A violência da intolerância que vitima os adeptos das religiões de matriz africana nas favelas e subúrbios do Rio de Janeiro e Belo Horizonte é o tema do documentário Fé e Fúria, do cinesta mineiro Marcos Pimentel. O longa chega aos cinemas nesta quinta-feira, nas cidades de Belo Horizonte, Brasília, Manaus, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Rio Branco, Salvador e São Paulo
“Eu estava diante de gente que precisava gritar para o mundo todas as opressões que vinha sofrendo e senti que eu precisava abrir espaço para que aquelas pessoas fizessem isso. É bem difícil filmar casos de intolerância no momento em que ocorrem. O intolerante não permite ser filmado. Então, o que temos é quem sofre a intolerância relatando o que experimentou“, conta o diretor.
Ciente de que não poderia aplicar uma linguagem que não cabia aos seus entrevistados e entrevistas – pessoas que sofrem com a intolerância –, Pimentel procurou aquilo a que chama de a linguagem mais sincera para que seus personagens se abrissem diante de sua câmera.
Ele chegou a casos divulgados pela mídia, como a menina Kayllane, que levou uma pedrada no meio da rua por estar vestida com trajes de candomblé, e outras pessoas cujas agressões não se tornaram notícia.
“Tivemos a preocupação de ser sempre respeitosos, mesmo quando estávamos filmando personagens que possuíam discursos opostos ao que defendíamos. O filme toma partido e condena a intolerância religiosa. Estamos do lado das religiões de matriz africana e contestamos qualquer tipo de opressão. Desde o início, fomos sinceros com os personagens, deixando claro a nossa posição e abrindo espaço para que cada um apresentasse sua visão sobre esta situação.”
Veja o trailer:
O filme aborda também a conduta dos “donos dos morros”, abrindo espaço para que traficantes evangélicos e ex-traficantes hoje convertidos discorram sobre o tema. Para abordar esses entrevistados, era preciso não apenas deixar claro o posicionamento do documentário, mas também ouvir as opiniões dessas pessoas. “Em situações assim, estávamos certos de que a confiança não pode ser quebrada, porque disso dependia a segurança e a integridade da própria equipe. Eles sentiram que podiam se abrir e toparam falar.”
Realizado entre setembro de 2016 e julho de 2018, FÉ E FÚRIA capta um Brasil em transformação, na ascensão dos evangélicos ao poder, que culminou na eleição de Jair Bolsonaro. “Mesmo sem termos filmado no período eleitoral, o filme registra episódios de intolerância, massacre de minorias, reações obscuras entre religião e poder, racismo, fascismo, Bíblia e Deus utilizados para justificar atos injustificáveis, poder armado, tráfico, milícia… É como se estivesse tudo ali, pairando sobre a sociedade brasileira.”
A cantora Ludmilla fez um show em Curitiba no último domingo (9) e precisou ser internada após a apresentação. Em seus stories no Instagram, a cantora apareceu realizando exames na madrugada de domingo para segunda. “Galera, saí do palco direto para o hospital aqui em Curitiba, graças a Deus não é nada grave. Resumindo, um cálculo resolveu dar uma volta pela minha barriga. Já fui medicada e liberada. Estou bem, me sentindo bem melhor”, disse a funkeira tranquilizando os fãs.
Instantes depois, ela apareceu em um vídeo se alimentando no quarto do hospital. “Já estou bem e jantando no quarto”, contou. Apesar do mal estar, que começou durante o show, a cantora seguiu com o show até o final e foi para o hospital depois da apresentação.
Na última semana, Ludmilla ficou entre os assuntos mais comentados da internet com internautas reclamando dos valores das áreas de open-bar de seu show Numanice que vai acontecer no sambódromo do Rio de Janeiro. “O Numanice é uma experiência muito fod*. O open bar tem as melhores bebidas, centenas de seguranças, estrutura fod*, ativações pelo evento todo e eu cantando por horas“, justificou Ludmilla.
Pouco tempo depois, a cantora abriu lotes promocionais para o show, no valor de R$65 para a atender à demanda de quem gostaria de ir ao show, mas não tinha condições de pagar pelo ingresso de R$ 170.
A atriz Cacau Protasio prestou solidariedade aJojo Todynhoe Lucas Souza nas redes sociais e aproveitou para aconselhar o casal. “Vocês vão errar vão acertar, casamento é assim, vocês tem minha oração, minha torcida, não tenham medo de se perdoar, não tenham medo de dizer que se amam, o amor de vocês é lindo”, iniciou Cacau.
“Vocês são muito novos ainda, procure nesse momento pessoas que vão colocar água na fervura. Tia cacau está aqui”, disse Protasio, que também citou o próprio casamento como uma relação que também enfrenta instabilidades. “Meu casamento também não é perfeito, hoje mesmo eu já me separei e voltei, tudo agora de manhã, rsrsrsrsrs…, é assim, somos muito mais felizes juntos”, afirmou.
Jojo Todynho agradeceu o carinho de Cacau. “Obg por tudo amoooo você”, disse Jojo. Lucas também comentou a postagem com emojis em agradecimento.
Relembre o caso:
O casal passou por um final de semana agitado, após Lucas Souza anunciar a separação de Jojo em um post no Instagram. Horas depois, ele retirou a postagem do ar. Fãs chegaram a especular que se tratava de uma ação de marketing, porque Lucas usou a curiosidade do público para divulgar o link de um vídeo de Bangu, música de Jojo e do canal do oficial do Exército no Youtube.
No domingo, Jojo negou que se tratasse de marketing. “Não preciso inventar história, não precisa de marketing, não tenho culpa também das atitudes erradas. Da minha parte, sim. Da parte dele eu não tenho culpa. Então é isso, está esclarecido”, disse Jojo nos stories.
O sábado foi agitado com o polêmico anúncio de separação de Lucas Souza e Jojo Todynho. No entanto, na manhã de domingo, o post em que ele fez anúncio não exisitia mais no feed dele no Instagram. Nos stories, links com as palavras “motivo da separação”, levavam para o clipe da música “Bangu”, de Jojo e para um canal no Youtube de Lucas, ainda sem videos.
As fotos o casal aparece se beijando e em momentos românticos também voltaram ao feed do oficial do Exército. Nas redes sociais, os seguidores disseram que tudo não passou de uma ação de marketing. “Quer dizer então que a história do término de casamento da Jojo Todynho e do Lucas Souza foi jogada de marketing?”, questionou uma usuária do Twitter.
Quer dizer então que a história do término de casamento da Jojo Todynho e do Lucas Souza foi jogada de marketing? pic.twitter.com/PVIwhjHMBt
Lucas teria ficado ofendido com Jojo após a mídia repercutir um trecho de seu programa Jojo Nove e Meia, onde ela disse que era sua primeira namorada e mulher, o que foi interpretado por muitos como se ele fosse virgem.
“Nem só de amor uma relação se constitui, o respeito, lealdade e a gratidão são essenciais! Em respeito as pessoas que tem um carinho pelo casal e com muita dor no coração, passando pela fase mais difícil da minha vida aonde estou em um lugar que não tenho ninguém, comunico que eu e Jordana não estamos mais casados”, disse ele no comunicado de ontem.
Muitos atores, que o público está acostumado a assistir em stand-ups ou filmes e séries de comédia, surpreenderam com as atuações de personagens dramáticos nas telas dos streamings e do cinema. Niecy Nash, por exemplo, chamou a atenção do público com a atuação na série Dahmer: Um Canibal Americano, mas tem uma longa carreira e prêmios com personagens cômicos. O MUNDO NEGRO selecionou atores e comediantes negros que brilharam transitando de um gênero para outro. Confira:
Niecy Nash
Com quase trinta anos de carreira, a atriz Niecy Nash começou a carreira com papéis em filmes de comédia. Ganhou o Emmy por dois anos seguidos, em 2015 e 2016, na categoria Melhor Atriz Coadjuvante em Série de Comédia, pela série Getting On, disponível HBO Max. Mas foi em 2019, que ela ganhou grande destaque em outros gêneros e levou o Emmy de Melhor Atriz em Minissérie ou Filme para TV, pela série Olhos Que Condenam. Com a recente estreia da Netflix de Dahmer: Um Canibal Americano, Niecy voltou aos holofotes pela atuação impecável da personagem Glenda, ao transmitir a angústia e sofrimento de uma mulher negra que a sociedade não ouvia para denunciar um serial killer, homem branco.
Niecy Nash como Didi Ortley em Getting On e como Glenda em Dahmer: Um Canibal Americano
Luís Miranda
Referência na comédia brasileira, o ator já brilhou em muitos filmes e novelas com papéis cômicos como em Mister Brau e Ó Pai, Ó. No filme Meu Nome Não É Johnny, ele levou três prêmios na categoria de Melhor Ator Coadjuvante, incluindo pelo Los Angeles Brazilian Film Festival. Com mais de 20 anos de carreira, agora que o Luís Miranda está vivendo seus primeiros protagonistas. E o mais esperado foi lançado recentemente nos cinemas: Lima Barreto ao Terceiro Dia. A cinebiografia de um dos maiores escritores que o Brasil já teve. Luís interpreta o escritor, contracenando os três dias da sua última internação em um manicômio.
Luís Miranda interpretando Lima em Mister Brau e Lima Barreto em sua cinebiografia.
Mo’Nique
Em 2010, Mo’Nique se tornou a quarta mulher afro-americana a levar o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante pelo filme Preciosa, no papel de Mary, uma mãe abusiva, um dos filmes dramáticos mais aclamados pelas críticas. Mas foi através do stand-up ‘The Queens Of Comedy‘ que ela iniciou a carreira como comediante e atriz. Seu primeiro papel principal foi na sitcom The Parkers, onde interpretou a Nikki.
Mo’Nique como Nikki em The Parkers e Mary em Preciosa.
Kevin Hart
O ator e comediante já fez os fãs darem boas risadas com muitos filmes de comédia: Pense como eles (Apple TV), Jumanji e Sobre Ontem à Noite (Netflix). Mas em ‘Amigos para Sempre’, ele mostrou o potencial de fazer papéis dramáticos. No longa ‘Paternidade‘, lançado pela Netflix em 2021, ele fez o telespectador chorar de emoção ao interpretar um pai viúvo que aprenderia a cuidar sozinho da filha recém-nascida.
Kevin Hart no papel de Cedric em Pense Como Eles e Matthews em Paternidade.
O escritor Ale Santos acaba de anunciar o novo romance de ficção afrofuturista: Malta Indomável. O livro fará parte do mesmo universo que ‘O Último Ancestral‘, finalista da CCXP Awards. “Tô trabalhando bastante para crescer meu multiverso ancestral. Eu me inspiro muito em como a Marvel faz as coisas. Então imagina que O Último Ancestral seria a linha do tempo dos Vingadores e o universo de Malta Indomável vai ser Os Guardiões da Galáxia, o novo grupo chegando com uma nova proposta, uma nova identidade e narrativa, mas que ocasionalmente, no futuro, vão se cruzar”, disse Ale, em entrevista exclusiva ao MUNDO NEGRO.
Focado nos jovens periféricos, a obra trará uma aventura que aborda os desafios da adolescência, como insegurança, auto aceitação, construção de identidade e fé no contexto do afrofuturismo e colocando a experiência periférica negra no centro de uma ficção eletrizante com carros potentes e cybercapoeristas.
A história será de um grupo de jovens desajustados e desacreditados que ganham poderes para competir contra cybercapoeristas na batalha de carros. É uma nova história, novos personagens, uma cidade futurística inspirada em mitos de nativos latino-americanos, que faz parte do mesmo universo do primeiro livro.
Ale Santos é finalista do prêmio Jabuti de 2020 com o livro Rastros de Resistência (Foto: Divulgação)
Leia a entrevista:
Como você define o que é um romance afrofuturista brasileiro?
Tem uma grande conversa sobre isso. O afrofuturismo nasce com bases imaginárias estadunidenses. Nasce com Colson Whitehead e N.K. Jemisin, são pessoas que estavam mergulhadas numa adição de, por exemplo, no imaginário das corridas espaciais, que são presentes nos Estados Unidos, a partir da década de 60, mas que não fazem parte do imaginário brasileiro. Então essa questão da corrida espacial é o que gerou obras que falam muito sobre a viagem de todos os planetas e que tentam solucionar os problemas da população negra saindo daqui da Terra.
Acho que o romance afrofuturista brasileiro tenta construir com o imaginário nacional, muito pautado com ideias que nasceu aqui mesmo. Tem realidades negras periféricas como o funk, o candomblé, o catolicismo negro, até mesmo como que todas essas questões sincretizam em obras. A gente tem a própria configuração do imaginário que precisa ser trazida à tona no afrofuturismo.
Eu não acho que dá para definir o que é um romance afrofuturista brasileiro, mas acho que tem várias pessoas definindo essa questão para suas próprias obras com o José Roberto, a Sandra Menezes, com o meu livro. São pessoas que estão colocando a realidade brasileira dentro desse movimento estético de ficção.
O Último Ancestral, finalista da CCXP Awards (Foto: Reprodução/Instagram)
Quais as referências você teve para escrever o romance?
Eu já tenho um caminho que comecei para o meu universo. Então em Malta Indomável eu quero continuar nesse caminho, com as referências do samba, desde Clementina de Jesus, que foi uma das bases do meu universo, Adoniran Barbosa, Originais do Samba, Wilson das Neves. Mas quem lê minhas obras, tem sacado muito mais das minhas referências no trap. Meu livro O Último Ancestral é escrito com a linguagem do rap. Então toda essa galera que tem feito trap atualmente, desde o BK, Poze do Rodo. Tem personagens que são inspiradas na Ludmilla, na Negra Li. Tem a galera do Xamã, Emicida, Racionais Mc’s, Coruja BC1, Rashid.
Eu tô olhando para dentro de narrativas, para Shonda Rhimes e Jordan Peele, pra galera que tem feito ficção de narrativa negra com qualidade, principalmente mainstreaming.
Em Malta Indomável eu quero trazer, além de tudo isso que eu já coloquei no livro anterior, uma pegada da Congada Eu moro em Guaratinguetá, São Paulo, uma região que é Terra do Jongo. São expressões negras muito importantes aqui para o Brasil, até para entender a nossa configuração nacional de negritude. Eu quero trazer alguns elementos da Congada para construção da Corrida das Maltas, que é essa grande corrida e competição que esse grupo de jovens vai ser desafiado.
Ale Santos se inspira na Marvel para criar o multiverso ancestral. (Foto: Divulgação)
O que o público pode esperar com o novo livro?
As pessoas podem esperar da Malta Indomável um pouco do que elas já tiveram no Último Ancestral, que é uma narrativa acelerada e eletrizante. Meu estilo de escrita são capítulos curtos e muitos plot twist, reviravoltas, finais de capítulos com ganchos para continuações em outro capítulos. Eu gosto desse estilo de escrita, que prende o leitor, que faz ele ficar sempre puxando o ar, e pensando ‘o que vai acontecer agora com esse personagem?’. Essa é uma coisa que as pessoas podem esperar.
E podem esperar um pouco da configuração de povos ameríndios, latino-americano, trazer um pouco dessas culturas para dentro do universo, a partir de uma nova cidade. Em O Último Ancestral os personagens estão na cidade chamada Nagashi e em Malta, é em Sumema, com outra discussão, sobre opressão religiosa na cabeça dos adolescente. Uma discussão sobre punitivismo policial também. E a personagem principal, a Vic, ela vai sofrer muito por isso porque o pai dela é um sacerdote desse Deus punitivista.
O Último Ancestral será adaptado para RPG (Foto: Divulgação)
O Último Ancestral é um sucesso e será adaptado em live-action. Quais as novidades sobre o novo projeto e o que você já pode adiantar para os leitores?
Sobre O Último Ancestral, ainda não posso falar muita coisa sobre a adaptação, tá rolando algumas conversas bem interessantes, está bem caminhada. Mas eu posso dizer que eu acabei de anunciar uma adaptação para RPG. Quem gosta vai poder jogar dentro do universo de O Último Ancestral também. Vai ser feito por uma produtora que produziu uma obra de RPG afrocentrada e independente.
Tô trabalhando bastante para crescer meu multiverso ancestral. Nesse multiverso eu me inspiro muito em como a Marvel faz as coisas. Então imagina que O Último Ancestral seria a linha do tempo dos Vingadores e universo a Malta Indomável vai ser Os Guardiões da Galáxia, o novo grupo chegando com uma nova proposta, uma nova identidade e narrativa, mas que ocasionalmente, no futuro, vão se cruzar.
Eu não quero que quem compre a Malta Indomável, se sinta preso à necessidade de ler O Último Ancestral. Claro que eu quero que isso aconteça naturalmente. Mas essa é uma história independente e que não precisa ter amarras com o primeiro livro, mesmo que alguns personagens apareçam neste novo.
A festa-movimento Afrolove está de volta com novos ares. O ponto de encontro da juventude negra do Rio de Janeiro chega à sua quarta edição e estreia em novo espaço, o tradicional Centro Cultural Cordão da Bola Preta, na Lapa, no dia 15 de outubro, a partir das 22h.
De acordo com o seu criador, o cantor Muato, o evento foi pensado para ser uma estratégia de aquilombamento, capaz de aumentar a autoestima, gerar articulação entre as pessoas e movimentar a cena cultural e econômica ao redor dos que se envolvem. A empreitada surgiu no início do ano, vem crescendo a cada edição e, com a produção e curadoria de Aline Mohamad, passa a contar com novos sócios: a publicitária Jess Castro e o ator Drayson Menezzes.
“Nessa quarta edição, a Afrolove mostra que veio para ficar e reafirma a sua vocação de Festa-Movimento, transcendendo o espaço de diversão. Lá se dança, canta, se ama, ou seja, tudo que se faz em uma boa balada normal, mas a sensação é de que foi muito mais do que só mais uma noite. Tudo isso se dá pelo contexto social em que a festa está inserida, para ser mais preciso, pelo contexto racial. Para uma tradição que nos forma, sendo pessoas pretas aqui nessa terra, o culto sempre foi festa e a festa pode também ir muito além de uma experiência fragmentada. Ela tem a potência de nos nutrir integralmente, principalmente quando essa experiência é pensada para isso. É nesse caminho que a gente está pensando a experiência da festa”, explica Muato.
Um festival para as potências pretas
Um dos propósitos da Afrolove é reunir as potências pretas do estado em apresentações únicas, sejam de música, dança e cênicas.
“A gente chama de festa porque a atmosfera é essa mesmo, mas são tantos artistas envolvidos que a gente poderia tranquilamente chamar de festival. Tenho certeza que isso deixa um legado cultural pra cena artística da cidade”, destaca Aline Mohamad.
A programação vai contar com a DJ Tamy, um dos principais nomes da Black Music carioca, o DJ Pelé, que tem no currículo vários hits com o cantor Nego do Borel e participações nos programas Popstar e The Voice Brasil, da Rede Globo, e retorna de uma temporada nos Estados Unidos, o anfitrião da festa, Muato, com o DJ Bob Reis, o DJ Jesse Ramiro, os cantores e compositores que vem se destacando na nova cena da música negra, Izrra, Caio Nunez, Taslim, Onã, Lis MC, Adriano Torres, Pirata Sdjay, a performance poética do Complexo Negra Palavra e a performance corporal de Allenkr. Além disso, o projeto de iluminação da Para-Raio chega para compor a atmosfera do evento.
“Estamos pensando em cada detalhe para que a experiência das pessoas potencialize a identificação genuína delas com o que a gente está fazendo. As pessoas têm que, de alguma forma, se sentir parte do todo”, revela Jess Castro.
Com as novidades, o quarteto estima que cerca de mil pessoas prestigiem a nova fase do evento. “Esse sentimento vai sendo construído em tudo que acontece relacionado ao evento, desde a própria experiência das pessoas que já estiveram conosco em edições anteriores, passando pelo brilho no olho que a gente tem pra falar desse projeto e em cada comunicação feita nas nossas redes – conta Drayson Menezzes.
O Centro Cultural Cordão da Bola Preta fica na Rua da Relação, 3, na Lapa. As entradas estão à venda pelo site Sympla por preços a partir de R$ 15.
Serviço:
Início: 22h
Local: Centro Cultural Cordão da Bola
Endereço: Rua da Relação, 3, Lapa – Centro, Rio de Janeiro – RJ
Entrada: R$ 30, segundo lote (R$ 15, meia-entrada do segundo lote) e R$ 40, terceiro lote (R$ 20, meia-entrada do terceiro lote)
Aos 32 anos, a atriz Indira Nascimento se prepara para estrear a personagem Laís Monteiro na nova novela das 21h, “Travessia”, que deve estrear na próxima segunda-feira (10), na TV Globo. A atriz já conhece o horário nobre das novelas brasileiras, em “Um Lugar ao Sol”, ela viveu Janine, uma jovem escritora que teve a autoria de seus textos roubada pela personagem de Aline Moraes.
Agora, ela fará parte do núcleo que traz uma família negra, de classe média, como destaque, formado por Ailton Graça, Duda Santos e Ricardo Silva. Conversamos com a atriz e jornalista sobre sua nova personagem e o que podemos esperar da advogada Laís, na novela de Glória Perez.
“Essa personagem se chama Laís Monteiro, ela é sócia de um escritório de advocacia, direito criminal, no Rio de Janeiro. Ela é sócia do Stenio, que é o personagem do Alexandre Nero. Ela é uma mulher jovem para tal cargo, então ela é uma mulher que ascendeu socialmente e ascendeu profissionalmente muito por conta da sua competência. Os pontos fortes da Laís são sua inteligência, seu tino profissional, ambição, sua competência, sua capacidade com as palavras e de negociar. O ponto fraco, sem dúvida, é a relação dela com a família, com os filhos adolescentes, a culpa que ela sente por não estar tão presente, por não conseguir se dedicar tanto aos filhos e à família porque está se dedicando ao trabalho. Porque o trabalho ocupa grande parte da vida dela. Então ela tem esse conflito, que é um conflito bastante atual das mulheres que estão se dedicando às suas carreiras e fazendo seu trabalho acontecer e que precisam 100% de energia e de atenção, especialmente, as mulheres negras, para romper todas as barreiras que são impostas e por conta disso acabam pagando um preço de não conseguir dar tanto suporte ou tanta atenção quanto gostariam para suas famílias, seus relacionamentos”, conta.
Laís (Indira Nascimento) – Foto: Globo/João Miguel Júnior
Para interpretar a advogada, Indira se inspirou na aclamada personagem de Viola Davis em How to Get Away with Morder, Annalise Keating, e também buscou conversar com advogadas negras da vida real para entender a realidade do trabalho desenvolvido por essas mulheres. “Assim que recebi o convite para fazer a Laís, eu voltei a assistir alguns filmes e algumas séries, especialmente, sobre esse universo do direito e advocacia e, com certeza, para Glória e para gente também, a maior referência é a Viola Davis, a Annalise Keating de How To Get Away With Morder, e eu voltei a assistir, quis ver de novo para entender dessa mentalidade dos profissionais da área, claro, entendendo que aquilo ali era uma perspectiva através da ficção. Em seguida eu quis conversar com pessoas reais, e comecei a marcar alguns encontros online com algumas mulheres, especialmente com mulheres negras que são advogadas, para que eu pudesse ouvir um pouquinho mais do que elas experimentam nesses ambientes. A gente sabe que o direito é uma área ainda machista e muito elitista também. Uma área onde os profissionais são homens brancos. Então eu queria entender como que essas mulheres conseguiam se desenvolver dentro desse espaço, conseguiam furar algumas bolhas e aí foi ótimo, as pessoas foram muito generosas comigo. Participei também do Fórum dos Advogados Pretos no Rio de Janeiro, foi maravilhoso. Foi muito importante estar lá com eles. E depois eu passei a frequentar alguns escritórios na Faria Lima. Depois alguns outros escritórios do estilo boutique, que são escritórios menores, mais focados em direito criminal, que é a área em que Stenio e Laís atuam.”, revelou a atriz.
Ao lado de Ailton Graça, Duda Santos e Ricardo Silva, a personagem de Indira Nascimento fará parte da família Monteiro, uma família negra de classe média que deve trazer um novo olhar sob a narrativa de personagens negros em novelas, mesmo em 2022. A atriz falou sobre o que espera da recepção do público aos personagens. “Nossa expectativa de saber qual vai ser o retorno do público é grande. A gente espera que seja a melhor possível. Porque não só o público, mas nós também, como artistas, estávamos desejosos por ver no horário nobre uma família como essa. Uma família estruturada, com muito afeto, com muito amor, com questões que toda família tem, com pensamentos e visões diferentes, mas com desejo comum de se proteger e se cuidar. A gente está animado com isso, é uma realização pessoal e profissional dar vida pra esses personagens, fazer essa outra possibilidade de existência para os nossos corpos. Não quero dar spoiler, mas acho que vocês vão gostar, que as pessoas vão se identificar com as questões dessa mulher, dessa mãe, vão se identificar também com as questões do pai. Vão se identificar com os jovens”, detalha.
Isa ( Duda Santos ), Monteiro ( Ailton Graça ), Theo ( Ricardo Silva ) e Laís ( Indira Nascimento ) – Foto: Fábio Rocha
Recentemente, a artista, que também é jornalista, viveu Janine, na novela “Um lugar ao sol”, seu primeiro papel de grande expressão na . A história de sua personagem causou indignação por mostrar uma mulher branca se apropriando do trabalho de uma mulher negra. “Acho que o que marcou minha participação em “Um Lugar ao Sol” foi o quanto as pessoas se identificavam com a Janine, se identificavam com os sentimentos dela, com os atravessamentos que ela ia tendo com a vida e com o outro, porque é uma coisa recorrente, esse lugar onde as pessoas pretas, as mulheres pretas muitas vezes são colocadas, onde as pessoas estão sempre tentando tirar vantagem, onde as pessoas estão sempre operando através da ótica do racismo, então a Janine de alguma forma representava muitas injustiças”.
A artista resume sua personagem em “Travessia” como uma mulher empoderada: “A Laís é uma mulher empoderada, uma mulher que reflete o seu tempo, no sentido de pensar o seu tempo e no sentido de expressar o seu tempo. Ela está inserida em um universo extremamente elitista e embranquecido, mas ela também está inserida na sua cultura, ela tem um casamento afrocentrado, ela vive em Vila Isabel, então ela circula por todos esses ambientes e ela circula com liberdade, circula com segurança, circula com poder”, finaliza Indira Nascimento.
O militar Lucas Souza anunciou nesta tarde de sábado (8), o fim do casamento com Jojo Todynho. “Nem só de amor uma relação se constitui, o respeito, lealdade e a gratidão são essenciais”, escreveu ele através do Instagram. “Em respeito as pessoas que tem um carinho pelo casal e com muita dor no coração, passando pela fase mais difícil da minha vida aonde estou em um lugar que não tenho ninguém, comunico que eu e Jordana não estamos mais casados”.
O motivo da separação não foi revelado, mas Lucas pediu respeito ao público. “Peço que respeitem esse momento de dor, que não está sendo nada fácil para mim. Desejo a ela toda a felicidade do mundo e que continue com essa luz e carisma que só ela tem”, contou o militar.
Lucas e Jojo se casaram em janeiro deste ano. Eles se conheceram em Cancún, no México. “Sou grata a Deus, grata a você pelo carinho. Por compreender tudo o que eu vivo e o que eu faço, por entender que não seria fácil esse momento”, disse Jojo à época do casamento.
A cantora Willow Smith está vivendo um momento de grande destaque no cenário internacional. Após o enorme sucesso da faixa ‘Wait a Minute’, a jovem artista de 21 anos passou a reafirmar com maior intensidade sua posição no mundo do Rock and Roll, em especial, dentro das produções Metal.
Ao site Guitar.com, Willow comentou sobre a presença de jovens artistas negros no gênero. “Acho que a única razão para o público ser formado em grande maioria por homens brancos e mais velhos é porque o Metal foi reservado por tempo demais por essas pessoas”, disse ela.
“O rock não é só para homens velhos e brancos”, destacou a cantora. “Agora, jovens negros estão aparecendo para dizer que não deveria ser assim”. Willow revelou também que deseja continuar inserindo talentos negros no mundo da música. “O rock é para todos, vou trazer o meu povo para esse espaço e nós vamos nos divertir como sempre fazemos”, revelou ela. “Espero que os caras brancos e velhos se divirtam também”.
Nesta última sexta-feira, Willow lançou seu quinto álbum de estúdio, ‘Coping Mechanism‘. O disco com 11 faixas veio acompanhado do single ‘ur a stranger’. “Tem algo profundamente musical e lindo no rock clássico”, disse a cantora ao lançar o projeto. “Nenhuma palavra pode descrever a gratidão e alegria que sinto neste momento”.