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Trabalhadores terceirizados que produziam para o açúcar ‘Caravelas’ são resgatados em condições análogas à escravidão

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Foto: Divulgação/Detrae

Mais 32 trabalhadores foram resgatados em condições análogas à escravidão, desta vez, em um canavial localizado na zona rural de Pirangi (SP). Eles prestavam serviço para a Colombo Agroindústria S/A, que produz o açúcar refinado Caravelas. O resgate foi feito por auditores fiscais do Ministério Público do Trabalho (MPT) no dia 26 de janeiro, e a ocorrência divulgada nesta quinta-feira (2).

Segundo o MPT, as vítimas são de Minas Gerais e estavam alojados em cinco casas em Palmares Paulista (SP). Eles foram contratados por uma empresa terceirizada, caso similar ao das vinícolas Salton, Garibaldi e Aurora no Rio Grande do Sul. O nome da empresa e do empregador não foram revelados.

Segundo as inspeções realizadas pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel, da Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), dois aliciadores levaram trabalhadores da região do triângulo mineiro, em duas vans superlotadas, com passageiros em pé, até o interior paulista, para atuar com capina e replante de mudas para uma fazenda fornecedora.

Quando chegaram em Palmares Paulista, as vítimas ficaram dez dias sem realizar qualquer atividade para a empresa devido as chuvas na região e sem receberem salário e alimentação. O responsável pela empresa abriu uma conta em nome de cada um dos trabalhadores no mercado da cidade, onde eles foram obrigados a fazer dívidas. Eles também tiveram que arcar com custos do gás de cozinha, fogões e colchões.

Alojamentos encontrados em condições precárias (Foto: Divulgação/MPT)

No resgate, os auditores fiscais encontraram as casas sem camas, sem banheiros funcionando, sem ventilação, além de fiação exposta, com risco de choque elétrico e incêndio. Uma das vítimas chegou a dormir em um cômodo onde funcionava um açougue, com bueiro de esgoto aberto.

Após notificação, o responsável pela empresa terceirizada pagou as verbas rescisórias aos trabalhadores resgatados, que também receberão três parcelas de um salário mínimo (R$ 1.302,00) cada. Os valores gastos pelas vítimas, que deveriam ser custeados pela empresa, serão devolvidos.

O empregador assinou um termo se comprometendo a sanar as irregularidades trabalhistas encontradas nos locais, além de garantir e custear o retorno dos trabalhadores para suas cidades. Em 2022, a Colombo Agroindústria anunciou um lucro líquido de R$ 251,59 milhões.

Com informações do g1*

Atualização no dia 3 de março:

A Colombo Agropecuária entrou em contato com o Site Mundo Negro com uma nota oficial para dizer “que não compactua com qualquer atividade trabalhista ilegal”. Leia a nota na íntegra:

Respeitando colaboradores, acionistas, clientes e comunidade, a Colombo Agroindústria S/A vem a público esclarecer que não compactua com qualquer atividade trabalhista ilegal.
Esclarecemos que a R Pereira Serviços de Plantio foi contratada de maneira regular, em total conformidade com a lei e sua execução, e sob condições contratuais onde as obrigações trabalhistas, de segurança do trabalho, fiscais, ambientais, entre outras, foram rigorosamente observadas no momento da efetivação do contrato.
Com base na nossa política de compliance, ao tomar conhecimento dos fatos, cobramos providências imediatas da R Pereira Serviços de Plantio e instalamos sindicância, administrada por empresa independente, para apurar os fatos que tão logo sejam esclarecidos serão divulgados publicamente.
A fiscalização das condições de trabalho, higiene e meio ambiente se faz de forma rigorosa e permanente em todos os processos, na forma como exigido pela mencionada Lei 6.019 em sua redação introduzida pela Lei que rege a Terceirização no Brasil.
A Colombo Agroindústria S/A é uma empresa com mais de 80 anos de existência, com mais de 5 mil funcionários em três unidades industriais, todos devidamente registrados e obedecendo a legislação trabalhista. Nossa atuação sempre foi marcada pelo zelo e respeito aos colaboradores e prestadores de serviços, à comunidade, ao meio ambiente e à sociedade em geral, e pelo rigoroso cumprimento da lei.
Nossos princípios éticos, de empatia e respeito fazem parte da nossa Política de Responsabilidade Social. Ressaltamos que não apoiamos ou compactuamos com qualquer forma de contratação que não esteja em conformidade com a lei”.

Anielle Franco e Angela Bassett integram lista de ‘Mulher do Ano’ da Revista Time

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Foto: Reprodução

A revista norte-americana Time, escolheu a ministra da Igualdade Racial Anielle Franco e a atriz Angela Bassett para integrar a lista de ‘Mulher do Ano’. Anielle é a primeira e única brasileira a compor a lista.

A publicação destacou a luta de Anielle Franco por justiça no caso de assassinato da irmã, Marielle Franco, e pela defesa de causas que Marielle também lutava. A revista destacou a chegada de Anielle, ao governo federal como Ministra daIgualdade Racial do governo Lula. 

“Me sinto muito honrada e orgulhosa de ter sido escolhida pela TIME e por estar ao lado de mulheres tão incríveis e que tanto admiro”, disse Anielle. “É impossível receber uma notícia dessas e não lembrar da minha irmã, a Mari, porque eu sempre penso que essa indicação poderia ser dela, mas eu reconheço a nossa caminhada até aqui.”, completou. 

Já Angela Bassett foi eleita ‘Mulher do Ano’ pela notoriedade de seu trabalho como atriz. A Time destacou a coragem de Bassett em começar a carreira sem se deixar ser subestimada pelo companheiro da época. “Se alguém tentasse me fazer acreditar que era por causa deles e não do meu próprio talento, esforço, perseverança, eu não iria aceitar isso.”, disse Angela Bassett à publicação.

A publicação também destacou que Bassett está fazendo história como primeira atriz da Marvel a conquistar uma indicação ao Oscar pela personagem Rainha Ramonda em Pantera Negra: Wakanda Forever. “Tem sido muito emocionante. E muito, muito agitado”, diz Bassett sobre a temporada de premiações. “Estou apenas usando isso como um exercício para manter a calma no meio de um redemoinho.”

Outras duas mulheres negras também integram a lista. A boxeadora da Somália Ramla Ali, reconhecida por sua luta pelos direitos de refugiados. E Quinta Brunson, escritora e protagonista da série Abbott Elementary que vem ganhando destaque em Hollywood.

Além de Anielle Franco e Angela Bassett, a lista é formada por:

  • Cate Blanchett – atriz australiana;
  • Ayisha Siddiqa – ambientalista paquistanesa;
  • Makiko Ono – executiva japonesa ;
  • Masih Alinejad – jornalista iraniana ;
  • Megan Rapinoe – jogadora de futebol norte-americana;
  • Olena Shevchenko – ativista ucraniana ;
  • Phoebe Bridgers – cantora e compositora norte-americana;
  • Quinta Brunson – escritora, produtora e atriz norte-americana;
  • Ramla Ali – boxeadora e modelo somali;
  • Verónica Cruz Sánchez – ativista mexicana.

Prestes a estrear como Sininho em “Peter Pan & Wendy“, Yara Shahidi é alvo de ataques racistas

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Foto: Reprodução

Após a divulgação do primeiro trailer de “Peter Pan & Wendy“, na última terça-feira (28), a atriz Yara Shahidi, que fará o papel da fada Sininho, recebeu uma série de ataques racistas de parte do público. 

Os ataques foram feitos nas redes sociais da atriz, que compartilhou o novo trailer e uma foto caracterizada como a personagem da Disney. Um usuário chegou comentar: “Imagine o Pantera Negra interpretado por Ryan Gossling”, outra pessoa disse: “Tinker Bell é loira”.

Aos 23 anos, a estrela de Black-Ish interpretará o icônico personagem, que nos desenhos sempre foi retratado com a pele branca e os cabelos loiros. O mesmo aconteceu com Halle Balley, escolhida para o papel de Ariel em “A Pequena Sereia”. Balley também foi alvo de ataques racistas por “fãs” inconformados com o fato de a Disney escolher uma atriz negra para o live-action de seus clássicos infantis.

Apesar dos ataques racistas, muita gente comemorou a chegada da nova Sininho. Enquanto uns reclamavam da cor da pele e dos cabelos da personagem, outros usuários demonstravam seu apoio à atriz. “E assim meu povo é como se termina o mês da história negra! Yara continuas a dar-nos orgulho academicamente e na tela o que quer que faças fazes fazes com graça amo-te”, comentou um internauta na postagem.

Halle Balley também comentou o post em que Yara aparece vestida como a fada de Peter Pan como: “love!”.

Vereador é expulso do partido após discurso racista contra trabalhadores resgatados de trabalho escravo

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Foto: Bruna Giusti

O vereador Sandro Fantinel, de Caxias do Sul (RS), foi expulso nesta quarta-feira (01) pelo partido Patriota, após repercussão do discurso na Câmara Municipal, em que o político ofendeu com racismo e xenofobia os trabalhadores baianos que foram resgatados em vinícolas, em situação análoga a escravidão em Bento Gonçalves, cidade vizinha.

Durante a tribuna na última terça-feira (28), o vereador afirmou que “a única cultura que eles têm é viver na praia tocando tambor” e sugeriu a contratação de trabalhadores argentinos alegando que eram “mais limpos”.

O diretório nacional do Patriota disse que a fala do Sandro Fantinel desrespeitou a dignidade humana e a igualdade. Segundo o partido, o vereador se referiu “de forma vil a seres humanos tristemente encontrados em situação degradante”.

Na tribuna, Sandro Fantinel ainda continuou culpabilizando os trabalhadores da Bahia: “Agricultores, produtores, empresas agrícolas que estão nesse momento me acompanhando, eu vou dar um conselho pra vocês. Não contratem mais aquela gente lá de cima”.

Apesar da expulsão, o vereador poderá prosseguir com o cargo, de acordo com casos semelhantes julgados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ao julgar casos semelhantes.

Em entrevista ao g1, Sandro Fantinel disse que só falo da Bahia “porque é a Bahia que tá envolvida no processo de Bento Gonçalves, se fosse Santa Catarina, eu teria falado Santa Catarina”. que se arrepende de ter dito que “a única cultura que os baianos têm é viver na praia tocando tambor”.

Na semana passada, 207 pessoas foram resgatadas em condições análogas a escravidão, sendo exploradas na colheita e carregamento de uvas. Eles haviam sido contratados para uma empresa prestadora de serviço contratada pelas vinícolas Aurora, Salton e Cooperativa Garibaldi.

Com informações do g1*

Google for Startups abre inscrições para Black Founders Fund; iniciativa investe em startups lideradas por pessoas negras

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Foto: Freepik

Iniciativa já investiu US$ 34 milhões em recursos financeiros em mais de 440 empreendedores negros

Com o objetivo de ampliar a diversidade racial no ecossistema de inovação, os times do Google for Startups dos Estados Unidos, Europa e África anunciam a abertura de inscrições para o Black Founders Fund. A ação fornece recursos financeiros que serão investidos em startups criadas e/ou lideradas por pessoas negras. No Brasil, as inscrições continuam abertas.

Desde sua criação em 2020, o fundo já investiu US$ 34 milhões em 448 startups lideradas por pessoas negras no Brasil, Estados Unidos, Europa e África. Como um dos reflexos desse apoio, muitas dessas startups conseguiram captar investimento em rodadas subsequentes, somando mais de US$ 400 milhões.

No Brasil, as startups que já foram selecionadas pela iniciativa, receberam, além do investimento, mais de 40 horas em workshops, 45 sessões de mentoria individual e 180 horas de sessões de terapia focada na saúde mental dos fundadores, que foram oferecidas pela AfroSaúde, uma healthtech também investida pelo fundo.

Pluralidade em prol da tecnologia

Além do foco em startups lideradas por pessoas negras, a iniciativa busca empresas que prezam pela pluralidade dentro de seus times, como por exemplo a baruk, que conta com uma líder mulher e negra.

Selecionada pelo fundo em novembro de 2022, a startup que oferece soluções de software com uso de Inteligência Artificial para negócios foi fundada por Ana Cabral. Ela é uma exceção no mercado, como mostra o estudo “O impacto e o futuro da Inteligência Artificial no Brasil”, desenvolvido pelo Google for Startups em parceria com a Box1824 e a ABstartups, que aponta que, dentre as mais de 700 startups mapeadas pelo relatório, 49% não contam com mulheres em cargos de liderança.

“A Inteligência Artificial (I.A.) não está apenas ajudando pessoas a se tornarem mais eficientes – ela também está revolucionando a forma que fazemos negócios. A baruk ajuda empresas a usarem I.A. para automatizar seus processos e crescer. Com as soluções do Google, consigo oferecer aos meus clientes recursos essenciais para tornar nossos bots inteligentes, humanizados e poliglotas”, comenta a fundadora.

Como se inscrever?

As startups brasileiras que queiram se candidatar para receberem investimentos devem seguir os seguintes requisitos:

  • Ser fundada ou liderada por pessoas que se autodeclaram negras;
  • Buscar uma rodada de investimento pre-seed ou seed para financiar o próximo estágio de desenvolvimento;
  • Oferecer uma solução criada com base em tecnologia;
  • Ter um negócio em operação, com produto ou serviço e ter clientes.

As inscrições podem ser realizadas no link: goo.gle/BlackFoundersFundBrasil
Saiba mais sobre o Black Founders Fund e histórias de empreendedores no blog do Google for Startups Brasil.

Terceira temporada de ‘Atlanta’ chega em março na Netflix

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Foto: Divulgação

Acabou a espera! A terceira temporada da série “Atlanta“, protagonizada por Donald Glover e pelo indicado ao Oscar deste ano, Brian Tyree Henry, chega na Netflix no dia 24 de março, um ano após estreia nos Estados Unidos.

A temporada chegou a ser anunciada pelo Star+ em agosto do ano passado, porém, não ocorreu o lançamento. Procurada pelo Mundo Negro, a assessoria informou na época que a data havia sido adiada e não tinha mais previsão de estreia.

Vencedora de dois Globos de Ouro e cinco Emmys, nesta temporada, a série acompanha a jornada de Paper Boi na turnê pela Europa após sucesso das músicas. Junto com Earn (Donald Glover), Darius (Lakeith Stanfield) e Van (Zazie Beetz), o grupo começa a lidar com questões de ambientação e sucesso nesse novo mundo.

A quarta e última temporada, ainda indisponível oficialmente no Brasil, estreou em novembro de 2022.

Adriana Barbosa, idealizadora do PretaHub, participa da Weaving Resilience, evento internacional sobre a crise global de desigualdade

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Foto: PEGN

O PretaHub é o único hub do Brasil participante do evento, que conta com mais de 50 líderes inovadores do Sul Global

Referência no empreendedorismo negro no Brasil e na América Látina, Adriana Barbosa, idealizadora da Feira Preta e CEO do PretaHub, está participando da Weaving Resilience, na África do Sul. O evento, que começou ontem, dia 28 de fevereiro e vai até 02 de março, é realizado pela Ford Foundation e busca apoiar organizações da sociedade civil e estabelecer conexões entre líderes globais.

Criadora do maior festival de cultura e empreendedorismo negro da América Latina, Adriana, que é Fellow da Ford Foundation, vai apresentar e aplicar parte da metodologia Afrolab, um programa de capacitação para empreendedores negros, realizado pelo PretaHub, e responsável por impulsionar o afroempreendedorismo no Brasil.  

“É com muita alegria que informo que o Pretahub está representando o Brasil na Weaving Resilience. Para mim é extremamente importante levar o projeto para fora do país e com isso adquirir mais conhecimentos sobre anti Racismo, anti patriarcado, anti capacitismo e anti colonialismo no impacto social na perspectiva global, comenta Adriana Barbosa.

Com o tema “Tecendo Resiliência para uma Sociedade Civil Forte no Sul Global”, o evento evidencia que para enfrentar a crise global de desigualdade é preciso reconhecer o papel que cada país desempenha. Além de defender que para construir um verdadeiro ecossistema internacional de resiliência é preciso ter uma sociedade mais aberta, inclusiva e livre de autoritarismo.

O PretaHub, hub de criatividade, inventividade e tendências pretas, nasceu a partir do mapeamento, capacitação técnica e criativa do empreendedorismo negro no Brasil realizado pelo Instituto Feira Preta, desde 2002. Até hoje, mais de 10.600 empreendedores foram impactados pela iniciativa.

“Quero mostrar aos homens negros que podemos fazer qualquer coisa”, diz Brian Tyree Henry, indicado ao Oscar 2023

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Foto: Myesha Evon Gardne.

Único ator negro indicado ao Oscar 2023, Brian Tyree Henry, 40, apareceu na capa da revista Essence. O artista concorre ao prêmio mais importante do cinema pela atuação no filme ‘Passagem’. No longa, o ator interpreta o personagem James Aucoin, um mecânico que lida com traumas físicos e mentais após passar por um acidente de carro. “James veio em um momento em que eu precisava encontrar uma superfície reflexiva para descobrir muitas partes da dor e do sofrimento que eu estava passando em minha vida pessoal”, contou Henry. “Havia algo sobre ele que realmente tocou em mim”.

Enquanto homem negro, Henry reconhece que sua vivência é diversa e repleta de momentos desafiadores. “Na minha existência, percebo que posso, em um caso, trazer muita alegria às pessoas e, em outro caso, trazer muito medo”, diz ele. “E o mesmo pode ser dito sobre o meu sucesso. O mesmo pode ser dito sobre a minha educação. Acho que a única maneira de combater tudo isso é continuar a viver e existir, acordar todas as manhãs e colocar os dois pés no chão para me levantar e apenas me preparar para o que está lá fora“.

Foto: Myesha Evon Gardne.

Sempre com muita confiança, o ator diz que trabalha com propósito e representatividade. “Quero mostrar ao povo preto que podemos fazer qualquer coisa (…) Acho que todo esse sucesso, todos esses projetos, todos esses lugares em que estive são realmente apenas o ponto culminante de pessoas dizendo: ‘continue tentando’”, diz o astro.

Embora esteja claro que Henry conquistou as mentes e os corações de Hollywood, o ator destaca seu foco principal continua sendo a imaginação e as imagens dos homens negros. “Eu faço esse trabalho para cada homem negro que existe. Para todo homem negro que ama como quer amar. É por isso que faço isso”, conta ele. “Quero que haja uma representatividade de todos os nossos diferentes tons e formas, porque não somos apenas uma coisa”.

Foto: Myesha Evon Gardne.

A observadora de futuros: Andreza Maia, a mineira que trabalha para avançar a inovação inclusiva

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Foto: Reprodução

Entrevista: Kelly Baptista

Andreza Maia é uma mineira da periferia de Contagem, co-fundadora do observatório de futuros inclusivos Futuros Possíveis, especialista em inovação inclusiva, Linkedin Top Voice e Creator. 

Palestrante, influencer corporativa e uma das vozes mais relevantes nas temáticas de inclusão no Brasil, que só no último ano impactou mais de 6 milhões de pessoas. 

Com mais de uma década de experiência em RH, Andreza atuou em várias das mais relevantes empresas do Brasil. Hoje, é especialista sênior na maior foodtech da América Latina, mentora de carreira e conselheira em empresas de tecnologia. Seu propósito é de construir ambientes mais diversos, contribuir para práticas mais inclusivas e encurtar distâncias através do conhecimento.

Conheça um pouco mais sobre a Andreza nesta conversa.

O Brasil é taxado como um dos países mais desiguais do mundo, e temos vivido ondas recentes de ESG (Environmental, social and Governance) e diversos novos temas sobre sustentabilidade que muitas vezes não chegam ao grande público. Como trazer os temas de diversidade e inclusão de forma acessível e descomplicada?

Com intencionalidade. É muito mais confortável informar quem pensa igual a gente. Acessibilizar informação e desburocratizar narrativas, requer intencionalidade e foco. O famoso ‘’querer’’. 

Ter uma escrita mais acessível, evitar jargões internacionais e referências que só uma parte da população tem acesso já é uma excelente iniciativa. Mas para além disso, é preciso pensar onde estes conteúdos são divulgados. Vivemos um Brasil onde mais de 33 milhões de pessoas não têm acesso à internet todos os dias, entende? A mesma informação que chega nos canais que falam pra quem já entende do assunto, precisa chegar também ao jornalzinho do bairro, ao programa de rádio e ao mural da escola pública. 

Como co-fundadora de uma plataforma denominada Futuros Possíveis, que tem foco em comportamento, tendências, tecnologia e possibilidades, além de frentes de atuação nas áreas de pesquisas exclusivas, curadoria de conteúdos, eventos e experiências onde futuros são discutidos a partir de perspectivas diversas e inclusivas, como você enxerga a inclusão dos grupos minorizados no mercado de trabalho?

É algo crucial, estas ações promovem iniciativas com foco em equidade e inovação. Não é apenas uma questão de justiça social, é o entendimento de que não dá pra criar produtos para todas as pessoas sem considerar as mais diversas percepções. Além disso, não é somente contratar, a inclusão é criar um ambiente em que estes grupos se sintam pertencentes e sejam protagonistas.

No Futuros Possíveis, uma das frentes que usamos para democratizar o papo sobre inovação e tendências é o nosso podcast. Trazemos pessoas diversas para protagonizar estes debates. Na primeira temporada, discutimos o futuro do trabalho, na perspectiva de várias pessoas entrevistadas, incluindo mulheres negras e trans. Nossa segunda temporada, vai falar sobre o futuro do trabalho no contexto da cidade, ela é ainda mais diversa, de uma forma interseccional. 

Além disso, nossa missão inclui promover debates e manifestos para um futuro mais inclusivo, mas queremos que pessoas impactadas por estes cenários participem da conversa. Vamos gerar inteligência sobre e ajudar a mídia a tornar estes debates mais acessíveis. Este é só o começo da nossa atuação, que esperamos que tenha um impacto significativo e abrangente.    

Hoje você também tem um trabalho de mentorar, encorajar e capacitar mulheres para processos seletivos, como você estimula essa coragem em mulheres que muitas vezes estão em um processo de baixa autoestima?

Inicialmente, sem romantizar. Porque, por mais que a frase “se você quer você consegue’’ seja inspiradora, pra gente, não é bem assim que funciona, né? É super difícil acreditar que você pode, quando diversos fatores te dizem o contrário.

Mentoria é um processo de muitas perguntas, e geralmente as primeiras que faço são: “O que é sucesso para você? E felicidade?’’ Porque às vezes a baixa autoestima vem daquele emprego super legal que todo mundo tem e eu não. Mas é possível que eu consiga estar naquele mesmo emprego e ainda sim não seja feliz. 

E por último, tem um ponto muito importante que é compartilhar as minhas vivências, dificuldades e aprendizados. A gente sonha, com o que a gente vê, e se elas me veem como referência, quero ensiná-las a sonhar também! 

Instragram: https://www.instagram.com/euandrezamaia_/

Linkedin https://www.linkedin.com/in/andreza-maia/

Drake, Lil Nas X, Ludmilla e mais: confira os artistas negros que se apresentarão no Lollapalooza 2023

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Foto: Jordan Strauss/Invision/AP ; Reprodução / Rock In Rio.

A 10ª edição do Lollapalooza Brasil acontece nos dias 24,25 e 26 de março, em São Paulo. Este ano, Drake e Lil Nas X aparecem entre os artistas principais do evento. Além deles, Ludmilla promete levar toda sua versatilidade musical para o Autódromo de Interlagos. Outros artistas como Gilsons, Tássia Reis, L7nnon, Black Pantera e Willow também estão entre os confirmados.

Lil Nas X em ‘MONTERO’. Foto: Divulgação.

Confira o cronograma dos artistas negros no Lollapalooza Brasil 2023, abaixo:

24 de março, sexta-feira:

Lil Nas X

Black Alien

Brisa Flow

25 de março, sábado

Ludmilla

Tássia Reis

Valentina Luz

Gilsons

26 de março, domingo

Drake

L7nnon

Willow

Rashid

Tuyo

Black Pantera

Larissa Luz

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