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Estudo revela associação entre uso de relaxantes capilares e o risco de desenvolvimento de câncer uterino

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Foto: Freepik

Um tribunal federal de Chicago, nos Estados Unidos, recebeu quase 60 ações judiciais movidas contra fabricantes de relaxares capilares. Segundo informações divulgadas pela revista Allure, o motivo seria a relação entre o uso desses produtos e o desenvolvimento de câncer uterino.

Os processos movidos contra marcas de relaxantes para cabelo tem como base um estudo realizado pelo National Institutes of Health (NIH), nos Estados Unidos, apontou que o uso frequente de produtos para alisar o cabelo podem dobrar o risco de desenvolver câncer. 

O estudo acompanhou mais de 33 mil mulheres durante 11 anos, dentre essas, 378 foram diagnosticadas com câncer uterino, o que representa um aumento de 80% no risco entre mulheres que usaram relaxantes pelo menos uma vez no ano anterior. 

A pesquisa mostra que “Usuários frequentes de relaxantes, definidos como aqueles que usaram alisantes ou relaxantes químicos mais de quatro vezes em 2021, tiveram duas vezes mais chances de desenvolver câncer uterino em comparação com aqueles que não usaram relaxantes – um salto de risco estimado de 1,64% para 4,05% de desenvolver câncer uterino aos 70 anos ”.

Para a diretora da divisão de oncologia ginecológica do Winship Cancer Institute da Emory University e editora-chefe da Gynecologic Relatórios de Oncologia, Susan Modesitt,  “As pessoas apenas ouvem um aumento de risco de 80% e entram em pânico, mas são 80% de um risco realmente pequeno”. De acordo com a especialista, o aumento de 80% no risco de desenvolvimento do câncer é parte da pequena fatia de 1,64%. Segundo ela, esse aumento ainda é “muito pequeno”. 

Apesar de um risco pequeno, os números devem colocar as pessoas em alerta sobre o uso dos relaxantes capilares e suas influências no desenvolvimento de câncer uterino. Mas os especialistas também não descartam a necessidade de manter de manter hábitos saudáveis.  “Os produtos químicos para o cabelo são apenas um dos muitos fatores que podem influenciar as chances de uma mulher contrair câncer uterino”, afirmou Alexandra White, PhD, epidemiologista do Instituto Nacional de Segurança em Saúde Ambiental dos Estados Unidos e pesquisadora do estudo.

A disparidade na taxa de sobrevivência de câncer no endométrio entre mulheres brancas e negras também é um complicador quando falamos sobre a influência dos relaxantes capilares no desenvolvimento do câncer. “As mulheres negras têm um risco maior de desenvolver câncer de endométrio – e também têm uma taxa de sobrevivência pior em comparação com as mulheres brancas”, diz o Dr. Matulonis, chefe da divisão de oncologia ginecológica do Dana-Farber Cancer Institute em Boston.

Mas os especialistas explicam que pesquisas anteriores já relacionavam o uso dos relaxantes com o risco de desenvolvimento de cânceres mediador por hormônios, como câncer de mama, de ovário e miomas. O estudo também sugere que a interrupção hormonal também aumenta o risco de desenvolver câncer.   

“Constatou-se que os alisantes em particular incluem produtos químicos como ftalatos, parabenos, ciclosiloxanos [um tipo de silicone, usado como solvente, que também foi classificado como desregulador endócrino] e metais [como níquel e cobalto, que podem, em certos casos, níveis e em alguns compostos provavelmente se tornam cancerígenos] e podem liberar formaldeído quando aquecidos.”, conclui Alexandra White.

Show de Rihanna fica em oitavo lugar entre melhores do Super Bowl, sendo ultrapassado pelo de Beyoncé e o de Prince, pontua Rolling Stone

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Rihanna anuncia segunda gravidez. Foto: MTV / NFL.

A apresentação de retorno de Rihanna aos palcos após 7 anos, marcou a história do SuperBowl.

Foi a conclusão que chegou a revista norte-americana Rolling Stone, que classificou os melhores shows da história do evento neste domingo, 12.

A cantora apareceu como o terceiro melhor show feminino e oitava na lista geral. O show de Prince, que cantou a clássica Purple Rain debaixo da chuva em 2007, foi coroado como o mais memorável dos intervalos da final do campeonato da NFL.

Antes da apresentação de Rihanna, a revista escolheu o reencontro de Beyoncé com o Destiny’s Child, que ocorreu em 2013, e a união de Shakira e Jennifer Lopez, de 2020, para o top 2.

No SuperBowl, a artista apresentou canções icônicas, como Umbrella, e até um remix brasileiro de Rude Boy. Rihanna aproveitou para revelar sua segunda gravidez no evento. O show pode ser visto na íntegra no canal do YouTube da NFL.

Lúpus: condição é quatro vezes mais incidente em mulheres negras do que em mulheres brancas

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Foto: Leyla Stefani

Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, existem cerca de 65 mil casos de lúpus no país, sendo a maioria em mulheres. Artistas como Toni Braxton, Nick Cannon e Seal, são diagnosticadas com a doença autoimune. Durante fevereiro, campanhas de conscientização, combate, prevenção e diagnóstico precoce destacam o lúpus, a leucemia, a fibromialgia e o mal de Alzheimer por serem quatro doenças crônicas que não têm cura. 

Além de ser mais comum em mulheres, prevalece mais comum em populações afro-americanas, hispânicas e asiáticas, sendo até quatro vezes mais incidente em mulheres negras do que em mulheres brancas, de acordo com o Ministério da Saúde. “A doença afeta mais pessoas entre 15 e 40 anos, mas pode ser diagnosticada em qualquer idade”, afirma Levi Jales Neto, reumatologista na Rede de Hospitais São Camilo.

O Lúpus Eritematoso Sistêmico é uma doença inflamatória que pode atacar os tecidos dos órgãos e ocasiona dores musculares e artríticas, anemia, fadiga, febre, mal estar, além de erupções escamosas ou manchas vermelhas na pele. Por mais que as manchas e erupções na pele gerem um estigma estético, o lúpus não é uma doença contagiosa, ou seja, não pode ser transmitida de uma pessoa para outra.

A doença pode ser agravada pela exposição ao sol, que deve ser evitada com chapéus e óculos, por exemplo, afirma o especialista. “Não existe uma causa específica para o lúpus, como a maioria das doenças autoimunes, estudos apontam que as causas estão relacionadas com fatores hormonais, infecciosos, ambientais e genéticos. Dentre eles, a exposição excessiva à luz solar, traumas emocionais  e infecções virais como o covid podem desencadear a doença”, explica ele.

Desmistificando o cuidado com o Lúpus

O tratamento para a condição autoimune é feito com antiinflamatórios,  corticóides e imunossupressores, sendo essencial consultar um reumatologista para diagnosticar e iniciar o tratamento correto para o lúpus. Além disso, Neto ressalta que não existe um exame específico para a doença, porque cada paciente a manifesta de forma diferente, no entanto, um exame físico ou um hemograma completo pode indicar sinais da doença.

Por mais que não haja uma causa específica para a condição, o reumatologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo lista algumas formas de prevenir o lúpus e outras condições, como:

  • Evitar a exposição excessiva ao sol sem proteção;
  • Prezar por uma alimentação balanceada;
  • Atividade física aeróbica regular;
  • Medidas de controle de fatores emocionais;
  • Estar atento a sintomas como manchas que podem aparecer na face, porque podem ser um sintoma do lúpus.

“Para o paciente diagnosticado, é preciso o acompanhamento frequente e a medicação em períodos de crise por se tratar de uma doença crônica, assim como em casos de mulheres que desejem engravidar, o ideal é optar pelo período de remissão das crises para isso. Com o acompanhamento correto, a pessoa portadora do lúpus pode alcançar uma boa qualidade de vida”, finaliza o reumatologista.

“Zona de Perigo”: hit de Léo Santana atinge Top 20 no Spotify Global

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Foto: Reprodução

A música “Zona de Perigo” viralizou na internet e colocou o cantor Léo Santana no Top 20 Global do Spotify. No último sábado, a canção subiu cinco posições em 24 horas, conquistando a 19º posição no ranking mundial do serviço de streaming.

O hit é a aposta do cantor baiano para o Carnaval de Salvador. Desde a semana passada, “Zona de Perigo” já atingiu o topo da Deezer e Apple Music no Brasil. 

Em suas redes sociais, o cantor contou que foram quase 4 milhões de plays, com reproduções em países como Irlanda, Portugal, Luxemburgo, Paraguai, Suíça e Japão. Com o hit, Léo Santana se tornou o primeiro cantor brasileiro a receber mais de 2 milhões de streams em 24 horas em uma música solo. 

A música viralizou na internet depois que o cantor postou um vídeo em suas redes sociais dançando ao som de “Zona de Perigo”:

Outros artistas, como Jojo Todynho e o atleta Paulo André, além dos fãs de Léo Santana também compartilharam vídeos reagindo ao vídeo do cantor.

Tela em homenagem a Gloria Maria, feita por Eduardo Kobra, vai para o Museu de História e da Cultura Afro-Brasileira

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Imagens: Globo/DIVULGAÇÃO

Neste sábado (11/02), o Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira, mantido pela Secretaria Municipal de Cultura do Rio, recebeu uma enorme tela, com a imagem de Gloria Maria, feita pelo muralista Eduardo Kobra, a pedido do “Fantástico”.

A obra em tecido tem 4 metros de altura por 3 de largura e pode ser vista exposta no museu até o dia 11/03. Foram 15 horas – tempo recorde – trabalhando no mural, na qual a jornalista e apresentadora aparece toda colorida, cercada de borboletas e segurando o planeta Terra.

“Ela tinha o planeta nas mãos”, diz Kobra, que já foi entrevistado por Gloria Maria, um rosto que o Brasil se acostumou a ver na TV nos últimos 50 anos. “Ela se conectou com o mundo como poucas pessoas e trouxe isso para nós”.

O autor da obra ainda relatou um pouco mais sobre a obra, feita em um final de semana.

“A ideia de levar para o Museu de História e da Cultura Afro-Brasileira (Muhcab) foi do ‘Fantástico’, entendendo ser este um local de relevância identitária para receber a homenagem a uma figura tão representativa para mulheres e homens pretos, sobretudo na área da comunicação”, conta Leandro Santanna, diretor do espaço, na Gamboa, que recebeu mais de 40 mil visitantes em 2022.

Representante de Rihanna confirma segunda gravidez da cantora

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Rihanna anuncia segunda gravidez. Foto: MTV / NFL.

É oficial, Rihanna, 34, está grávida de seu segundo filho, fruto do relacionamento com A$AP Rocky, 34. A cantora realizou o anúncio nesta noite de domingo (12) em meio à eletrizante apresentação no Super Bowl 2023. Um representante da cantora barbadiana confirmou a informação ao site norte-americano The Hollywood Reporter.

Rihanna cantou e dançou vários de seus sucessos na State Farm Arena em Glendale, Arizona. A artista apresentou sucessos conhecidos como “We Found Love”, “Where Have You Been”, “Diamonds” e “Work”.

Em entrevista para a imprensa durante a última quinta-feira (9), a cantora comentou sobre a importância de seu show no evento esportivo. “O Super Bowl é um dos grandes palcos do mundo, então, por mais assustador que tenha sido, porque eu não subo no palco há sete anos, há algo emocionante sobre o desafio de tudo isso”, disse ela. “É importante para mim fazer isso este ano. É importante para a representatividade. É importante para o meu filho ver isso”.

João Luiz Pedrosa é destaque em desfile da Mocidade Alegre como “samurai negro da educação”

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Foto: Reprodução

O professor e influenciador João Luiz Pedrosa deve desfilar pela segunda vez na escola de samba Mocidade Alegre, em São Paulo. O desfile acontece no próximo sábado (18), no Sambódromo do Anhembi e tem como tema “Yasuke”, o primeiro samurai negro da história do Japão, João representará o “samurai da educação”.

“Pela segunda vez eu venho desfilando pela Mocidade Alegre em São Paulo. Alegria enorme poder estar participando desse evento que é uma das maiores manifestações culturais do Brasil. Esse ano a Mocidade vem falando sobre Yasuke, samurai de origem africana e que ressurge na esperança e nos sonhos dos jovens negros”, contou o professor, que também participou do BBB 21. 

João Luiz deve desfilar no último carro da escola, onde será o “Yasuke da Educação”, ao lado de outras personalidades pretas que representarão os guerreiros que batalharam como o samurai.

O enredo “Yasuke” foi desenvolvido pelo carnavalesco Jorge Silveira, que faz sua estreia na agremiação, com o intuito de mostrar que a bravura e o espírito guerreiro de Yasuke é inspiração para jovens negros da contemporaneidade subverterem a lógica do racismo e tornarem-se o que desejarem ser.

Esta é a segunda vez que João desfila pela Mocidade Alegre. O mineiro estreou no Carnaval de São Paulo no ano passado, quando a escola homenageou a sambista Clementina de Jesus. Em 2022, ele também desfilou pela escola de samba Beija-Flor, no Rio de Janeiro. 

Educadora social Bel Santos Mayer apresenta legado de “Vidas Negras” em exposição do Museu da Pessoa

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Foto: Divulgação

Em cartaz no Sesc Bom Retiro, a exposição “Qual é o seu legado? 30 anos de Museu da Pessoa no Brasil” traz como um dos eixos temáticos o tema “Vidas Negras”, que tem como curadora a educadora social Bel Santos Mayer

O recorte feito por Bel apresenta as histórias de pessoas negras em diferentes gerações. Ela apresenta em igual importância pessoas conhecidas nacionalmente, como é o caso de Emanoel Araújo, falecido recentemente, artista plástico e fundador do Museu Afro Brasil, e outras conhecidas localmente, como é o caso de Dona Edith, da Cooperifa, cujo sarau de poesias já acontece há mais de 20 anos no Bar do Zé Batidão, no Jardim Guarujá, próximo ao Capão Redondo, em São Paulo. 

Foto: Divulgação

Para o Mundo Negro, Bel Santos Mayer contou detalhes sobre a exposição, que tem como base sua pesquisa de campo e acadêmica, formada por três conceitos fundamentais de colo, casa e quilombo.

Em seu trabalho de curadoria, você traz Emanoel Araújo como um dos homenageados. Fazendo um paralelo entre o papel de Emanoel na valorização da história e cultura negra e no conceito de colo paterno a que você se refere, esse lugar de aconchego. Qual a importância de ter o artista retratado na exposição?

A escolha de Emanoel Araújo se dá tanto para trazer essa importância e referência que ele tem para nós negros e negras ao colocar o Museu Afro Brasil no centro, em um dos parques mais importantes da cidade e trazendo a nossa história, a nossa cultura e não apenas em um lugar de dor, mas um lugar de produção intelectual, de produção cultural. Ao escolhe-lo eu quis fazer uma homenagem a ele que nos deixou precocemente, repentinamente, e agradecer, trazer essa referência. Ele fala do pai, ele fala das mulheres importantes em sua vida. Então também reforçar essa importância que tem nós reverenciarmos quem veio antes de nós, os colos recebidos, os cuidados que nos foram dados. Emanuel Araújo é alguém que sintetiza na sua luta pra criação e manutenção do Museu Afro Brasil os três eixos da minha curadoria, ao mesmo tempo que ele cria para nós uma casa cultural, ele nos dá o colo, porque ali a gente encontra as nossas ancestralidades, os nossos referenciais artísticos, literários, culturais e históricos e também nos dá o quilombo, esse lugar da reivindicação, da busca de um lugar da construção de uma sociedade que não seja pautada, atravessada pela desigualdade imposta pelo racismo.

Foto: Exposição “Qual é o seu legado?” – Retrato de Emanoel Araújo, fundador do Museu Afro Brasil

Por que é tão importante apresentar ao público as histórias e legados de diferentes pessoas negras?

A importância de trazer as histórias e os legados de pessoas muito diversas. Desde pessoas que são referência, não só no Brasil, mas internacionalmente como Emanoel Araújo, Sueli Carneiro, Hélio Menezes, mas também trazer pessoas do cotidiano, pessoas as que estão lá na sua produção literária, que estão contando suas histórias de famílias, histórias dos seus territórios. Mais que garantir, propor que a gente olhe para as vidas pretas do nosso entorno, para esses lugares. Para os lugares em que estão as pessoas, em que estão os seus espaços, em que essas pessoas criam para as nossas existências e as manifestações culturais.

Foto: Exposição “Qual é o seu legado?”

O seu trabalho de promoção da leitura é um incentivo à educação e busca por conhecimento. Quais referências deixaram um legado que influenciou nesse trabalho?

As minhas referências literárias são muitas para o meu legado desse encontro com o colo, a casa e o quilombo. Desde Conceição Evaristo que vem valorizar as escrevivências. A escrita das nossas vivências, essas vivências que são marcadas por amor, por dor, por desejos. Então Conceição Evaristo, Edmilson de Almeida Pereira que vem trazer na sua poesia, na sua literatura para crianças, nos seus romances, as questões desse universo masculino, mas também esse universo religioso e esse lexo, as nossas palavras, o nosso universo semântico. Então esse é um outro lugar muito importante, é um outro legado. Carolina Maria de Jesus, sem dúvida, inclusive por todo o apagamento que tentaram fazer da sua produção literária, da construção da sua carreira como escritora e apagando mesmo toda essa história como se ser escritora fosse um acaso e não um projeto em sua vida e também, eu traria aqui Sueli Carneiro, sem dúvida alguém com uma escrita não ficcional, mas discutindo o epistemicídio negro, o quanto se que tentou apagar esse nosso lugar de construção de um pensamento, de uma produção, de um pensar negro, e as jovens autoras. Então tem aí as autoras contemporâneas como Cidinha da Silva, Anelis Assumpção e tantas outras jovens negras, como Jarid Arraes, que estão aí escrevendo, honrando as suas ancestrais, mas também colocando as suas novas palavras no mundo. Tem uma lista grande pra trazer. Oswaldo de Camargo, Ricardo Aleixo e suas palavras ao vento. Então tem uma lista aí que quem for visitar a exposição pode verificar na biblioteca.

Serviço

Exposição Qual é o seu legado? 30 anos de Museu da Pessoa no Brasil

Período expositivo: Até 02 de abril de 2023

Visitação: terça a sexta, das 9h às 20h; sábado, das 10h às 20h; domingo e feriado, das 10h às 18h 

REP Festival cancela 2º dia após tempestade e reclamações do público

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Foto: Reprodução / Twitter.

A produção do REP Festival 2023 informou nesta manhã de domingo (12) que o segundo dia de shows foi cancelado. De acordo com a nota oficial, danos foram causados à estrutura do evento após as fortes chuvas que tomaram conta da cidade de Guaratiba, local onde ocorre o festival.

“A produção do REP Festival informa que devido aos danos causados à estrutura do evento pelas fortes chuvas que acometeram o Rio de Janeiro nos últimos dois dias, o segundo dia do festival será cancelado. A decisão da organização se dá pensando na segurança e mobilidade do público, dos artistas e da equipe técnica e operacional“, informou o evento em nota.

Neste último sábado (11), uma série de reclamações do público invadiram as redes sociais, criticando a organização do evento pelas condições adversas no local. A produtora responsável declarou que, com o cancelamento, o público será devidamente ressarcido. “O público que comprou o ingresso para o segundo dia de festival será devidamente ressarcido. O contato deverá ser feito pela ticketeira oficial: a plataforma Ingresse”, informou em nota.

O RACIONAIS MC’s, que se apresentaria no evento durante o sábado (11) também cancelou a participação por ‘falta de segurança’. “O show que o grupo Racionais MC’s faria no último sábado, 11 de fevereiro, no REP Festival, no Rio de Janeiro, foi cancelado devido a problemas relacionados à falta de estrutura e segurança do público e dos artistas”, informou o grupo através de nota oficial.  “A equipe e artistas lamentam o ocorrido e agradecem a compreensão do público e atenção da produção disponível no evento.”

A invisibilidade negra em São Paulo: apenas 5,5% dos monumentos públicos da cidade retratam figuras negras

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Foto: Yolando Mallozzi - Busto de Luís Gama / Reprodução.

Por Prof. Dr. Ivair Augusto Alves dos Santos

Na maior cidade do país, São Paulo, os monumentos públicos em sua maioria são de pessoas brancas e masculinas. Das 210 obras em homenagem a pessoas da capital paulista, 74% relembram pessoas brancas e apenas 5,5% retratam figuras negras. Os dados divulgados nesta quinta-feira (9) são do Instituto Pólis, organização sem fins lucrativos.

Ser um negro num país racista é ter que construir e reconstruir a sua autoestima dia a dia pela falta de representatividade nos meios de comunicação em massa e nos símbolos de poder. Uma sociedade que não reconhece a contribuição da população negra para a cidade de São Paulo, não vai exibi-la com destaques nas ruas da cidade.
A Associação Cultural do Negro (ACN), organização que surge em 1954 e cessa atividades em 1976, tem a gênese é decorrente da reação às comemorações do quarto centenário paulistano, que deliberadamente excluíram negros e indígenas das celebrações. Graças à mobilização da ACN, conseguiu-se inaugurar um busto no Largo do Paissandu, em homenagem à mãe preta, inserindo no espaço da capital paulista.
A Associação também foi pioneira na homenagem ao escritor Cruz e Souza no seu centenário, em 1960, com construção de um medalhão colocado na praça Dom José Gaspar, ladeando a Biblioteca Mário de Andrade com os bustos de Camões e Dante. Tal fato foi exemplar na síntese do esforço coletivo empreendido pelo movimento negro em São Paulo. O medalhão foi destruído e não existe mais lembrança daquele importante feito da ACN.

Estátua de Mãe Preta. Foto: Ricardo Matsukawa/UOL.

É uma luta de há muito tempo contra a invisibilidade negra na cidade. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, pretos e pardos são 37% da população paulistanas A cidade escolheu contar sua história sob o ponto de vista branco e de violência contra às as populações negra e indígena, um exemplo do racismo institucional.
Um exemplo disso é a controversa estátua de Borba Gato, instalada em Santo Amaro, zona sul da cidade, na década de 1960. Em 2021, a peça chegou a ser incendiada porque o bandeirante é associado à caça e escravidão de negros e de indígenas.
Segundo historiadores, muitos dos bandeirantes mataram índios em confrontos que acabaram por dizimar etnias. Também estupraram e traficaram mulheres indígenas, além de roubar minas de metais preciosos nos arredores das aldeias, conforme o livro “Vida e Morte do Bandeirante”, de Alcântara Machado.
As obras engrandecem figuras controversas, segundo a pesquisa, e os monumentos que representam brancos são maiores em sua dimensão em comparação com a dos negros. Figuras que retratam negros têm em média 2,2 metros, 33% menores do que os de monumentos brancos, que têm em média 3,3 metros.
5,5% de monumentos negros na cidade de São Paulo é uma negação absoluta da importância dada à população negra e que pouco reflete a composição racial de São Paulo. As autoridades municipais precisam agir no sentido de resgatar a história e a participação dos negros na cidade de São Paulo.

É preciso rever e retirar as obras que referendam um passado de violência e continuam oprimindo povos negros e indígenas, porque são imagens que engrandecem os algozes de seus antepassados.
Em nota, a Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo diz que, entre 2021 e 2022, foram inauguradas cinco esculturas em homenagem a personalidades negras paulistanas elaboradas por artistas negros. Ainda é pouco. Precisamos ser mais céleres em reconhecer a história de trabalho das pessoas negras na construção do país.
O medalhão do poeta e escritor Cruz e Souza que foi destruído, que existia na Pça Dom José Gaspar, ao lado da Biblioteca Municipal , necessita ser reconstruído e exaltado, valorizando a rica e intensa luta de homens como José Correia Leite, Henrique Cunha e Henrique L Alves, da Associação Cultural do Negro na década de 1960.

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