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‘Rebel Ridge’, estrelado por Aaron Pierre, vence Emmy 2025 de Melhor Filme para TV

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Foto: Allyson Riggs/Netflix © 2024

O ator britânico Aaron Pierre tem motivos de sobra para comemorar. O filme ‘Rebel Ridge‘, da Netflix, levou o prêmio de Melhor Filme para TV no Creative Arts Emmy Awards 2025, realizado no último fim de semana, na véspera da cerimônia principal do Emmy.

Escrito, produzido e dirigido por Jeremy Saulnier, o longa acompanha a trajetória de um ex-fuzileiro naval, interpretado por Pierre, que enfrenta um sistema policial corrupto em uma pequena cidade da Louisiana. A produção superou títulos como ‘Entre Montanhas’, ‘Mountainhead’, ‘Bridget Jones: Louca pelo Garoto’ e ‘Nonnas’ na categoria.

Nas redes sociais, Aaron Pierre celebrou a conquista com entusiasmo. “FAMÍLIA REBEL RIDGE, CONSEGUIMOS! Obrigado a todos que demonstraram amor e apoio a REBEL RIDGE!! Glória a Deus.❤️”

Em entrevista recente à revista Backstage, o ator relembrou os desafios de sua trajetória, incluindo momentos de incerteza e dificuldades financeiras.

“Em 2021, fiquei em silêncio por um longo período. Quando você não está trabalhando, precisa lidar mentalmente com o que isso significa para você, e também com o efeito dominó de não trabalhar, que é ter pouquíssimos recursos financeiros. Tipo, eu não conseguia abastecer meu carro. Mas decidi que ainda me dedicaria a essa carreira indefinidamente — que eu tinha algo a oferecer, independentemente de estar empregado ou não. Reforcei a ideia e disse: se eu conseguir superar isso, isso me diz algo sobre meu caráter e o amor que tenho por esta arte. E consegui; superei. Isso me deu uma sensação de gratidão e me fez trabalhar ainda mais do que antes.”

Emmy 2025: séries com protagonismo negro para maratonar ou assistir de novo antes da premiação

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Fotos: Divulgação/Disney+ e Disney/Gilles Mingasson

A contagem regressiva para a 77ª edição do Emmy Awards já começou. A cerimônia acontecerá no dia 14 de setembro, em Los Angeles, e será transmitido canal TNT e no streaming HBO Max.

Se você está buscando maratonar ou revisitar produções com protagonismo negro antes do grande dia, o Mundo Negro reuniu produções estreladas por atores negros que ganharam destaque na edição deste ano.

As tramas vão desde o drama da minissérie ‘Adolescência’, que revelou Ashley Walters ao mundo, como a queridinha de comédia ‘Abbott Elementary’, dirigida por Quinta Brunson.

Confira as dicas abaixo:

Abbott Elementary 

Abbott Elementary retrata a realidade de uma escola pública da Filadélfia que sobrevive com poucos recursos financeiros e professores com baixos salários, porém empenhados em dar o seu melhor para educar as crianças. A 4ª temporada conquistou seis indicações no Emmy deste ano, incluindo Melhor Série de Comédia, Melhor Atriz em Série de Comédia para Quinta Brunson e Melhor Atriz Coadjuvante em Série de Comédia para Janelle James e Sheryl Lee Ralph. Todas as temporadas disponível no Disney+.

Foto: Movie Stills Database / The Indiana Daily Student

Adolescência 

A produção de quatro episódios, conta a história de como a realidade de uma família é virada do avesso quando Jamie Miller, de 13 anos, é detido pelo homicídio de uma adolescente que frequenta a mesma escola que ele. Sucesso de crítica, ‘Adolescência’ recebeu 13 indicações, incluindo de Melhor Ator Coadjuvante em Minissérie ou Filme para Ashley Walters, que interpretou o papel do Detetive Inspetor Luke Bascombe. Disponível na Netflix.

Foto: Netflix

As Quatro Estações

A série acompanha os amigos através de quatro viagens ao longo de um ano, explorando os laços de casamento, amizade e os desafios que surgem, especialmente com a chegada de uma nova parceira para um dos casais. A produção ganhou uma indicação ao Emmy para Colman Domingo, como Melhor Ator Coadjuvante em Série de Comédia. Disponível na Netflix.

Foto: Jon Pack

Ladrões de Drogas

A série estrelada por Brian Tyree Henry e pelo brasileiro Wagner Moura, acompanha Ray e Manny, que decidem lucrar mais com seu esquema de roubo de drogas, recrutam um terceiro parceiro e planejam atacar uma casa despretensiosa no interior. Brian foi indicado como Melhor Ator em Minissérie ou Filme. Disponível na Apple TV+.

Foto: Apple TV+

O Assassinato na Casa Branca 

Segundo a sinopse oficial: “Há 132 quartos, 157 suspeitos, um cadáver, um detetive muitíssimo excêntrico e um jantar de estado desastroso. ‘Assassinato na Casa Branca’ é uma divertida história de intenso mistério policial, do andar de cima ao andar de baixo e passando pelos fundos, em torno da eclética equipa da mansão mais famosa do mundo”. Uzo Aduba recebeu indicação de Melhor Atriz de Comédia. Disponível na Netflix.

Foto: Jessica Brooks/Netflix

O Urso

A aclamada série com quatro temporadas acompanha uma equipe talentos da gastronomia na rotina de um restaurante, entre eles chefs negros como a Sydney Adamu, uma jovem sous-chef ambiciosa que luta para se afirmar em um ambiente de alta pressão e predominância masculina, e Marcus Brooks, o confeiteiro apaixonado pela arte e pela precisão da doçaria. Nesta edição, a produção recebeu quatro indicações, sendo duas para Ayo Edebiri como Melhor Atriz de Série de Comédia e Direção em Série de Comédia. Disponível no Disney+.

Foto: FX Networks

Paradise

Ambientada em uma comunidade aparentemente perfeita, habitada por pessoas influentes e poderosas, a série explora como um brutal assassinato coloca tudo em xeque. A paz desse paraíso artificial é rompida, e a trama se desenrola em meio a uma investigação cheia de segredos e perigos. A primeira temporada garantiu quatro indicações, incluindo Melhor Ator de Série Dramática para Sterling K. Brown. Disponível no Disney+.

Foto: Disney+

Ruptura 

Segundo a sinopse, Mark lidera uma equipe de funcionários cujas memórias foram cirurgicamente divididas entre vida profissional e pessoal. Quando um colega misterioso aparece fora do ambiente trabalho, ele começa uma jornada para descobrir a verdade sobre seu emprego. Entre as sete indicações, também se destacou Tramell Tillman, como Melhor Ator Coadjuvante em Série de Drama. As duas temporadas estão disponíveis na Apple TV+.

Foto: Divulgação/Apple TV+

The White Lotus

A série acompanha grupos de viajantes ricos e na equipe que trabalha no resort, revelando gradualmente as tensões, segredos, hipocrisias e problemas pessoais que surgem durante a estadia. ‘White Lotus’ recebeu oito indicações neste ano, incluindo de Melhor Atriz de Coadjuvante em Série de Drama para Natasha Rothwell. As três temporadas estão disponíveis na HBO Max.

Foto: Divulgação/HBO

Sarah Aline anuncia podcast sobre psicologia acessível e saúde mental com convidados especiais

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Foto: Divulgação

A psicóloga, influenciadora e palestrante Sarah Aline lança na próxima terça-feira, 9 de setembro, o podcast ‘Sarah de Terapia’, um espaço dedicado a reflexões sobre saúde mental de forma acolhedora, afetiva e acessível, no seu canal do YouTube, que leva o mesmo nome do projeto.

Na primeira temporada, a psicóloga recebe convidados que ela e seu público admiram, entre eles Elisama Santos, Lucas Pizane, Luedji Luna, Patrícia Ramos, Zabella e Lela Brandão. Os encontros trazem relatos sobre sentimentos, contradições, tropeços e transformações, sempre com leveza, humor e escuta atenta.

A cada episódio, Sarah propõe um ciclo de conversas que começa pelo mergulho no autoconhecimento, ganha corpo em histórias reais e se completa na troca entre quem compartilha e quem escuta. A ideia é abrir espaço para que mais pessoas se reconheçam em suas emoções e encontrem coragem para olhar para dentro de si.

“Muita coisa pode ser terapêutica, inclusive uma boa conversa. Às vezes, é escutando o outro que a gente entende o que sempre sentiu, mas nunca soube explicar”, afirma Sarah.

Nesta temporada, o público vai poder acompanhar dois formatos semanais. Às terças-feiras, sempre às 12h, vai ao ar o quadro Fala que Sarah: histórias reais, cheias de emoção, que mostram como cada sentir pode ganhar voz na experiência do outro, com convidados especiais que compartilham suas vivências de forma aberta e afetuosa. Já às quintas-feiras, também às 12h, é a vez do Toma que Sarah: uma pílula rápida e reflexiva, que resume o episódio em aprendizados práticos, profundos na essência e leves para carregar no dia a dia.

Conhecida nacionalmente por sua participação marcante no Big Brother Brasil 23 e por seu trabalho nas redes sociais com temas ligados ao comportamento, psicologia e inclusão, Sarah Aline une sua formação acadêmica à habilidade de dialogar com um público diverso, criando um podcast que promete ser tão informativo quanto acolhedor.

‘Luta de Classes’: filme dirigido por Spike Lee e estrelado por Denzel Washington estreia na Apple TV+

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Foto: David Lee/A24 Films

Depois de quase duas décadas, Spike Lee e Denzel Washington lançam o novo filme juntos, ‘Luta de Classes’. O thriller policial chegou no catálogo da Apple TV+ nesta sexta-feira (5). O longa-metragem é uma releitura moderna do clássico de 1963 de Akira Kurosawa, ‘High and Low‘, baseado no romance Resgate do Rei, de Ed McBain.

Ambientado na Nova York contemporânea, o longa acompanha um magnata da música, interpretado por Washington, que se vê envolvido em uma trama de extorsão quando o filho de seu motorista é sequestrado por engano, trazendo à tona dilemas éticos e morais que remetem à obra original.

Com produção da Apple e da A24, ‘Luta de Classes’ marca o primeiro encontro de Lee e Washington desde ‘O Plano Perfeito’ (2006), reforçando a expectativa de crítica e público por mais uma colaboração icônica entre o diretor e o ator.

O filme também é estrelado por A$AP Rocky, Jeffrey Wright, Ilfenesh Hadera, Dean Winters, John Douglas Thompson e Ice Spice.

‘Luta de Classes’ teve sua estreia fora da competição no Festival de Cinema de Cannes de 2025. A ocasião marcou a sexta vez que Spike Lee apresentou um filme na Seleção Oficial do evento e celebrou 36 anos desde sua estreia internacional com ‘Faça a Coisa Certa’.

“Achei o meu lugar”: após o primeiro Fenty Beauty Coffee Party no Brasil, a maquiadora Carol Romero celebra parceria com a Fenty Beauty 

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Foto: divulgação

Empresária, maquiadora e autora do primeiro livro de maquiagem para pele negra publicado no Brasil, Carol Romero levou sua assinatura à primeira edição da Fenty Beauty Coffee Party no país, realizada em São Paulo. A agenda teve 28 de agosto para convidados e 30 de agosto aberto ao público, em encontros que combinaram técnica, afeto e cocriação com a marca fundada por Rihanna.

Antes da Coffee Party, Carol já havia colaborado com a Fenty no backstage de um desfile em São Paulo, experiência que a colocou no radar da marca e pavimentou o convite para as novas ativações. Nesse trabalho, sua leitura de subtom e acabamento de pele negra chamou a atenção da equipe e reforçou sua reputação como referência.

“Sou fã da Riri sim, assumidíssima, e costumo dizer que tê-la como referência de beleza e moda há 20 anos ajudou muito para que eu me tornasse a pessoa que sou hoje.Neste processo, entender e me tornar uma empresa maior, ter como cliente uma marca que alia o que acredito e levanto como pilar principal, me deixa extremamente grata.”, escreveu nas redes ao celebrar a participação no  Coffee Party

Ao explicar como a parceria maquiadora e marca funciona, Carol descreve um fluxo que vai além de seguir briefing. “Com a Fenty, felizmente, eu tenho essa liberdade de opinar, de sugerir e a gente vai entendendo o que é melhor.” A familiaridade com o portfólio nasceu do uso contínuo e foi aprofundada com formação técnica. “Eu acabei ficando o expert sobre a linha de usar mesmo e fiz um treinamento interno com a Fanie Castro que é a treinadora da marca no Brasil”. 

Trabalhar com a Fenty tem dimensão estética e política. “Para mim, trabalhar com a Fenty, prestar serviços pra Fenty, é uma realização como mulher negra, em primeiro lugar.” Sua relação com Rihanna atravessa a própria construção de beleza. “Eu sempre tive uma questão com a minha testa… e ver que ela tinha uma testa, inclusive, até maior que a minha e eu achava ela linda, eu também poderia ser bonita igual a ela.”

A identificação se consolidou com a proposta de diversidade real da marca. “Foi tipo, como se eu falasse assim, achei o meu lugar… A marca tem qualidade, os produtos são bons… Realmente, eu acredito muito nas coisas, nos produtos da marca.”

O momento também marca um passo empresarial. “Neste processo, entender e me tornar uma empresa maior, ter como cliente uma marca que alia o que acredito e levanto como pilar principal, me deixa extremamente grata.” Com 16 anos de carreira, Carol vê a Fenty Beauty Coffee Party como vitrine do caminho construído com a comunidade: técnica precisa, linguagem acessível e representatividade real do briefing à execução.

Solange Duprat, Raquel e os limites do feminismo branco

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Foto: reprodução

Por Diego do Subúrbio

Em Vale Tudo, Solange Duprat aparece como uma personagem feminista, intelectual e ousada, alguém que parecia se colocar contra a ordem estabelecida. No entanto, ao revisitarmos sua trajetória a partir de 2025, percebemos que sua resistência é apenas uma performance autorizada pela branquitude. Enquanto Solange enfrenta Odete Roitman dizendo que é resistência e, como prêmio, recebe um emprego em Paris, Raquel, símbolo da mulher que nunca foi acolhida por esse feminismo, volta para o lugar de sobrevivência, precisando recomeçar. Esse contraste expõe as camadas do que chamamos de feminismo branco, uma luta que se apresenta universal, mas que na prática só beneficia mulheres já situadas nos lugares de privilégios.

Sueli Carneiro lembra: “A mulher negra é a base de uma pirâmide social que a oprime duplamente, pelo racismo e pelo sexismo”; essa frase evidencia o que Solange não enxerga. Sua narrativa de resistência não considera que mulheres negras e pobres vivem em outro patamar de opressão. Para Raquel, não há Paris, há o peso do cotidiano do recomeço, o trabalho informal, a luta pela sobrevivência.

James Baldwin ajuda a desnudar esse mecanismo ao afirmar: “O mundo não é branco. Nunca foi brando, não pode ser branco. Branco é uma metáfora para o poder.” O feminismo de Solange Duprat encarna exatamente essa metáfora, uma luta que se diz resistência, mas que reforça a centralidade do olhar branco como medida de todas as coisas. Quando Baldwin afirma que “na verdade, não existe comunidade branca”, ele aponta para o vazio dessa identidade construída como universal. O feminismo branco é, nesse sentido, uma ficção que apaga experiências diversas e as enquadra no molde da imaginação branca.

A canção De dentro do AP, de Bia Ferreira, ecoa essa crítica ao perguntar: “Quando foi que cê pisou numa favela pra falar sobre o seu fe-mi-nis-mo?”. É a denúncia de um feminismo de apartamento, classe média alta, distante da vida e realidade de tantas mulheres negras que batalham todos os dias fora dos espaços seguros da classe média. Que precisam também lidar com as violências do estado. Solange fala em resistência no conforto da sua sala, já Raquel enfrenta a dureza de recomeçar de novo na areia quente da praia, lidando com a precariedade que a música de Bia escancara.

Mas há ainda uma camada a mais: o feminismo branco, como Solange representa, também costuma ser transfóbico. Ao defender uma ideia restrita de “mulher”, que exclui mulheres trans e travestis da luta, reafirma a lógica da branquitude, decidindo quem pode ser sujeito político e quem deve permanecer na margem. Audre Lorde já denunciava que “as ferramentas do mestre nunca irão derrubar a casa do mestre”. A transfobia dentro do feminismo branco é uma dessas ferramentas, mantendo a casa intacta e sustentando o privilégio cisgênero e branco como norma.

Baldwin também advertiu: “O poder do mundo branco é ameaçado sempre que um homem negro se recusa a aceitar as definições do mundo branco.” Podemos expandir: o poder do feminismo branco e transfóbico também é ameaçado sempre que mulheres negras, trans e indígenas recusam-se a aceitar as definições da branquitude e da cisgeneridade sobre o que é feminismo, resistência e emancipação. Esse gesto de recusa abre caminhos para outras narrativas, outras epistemologias, outros feminismos.

Por isso, quando Solange afirma ser resistência, mas colhe benefícios que a branquitude lhe oferece, ela não rompe estruturas, apenas reafirma o lugar da mulher branca e cis como protagonista das histórias de emancipação. Já Raquel, na praia, encarna o que Audre Lorde chamaria de a luta real, aquela que não pode derrubar a casa do mestre usando suas ferramentas. Sua resistência não é “premiada” com Paris, mas com a possibilidade de continuar viva, criando novos começos a partir de recomeços forçados.

A diferença entre Solange e Raquel é a mesma diferença entre um feminismo que serve como instrumento de opressão e um feminismo negro e transfeminista que nasce da experiência concreta da exclusão. Como escreve Baldwin, “Porque eles pensam que são brancos… não podem se permitir ser atormentados pela suspeita de que todos os homens são irmãos.” Da mesma forma, porque pensam que só as mulheres cis importam, não podem reconhecer irmandade com mulheres trans e travestis. O feminismo branco não se permite reconhecer solidariedade com quem rompe seus limites. Prefere se esconder na fantasia de um universal que nunca existiu.

No fim, a crítica a Solange Duprat não é apenas à personagem, mas ao projeto de feminismo que ela simboliza. Um feminismo que lê Simone de Beauvoir, mas não lê Sueli Carneiro, Megg Rayara Gomes de Oliveira e tantas outras intelectuais negras, indígenas, trans e travestis. Que se fala de resistência, mas não pisa na favela, no subúrbio… Que exclui mulheres trans e travestis de suas fileiras. Que recebe Paris, enquanto outras recebem o peso do recomeço. E nesse abismo, o feminismo negro e transfeminista insiste em dizer: não haverá liberdade para algumas, enquanto outras permanecerem nas margens da sobrevivência.

Apoie a continuidade e permanência de Diego na universidade pública via Pix: diegodosuburbio.contato@gmail.com e mais informações no perfil @diegodosuburbio

Jonathan Azevedo, Cris Viana e Ícaro Silva prestigiam em Nova York a premiére de ‘Luta de Classes’, filme dirigido por Spike Lee

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Foto: divulgação

O cinema negro brasileiro esteve representado em Nova York na noite da última quarta-feira (04), durante a premiére exclusiva do filme Luta de Classes, produção da Apple TV dirigida pelo renomado cineasta Spike Lee. Os atores Jonathan Azevedo, Cris Vianna e Ícaro Silva marcaram presença no evento, que reuniu grandes nomes da indústria e celebrou uma das estreias mais aguardadas do ano.

O longa-metragem é um suspense policial neo-noir estrelado por Denzel Washington, Jeffrey Wright, Ilfenesh Hadera, A$AP Rocky e Ice Spice. Com uma narrativa que mescla drama e ação, a obra revisita o clássico japonês Céu e Inferno (1963), trazendo para o presente questões sobre ética, relações humanas e a luta por justiça social. No Brasil, o filme estará disponível a partir desta sexta-feira (05), exclusivamente no Apple TV+.

Além da exibição, a noite contou com a presença de Spike Lee, que recentemente foi reconhecido como Cidadão Honorário do Rio de Janeiro, título concedido em homenagem à sua contribuição artística e ao diálogo que estabelece com a cultura negra brasileira. A presença de Jonathan Azevedo, Cris Vianna e Ícaro Silva na premiére reafirma o espaço e a relevância de artistas negros do Brasil em diálogos internacionais e em eventos que ampliam a visibilidade de narrativas negras no audiovisual.

Estudante é expulso de colégio particular no Rio após ato de racismo em campeonato interno

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Foto: Divulgação

Um adolescente foi expulso do Colégio PH, na unidade de Botafogo (RJ), depois de cometer um ato racista contra colegas durante um campeonato interno de futebol. A direção da instituição afirmou repudiar “qualquer atitude discriminatória” e destacou que os alunos vítimas do episódio estão recebendo acolhimento. A informação é jornal O GLOBO.

A situação aconteceu na última quarta-feira (3), quando um dos jogadores provocou o time adversário com um gesto de choro. Em resposta, um estudante branco imitou um macaco para ofender um colega negro, bolsista da escola. O gesto provocou indignação entre os estudantes e desencadeou uma briga generalizada, que inspetores e diretores tentaram conter.

“Nunca tinha visto nada igual. Todo mundo saiu correndo, teve gente ligando para os pais. Muita gente chorando. Horrível”, disse um aluno do 1º ano ao jornal.

No ano passado, a mesma unidade foi alvo de outra denúncia. Em agosto de 2023, a família de um estudante de 14 anos registrou ocorrência policial após ele ser vítima de injúria racial e homofobia de colegas.

Segundo a denúncia, as agressões começaram em um grupo de WhatsApp, onde quatro meninas o chamavam de “viado” e faziam piadas racistas com termos como “macaco”. Uma das mensagens enviadas à vítima incluía a frase: “gay não opina aqui”.

Na ocasião, o colégio lamentou o ocorrido, aplicou medidas educativas e transferiu o aluno para outra turma.

Veja a nota na íntegra do colégio

“A direção do Colégio tomou as medidas necessárias. O aluno autor das ofensas não continuará na nossa escola, e os alunos que foram alvo estão sendo acolhidos. Repudiamos qualquer atitude discriminatória. O ocorrido não condiz com os valores e diretrizes adotados pelo colégio, que zela pelo bem-estar e acolhimento de todos os seus alunos.

Temos o compromisso com uma cultura antirracista, reafirmando que a construção de uma sociedade verdadeiramente inclusiva e igualitária é – e sempre será – uma responsabilidade diária do pH. Entre nossas ações permanentes, estão os projetos de Educação Decolonial Antirracista, o Percurso Antirracismo e Antidiscriminação, que se estende a todas as áreas e segmentos, além de programas estruturantes como as Equipes de Ajuda e o Programa Antibullying.”

EXCLUSIVO: Antonio Pitanga e Lázaro Ramos são destaques confirmados no Festival Negritudes Globo em São Paulo

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Fotos: Ana Duarte e Divulgação

Com exclusividade, o Mundo Negro revela alguns dos nomes que vão brilhar na edição paulistana do Festival Negritudes Globo 2025. Entre eles, duas referências centrais da dramaturgia brasileira: Antonio Pitanga e Lázaro Ramos.

Pitanga, um dos maiores ícones da teledramaturgia nacional, será protagonista de um momento emocionante no evento. O ator sobe ao palco com um monólogo sobre legado, identidade e ancestralidade, prometendo marcar o público com uma apresentação repleta de afeto e reflexão.

O artista também assina a direção e protagoniza ‘Malês, novo longa da Globo Filmes que estreia em 2 de outubro e retrata a Revolta dos Malês, levante histórico de escravizados ocorrido em Salvador em 1835. A produção também marca o retorno de Pitanga à direção após 46 anos, desde ‘Na Boca do Mundo’ (1978).

Outro nome de destaque confirmado é do ator, diretor e escritor Lázaro Ramos. Sua participação reforça a sua importância para a valorização da cultura negra no Brasil e das narrativas audiovisuais negras.

Além deles, o público também poderá acompanhar as apresentadoras Rita Batista, Valéria Almeida e Thelminha, que somam ainda mais potência à programação.

O Festival acontece em São Paulo, no dia 18 de setembro, no Sesc Pompeia, com entrada gratuita. As inscrições estarão abertas a partir desta sexta-feira, 5 de setembro, pelo site somos.globo.com/negritudes.

Após passar por Rio de Janeiro, Brasília e Salvador, a capital paulista será a última parada da edição 2025. O evento se firma como um espaço potente de celebração da cultura negra, reunindo grandes nomes, oficinas, música e atividades que reafirmam o pertencimento e a força da presença negra no audiovisual e na cultura brasileira.

EXCLUSIVO: Chef Júlia Almeida assina cardápio do novo restaurante oficial do Itamaraty: “Vou colocar todo meu axé”

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Foto: Reprodução/Instagram

O Palácio do Itamaraty, em Brasília, vai ganhar um restaurante oficial. O protagonismo por trás dessa estreia leva o nome da chef Júlia Almeida, chef e pesquisadora da cozinha brasileira há mais de uma década. Ela é responsável por assinar o cardápio e estruturar toda a casa, batizada de Terra Nova. A inauguração está prevista para o dia 17 de setembro.

O empreendimento nasce da união de sócios com experiência na indústria da hospitalidade no Rio de Janeiro e ganha ainda mais potência com a presença da chef Júlia Almeida. Aos 34 anos, mulher negra e figura central na gastronomia brasiliense, ela celebra o momento como um marco em sua trajetória: “É muito potente, forte e empoderador perceber até onde minha luta, esforço e estudos me conduzem. Trago comigo o axé e a espiritualidade que abrem caminhos e iluminam essa trajetória”, afirma a chef com exclusividade para o Mundo Negro e o Guia Black Chefs.

Foto: Divulgação

O Terra Nova nasce com a missão de traduzir a diversidade cultural do Brasil em forma de comida. Instalado dentro do icônico Edifício do Bolo de Noiva, o espaço foi pensado para receber autoridades internacionais em encontros oficiais e também atender diplomatas do Ministério das Relações Exteriores. A proposta é levar a verdadeira brasilidade para quem visita e trabalha no Ministério, através de sabores, histórias e emoções que compõem a identidade do nosso país.

Segundo Júlia, “o cardápio do Terra Nova é feito com referências de nossa terra: o Cerrado, a comida de santo, as influências indígenas, nordestinas e de cada canto do país. Cada prato é um encontro de rostos, histórias e memórias, traduzindo as vivências de uma mulher negra que carrega o Brasil – e o mundo – em sua cozinha.”

Foto: Divulgação

A chef explica como recebeu o convite: “Eles estavam buscando uma pessoa na cidade que fizesse cozinha brasileira, um grande amigo da área me indicou e chegaram até mim”, conta.

Ela também conta que o seu trabalho no restaurante vai além do cardápio. “Estou montando equipe, processos e tudo mais que precisa para abertura de um restaurante”, detalha. “No caso do Terra Nova, eu estou entrando para abrir a casa e ser chef executiva de lá! Vai ter um chef na cozinha para operação diária, mas tudo com meu supervisionamento diário.”

Foto: Divulgação

Pratos: 

Bolinho de arroz de pato, aioli de tucupi e crocante de vinagreira.

Acarajé

Moqueca

Rubacão

Croqueta de galinhada

Rabada

Carne de lata e outras releituras super originais

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