chateau-Paris De: Mody Barry e Dédric Ido 81 min

Segunda (21/11)

14h30 – Mali Twist (PRÉ) De: Robert Guediguian 129 min

17h – Broder De: Jeferson De 93 min

19h – Timbuktu De: Abderrahmane Sissako 96 min

21h – Exu e O Universo (PRÉ) De: Thiago Zanato 85 min

Terça (22/11)

15h – A Troco de Nada De: Patrick Granja 75 min

16h50 – Na Rédea Curta (PRÉ) De: Glenda Nicácio e Ary Rosza 100 min

18h50 Faça a Coisa Certa (1989) De: Spike Lee 120 min

21h10 Na Boca do Mundo De: Antônio Pitanga 100 min

Quarta (23/11)

14h15 – O Mandato De: Ousmane Sembène 105 min

16h20 – Zinder De: Aicha Macky 82 min

18h – Mato Seco em Chamas (PRE) De Adirley Queirós e Joana Pimenta 153 min

21h – Febre da Selva – Jungle Fever (1991) De: Spike Lee 121 min

Quinta (24/11)

19h – Chateau-Paris De: Mody Barry e Dédric Ido 81 min

21h – Broder De: Jeferson De 93 min

Sexta (25/11)

15h – Zinder De: Aicha Macky 82 min

16h50 – O Mandato De: Ousmane Sembène 105 min

19h – Compasso de Espera De: Antunes Filho 94 min

21h – Filhas do Vento De: Joel Zito Araújo 84min

23h59 – SESSÃO DUPLA
Faça a Coisa Certa (1989) De: Spike Lee 120 min
+
Jungle Fever (1991) De: Spike Lee 121 min

“Afrofuturismo é desenhar o futuro imaginando o mundo que a gente quer ver” diz Juliana Vicente diretora do doc. sobre os Racionais

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A diretora de cinema Juliana Vicente - Foto: Divulgação

Hoje foi o último dia da a IV edição do Festival Afrofuturismo, que aconteceu no Centro Histórico de Salvador, e teve como tema “Por uma abolição econômica”. Duas mesas muito potentes aconteceram no Teatro Gregório de Mattos e quem estava acompanhando não teve tempo para segurar as lágrimas, assim como os palestrantes. 

A primeira conversa foi com Juliana Vicente, sobre “Diversidade e Mídia” e mediação da atriz e apresentadora Sara Barbosa. Juliana é diretora, roteirista, produtora e fundadora da Preta Portê Filmes. Um de seus trabalhos mais recentes é a direção do documentário “Racionais: Das Ruas de São Paulo Pro Mundo”, que teve sua estreia na última quinta-feira, dia 16, no Netflix. Juliana compartilhou com a gente um pouco da sua trajetória e na sua história era possível sentir uma inspiração vinda de seus pais, a inspiração em empreender, em atravessar barreiras do universo e ocupar espaços. Olhar para as posições que estamos ocupando e para os serviços que estamos prestando, se estamos conseguindo mudar as estruturas. 

A inquietação do empreender vem muito de um lugar de inconformação, um cansaço de passar por tantas situações de racismo, de não ter a voz ouvida. E quando conseguimos fazer esse movimento (que não é fácil), passamos a falar não só com os nossos, mas também passamos a construir uma narrativa para que todos entendam a partir do nosso olhar, passamos a trazer reflexões e provocações. 

A produção do clipe dos Racionais, colocou no caminho de Juliana a criação do documentário “Racionais: Das Ruas de São Paulo Pro Mundo“, e não estamos falando sobre contar a história dos quatro integrantes do maior grupo de rap, é sobre contar a história de um monte de gente e ouvir “Racionais foi o pai que eu não tive”, como compartilha Juliana durante a conversa, que emocionou a todos, assim como o depoimento de uma das ouvintes que estava na plateia, quando mencionou que a produção é sobre se sentir representado ali, é sobre tantos outros bairros de Salvador ser o “Capão Redondo” dos anos 80. Quando a gente se dá conta de quando uma produção é conduzida a partir de um olhar como o nosso, a construção da narrativa conversa com a gente, com quem a gente é. 

E é por isso que estamos hoje falando a respeito do nosso futuro, o afrofuturismo.  

Para Juliana, “o afrofuturismo se remete ao mundo que queremos viver. É desenhar o futuro imaginando como é o mundo que a gente gostaria de ver, construir uma realidade a partir de um pensamento. É introduzir a espiritualidade, que faz parte da vida e é algo natural, no processo de criação”. 

Quando nos damos conta de que os encontros em Salvador estão sempre fazendo a espiritualidade entrar na conversa, é fluído. Passamos a entender que a conexão com África é muito mais forte do que pensamos, ela pulsa dentro de nós nos reconectando com nossos ancestrais para construirmos novas narrativas. Toda vez que um africano vem à Salvador pela primeira vez, como aconteceu com Kamil Olufowobi, esse sentimento é de pertencimento e de estar numa extensão desse lugar ancestral mágico e singular.

A segunda mesa: “Como conectar a diáspora africana com a internet?”, contou com a mediação de Paulo Rogério – co-founder da aceleradora Vale do Dendê, AFRO.TV e possui especialidade de nova mídia, ideias e estratégia, marketing, diversidade e inclusão, e os convidados palestrantes Kamil Olufowobi e Baynna. 

Na segunda mesa tivemos duas atrações internacionais e mediação de Paulo Rogério, os palestrantes Kamil Olufowobi e Bayyina sobre o tema “Como conectar a diáspora africana com a internet?”. Kamil Olufowobi viveu, estudou, trabalhou e/ou visitou mais de 30 países em 5 continentes. Bayyina Black é executiva de mídia. Paulo Rogério é co-fundador da aceleradora Vale do Dendê, AFRO.TV e um dos idealizadores do festival.

Kamil Olufowobi viveu, estudou, trabalhou e/ou visitou mais de 30 países em 5 continentes. Possui mestrado em Assuntos Globais com foco em Economia, Relações Internacionais e Direito Internacional. Com mais de 20 anos de experiência de trabalho global, ele desenvolveu uma perspicácia comercial global com um histórico comprovado de liderança e entregas excepcionais. E Bayyina Black é executiva de mídia, e fala sobre impacto, propósito, sustentabilidade, disparidade de riqueza racial e empreendedorismo social. Foi uma conversa muito inspiradora com relação à potência da nossa cultura e como difundi-la a partir do digital.

O final desta enriquecedora troca de experiências, foi uma premiação à Paulo Rogério feita por Kamil Olufowobi, como reconhecimento por sua contribuição em transformar, empoderar e impulsionar todo esse movimento negro, a questão dos negócios, do afrofuturismo e do Brasil.  Paulo nos compartilhou um pouco da emoção em receber esse prêmio tão importante que premia os afrodescendentes mais influentes do mundo (MIPAD): “Eu fiquei muito emocionado porque foi um encontro fantástico de uma família, o fato de Kamil ser um africano iorubá vindo pra bahia me entregando esse prêmio de surpresa foi muito emocionante. Esse prêmio não é pra mim, pessoa física, é para todos os afrodescendentes brasileiros que se identificam com a cultura africana e que trabalham no dia a dia para que a nossa cultura seja melhor reconhecida e tenha protagonismo econômico”.

Copa 2022: Álbum de figurinhas antirracista quer enaltecer jogadores negros

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Álbum da Copa/Reprodução

Apesar da frustrante atuação da FIFA em casos de racismo, eis que chega mais uma copa, a de Catar, que começa neste domingo, 20, e nossos olhos sempre ficam atentos à presença negra dentro dos campos.

Acompanhando a febre dos álbuns de figurinha tão populares nesse período, a faculdade Zumbi dos Palmares lançou um álbum totalmente dedicado aos jogadores negros: o álbum antirracista. Impresso em quantidades limitadas, o álbum pode ser impresso (clique aqui), e preenchido com as figurinhas da editora Panini.

Nas páginas do álbum, para além das figurinhas, há informações importantes sobre a contribuição desses atletas negros para a história do futebol mundial.

Cada página do álbum representa um país onde é possível aprender mais sobre a contribuição dos jogadores negros que jogaram ou jogam, pela seleção ou clubes locais.

“Este álbum foi criado, não para falar dos casos de racismo que estão na mídia, mas para enaltecer as conquistas dos jogadores que fizeram e seguem fazendo seu nome no futebol”, diz o Prof. José Vicente Reitor, Diretor-geral da Faculdade Zumbi dos Palmares.

O projeto da Zumbi ainda inclui uma petição para que a FIFA exclua países com casos de racismo em aberto envolvendo o esporte de seu torneio em 2026.

Saiba mais detalhes aqui: http://www.albumantirracista.com.br/

Celebrando o dia da Consciência Negra, A Cultne TV exibe o “Festival Ori”, que nesta edição foi nomeado ‘Narrativas Negras’

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Imagem/Divulgação

O festival Ori, evento multi-linguagem para celebrar o 20 de Novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, vai ser exibido em parceria com o Sesc RJ, pela Cultne TV. Neste ano, uma série de programas da Terceira Edição do Festival Ori, intitulada: Narrativas Negras.

O lançamento será feito através da plataforma Cultne.TV e do canal do Youtube do Sesc RJ. A ação é o marco de encerramento virtual do Festival Ori 2022, onde a atriz e cantora Isabel Fillardis recebe Helena Theodoro, Maria Ceiça, Lica Oliveira, Luciene Lacerda e Dom Filó para debates importantes acerca da cultura negra, além de um show Voz&Violão de Altay Veloso.

A estreia é as 15h e você pode conferir em: www.youtube.com/@portalsescrio .

O festival conta ainda com a presença de Preta Gil, Altay Veloso, Serjão Loroza, Helena Theodoro e outras grandes personalidades, a programação está recheada com quadros de humor, entrevistas em estúdio, economia, moda, beleza e música, contemplando a diversidade e a riqueza cultural da população negra no Brasil.

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