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“Quero mostrar aos homens negros que podemos fazer qualquer coisa”, diz Brian Tyree Henry, indicado ao Oscar 2023

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Foto: Myesha Evon Gardne.

Único ator negro indicado ao Oscar 2023, Brian Tyree Henry, 40, apareceu na capa da revista Essence. O artista concorre ao prêmio mais importante do cinema pela atuação no filme ‘Passagem’. No longa, o ator interpreta o personagem James Aucoin, um mecânico que lida com traumas físicos e mentais após passar por um acidente de carro. “James veio em um momento em que eu precisava encontrar uma superfície reflexiva para descobrir muitas partes da dor e do sofrimento que eu estava passando em minha vida pessoal”, contou Henry. “Havia algo sobre ele que realmente tocou em mim”.

Enquanto homem negro, Henry reconhece que sua vivência é diversa e repleta de momentos desafiadores. “Na minha existência, percebo que posso, em um caso, trazer muita alegria às pessoas e, em outro caso, trazer muito medo”, diz ele. “E o mesmo pode ser dito sobre o meu sucesso. O mesmo pode ser dito sobre a minha educação. Acho que a única maneira de combater tudo isso é continuar a viver e existir, acordar todas as manhãs e colocar os dois pés no chão para me levantar e apenas me preparar para o que está lá fora“.

Foto: Myesha Evon Gardne.

Sempre com muita confiança, o ator diz que trabalha com propósito e representatividade. “Quero mostrar ao povo preto que podemos fazer qualquer coisa (…) Acho que todo esse sucesso, todos esses projetos, todos esses lugares em que estive são realmente apenas o ponto culminante de pessoas dizendo: ‘continue tentando’”, diz o astro.

Embora esteja claro que Henry conquistou as mentes e os corações de Hollywood, o ator destaca seu foco principal continua sendo a imaginação e as imagens dos homens negros. “Eu faço esse trabalho para cada homem negro que existe. Para todo homem negro que ama como quer amar. É por isso que faço isso”, conta ele. “Quero que haja uma representatividade de todos os nossos diferentes tons e formas, porque não somos apenas uma coisa”.

Foto: Myesha Evon Gardne.

A observadora de futuros: Andreza Maia, a mineira que trabalha para avançar a inovação inclusiva

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Foto: Reprodução

Entrevista: Kelly Baptista

Andreza Maia é uma mineira da periferia de Contagem, co-fundadora do observatório de futuros inclusivos Futuros Possíveis, especialista em inovação inclusiva, Linkedin Top Voice e Creator. 

Palestrante, influencer corporativa e uma das vozes mais relevantes nas temáticas de inclusão no Brasil, que só no último ano impactou mais de 6 milhões de pessoas. 

Com mais de uma década de experiência em RH, Andreza atuou em várias das mais relevantes empresas do Brasil. Hoje, é especialista sênior na maior foodtech da América Latina, mentora de carreira e conselheira em empresas de tecnologia. Seu propósito é de construir ambientes mais diversos, contribuir para práticas mais inclusivas e encurtar distâncias através do conhecimento.

Conheça um pouco mais sobre a Andreza nesta conversa.

O Brasil é taxado como um dos países mais desiguais do mundo, e temos vivido ondas recentes de ESG (Environmental, social and Governance) e diversos novos temas sobre sustentabilidade que muitas vezes não chegam ao grande público. Como trazer os temas de diversidade e inclusão de forma acessível e descomplicada?

Com intencionalidade. É muito mais confortável informar quem pensa igual a gente. Acessibilizar informação e desburocratizar narrativas, requer intencionalidade e foco. O famoso ‘’querer’’. 

Ter uma escrita mais acessível, evitar jargões internacionais e referências que só uma parte da população tem acesso já é uma excelente iniciativa. Mas para além disso, é preciso pensar onde estes conteúdos são divulgados. Vivemos um Brasil onde mais de 33 milhões de pessoas não têm acesso à internet todos os dias, entende? A mesma informação que chega nos canais que falam pra quem já entende do assunto, precisa chegar também ao jornalzinho do bairro, ao programa de rádio e ao mural da escola pública. 

Como co-fundadora de uma plataforma denominada Futuros Possíveis, que tem foco em comportamento, tendências, tecnologia e possibilidades, além de frentes de atuação nas áreas de pesquisas exclusivas, curadoria de conteúdos, eventos e experiências onde futuros são discutidos a partir de perspectivas diversas e inclusivas, como você enxerga a inclusão dos grupos minorizados no mercado de trabalho?

É algo crucial, estas ações promovem iniciativas com foco em equidade e inovação. Não é apenas uma questão de justiça social, é o entendimento de que não dá pra criar produtos para todas as pessoas sem considerar as mais diversas percepções. Além disso, não é somente contratar, a inclusão é criar um ambiente em que estes grupos se sintam pertencentes e sejam protagonistas.

No Futuros Possíveis, uma das frentes que usamos para democratizar o papo sobre inovação e tendências é o nosso podcast. Trazemos pessoas diversas para protagonizar estes debates. Na primeira temporada, discutimos o futuro do trabalho, na perspectiva de várias pessoas entrevistadas, incluindo mulheres negras e trans. Nossa segunda temporada, vai falar sobre o futuro do trabalho no contexto da cidade, ela é ainda mais diversa, de uma forma interseccional. 

Além disso, nossa missão inclui promover debates e manifestos para um futuro mais inclusivo, mas queremos que pessoas impactadas por estes cenários participem da conversa. Vamos gerar inteligência sobre e ajudar a mídia a tornar estes debates mais acessíveis. Este é só o começo da nossa atuação, que esperamos que tenha um impacto significativo e abrangente.    

Hoje você também tem um trabalho de mentorar, encorajar e capacitar mulheres para processos seletivos, como você estimula essa coragem em mulheres que muitas vezes estão em um processo de baixa autoestima?

Inicialmente, sem romantizar. Porque, por mais que a frase “se você quer você consegue’’ seja inspiradora, pra gente, não é bem assim que funciona, né? É super difícil acreditar que você pode, quando diversos fatores te dizem o contrário.

Mentoria é um processo de muitas perguntas, e geralmente as primeiras que faço são: “O que é sucesso para você? E felicidade?’’ Porque às vezes a baixa autoestima vem daquele emprego super legal que todo mundo tem e eu não. Mas é possível que eu consiga estar naquele mesmo emprego e ainda sim não seja feliz. 

E por último, tem um ponto muito importante que é compartilhar as minhas vivências, dificuldades e aprendizados. A gente sonha, com o que a gente vê, e se elas me veem como referência, quero ensiná-las a sonhar também! 

Instragram: https://www.instagram.com/euandrezamaia_/

Linkedin https://www.linkedin.com/in/andreza-maia/

Drake, Lil Nas X, Ludmilla e mais: confira os artistas negros que se apresentarão no Lollapalooza 2023

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Foto: Jordan Strauss/Invision/AP ; Reprodução / Rock In Rio.

A 10ª edição do Lollapalooza Brasil acontece nos dias 24,25 e 26 de março, em São Paulo. Este ano, Drake e Lil Nas X aparecem entre os artistas principais do evento. Além deles, Ludmilla promete levar toda sua versatilidade musical para o Autódromo de Interlagos. Outros artistas como Gilsons, Tássia Reis, L7nnon, Black Pantera e Willow também estão entre os confirmados.

Lil Nas X em ‘MONTERO’. Foto: Divulgação.

Confira o cronograma dos artistas negros no Lollapalooza Brasil 2023, abaixo:

24 de março, sexta-feira:

Lil Nas X

Black Alien

Brisa Flow

25 de março, sábado

Ludmilla

Tássia Reis

Valentina Luz

Gilsons

26 de março, domingo

Drake

L7nnon

Willow

Rashid

Tuyo

Black Pantera

Larissa Luz

Anvisa descarta que problemas com pomadas modeladoras sejam causados por trancistas

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Foto: Freepik

Na noite de ontem (28), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu uma nota de posicionamento sobre os comentários racistas feitos por fabricantes de pomadas modeladoras durante uma reunião técnica realizada no dia 17 de fevereiro com o objetivo informar o andamento das investigações sobre os casos de reações adversas.

Na ocasião, fabricantes de pomadas modeladoras relacionaram as reações adversas ao modo como trancistas e pessoas com cabelo crespo usavam seus produtos. “As pessoas que utilizam as pomadas para tranças, deixam muito tempo no cabelo imagina a quantidade de bactéria que fica nos fios”, disse um dos participantes. 

No comunicado, a Anvisa afirmou que “refuta e abomina qualquer forma de discriminação, em especial o racismo” e informou que não existem dados que liguem a forma de uso às reações “não há alegações técnicas de que os eventos adversos graves estejam relacionados ao uso por pessoas negras e mais especificamente à prática de trançar cabelos”. 

O órgão também informou que “diversas potenciais causas dos eventos adversos graves relatados após o uso de pomadas capilares para trançar, modelar ou fixar os cabelos estão sob investigação, incluindo a formulação dos produtos, o modo de uso e eventuais impurezas”.

Em uma reunião com a Terceira Diretoria da Anvisa, no dia 24 de fevereiro, a Expert em tranças, Michele Reis, esteve presente como representante das trancistas e contou que explicou como o trabalho das profissionais é realizado, além de destacar que toda a polêmica em torno do uso das pomadas prejudicou os ganhos da categoria, já que muitas matérias sobre os casos de reações compartilhavam imagens que davam destaque para o uso das tranças e não para a composição química das pomadas em si. 

“A pomada é usada por nós trancistas para facilitar nosso trabalho. É uma grande aliada para uma boa simetria (divisão), camuflagem e acabamento. Principalmente para cabelos crespos. Só que o que muita página fez, inclusive a Anvisa também, foi associar esse problema colocando fotos de mulheres negras de trança. Teve trancista me contando que tinha cliente achando que as tranças estão causando alergia. Pois as pessoas observam mais a imagem do que a notícia, infelizmente”, comentou Michele.

“Recebi muitos relatos de trancistas querendo desistir da profissão, por bater o desespero. Muita notícia equivocada em vários sites, o que assustou muitas pessoas”, contou a especialista, que acredita que mudanças na composição química das pomadas podem ter causado as reações. “Não acredito que esses incidentes da pomada modeladora tenham sido falta de cuidado durante o uso. Assim como Anvisa citou na reunião, pode ser uma modificação indevida na fórmula com produtos proibidos pela própria Anvisa, completou.

“Prego que se destaca leva martelada”, diz Fred Nicácio, eliminado do BBB 23

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Foto: João Cotta / TV Globo.

Fred Nicácio, 36, é o novo eliminado do Big Brother Brasil 23. O médico deixou o programa com 62,94% dos votos. Sua jornada no reality foi marcante, repleta de reflexões, conselhos e memes. “Eu fui para o BBB com uma missão muito maior do que eu, que era a de trazer representatividade. Acho que isso eu trouxe do começo ao fim”, conta Nicácio em entrevista para a TV Globo. “Eu representei muitas pessoas iguais a mim e diferentes de mim, que precisavam de um ponto de referência, de um norte; que buscavam olhar para poder se inspirar e, a partir dessa inspiração, trazer novas narrativas para suas próprias vidas. Porque quando você vê alguém, você sabe que é possível. Exemplos falam mais do que palavras e são muito importantes para as pessoas conseguirem rumar novos caminhos”.

Fred Nicácio. Foto: João Cotta / Divulgação.

O médico defende que recebeu uma maior quantidade de votos na casa porque sempre foi uma pessoa de posição marcante, que nunca deixou de se manifestar. “Ah, figurinha premiada brilha no escuro, né? E prego que se destaca leva martelada. Desde o primeiro paredão, o primeiro monstro, sempre fui eu porque eu me posiciono mesmo. Não deixo quieto, falo o que eu preciso falar, o que eu acho que tenho que falar; me calo quando vejo que tenho a necessidade de refletir um pouco mais“, diz o ex-brother. “Mas as pessoas que se posicionam elas agradam e são odiadas ao mesmo tempo. As pessoas que gostavam de mim, gostavam por eu ser quem eu sou. E as que não gostavam, era pelo mesmo motivo. Então, como as pessoas lá me consideravam um grande jogador, uma personalidade com potencial para ganhar o programa, essa perseguição aconteceu desde a primeira semana por eles perceberem que isso atrapalharia todo mundo quanto mais tempo eu ficasse lá dentro. Tanto que, até eu sair, fui o campeão de votos da casa“.

Fred Nicácio. Foto: João Cotta / Divulgação.

Mesmo com muita determinação, Fred admite que o jogo, apesar de parecer fácil para quem assiste, é nebuloso e difícil de interpretar para quem está dentro da casa. “Me arrependo de não ter seguido a minha intuição quando ela apitou“, conta ele. “Mas, como lá dentro tem muita interferência, eu acho que eu relevo isso e vou me perdoar com muita facilidade porque segui a minha intuição dentro daquilo que eu consegui perceber. E sobre aquilo que era turbulento, nebuloso, eu vou me desculpar porque não deu para entender o que a minha intuição estava falando no momento“.

Nicácio também declarou torcida para Domitilia. Ele acredita que a ativista ganhará o BBB 23. “Desde o primeiro jogo da discórdia, quando tinha o pódio e as duas bombas, eu puxei para o pódio a Domitila. E eu vou permanecer nesse lugar porque ela é uma jogadora que joga com o coração, assim como eu, mas também tem bastante racionalidade. A vivência dela é muito parecida com a minha. Acho que ela merece muito o primeiro lugar e espero que ela chegue lá“, destaca o médico.

Para o futuro, Fred diz que deseja continuar investindo em sua carreira como comunicador. “Quero continuar investindo na minha carreira como apresentador e como médico dentro do audiovisual, que foi o lugar onde eu consegui juntar essas minhas duas grandes paixões, duas grandes vocações. É um lugar onde eu me realizei muito, onde eu consigo fazer acolhimento, trazer informação e abranger isso de uma maneira que somente o audiovisual consegue trazer para mim“, pontua ele.

Série “Manhãs de Setembro”, protagonizada pela cantora Liniker, vai virar filme

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Foto: Reprodução

Transmitida pela Amazon Prime Video, a série “Manhãs de Setembro”, protagonizada pela cantora Liniker, será transformada em filme. O longa dará continuidade a história de Cassandra e deve mostrar como está a vida das personagens cinco anos após os eventos da segunda temporada.

Além do retorno de Cassandra, veremos como estarão os personagens Gersinho (Gustavo Coelho), filho de Cassandra com a ex-namorada Leide (Karine Teles), que também estará no longa metragem. O filme ainda não tem previsão de lançamento, mas os fãs da série ainda podem assistir às duas primeiras temporadas pelo serviço de streaming. 

Aclamada, “Manhãs de Setembro” também está concorrendo ao 34ª GLAAD Media Awards, nos Estados Unidos. O prêmio reconhece as conquistas de integrantes da comunidade LGBTQIAP+ no cinema, na televisão, na música e no jornalismo.

Em entrevista para o jornal O Globo, o diretor Luis Pinheiro, responsável pela direção do longa e de alguns episódios da série celebrou a importância do prêmio: “Ele pode ajudar a série a ser mais vista principalmente nos Estados Unidos. Se ganharmos, o prêmio pode criar uma visibilidade. É a única estrangeira no meio de séries consolidadas dos Estados Unidos”.

Chimamanda Ngozi Adichie expõe opressões e fraudes nas eleições da Nigéria: “A tecnologia seria a salvadora”

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Fotos: Manny Jefferson e Ben Curtis/Associated Press

Em meio às acusações de fraude eleitoral, Bola Tinubu foi eleito o novo presidente da Nigéria. O resultado do primeiro turno foi divulgado na noite desta terça-feira (28), no horário de Brasília, e a vitória final nesta quarta-feira (01), confirmando a obtenção de 25% dos votos em 24 dos 36 estados da Nigéria, e em Abuja, capital federal, de acordo com a lei nigeriana.

Tinubu, o candidato do partido Todos os Progressistas do Congresso (APC), recebeu 8,8 milhões de votos. Já o principal adversário Atiku Abubakar, do Partido Democrático do Povo (PDP), recebeu 6,9 milhões de votos.

A escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie escreveu um artigo no New York Times denunciando as opressões e as fraudes que ocorreram durante o dia da votação, realizada no sábado (25). “Imagine ficar pacientemente na fila, esperando para votar, e de repente homens com armas chegam em motocicletas e começam a atirar. Imagine homens invadindo sua unidade de votação, apreendendo violentamente as urnas e levando-as embora. Imagine outras urnas sendo destruídas. Imagine ser espancado para impedir que você vote em um determinado candidato”, relata.

Chimamanda também afirma que faltou transparência da Comissão Eleitoral Nacional Independente, ou INEC, que supervisiona as eleições, e a omissão da polícia que não agiu como deveria para intervir contra estas violências.

“A tecnologia seria a salvadora”, disse a escritora em seu artigo. Segundo ela, as eleições nigerianas têm um histórico de fraudes, números forjados e urnas roubadas. Por esta razão, neste ano, o país iniciou o sistema de votos com urnas eletrônicas, mas isso não foi o suficiente. “Os votos seriam contados na presença dos eleitores e imediatamente enviados para um portal central seguro. Deixar de carregar os resultados em tempo real foi a mais flagrante das muitas irregularidades desta eleição porque destruiu a cautelosa confiança com que muitos abordaram o processo”. O INEC culpa problemas técnicos pelo atraso.

Peter Obi, terceiro candidato do Partido Trabalhista, com 6,1 milhões de votos, pede junto com Abubakar, que o resultado seja anulado e a eleição refeita por causa de uma “manipulação em larga escala”.

Tinubu foi governador do Estado de Lagos e usou o slogan de campanha com a frase “Agora chegou a minha vez”. Se a vitória for confirmada, ele sucederá o atual presidente Muhammadu Buhari, que está se aposentando após um limite de dois mandatos.

Para encerrar o artigo, a Chimamanda pede apoio ao Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, assumir um compromisso de apoiar a transparência eleitoral. “A Nigéria é o gigante cambaleante da África, o país mais populoso do continente, o mais dominante política e culturalmente. […] Às vezes, as democracias são ameaçadas por invasões estrangeiras e, às vezes, as democracias correm maior risco de forças internas. Todos eles precisam de apoio”.

Vendedora acusa criança negra de roubo em shopping de Belo Horizonte, MG

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Foto: Reprodução TV Globo

Uma família de Belo Horizonte, MG, acusa a vendedora de uma loja no Shopping Del Rey, de ter cometido racismo contra as filhas deles, uma criança de nove anos uma jovem de 23. Segundo a família, a criança negra e a irmã mais velha foram à loja All Mini para comprar prendedores de cabelo e quando a mais nova se dirigiu ao caixa para pagar pelas compras, teria sido acusada de roubo por uma funcionária.

Ao sair da loja, elas encontraram os pais nos corredores do shopping e contaram o que havia acontecido. Ao voltar à loja para esclarecer o assunto e mostrar a nota fiscal, uma funcionária do estabelecimento teria acusado a criança de furto. 

“O tempo inteiro elas foram vigiadas, a minha filha comprou um item no valor de R$ 8 e foi pago em dinheiro. Ela esperou minha filha pagar, abordou a minha filha na frente dos clientes, constrangeu a minha filha e falou com ela: ‘Você é ladra, você está roubando. Você está pegando joias da loja e colocando na mochila’’ Minha filha não estava com mochila e a loja não tem joias”, contou a mãe das meninas em entrevista para o G1.

A mãe ainda contou que pediu para ver as imagens das câmeras, mas a funcionária se recusou a mostrar e continuou acusando a criança de roubo. “Eu questionei. ‘Quero saber o que aconteceu. Minha filha é menor, como vocês abordaram? Como tem câmera na loja, me apresente esse vídeo, o momento exato que a minha filha estava furtando’. A funcionária começou a rir da minha cara e respondeu: ‘Não vou mostrar nada, não. Aquela menininha é ladra’. Falou na minha cara”, disse.

Durante a confusão, o pai da criança, um policial penal, sacou uma arma e os seguranças do shopping e a Polícia Militar foram acionados e todos foram levados para a delegacia. O caso foi registrado como calúnia, mas família discorda e afirma se tratar de racismo. 

“Primeiro, trata-se de crime de racismo, que vai contrário ao boletim de ocorrência que foi feito. Mexeu com parte da sociedade é que maioria da população brasileira. E por uma situação que não se desenhou como crime de calúnia, como consta no boletim de ocorrência. No mínimo, é um crime de injúria racial” , afirmou o William Santos, advogado da família.

Racismo e xenofobia: vereador gaúcho sugere que argentinos são mais limpos que trabalhadores que baianos

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Foto: Reprodução

Em discurso na tribuna de Caxias do Sul, na Serra do RS, na última terça-feira (28), o vereador Sandro Fantinel (Patriota) fez uma série de comentários cheios de racismo e xenofobia ao se referir aos trabalhadores da Bahia. Ele afirmou que “a única cultura que eles têm é viver na praia tocando tambor” e sugeriu a contratação de trabalhadores argentinos alegando que eram “mais limpos”.

Durante sua fala, Fantinel aconselhou os agricultores, produtores e empresários do Rio Grande do Sul a não contratarem o que chamou de “essa gente lá de cima”: “Agricultores, produtores, empresas agrícolas que estão nesse momento me acompanhando, eu vou dar um conselho pra vocês. Não contratem mais aquela gente lá de cima”.

O vereador ainda recomendou que os empresários conversassem com ele para criar uma linha para contratação de trabalhadores argentinos alegando que eram “limpos”.  “São limpos, trabalhadores, corretos, cumprem o horário, mantém a casa limpa e no dia de ir embora ainda agradecem o patrão pelo serviço prestado e pelo dinheiro que receberam”.

A fala do vereador Sandro Fatinel foi feita depois que 200 trabalhadores vivendo em condições análogas à escravidão foram resgatados em vinícolas localizadas em Bento Gonçalves, município vizinho de Caxias do Sul. Fantinel questionou a repercussão do caso.

Em seu Twitter, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), repudiou a fala do vereador de Caxias do Sul.  “Eu repudio veementemente a apologia à escravidão e não permitirei que tratem nenhum nordestino ou baiano com preconceito ou rancor.”, escreveu. “É desumano, vergonhoso e inadmissível ver que há brasileiros capazes de defender a crueldade humana. Determinei, portanto, a adoção de medidas cabíveis para que o vereador seja responsabilizado pela sua fala.”, completou o governador.

O deputado estadual do PT, Leonel Radde, registrou um Boletim de Ocorrência contra Sandro Fantinel. 

Mundo Negro está buscando jovem jornalista para o seu time de redatores

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Foto: Freepik

Estamos buscando jovens jornalistas para o nosso time, desta vez que residam na cidade de São Paulo (100% home-office). 

Queremos pessoas negras que gostem de escrever e estejam antenadas no que acontece no mundo negro no Brasil e no mundo. 

O(a) candidato(a) ideal será responsável por criar conteúdos informativos e relevantes para o nosso site de notícias, além de gerenciar a publicação e divulgação nas redes sociais.

PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES:

Produzir conteúdos para diferentes seções do site, como cultura, política, celebridades, entre outros;

Realizar a edição e publicação dos conteúdos no WordPress, garantindo a qualidade da publicação;

Gerenciar a postagem conteúdos nas redes sociais, utilizando ferramentas de agendamento para programar postagens;

Trabalhar em equipe com os editores para aprimorar a qualidade do conteúdo e manter a consistência editorial

REQUISITOS:

Habilidade em redação jornalística;

Conhecimento indispensável em WordPress para publicação de conteúdos;

Conhecimento desejáveis em ferramentas de agendamento de redes sociais, como Mlabs, Postgrain ou similares;

Boa escrita e habilidade em pesquisa;

Interesse em se manter atualizado sobre os principais acontecimentos do país e do mundo;

Facilidade em trabalhar em equipe;

Conhecimentos em edição de imagem e vídeo serão considerados um diferencial.

Vaga exclusiva para formados em jornalismo ou publicidade. 

O QUE OFERECEMOS

Esquema  de trabalho 100% remoto

Oportunidades de conhecer pessoas incríveis e eventos exclusivos 

Aprendizados sobre conteúdos negros com os melhores do mercado

Ambiente que prioriza a saúde mental do time

Se inscreva: https://forms.gle/EZUtRAH6Z2y26Xuj7

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