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Iniciativa quer fortalecer ‘bancada negra’ no poder legislativo

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Foto: Mayara Nunes

Quilombo nos Parlamentos reúne 120 candidaturas ligadas a organizações do movimento negro

Às vésperas das eleições, no mês de junho, a Coalizão Negra por Direitos anunciou a criação de uma iniciativa que pretende difundir o voto antirracista, reduzindo o hiato de representatividade no poder legislativo. Chamada de Quilombo nos Parlamentos, ela reúne 120 candidaturas ligadas ao movimento negro de diferentes partidos mas que têm um objetivo em comum, avançar com a agenda contra o racismo na esfera política.

Em entrevista para o Mundo Negro, Sheila de Carvalho, advogada, diretora do Instituto de Referência Negra Peregum e integrante da Coalizão Negra por Direitos deu detalhes sobre como as articulações realizadas pela Coalizão nos anos de 2020 e 2021 acerca do debate da reforma eleitoral, através da campanha “Reforma Racista Não”, com a intenção de pautar a agenda da representatividade de maneira efetiva colaborou para que a reforma eleitoral considerasse o peso dobrado para as candidaturas de mulheres e negros, o que culminou na criação do Quilombo dos Parlamentos.

Como surgiu a ideia de criar o Quilombo nos Parlamentos?

O Quilombo nos Parlamentos é uma iniciativa da Coalizão Negra por Direitos, que é essa articulação nacional do movimento negro brasileiro com mais 250 entidades por todo o país. A Coalizão tem, nos últimos anos, desde 2019 atuado no campo da política institucional dentro dessa agenda da representatividade e dentro de outras questões.

Então em 2020 a gente atuou frente ao Tribunal Superior Eleitoral em parceria com a deputada Benedita da Silva para que fossem criadas políticas de ações afirmativas para a participação negra dentro do legislativo. Foi quando a gente conseguiu aquela decisão acerca do acesso ao fundo partidário e tempo de TV, que eram questões muito importantes para conseguir dar condições estruturais para que essas candidaturas tenham uma vida, para que consigam ser candidaturas disputáveis dentro do processo eleitoral. Então foi muito importante que a gente conseguiu via TSE essa medida que foi depois ratificada pelo Supremo Tribunal Federal.

No ano de 2021, a gente também atuou no âmbito do Congresso Nacional no debate acerca da reforma da legislação eleitoral. A Coalizão até fez uma campanha, “Reforma Racista Não”, com intuito de pautar essa agenda de representatividade e de a gente criar mecanismos efetivos de fazer com que essas ações afirmativas vingassem dentro do curso eleitoral. Então uma dessas medidas que saiu é o peso dois para voto em negros e voto em mulheres. O que significa o peso dois? Não significa que essas candidaturas vão valer dois votos, mas que para o cálculo do acesso dos partidos ao fundo partidário, essas candidaturas têm um peso dois. Então quanto mais votos em candidaturas de mulheres e negros um partido receber mais fundo partidário ele vai obter no ano seguinte. E isso faz com que a gente não faça com que a política de ações afirmativas não caiam em candidaturas laranjas.

Desde o final do ano passado a gente tem, enquanto Coalizão Negra, pensado em como colocar de fato essas lideranças para serem os alvos prediletados dessas políticas. Lideranças que venham do movimento negro, que tem um compromisso com a luta negra. A gente não está falando simplesmente de candidaturas negras, a gente tá falando de candidaturas negras que tenham compromisso com a luta histórica do movimento Negro. Que defenda uma agenda de direitos para a população negra. Aí surgiu a ideia de fazer o Quilombo nos Parlamento, essa iniciativa que aposta hoje mais mais de 120 candidaturas espalhadas por todo Brasil, que são candidaturas indicadas por organizações e entidades do movimento negro que tem esse compromisso e que estão se colocando com coragem para disputar a política institucional que a gente sabe que não é fácil.

Você acha que com essa iniciativa o Quilombo nos Parlamentos pode se tornar uma bancada negra no Congresso?

A nossa ideia é exatamente essa. A gente precisa ampliar a bancada do movimento negro no Congresso. Se a gente for pensar, hoje a bancada ruralista tem 257 deputados, a bancada da bala tem 308 deputados, a bancada da Bíblia tem 105 deputados. Sabe quantos deputados têm a bancada do movimento negro? Oito. Então o descompasso que a gente está de representatividade das nossas agendas dentro desse espaço do Congresso Nacional que é tão importante. E não estou dizendo que tem oito pessoas negras no Congresso Nacional, não, tem oito pessoas que fizeram o compromisso de apoiar as agendas do movimento negro. Que se colocam como uma bancada de movimento negra, como nosso Black Caucus aqui, porque nos Estados Unidos tem isso, tem uma bancada do movimento negro também que tem muito mais parlamentares do que a nossa, mesmo lá população negra sendo 13% da população geral.

Acredita que essa seja uma forma de diferenciar as reais candidaturas negras daquelas figuras políticas que se declararam negras apenas por ocasião?

O Quilombo nos Parlamentos tenta demonstrar as candidaturas negras reais, que tem esse compromisso, que não estão fazendo o jogo político, os jogos de ocasião, como a gente vê de pessoas que estão tentando agora se beneficiar de uma política, mas que antes nunca se declararam enquanto pessoas negras. Aqui a gente está falando de pessoas que têm essa trajetória de luta negra dentro do seu campo de atuação. É importante que a gente dê destaque e valorize essas candidaturas que normalmente são invisibilizadas, são boicotadas pelos próprios partidos, porque a gente sabe que os partidos são racistas, são atores praticantes do racismo institucional, são candidaturas que muitas vezes não têm o nível de estrutura que tem uma candidatura de um ACM, desses coronéis da política, desses herdeiros da política, que disputam contra uma máquina muito maior. A gente enquanto movimento negro nunca teve alcance, a gente sabe que a batalha é dura. Por isso é tão importante a gente se reorganizar enquanto sociedade, especialmente dentro de um campo progressista, de um campo que tem olhado a questão racial com atenção, um campo que tem se colocado a favor da agenda de “vidas negras importam”. A gente quer que essas pessoas demonstrem que para elas, vidas negras importam tanto que elas vão centralizar as vidas negras no seu processo de escolha política. As urnas são um momento também para fazer com que esse apoio seja de fato concreto. Que essas pessoas de fato demonstrem que vidas negras importam sim e que elas de fato escolhem como agenda prioritária para ocupar os parlamentos nos próximos anos.

Existe algum tipo de apoio na divulgação das candidaturas ligadas ao Quilombo nos Parlamentos? Como isso vai acontecer?

Organizações da sociedade civil não podem dar apoio de recursos materiais para essas candidaturas, não é isso que se propõe o projeto. Mas a gente é um projeto de fortalecimento político. Então através das nossas redes, das nossas conexões, vamos projetar essas candidaturas, fazer com que essas vozes, dessas lideranças, cheguem ao maior número possível de pessoas.

Desde 2018, com aquele assassinato brutal da Marielle Franco, a gente tem visto que temos ampliado o número de candidaturas que estão se colocando para disputar esses espaços. A gente sabe que não é uma escolha fácil para as pessoas, a gente sabe que isso requer para muitas delas muito sacrifício, de estar se colocando aí nesse pleito, mas são todos, para mim, todas, em especial as mulheres negras, sementes do que Marielle Franco significou para nós e a gente precisa ajudar essas sementes a florescer. O Quilombo nos Parlamentos intenta um pouco isso, de transformar essas sementes numa grande primavera e que a gente, finalmente, conseguir garantir espaço para que nossas agendas relacionadas às vidas negras ocupem os espaços da política institucional. Acho que é isso, a gente tem um número imenso de candidaturas negras que podem se dar a esse fator que você mostrou ali do ACM, mas pode se dar também ao fato de que as pessoas estão se colocando em condições para desfazer essa disputa. Estão indo para frente. Estão aí querendo ocupar esses espaços também. Apesar dos transtornos que isso implica. Então é a primeira vez que o número de candidaturas negras ultrapassou o número de candidaturas brancas, a gente espera que isso também reflita em um resultado eleitoral favorável e que a gente consiga ampliar as nossas bancadas por todo Brasil.

Dia do Psicólogo: profissionais consideram questões raciais na terapia

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Foto: Freepik

Os efeitos do racismo na saúde mental da população negra são questões fundamentais para serem tratadas em terapia, já que causam grande sofrimento psíquico. Em conversa com a psicóloga Shenia Karlsson, ela explicou sobre a importância de olhar para a saúde mental da população negra, considerando o racismo como uma das questões centrais que atingem especificamente esse grupo.

A psicóloga clínica afirma que por muito tempo a psicologia ignorou que as questões raciais pudessem ter consequências para a saúde mental dos negros: “Questões raciais nunca foram um “recorte” e sim uma questão central para nós negros. Em países estruturalmente racistas como o Brasil, devemos considerar as dificuldades que pessoas negras enfrentam em seu cotidiano, visto que o racismo se impõe a todo momento atingindo assim todas as dimensões da vida. Historicamente, a psicologia têm negligenciado questões étnico-raciais, seja pela ideia de sujeito universal (branco, cis, heteronormativo e burguês), seja pela negação do racismo como estratégia de nos excluir também de lugares de cuidado. No entanto, graças aos esforços de muitos profissionais negros em propagar informações sobre a importância de se olhar para a saúde mental da comunidade negra, esse cenário mudou sua roupagem para a nossa sorte”, explica.

Para Shenia, os profissionais devem acompanhar as mudanças sociais e colaborar para a construção de uma psicologia que esteja alinhada com questões sensíveis da sociedade, que no Brasil é formada em sua maioria por pessoas negras. “Qualquer profissional da área de saúde deve estar em consonância com as mudanças sociais, sendo assim, é necessário atualizar-se e instrumentalizar-se. Num país em que mais de 55% da população é negra e racializada, torna-se urgente a construção de uma psicologia mais parecida com a sociedade real, em que todos aqueles que procuram profissionais de psicologia possam ser representados e acolhidos. Vale lembrar que a representatividade é importante mas não sustenta tudo, o psicólogo que se propõe a receber pessoas negras deve estar comprometido com uma pesquisa séria e uma prática antirracista”, detalha Shenia. 

Ela ainda explica que existem particularidades no sofrimento causado pelo racismo que devem ser consideradas durante a terapia. “Falando do lugar da Psicologia Clínica afirmo que existem peculiaridades no atendimento ao sujeito negro ainda que na maioria das vezes exista uma insistência em relativizar as diferenças e a enfatizar discursos prontos tais como “somos todos iguais”, “insconsciente não tem cor”, “não devemos segregar a psicologia”. A experiência de ser negro no mundo é algo único mesmo que tenhamos uma imensa diversidade entre nós”. Para Shenia, a terapia que considera as questões étnico-raciais reconhece as “experiências de silenciamento, invizibilização, deslegitimização e desumanização”.

”Uma terapia voltada para a comunidade negra reúne elementos fundamentais: lugar seguro, representatividade, humanização, liberdade de existência, construção de estratégias contra o racismo, descolonização do pensamento e dos afetos”, complementa a especialista.

Quando falamos sobre buscar o apoio psicológico de profissionais negros, Shenia enfatiza que a terapia também é quilombo. “A terapia com um profissional negro tem várias vantagens: identificação com alguém que parece com a gente, poder falar de racismo sem se preocupar se o profissional (branco) vai se ofender ou não, gozar de um serviço especializado  feito para nós e o mais importante, a segurança. O consultório de psicologia para mim é um quilombo, um lugar de fortalecimento, de resistência. Uma frase que eu sempre repito “Se o corpo é político, a saúde mental também é”, finaliza.

Lellê anuncia ‘TRI ÂNGULOS’, novo projeto que explora seu trabalho multifacetado

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Lellê. Foto: Dona Isa.

Alessandra Aires Landim, conhecida como Lellê está com novidades. A artista recebeu alcance nacional como vocalista do grupo Dream Team do Passinho em 2013. No ano seguinte, em 2014, ela fez sua estreia na atuação após passar em um teste para participar da novela ‘Malhação’, da TV Globo. Depois, participou da novela ‘Totalmente Demais’ e atuou em uma série de outros trabalhos no mundo do entretinimento. Agora, a jovem Lellê anuncia ao público seu novo projeto, ‘TRI ÂNGULOS’. Através do trabalho, a artista pretende falar e mostrar um pouco de seus talentos, seja como atriz, cantora, apresentadora ou bailarina.

Ao longo da última semana, Lellê até apareceu dançando Michael Jackson, utilizando um vestidinho vermelho. Ao ser questionada sobre a utilização do Rei do Pop como referência, Lelê diz: “Ele é um ícone, precursor. Inclusive, existe o universo musical antes e depois dele. É como você colocou na própria pergunta, ele é uma referência. Na minha carreira mesmo já fiz um projeto, cantando e dançando “Jackson 5”. Na minha vida ele ainda me dá muitos caminhos, quando quero ouvir algo que toca a minha alma é ele que eu escuto. A obra dele é incrível e, por isso, eterna“.

Foto: Dona Isa.

O novo trabalho focado na dança terá uma sequência com mais dois vídeos, fazendo parte de um storytelling que a artista quer contar, até chegar em uma segunda parte. “Lido com 3 personalidades que quando identifiquei mudou todos os meus planos pro futuro”, finaliza Lellê.

Globo nega rixa entre Patrícia Poeta e Manoel Soares

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Foto: Reprodução/TV Globo

Em vídeo que circula na internet, colunista afirma que jornalistas discutiram durante uma reunião de pauta do programa ‘Encontro’

Em abril deste ano, a Globo anunciou que faria mudanças no comando do programa ‘Encontro’. Inicialmente, o anúncio dava a entender que Manoel Soares dividiria o comando da atração com a jornalista Patrícia Poeta, como apresentadores principais, mas durante a estreia, no dia 4 de julho, a chamada mostrava o novo logo apenas com o nome da nova apresentadora oficial “Encontro com Patrícia Poeta” e Manoel foi apresentado como um parceiro do programa.

Desde então, circulam na internet rumores recorrentes de desentendimentos entre os dois. Patrícia tem sido alvo de crítica dos telespectadores por interromper constantemente o colega e, na semana passada, circulou um vídeo em que a apresentadora muda completamente o semblante ao passar a vez de falar para Manoel.

No dia 24 de agosto, o colunista do programa A Tarde é Sua, Alessandro Lo-Bianco, contou que recebeu de uma fonte a informação de que Manoel Soares e Patrícia Poeta haviam se desentendido durante uma reunião de pauta com a equipe do programa. O colunista afirma que Patrícia se irritou porque a produção buscava a aprovação de Manoel sobre os assuntos debatidos e teria afirmado que a função do colega era apenas “repercutir os temas”, que ideias deveriam passar por ela. O texto ainda dizia que uma discussão generalizada se formou e que Patrícia Poeta teria acusado o colega de machismo e que Manoel Soares teria alegado estar sofrendo assédio moral.

Silvia Nascimento, diretora de conteúdo do Mundo Negro procurou a assessoria da TV Globo para comentar o assunto. Em resposta, a comunicação da emissora afirmou que o relato da briga não é real. Em nota, a Globo disse que “essas informações não procedem, são fake news”.

Bruno Gagliasso se encontra com Lula para discutir o combate ao racismo na infância

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Foto: Ricardo Stuckert

Nesta sexta-feira (26), o ator Bruno Gagliasso se encontrou com o candidato à presidência Lula (PT), para discutir a importância do combate ao racismo na infância, junto a esposa do candidato Janja, e a jornalista Lais Gomes

“É fundamental oferecer letramento racial nas escolas públicas e privadas. Restaurar políticas públicas e trabalhar pelas populações mais vulneráveis, em especial negros, indígenas e quilombolas”, publicou o ator nas redes sociais. “Eu e Giovanna Ewbank nos colocamos à disposição para atuar no front da luta antirracista. E saio deste encontro com as esperanças renovadas e com a certeza de que outro Brasil, mais justo e solidário, é possível”, completa.

Em outra publicação, Bruno publicou um vídeo em conjunto com Lula, onde eles se abraçam e o candidato relembrou o caso de racismo em que Titi e Bless sofreram em um restaurante de Portugal. “Vocês [Bruno e Giovanna] foram heróis. O que vocês fizeram foi uma coisa que muita gente precisaria ter a mesma coragem de vocês para fazer porque, se tiver mais gente como vocês, a gente acaba com o preconceito racial nesse país”.

A convite do Bruno Gagliasso, a jornalista Lais Gomes, que também participou deste encontro, compartilhou a emoção desse encontro com o Lula. “Sou cria de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. E hoje sentei na mesa com um presidenciável pra debater a pauta racial, falar sobre letramento racial na infância e conversar sobre como podemos fazer pra aumentar a luta antirracista no Brasil e punir criminosos que ainda se sentem a vontade pra praticar tal ato”.

Ainda sem acreditar neste momento, Lais completa: “É sobre sentar na mesa e não servir a mesa. É sobre mim (vou ter que levar pra terapia) e os meus, onde a gente pode chegar e o que a gente pode fazer se tiver OPORTUNIDADE”.

Vanessa Bryant decide doar R$ 81 milhões da indenização à fundação que apoia jovens e atletas

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Foto: Stefanie Keenan/Getty Images

Vanessa Bryant, viúva do astro Kobe Bryant, anunciou através de seu advogado que vai doar os US$ 16 milhões (R$ 81 milhões) recebidos de indenização na última quarta-feira (24) para a Fundação Mamba & Mambacita, entidade sem fins criativos que oferece suporte para jovens e atletas no esporte, criada pelo jogador de basquete. A organização antes tinha o nome de “Mamba Sports Foundation”, foi renomeada para homenagear também a filha do casal.

Em entrevista ao site TMZ, seu advogado Luis Li disse que a Vanessa planeja doar o dinheiro para que: “iluminem o legado de Kobe e Gigi”, apelido de Gianna. “Desde o início, Vanessa Bryant buscou apenas responsabilização [dos culpados], mas nosso sistema legal não permite que ela force melhores políticas, mais treinamento ou disciplina policial”, afirmou Li sobre os primeiros policiais e bombeiros que chegaram ao local do acidente tiraram fotos dos corpos e repassaram em grupos de família, amigos, em bares e até uma festa.

Kobe, Vanessa e Gianna Bryant (Foto: Reprodução/Instagram)

Kobe e a filha Gianna, de 13 anos, morreram em 2020, na queda de um helicóptero na Califórnia, que fez outras sete vítimas. Dois anos e meio depois, Vanessa acionou a Justiça por temer que essas fotografias vazassem publicamente e acusou a atitude dos profissionais. 

O jogador de basquete Chris Chester, perdeu sua esposa e filha neste mesmo acidente e também foi indenizado no valor de R$ 77 milhões.

Na terça-feira (23), Kobe completaria 44 anos. Na data do aniversário, Vanessa fez uma homenagem nas redes sociais. “Tudo para você! Eu te amo! JUSTIÇA para Kobe e Gigi!”.

Músico negro é preso injustamente pela segunda vez após polícia cometer ‘erro de sistema’

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Foto: Reprodução / TV Globo.

O músico Luiz Carlos Justino, preso injustamente em 2020, voltou a ser detido nesta última segunda-feira (22), após passar por uma blitz de segurança feita pela polícia. Por um ‘erro no sistema’, mesmo após o encerramento do caso, os dados de Luiz continuaram em aberto no Banco Nacional de Monitoramento, com um mandado de prisão direcionado a ele.

À época do primeiro ocorrido, o músico era acusado de ter realizado um assalto à mão armada, que não cometeu, e chegou a ser preso por cinco dias. Dessa vez, após retornar de uma rotineira partida de futebol com amigos em Charitas, bairro Niterói, ele foi parado em uma blitz do programa Segurança Presente e precisou se dirigir até a delegacia para prestar esclarecimentos.

“Isso aconteceu comigo, de novo, agora que eu estava me recuperando, mas poderia ter acontecido com qualquer pessoa, isso é muito revoltante. Se não fosse a mídia e os advogados eu acho que estaria preso de novo. Sempre estudei para não passar por isso, agora passar duas vezes por isso?”, desabafou Luiz Carlos nas redes sociais. “Vou ter que mostrar duas vezes que não sou um bandido, um vagabundo o que eles acham que sou? Duas vezes a mesma coisa. Só acho que todos deveriam ter o direito de ir e vir, sair de casa, de se divertir, mas algumas pessoas são proibidas, só por causa da nossa cor”.

Luiz Carlos foi liberado depois que os agentes da polícia descobriram a falha no sistema. O advogado do músico pediu que o mandato de prisão fosse removido também do Conselho Nacional de Justiça. “A gente quer crer que, com a retirada do nome dele deste banco de dados, esse tipo de abordagem não acontecerá mais. É muito danoso para a vida do Justino, que é um músico, um cara completamente integrado à comunidade onde vive, dedicado às atividades da Orquestra da Grota, ficar sucessivamente sendo submetido a este tipo de abordagem policial, por vezes ostensiva, agressiva, violenta e absolutamente desnecessária“, declarou Rafael Borges, representante do músico perante a Justiça.

“Fui vítima de tentativa de feminicídio”, revela Natália Deodato em nova entrevista

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Foto: Reprodução / Instagram / Natália Deodato.

Numa recente entrevista para o podcast Vacacast, a ex-BBB Natália Deodato revelou que, pouco antes de entrar no Big Brother Brasil, passou por uma experiência muito complicada num relacionamento abusivo. “Durante uma briga, ele me enforcou. Me lembro que cheguei a desmaiar e quando acordei foi aquela sensação: ‘Deus me deu uma chance'”, assumiu Natália.

“Tive um relacionamento muito abusivo e sofri uma tentativa de feminicídio. Foi bem pesado. Tenho uma medida protetiva. Foi ali que acordei para a vida”, continuou a modelo, declarando que ficou com muito medo após se dar conta do ocorrido. “Divorciei e fiquei louca da vida. Conheci uma pessoa que era psicopata (…) Casei com 15 para 16 anos. Eu conheci meu ex-marido com 12 anos”. A influenciadora não chegou a revelar o nome do ex-namorado, mas destacou que ele era uma pessoa muito ciumenta e problemática.

Natália contou ainda sobre a forma como vivenciou o mundo desde a infância, repleta de responsabilidades. “Não tive juventude. Desde os 9 anos, tinha responsabilidades de adulta. Não fui a baladas, nem a festas de 15 anos. Minha rotina era escola-casa-igreja“, destacou ela. “Quando me separei, veio aquele momento de ‘eu tô livre’, eu fui conhecer o mundo. Fui viver”.

A modelo finalizou a história contando sobre sua inscrição no BBB 19 e todas as tentativas para entrar no reality show da Globo.

‘Manhãs de Setembro’ tem primeiras imagens divulgadas da segunda temporada

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Foto: Fábio Braga/Pivô

O Prime Video divulga hoje (26) as primeiras imagens da segunda temporada da série brasileira Original Amazon Manhãs de Setembro, que chega exclusivamente ao Prime Video, em mais de 240 países e territórios, em 23 de setembro.

Estrelada por Liniker, Karine Teles, Gustavo Coelho e Thomás Aquino, a segunda temporada da produção conta com seis episódios que retratam os desdobramentos da vida de Cassandra após os acontecimentos da primeira temporada. Para ela, tudo corre fora do esperado desde a chegada de Gersinho. Sua vida virou de cabeça para baixo e, na nova temporada, a sensação de descontrole vai se aprofundar.

O reencontro com o pai Lourenço (Seu Jorge) depois de dez anos, a abala profundamente. Gersinho e Ruth (Samantha Schmütz), companheira de Lourenço, vão ser fundamentais para reconstruir a ponte entre Cassandra e o pai. Além disso, Ruth provocará Leide (Karine Teles) a buscar mais oportunidades para além da maternidade. A relação com Ivaldo (Thomas Aquino) já não é a mesma e os apertos econômicos que colocam em risco a quitinete levam a nossa protagonista ao seu limite. Na segunda temporada, todas as certezas de Cassandra se desmancham no ar.

A produção também conta com novos nomes como Seu Jorge, Samantha Schmütz, Ney Matogrosso e Mart’nália, que se somam ao elenco da primeira temporada, composto por Gero Camilo, Paulo Miklos, Clodd Dias, Isabela Ordoñez, Clébia Souza, Inara Cristina, Elisa Lucinda, Linn da Quebrada, Divina Nubia, Danna Lisboa e Dante Aganju.

Veja as fotos:

Fotos: Fabio Braga/Pivô

“Mulher, negra e pró-Lula”: Esse é o perfil do brasileiro que mais toma vacina

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Foto: Freepik

Novo levantamento do SoU_Ciência mostra elites brancas e evangélicos mais descrentes da vacina, da ciência e das universidades públicas do que outros segmentos

O levantamento nacional de opinião mais recente, realizado entre julho e agosto de 2022, pelo Centro de Estudos SoU_Ciência, permitiu identificar algumas tendências de comportamento da população brasileira em relação ao tema das vacinas e uso das máscaras, entre outros assuntos relacionados à pandemia. Mais pobres, menos letrados e negros, confiam mais na ciência, na vacina e no SUS, enquanto mais ricos, mais letrados e brancos estão mais descrentes.

O levantamento aponta que entre os que não tomaram vacina ou apenas uma dose são: 41% dos mais ricos, 32% dos com ensino superior, 29% dos brancos e 29% dos homens. Enquanto os mais pobres, menos letrados, mulheres e negros tiveram níveis de adesão superiores.

De acordo com a professora Soraya Smaili, uma das coordenadoras do Centro de Estudos “a porcentagem negacionista ou apenas displicente se concentrou na alta renda e nível superior de escolaridade. O corte ideológico, pró-Lula ou pró-Bolsonaro, é outro marcador relevante”, explica.

A pesquisa mostrou que fatores políticos influenciaram as decisões sobre a vacinação e o uso de máscara no contexto da pandemia, em especial relacionados ao apoio ou não ao atual governo federal. 37% dos eleitores de Bolsonaro declararam ter tomado apenas uma ou nenhuma dose da vacina, contra 10% dos eleitores de Lula. O levantamento também apontou diferenças regionais: moradores do Centro-Oeste do país são os que indicam menor adesão à estratégia da vacinação contra Covid-19 (30% das pessoas).

Infográfico da Sou Ciência (Divulgação)

Nesta mesma pesquisa, 1⁄4 da população brasileira com mais de 16 anos declarou ter tido Covid, com destaque para as pessoas com 50 anos ou mais (38%). Entre as pessoas que declararam ter tido Covid-19 ao menos uma vez, além das pessoas com mais de 50 anos, destacam-se as de maior escolaridade (31% com ensino superior) e maior renda (42% das pessoas com mais de 6 salários mínimo). Os dados também revelam que quase o dobro de homens precisou ser internado se comparado a mulheres (22 a 12%).

Pedro Arantes, um dos coordenadores do SoU_Ciência, explicou que há diversas variáveis a serem consideradas, como a facilidade ou não de acesso à rede hospitalar, apesar da ampla cobertura que o SUS alcançou para internações em vários estados. “Mesmo sem considerar essa possível restrição à demanda por internação, o dado do levantamento é ainda relevante para destacar, que homens, mais ricos e mais instruídos foram ao mesmo tempo os que optaram por serem os menos vacinados e os que acabaram sendo os mais internados. Dados epidemiológicos e de internação também confirmaram essa correlação”, ressaltou.

Infográfico da Sou Ciência (Divulgação)

Do total dos entrevistados, 3% indicaram ter usado medicamentos do kit, como cloroquina e ivermectina. Já, 21% declararam que sabem não existir qualquer recomendação científica para o seu uso. No entanto, a adesão ao kit cresce entre bolsonaristas. 28% que disseram ter sido infectados entre os que avaliam como ótimo ou bom o atual governo federal, 9% tomou o kit. Já entre os que consideram a gestão Bolsonaro ruim ou péssima, dos 20% infectados apenas 0,18% tomaram o kit. Entre os 25% de evangélicos e 22% de católicos infectados, há também diferença relevante: 7% dos evangélicos tomou o kit contra apenas 1% dos católicos.

Infográfico da Sou Ciência (Divulgação)

A melhor avaliação do governo na condução da pandemia advém dos segmentos: homens, brancos, com mais de 40 anos, moradores do Centro-Oeste, evangélicos, de nível superior, com mais de 6 salários mínimo. Dos eleitores de Bolsonaro: 74% consideram a condução na pandemia ótima e boa, contra menos de 2% de aprovação entre eleitores de Lula. Já entre eleitores de Ciro, 43% consideram a condução regular.

Os dados do levantamento mostram que a polarização política na sociedade brasileira tem marcadores de classe, gênero, raça, religião e faixa etária importantes. 46% dos mais ricos consideram a atuação do governo como boa ou ótima, diante de apenas 14% dos entrevistados com até 1 salário mínimo de renda. Segundo Pedro Arantes, essa diferença de percepção é decorrente das diferentes condições socioeconômicas: “Os mais ricos tiveram como se proteger melhor na pandemia, pois moram melhor, puderam em geral trabalhar em home office e receber em casa por entrega o que necessitavam. As pessoas mais pobres foram as mais expostas, mais penalizadas com perda da renda, com a volta da fome, com a falta de espaço adequado para ficarem isoladas em casa, com as dificuldades de estrutura para suas crianças estudarem online”.

A pesquisa também constatou que a maioria das mulheres (55%) consideram que a condução do governo foi ruim ou péssima, frente a um percentual menor que a metade dos homens (43%).

Infográfico da Sou Ciência (Divulgação)
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