A ex-deputada Flordelis e a filha biológica, Simone dos Santos Rodrigues, foram condenadas pelo homicídio do pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019. A decisão foi tomada neste domingo (13) pela 3ª Vara Criminal de Niterói. A família estava desde segunda-feira (7) em julgamento em júri popular.
Flordelis foi sentenciada a 50 anos e 28 dias pela morte do marido. As acusações foram de homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio duplamente qualificado, uso de documento falso e associação criminosa. Já Simone foi condenada a 31 anos e 4 meses por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio duplamente qualificado e associação criminosa armada.
Os filhos adotivos Marzy Teixeira e André Luiz de Oliveira, e a neta biológica Rayane dos Santos, foram inocentados no caso.
Ontem, a ex-deputada relatou abusos cometidos pelo pastor dentro de casa que a motivaram o assassinato. Foi a primeira vez que ela falou, desde o início do julgamento. Sete testemunhas de defesa da ré acusaram o Anderson do Carmo de assédio e abuso sexual contra filhas e netas afetivas.
Segundo o Ministério Público, Flordelis foi responsável por planejar o homicídio do marido e de ter convencido os demais acusados a participarem do crime sob simulação de ter ocorrido um latrocínio. Em junho de 2019, Anderson foi alvejado na garagem da residência do casal e foi assassinado com mais de 30 tiros. Antes deste crime, a vítima sofreu váras tentativas frustradas de envenenamento.
O Tribunal do Júri de Niterói já condenou outros seis réus envolvidos no homicídio.Lucas e Flávio, filhos de Flordelis condenados pelo assassinato; Carlos Ubiraci Francisco da Silva, Marcos Siqueira Costa (ex-policial militar), Andrea Santos Maia (esposa de Marcos Siqueira) e Adriano dos Santos Rodrigues (filho biológico de Flordelis). Todos foram sentenciados por uso de documento falso e por associação criminosa armada.
Uma nova super-heroína negra foi apresentada ao mundo após o lançamento de‘Pantera Negra: Wakanda Para Sempre’. A talentosa e bem humorada Riri Williams, interpretada por Dominique Thorne, se mostrou como um dos destaques do novo filme. Inteligente e capaz de montar qualquer sistema complexo, a jovem personagem ganhará uma série exclusiva dentro da Disney+, ‘Coração de Ferro’.
Grande aposta do Universo Cinematográfico da Marvel, Dominique Thorne tem muito a mostrar e conquistar em Hollywood. Aos 25 anos, a jovem norte-americana vem conquistando o público com sua atuação cativante e poderosa. “Recebi um telefonema em agosto de 2020 de Nate Moore [Vice presidente de Produção e Desenvolvimento da Marvel Studios], que conheci alguns anos antes. Ele me perguntou se eu estava familiarizada com a personagem Riri, e eu estava muito, já que minha família e eu somos grandes fãs da Marvel“, revelou Thorne para a ELLE. “Então ele me disse que eles iriam adaptar a personagem para sua própria série no Disney + e apresentá-la pela primeira vez em ‘Pantera Negra'”.
Dentro da trama, Riri acaba se tornando uma grande amiga da princesa Shuri. Dominique revelou que sentiu medo ao ser escalada para interpretar a ‘Coração de Ferro’. “Até este ponto, tudo o que eu tinha feito era super fundamentado na realidade. Então, uma das partes mais intimidantes para mim em ‘Wakanda Para Sempre’ foi atuar em todas as telas verdes que entram em cena. Eu não tinha nenhuma experiência anterior com esse tipo de cinema. Eu estava nervosa com isso. Há tantos tipos diferentes de projetos que eu quero fazer que são incrivelmente diferentes uns dos outros”, comentou Thorne.
Dominique Thorne. Foto: Marcus Ezzell / Disney.
Em ‘Wakanda Par Sempre’, ao conhecer Riri, Shuri fica chocada e, em seguida, encantada ao descobrir que existe outra jovem negra super inteligente como ela vivendo no mundo. “Ver Shuri e Riri interagirem uma com a outra e ver essas duas mulheres muito inteligentes perceberem as semelhanças e a diferença que elas têm uma da outra foi realmente interessante”, conentou Nate Moore. “Felizmente, Thorne disse sim e se juntou ao MCU. “Ela estava no jogo e tem sido mais do que pensávamos que estávamos recebendo. Ela é uma atriz tão talentosa. Ela pode jogar drama e comédia. Ela está incrivelmente preparada. Ela gosta de todas as coisas físicas que esses filmes tendem a jogar nos artistas que são, às vezes, realmente surpreendentes.”
A série ‘Coração de Ferro’ deve estrear mundialmente em 2023, apresentando novas aventuras e rumos surpreendentes da talentosa Riri Williams.
Após o término das gravações da novela “Poliana Moça”, no SBT, a atriz, cantora, dançarina e apresentadora Duda Pimenta está chegando às plataformas digitais a música “TMJ”, o primeiro single do seu novo EP.
A música “TMJ” (ou Tamo Junta) fala de empoderamento feminino, sororidade, e pode ser usado como uma referência para diversas meninas negras que a viu crescer na televisão.
“‘TMJ’ é o começo de uma nova etapa da minha carreira. Através desse novo projeto na música, quero compartilhar com todas as meninas pretas que me acompanham desde o começo que nosso lugar é onde a gente quiser! Sendo poderosa, tendo o estilo que a gente quiser, o cabelo que a gente quiser, mostrando que somos, sim, muita potência e temos muito talento!” Disse a menina sobre a nova música.
O hit, que conta com a participação especial de MC Soffia, ganhou, na sexta-feira (dia 11), um videoclipe exclusivo no canal da Duda no Youtube.
Sobre a participação de MC Soffia na canção, Duda fez questão de opinar:
“A participação da Mc Soffia reforça ainda mais essa mensagem. Somos mulheres pretas amigas, dividimos conquistas, criamos nossos caminhos representando e inspirando com o nosso trabalho! O clipe ficou lindo e espero que todos os fãs curtam bastante”.
O ator e escritor Lázaro Ramos acaba de lançar o livro “Você Não É Invisível”, sua primeira obra na literatura juvenil, pela Companhia das Letras. A obra fala sobre como os adolescentes, muitas vezes, se sentem sozinhos e confusos. “Eu queria ter escutado que eu não sou invisível. Eu queria ter escutado que eu não preciso ficar sozinho nas minhas angústias”, disse Lázaro em entrevista exclusiva para o Mundo Negro.
O livro tem como protagonistas os irmãos Carlos e Vitória, que moram juntos, mas têm muita dificuldade de se comunicarem e se sentem sozinhos. Lázaro confessa que escreveu várias histórias pessoais na obra. “Vai ser um jogo para as pessoas lerem e tentar adivinhar o que eu experimentei ou não. O livro tem várias pequenas aventuras, várias coisas que são minhas ou histórias que eu ouvi de pessoas que passaram pela minha vida”, brinca.
Com o lançamento deste livro, Lázaro Ramos já publicou sete obras literárias (Foto: Reprodução/Instagram)
Leia a entrevista completa abaixo:
Como foi o processo de criação da sua primeira literatura juvenil?
Esse livro eu comecei escrevendo pra dizer algumas coisas que eu gostaria de ter escutado na minha adolescência. Eu queria ter escutado que eu não sou invisível. Eu queria ter escutado que eu não preciso ficar sozinho nas minhas angústias. Eu queria ter escutado que é importante me comunicar afetuosamente com as pessoas que estão perto de mim porque isso vai me dar força. Eu queria muito encontrar acolhimento também nas minhas dúvidas de adolescente, minhas dúvidas sobre ética, minhas dúvidas sobre minha identidade, minhas dúvidas sobre minha autoestima. Eu tive a sorte de ter encontrado dois personagens por quem eu me apaixonei muito, que são os irmãos dessa história: o Carlos e a Vitória. Esses irmãos que estão vivendo numa mesma casa, mas não conseguem se comunicar e criaram mundos paralelos para sobreviver a essa fase de sobressalto da vida que é adolescer. Vitória encontra um caderno antigo da mãe que é quase um diário e ela vai escrevendo e descobrindo a trajetória da mãe e da avó, a linha dessas mulheres da família. E o irmão cria um perfil falso na internet, porque ele sendo ele mesmo, não consegue ter a atenção que ele gostaria, e a partir desse perfil falso, ele vai tendo mais atenção, mas ao mesmo tempo vai criando mais dilemas éticos.
Quando você escreveu o livro, já teve alguns dos mesmos questionamentos que os personagens do livro?
Nossa, todos. Na minha época não tinha nem Orkut, era ICQ. Eu não tinha um perfil de internet para me esconder. O teatro acabou sendo esse lugar. Eu tinha muita dificuldade em me comunicar, eu era muito introspectivo e ao colocar um personagem em uma peça de teatro, me libertava. Mas depois de um tempo, o personagem do teatro não bastava porque eu sentia que eu tinha uma voz e eu queria falar por mim. Então eu encontrei muito essa semelhança nesse personagem que vive hoje, em 2022 e a minha adolescência. Eu acho que é um processo que muita gente vai se identificar. Se você não encontra logo os recursos para ir sobrevivendo, se você não for extrovertido, se você não tiver um grupo de amigos e uma rede de relação que vai te levando, você acaba entrando nesse ciclo.
Capa do livro “Você Não é Invisível” (Foto: Divulgação)
Você acredita que esse livro também pode ajudar os seus filhos a lidarem com essas emoções na adolescência?
Ai caramba, não sei (risos). Eu escrevi muitos livros inclusive pra eles. Eles não estão nessa fase da vida ainda, mas já leram o livro. Eu acho que uma das mensagens que eu queria muito que eles absorvessem é essa parceria entre irmãos que o livro fala, que os personagens demoram a conquistar. Também tem uma coisa muito bonita que é a maneira com que eles olham para os pais deles, a maneira com que os pais têm facilidade e dificuldade de se comunicar e se conectar com eles. Esse livro fala muito também sobre qualidade de comunicação. E a gente que vive uma época onde está cada vez mais difícil de se comunicar e se conectar, manter uma comunicação sadia. Eu acho que ele é um estímulo a isso para todo mundo. E numa linguagem muito divertida, do jeito que eu gosto e sei escrever. Eu gosto de fazer um livro que tem humor, que emociona, que tem referências onde todo mundo identifica. A última cerejinha desse livro foi fazer umas playlists para cada capítulo pra pessoa conseguir ler, escutando as músicas temáticas. Espero que as pessoas curtam porque a gente fez com muito carinho. Inclusive fazendo muitas homenagens à gente legal da nossa música mundial, que eu tenho vontade que as pessoas escutem assim de Cesária Évora, Emicida passando por Beyoncé, passando por artistas Independentes que muita gente ainda não conhece. Faz parte dos estímulos que o livro quer publicar.
Como você decidiu encaixar o contexto pandêmico na história?
A pandemia não estava no livro. Eu escrevi o livro todo e eram só dois irmãos que moravam na mesma casa depois eu pensei ‘todo mundo viveu essa experiência junto, a gente sabe muito bem o que é sensação de afastamento, de confinamento, de não poder se aproximar das pessoas’, aí eu trouxe para o livro e ganhou uma outra camada. No final das contas fez todo sentido, não é protagonista, não é o principal da história, mas acaba que nos uniu também nas experiências que todo mundo viveu recentemente.
Neste ano, Lázaro também publicou o livro “Medida provisória: Diário do diretor” (Foto: Reprodução/Instagram)
Você diria que esse livro também pode ser voltado para os pais fazerem reflexões?
Eu vou contar um segredo (risos), quando eu escrevo um livro, não faço a menor ideia para que idade é o livro e alguém que me diz isso depois e eu vou organizando. Quando eu comecei a escrever, eu não fazia a menor ideia que era um livro considerado para adolescente. Acho que isso acaba acontecendo uma coisa legal, dessa minha incapacidade de direcionar para um público, acaba que ele fala mais do que com um público pretendido e isso eu já aprendi com os livros infantis. Esse é a mesma coisa. Os leitores são muito variados. Ele tem uma idade indicada, mas os adultos que leram estão me dando retornos impressionantes, então trazendo para si. Porque esse livro ele tem personagens periféricos como tios, pais, amigos, que tem outra faixa etária e traz encontros de identificação de mensagens que as pessoas pegam.
Como você tem recebido os retornos de novo livro pelos leitores?
Esse retorno na verdade começa antes de eu publicar porque tem uma coisa que eu já faço a anos com os meus livros. No caso dos livros infantis, é enviar o meu texto para uma escola pública em uma particular, sem saber que eu sou o autor e sem ilustração, e os jovens comentam. Esse meu livro foi a mesma coisa. Eu tive três consultorias, dois filhos de amigos, um menino e uma menina que estão nessa fase da vida, que leram e trouxeram insights, e um grupo de teatro aqui do Rio de Janeiro, que recebeu o texto também sem saber que era meu, somente a diretora do grupo de teatro. E eles fizeram uma coisa linda no meio da pandemia, me apresentaram o livro através de cenas, que eu assisti através do Zoom e fizeram provocações. Foi muito legal porque é uma voz que você já começa a ouvir antes de publicar. Agora que publicou, as pessoas têm identificado ele muito como uma boa companhia, de uma leitura que passa rápido e gostosa e acaba sendo um livro que cada um se apropria dele de uma maneira. O tema dele, eu falo que é comunicação, ética, formação da identidade, mas tem gente que lê e identifica outras coisas porque é um livro de múltiplas sensações. Eu acho isso muito poderoso.
ilustração do livro com referências de Beyoncé, Jay-z, entre outros artistas. (Imagem: Reprodução/Instagram)
Você se inspirou em alguém para criar os personagens da obra?
Não, mas tem várias histórias que são minhas, que eu vivi e tá na boca dos personagens ou contada de outra maneira. Vai ser até um jogo para as pessoas lerem e tentar adivinhar o que eu experimentei ou não. O livro tem várias pequenas aventuras, várias coisas que são minhas ou histórias que eu ouvi de pessoas que passaram pela minha vida. Eu queria muito que esse livro fosse uma conexão entre os meus livros infantis e o ‘Na minha pele’. Muito para formar uma cadência de identificação e fortalecimento da nossa autoestima. Meu esforço todo para criar uma linha de fortalecimento da nossa identidade da nossa autoestima.
Inspirado no livro “12 anos de escravidão”, de Solomon Northup, o espetáculo “12 Anos ou Memória da Queda” protagonizado por Dani Ornellas, David Júnior e Carmo Dalla Vecchia, estreia no Teatro do CCBB – RJ, no dia 16 de novembro, às 19h30.
Retornando ao teatro, onde começou a carreira que já soma 27 anos, Dani Ornellas vê na montagem um encontro sincrônico com profissionais com os quais sempre teve desejo de trabalhar, dentro e fora de cena.
“A vibração de cada um que compõe essa equipe me faz sentir voltando para casa. Estar em cena nesta peça é muito profundo, porque traz histórias muito próximas a situações que eu vivencio como mulher preta artista brasileira. Como minha personagem diz em cena, ‘Sou eu, mesmo quando eu não estou lá. É você, mesmo quando você não está lá. É o seu ancestral’. Este espetáculo é um convite pra que as pessoas pensem sobre isso”, percebe a atriz.
O atual momento do país foi determinante para a montagem contar com David Júnior no elenco. “Estamos tocando numa ferida social, econômica, estrutural do nosso país que precisa ser falada. Me sinto muito realizado como artista pelo tema e pela equipe técnica incrível que conseguimos reunir neste trabalho. Enquanto tivermos pessoas sendo descartadas da sociedade apenas por representar o seu lugar de negro, com todo este discurso de ódio, invisibilidade e descaso com os corpos negros precisaremos colocar estes assuntos em voga. É importante estar em cena no momento em que estamos vivendo, falando dessas mazelas antigas e, ao mesmo tempo, tão atuais na nossa sociedade”, pontua.
A peça apresenta uma releitura da história através da ótica feminina negra, presente na direção de Onisajé e Tatiana Tiburcio.
“Reconstruímos essa história a partir da compreensão atual de quem é esse sujeito negro e o que significa essa liberdade pra ele hoje a partir dessa trajetória. Porque não é interessante trazer algo datado, mas enxergar dentro dessa narrativa o que a gente conseguiu de vitórias e avanços e o que ainda precisamos romper enquanto imaginário sobre este sujeito, enquanto discurso deste mesmo sujeito, enquanto existência e perspectiva de futuro. O quanto ainda precisamos avançar a partir desta base constituída e apresentada lá trás”, observa Tatiana Tiburcio.
É perpassando a figura de três elementos do mar profundo, a calunga grande dos povos africanos, que é contada a história da peça inédita criada pela dramaturga Maria Shu.
Onisajé acredita que, mesmo os espectadores que não leram o livro e nem viram o filme, dirigido por Steve McQueen em 2013 e levou 3 estatuetas do Oscar, encontrarão uma argumentação cênica que aponta o quanto ainda são criados discursos de inferiorização para justificar a neo-escravização. “A questão racial é a pauta mais urgente a ser enfrentada no Brasil. Um país que concebe e ainda alimenta argumentações e posicionamentos racistas não poderá avançar como nação”, defende.
SERVIÇO:
Teatro I – CCBB RJ
Temporada: 16 de novembro a 16 de dezembro
Quarta a sábado às 19h30 | Domingo às 18h*
*Não haverá espetáculo nos dias 24/11 e 02/12
As sessões estão sujeitas a alterações de elenco.
Na sessão do dia 20 de novembro haverá acessibilidade com intérprete de libras e audiodescrição
Inteira: R$ 30 | Meia: R$ 15 , disponíveis na bilheteria física ou no site do CCBB (bb.com.br/cultura)
Por muitos anos os produtos da moda, cosméticos, serviços e propagandas foram pautados em um padrão de beleza hegemonicamente branca, com isso, pretos e pardos não se sentiam atendidos, valorizados e representados quanto às suas identidades.
Em todo o mundo, indústrias cosméticas estão em busca de inovações que atendam a todos os públicos, incluindo produtos e serviços compatíveis com as características individuais dos seus consumidores. Só no Brasil, segundo dados do IBGE, 56% da população se autodeclara preto ou pardo, demonstrando o potencial para o setor e a emergência para a sociedade.
Segundo Jéssica Magalhães, biomédica esteta e especialista em pele preta, o movimento Beleza Inclusiva é essencial para todos e todas.
“Somos diversos e a área de estética ainda não entendeu isso. A educação é fragmentada, padronizada para pessoas brancas. Sequer é ensinado como cuidar de peles de outras ascendências”. Para ela, esse movimento vem sendo extremamente importante, pois cada vez mais as pessoas têm buscado produtos e serviços que atendam necessidades particulares.
“Durante a especialização encontrei a ausência de conhecimento sobre pele negra e, em 2020, foquei meus estudos para atender melhor pessoas pretas como eu. Já passei por péssimas experiências em atendimento dermatológico e não tive cuidados e nem resultado. Unindo a falta de conhecimento que vi durante a minha especialização, percebi que tinha que correr atrás e levar o cuidado que não existe hoje no mercado”, explica.
De acordo com Jéssica, é indispensável estar atento acerca dos cuidados com a pele negra, uma vez que os profissionais precisam se especializar para entender as particularidades nos tratamentos, já que a falta de conhecimento sobre as necessidades da pele pode trazer desde a ausência de resultados até a marcas permanentes. “É preciso ter conhecimento acerca do processo de cicatrização, inflamação e produção de melanina para poder conseguir resultados sem causar novos problemas, como manchas“, destaca.
“Também tem o mito de que pele negra não precisa de cuidado por ser “mais firme”. Apesar da abundância de colágeno que deixa a pele firme, temos necessidades específicas e por isso precisamos de cuidados especializados. Destaco a necessidade de hidratação. Naturalmente perdemos mais água, o que já causa um estado de desidratação. Por isso é importante estar atento à quantidade de água ingerida e aos produtos utilizados”, conclui Jéssica Magalhães.
A apresentadora, médica e influenciadora Thelma Assis não para de surpreender. Após vencer o Big Brother Brasil 2020, a profissional viu sua vida mudar completamente com o surgimento de novas oportunidades profissionais. Considerada como uma das mulheres negras mais influentes do Brasil, recentemente, Thelminha se tornou médica parceira fixa da TV Globo pelo Bem Estar. Ainda, em 2021, ela se tornou embaixadora de Niely Cor&Ton, promovendo diversidade e representatividade dentro da empresa. Agora, junto com a marca, que é líder no mercado de coloração há 14 anos, Thelma anuncia uma mudança no visual e adere a tendência do verão: morenas iluminadas.
Thelma Assis. Foto: Divulgação.
Ao Mundo Negro, a apresentadora contou sobre esse momento em sua carreira, a relação de diversidade e impacto como embaixadora de Niely Cor&Ton, além de sonhos e planos para o futuro.
MUNDO NEGRO: Thelma, você se mostrou uma grande apresentadora. Se tornou um nome fixo dos programas “É de Casa e Bem Estar, na Globo. Como tem sido pra você essa fase conciliando Medicina e Comunicação?
Thelma Assis: Depois que eu saí do BBB eu recebi o convite para ficar na TV falando sobre isso [saúde]. E eu fui entendendo cada vez mais que era importante passar as informações certas ainda mais sobre saúde pras pessoas, ainda mais no momento em que estávamos vivendo, no auge da pandemia e também depois, agora tentando promover qualidade de vida e bem estar para as pessoas. Então, fiquei muito feliz com a oportunidade de fazer parte da família do ‘Bem Estar’, estou até fazendo uma pós graduação em Medicina de Família para poder me atualizar constantemente, e acho que é isso. Essas oportunidades fazem parte desse novo ciclo que estou vivendo. Estou muito feliz.
Cor&Ton é líder no mercado de coloração há 14 anos, além de rosto da marca, é a sua coloração preferida e das brasileiras. Acredita que esse espaço e essa posição pode inspirar outras mulheres negras a se reinventarem, seja no ramo estético ou em qualquer outra área?
Sim, acredito. Da mesma forma que eu também me inspirava em outras mulheres, mas que há muitos anos eu não encontrava tanta representatividade, hoje a consumidora de Cor&Ton felizmente está conseguindo isso. A representatividade que a gente fala tanto das pessoas se olharem e se identificarem e saber que é possível, que existe ali uma possibilidade dela ser o que quiser. Então, quando a marca olha pra gente e valoriza isso, é um caminho de grande sucesso.
Falando em reinvenção, é sua segunda mudança de coloração do cabelo, com tons iluminados. Como é sua rotina após uma transformação e por que você escolheu essa cor?
A minha relação com o cabelo é de muito amor. Meu cabelo me traz uma sensação de poder e empoderamento. Eu acho que estou nesse momento de novas oportunidades, tanto na TV, quanto profissionalmente, novos ciclos, vou fazer aniversário nesse mês, tudo isso tem a ver com renovação, entrando num ano novo. Isso tem a ver com a escolha da cor Castanho Iluminado Café, além de ser uma tendência para o verão, eu amo brilho, amo brilhar, tem carnaval ano que vem, então isso conversa bastante.
Thelma Assis. Foto: Divulgação.
No próximo dia 18 de novembro, você faz 38 anos. Desde já, parabéns. Nesse momento em sua vida, existe algo que você ainda não conquistou e que você enxerga como um sonho?
Sou uma pessoa muito realizada, mas costumo dizer que sempre existem novas possibilidades. Então, quando subimos um degrau sempre encontramos mais outro pra subir. Tenho vários desejos profissionais e tenho o sonho de ser mãe também.
Thelma, você é uma das mulheres negras mais influentes do Brasil. A Niely Cor&Ton vem aumentando a representatividade de modelos negras nas caixinhas dos produtos, atingindo mais de 50% e com ambição de chegar a 65% até 2023. Como você observa essa posição da marca?
Eu acho que é um olhar necessário já que nós somos mais de 56% da população brasileira. A Niely Cor&Ton dialoga com a mulher brasileira mesmo e ela precisa se ver nas caixinhas, se ver possível. É a marca líder no mercado há 14 anos, e não tinha ninguém melhor para puxar esse movimento. A Niely conversa com a mulher brasileira que quer vai e fala: “eu preciso mudar, estou na correria do dia a dia mas preciso olhar pra mim”, esse é o público, Acho que a marca tem que cada vez mais colocar pessoas que olhem e pensem: “essa também sou eu, eu também tenho esse tipo de beleza e posso me sentir representado aqui”.
Thelma Assis. Foto: Divulgação.
A transformação de Thelminha foi feita pelo profissional Max Lima. Ao MUNDO NEGRO, ele também contou sobre as tendências para o verão e os cuidados necessários no pós coloração.
MUNDO NEGRO: Cabelos mais iluminados é uma tendência para o verão e como essa tonalidade realça a beleza natural?
Max Lima: O verão já pede um mais cabelo iluminado, principalmente que para as peles negras que se bronzeiam facilmente! Então optamos por um iluminado não tão claro, para mantermos o contraste natural na pele da Thelminha.
Quais os tipos de cuidado precisamos ter pós coloração?
Diminuindo a quantidade de shampoo, pois o cabelo crespo precisa de mais óleos para manter a forma! Shampoo em excesso além de alterar o formato dos cachos, também desbota o cabelo mais rápido. (aplicamos shampoo apenas no couro cabeludo!) Utilizem bastante condicionador no comprimento dos fios, além de tratar com hidratações ricas em óleos duas vezes por semana! E não dispensar o creme de pentear, pois ele garante a maciez e a proteção para o fio no dia a dia!
Neusa Borges está de volta e viverá Tia Ambrosia em uma série na GloboPlay que será composta em sua maioria por pessoas negras. A atriz Neusa Borges, tem mais de 50 anos de carreira, mas já faz muito tempo que não atuava em nenhum trabalho fixo na televisão, sua ultima personagem foi há dez anos em ‘Salve Jorge’ (2012). Sem trabalho fixo ela fez algumas participações na série Sob Pressão e em uma novela.
Mas nem só de noticias ruim vive o homem, uma alegria imensa em saber que ela estará de volta em um novo trabalho na GloboPlay a série “Encantado’s” ela interpretará uma fofoqueira. As autoras, também, são duas mulheres negras Renata Andrade e Thais Pontes, ambas, participaram de uma oficina para novos autores, a visibilidade veio daí.
O elenco é majoritariamente negro e contará com outros atores e atrizes negros, entre eles estão Vilma Melo, Luís Miranda e Dandara Mariana. A série humorística contará com onze episódios e tem previsão de estreia na plataforma digital a partir do próximo dia 18/11.
Na próxima segunda-feira (28), serão revelados os 25 nomes vencedores do Prêmio Gastronomia Preta. A iniciativa do professor Breno Cruz, tem o intuito de enaltecer os nomes pretos que entregam excelência em suas respectivas funções, mas acabam não recebendo a devida atenção do grande público. Hoje, vamos conhecer mais um finalista.
PauloCaioço, concorre na categoria ‘Melhor Garçom’. Ele trabalha no Zigga Bar, um bar e pizzaria de Copacabana (RJ) há quase 4 anos, porém já está na área há 12. Em suas redes sociais, o profissional compartilha com seus seguidores o dia a dia de seu trabalho, e foi lá também que celebrou sua indicação ao Prêmio de Gastrônoma Preta: ”Um novo estágio da vida pública”.
De origem angolana e nacionalidade brasileira, para Paulo ”É um privilégio lidar com o público receber um sorriso de satisfação, não tem preço.” Ao Site Mundo Negro ele conta a sua reação ao saber que estava participando do prêmio: ”Quando soube que foi indicado e finalista deste evento que carrega vários significados, que traduzidos podemos dizer resistência força, luta, liberdade e o regresso as origens a casa ou seja retomar o que nos foi roubado… Por isso eu digo é inexplicável a sensação de fazer parte de algo me vai ficar marcado e sublinhado pra história da humanidade.”
Agora é esperar e acompanhar o anúncio oficial dos ganhadores nas 21 categorias!
A empresária Nina Silva, especialista em tecnologia e inovação, anunciou nesta sexta-feira (11), a chegada de seu primeiro avatar nas redes sociais e no metaverso. Nomeada de Nina Verso, a persona virtual da CEO do Movimento Black Money, chega com o intuito de aproximar e desmistificar temas relacionados à era da hiperconexão, democratizando acessos para todos.
“Chegamos! E eu não vim só! Vim acompanhada de todos vocês. Eu sou a Nina, ou melhor, a Nina Verso, e como meu próprio nome já diz, eu quero levar meu universo para e com vocês. Meu universo é um movimento. Um movimento para termos um futuro mais próspero, justo, com mais consciência, diversidade, equidade de oportunidades e a liberdade para sermos o que quisermos ser“, anunciou Nina através do Instagram. “Eu me apresentei no plural, por que a minha chegada já traz vocês junto comigo. Vou mostrar que podemos chegar onde quisermos de maneira coletiva. Com muita informação e educação, levarei vocês para acessarmos esse futuro. JUNTOS“.
“Escolhi a Nina Verso idêntica a mim devido à força de todo meu histórico ligado à tecnologia, empoderamento e pautas sociais. Ao mesmo tempo, pensamos nela como uma maneira de conversar de maneira simples sobre temas como educação financeira, inovação, empreendedorismo e futuro sustentável de forma descontraída com público de diferentes idades, identificação de gênero e raça”, comenta Nina Silva. Com um perfil voltado para causas relevantes para a sociedade, Nina Verso, em parceria com a empresa Biobots, chega para trazer ainda mais autoridade para a executiva que conta com mais de 20 anos de experiência no mercado.
Ricardo Tavares, CEO da Biobots, explica que o avatar também funciona como um amplificador da voz dos influenciadores e celebridades atuais. “Com cada vez mais personalidades entrando para o time Biobots, é necessário fortalecermos a ideia de que um avatar traz consigo a responsabilidade de levar temas e mensagens relevantes para esse novo mundo hiperconectado”, finaliza o executivo.