O cantor Gilberto Gildeclarou, em entrevista para a revista Veja, que já se relacionou com outros homens. O cantor de 80 anos destacou que vê o tema de uma forma muito natural. “Sim, e isso não afeta meu modo de ver o assunto na minha vida. Essas questões de amor, amizade, respeito foram possíveis em momentos em que a sexualidade era uma coisa mais vibrante em mim“, pontuou. “Como disse , houve épocas em que ela se aproximou de outros, mas nunca na mesma forma como de outras. Para mim, jamais foram coisas iguais”.
Gil também destacou que, apesar de já ter se relacionado com homens, isso nunca aconteceu da mesma forma que suas relações com mulheres. “Atraído como tenho sido pelas mulheres, nunca. Nunca tive tesão num homem, como se diz. No entanto, por razões de delicadeza natural, educação, finura de trato, já tive proximidade com a sexualidade do outro, de outros”, disse Gil para a Veja.
Casado com Flora Gil desde 1988, o cantor baiano também falou sobre a forma como enxerga a bissexualidade. “Somos todos filhos de um pai e de uma mãe, o resultado de uma junção de genes de um e de outro. Portanto, somos todos bissexuais. Agora, o quanto e como isso influencia na condição masculina ou feminina e no exercício da própria sexualidade, aí reside uma variação infinita de possibilidades”, finalizou.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicou o advogado pessoal, Cristiano Zanin para ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), nesta quinta-feira (1º) e foi duramente criticado por personalidades negras na web. O nome ainda precisa ser aprovado pelo Senado para ocupar a vaga.
A jornalista Flávia Oliveira, comentarista da Globonews, fez uma análise sobre a escolha do presidente. “Muita gente falando nas redes sociais, que Cristiano Zanin não tem mestrado ou doutorado. Essa é uma crítica muito elitista”, se referiu a algumas publicações lidas na internet.
“Minha crítica, não é de hoje, envolve: 1) falta de diversidade no STF (mais um homem branco; 2) relação personalíssima com o presidente que o indicou; 3) desconhecimento de posições jurídicas de Zanin fora Lava Jato”.
“Desde sua criação, o STF teve suas cadeiras ocupadas 95% do tempo por homens brancos, 2,4% por mulheres brancas e 2,7% por homens negros. Em 132 anos, nenhuma mulher negra foi indicada como ministra”, revelam dados levantados pelo jornal Gênero e Número. Ou seja, entre os 170 ministros já nomeados, apenas 3 eram negros.
Barbosa também relembrou quando foi nomeado em 2003. “O Brasil ainda vivia o mito da democracia racial. Seria um contrassenso e um paradoxo que, 20 anos depois, quando houve avanço nas políticas de igualdade racial iniciadas no primeiro governo Lula, e que também levaram a iniciativas privadas, que este governo não nomeie pelo menos um negro”, disse.
Uma descoberta histórica ocorreu na Biblioteca Pública de Nova York, onde uma gravação inédita dos renomados saxofonistas John Coltrane e Eric Dolphy tocando juntos foi encontrada após uma busca que durou quase seis décadas.
A gravação encontrada deve ser lançada no dia 14 de julho sob o título “Evenings at the Village Gate” pela Impulse Records, gravadora conhecida por lançar álbuns de Coltrane desde os anos 60.
Ela faz parte de uma série de apresentações realizadas por Coltrane em 1961 no Village Gate, em Nova York, e foi inicialmente feita como um teste para o novo sistema de som do clube. Posteriormente, o material foi arquivado na seção de Áreas Performáticas da Biblioteca Pública de Nova York, onde acabou sendo considerado perdido. Ao longo dos anos, as fitas foram encontradas, apenas para se perderem novamente nos arquivos da biblioteca. Por quase 60 anos, a instituição procurou incansavelmente por essa gravação que reuniu dois grandes nomes do jazz.
Segundo o jornal britânico “Guardian”, o álbum apresenta faixas icônicas de Coltrane, como “My Favorite Things”, “Impressions” e “Greensleeves”, com a participação do baixista Reggie Workman e dois membros do lendário trio que gravou “A Love Supreme” com Coltrane: o pianista McCoy Tyner e o baterista Elvin Jones.
John Coltrane e Eric Dolphy se conheceram em 1959, quando Dolphy se mudou para Nova York. Embora sua parceria musical tenha sido breve, eles gravaram álbuns importantes juntos, como “Olé Coltrane”, “Africa/Brass”, “Live! at the Village Vanguard” e “Impressions”, lançados entre 1961 e 1963.
Essa não é a única gravação de John Coltrane a emergir nos últimos anos. Em 2018, o álbum de originais nunca lançados “Both Directions at Once” foi descrito pelo lendário saxofonista Sonny Rollins como “encontrar mais uma sala na Grande Pirâmide do Egito”. Em 2019, o álbum “Blue World” revelou uma série de versões alternativas para faixas como “Naima” e “Traneing In”.
John Coltrane e Eric Dolphy tiveram carreiras brilhantes, mas suas vidas foram tragicamente curtas. Coltrane faleceu aos 40 anos em 1967, vítima de câncer de fígado, enquanto Dolphy faleceu aos 36 anos após entrar em coma diabético.
Com o intuito de resgatar a memória da resistência negra, o prefeito da cidade de São Paulo, Ricardo Nunes, sancionou na última quarta-feira (31), um projeto de lei que altera o nome da Praça da Liberdade para “Liberdade África-Japão”.
Criada pelo Deputado estadual Reis e a vereadora Luana Alves, a mudança foi publicada na última quarta no Diário Oficial, mas a proposta foi aprovada em maio pela Câmara Municipal.
Em 2018, a Praça da Liberdade também teve seu nome alterado. Foi adicionado o nome “Japão”, porém, não teve as placas alteradas. Agora com essa nova mudança as placas serão trocadas pelo novo nome.
A Liberdade, hoje é muito conhecida por ser um dos principais lugares que preserva a cultura japonesa em São Paulo. Logo no início há um Torii, portal japonês, lojas e restaurantes tradicionais e outras lojas (e pessoas) voltadas para o mundo dos animes.
Mas nem sempre foi um lugar sobre a imigração japonesa, mas sim sobre a resistência negra. O bairro da Liberdade surgiu pelo sofrimento e resistência do povo negro paulista.
Na época da escravidão, a praça era conhecida como Largo da Forca, por ser o lugar onde negros escravizados acusados de algum crime ou fugitivos eram levados para sofrer enforcamento público.
É também ali que ergueu-se em 1774 o Cemitério dos Aflitos, a primeira necrópole pública da cidade de São Paulo e também local onde indigentes, escravizados e indígenas eram sepultados. Em 1858, o cemitério foi desativado para que o bairro surgisse, mas a memória permaneceu de pé na Capela dos Aflitos, que será revitalizada.
Tanto o Largo da Forca, como a Capela dos Aflitos e a comunidade negra foram os principais fatores para se criar a “Liberdade”. Em 1821, um militar negro, conhecido como Chaguinhas, foi condenado a morte por liderar um motim em Santos por pagamento de salarios. Ele ficou na Capela dos Aflitos até 1822, ano da Independência do Brasil, quando foi levado ao Largo da Forca.
Mas a história de Chaguinhas não acaba por aí. O militar negro foi levado para enforcamento público e a corda arrebentou duas vezes, enquanto gritava por “liberdade’. Na terceira tentativa ele morreu. Depois desse acontecimento, Chaguinhas foi considerado, mesmo que não canonizado, “santo negro da Liberdade”. Até hoje devotos do santo popular colocam bilhetinhos na porta da Capela para pedir intercessão.
A Globo decidiu investir no talento de alguns ex-BBB’s para participarem do curso “Cria Globo de Apresentadores”, dentro da emissora.
De acordo com o colunista do Splash UOL, Lucas Pasin, estão confirmados para as aulas: Domitila Barros, Ricardo Alface, Sarah Aline e Amanda Meirelles, da última edição. Todos farão um intensivão de comunicação e de como se portar frente às câmeras, a partir da segunda quinzena de junho.
Alface, por exemplo, tem sido testado pela Globo desde o último dia do BBB 23. No final do programa, ele voltou para a casa junto com os apresentadores Ana Clara e Bruno de Luca para fazer um tour e conquistou o público com o carisma, e o biomédico deixou claro sua vontade de apresentar um programa.
Recentemente, ele comandou o ‘Globo Esporte Sergipe’ por um dia, que também teve um bom feedback do público na internet. Além de fazer uma apresentação no programa ‘Encontro’, à convite da Patrícia Poeta.
Já Domitila, mostrou ao mundo seu multitalento como cantora, atriz, ativista e influencer. Enquanto Sarah, ganhou a fama de ‘rainha da oratória’ durante sua participação no BBB. Ambas, com muito talento, deixando os fãs empolgados com as possibilidades na web.
O filme ‘Barbie’ estreia no dia 20 de julho, mas as novidades em torno do longa já estão dominando as redes sociais. Nesta tarde de quinta-feira (1) a empresa Mattel divulgou as primeiras imagens das novas bonecas oficiais inspiradas no filme, dirigido por Greta Gerwig. A atriz Issa Rae, que no longa interpreta a Barbie Presidente ganhou uma nova versão exclusiva.
Foto: Divulgação / Mattel
De acordo com a Mattel, empresa responsável pela marca oficial ‘Barbie’, a nova boneca foi inspirada nos traços de Issa. “Essa Barbie é um sonho e veste um belíssimo vestido longo de cetim com um corpete brilhante, decote ombro a ombro e detalhes dourados cintilantes que descem pela saia”, diz a descrição oficial do brinquedo.
Foto: Divulgação / Mattel
“O longa-metragem da Barbie é um momento monumental para a marca, e mal podemos esperar para que os fãs vivenciem Barbie como nunca na telona”, celebra Lisa McKnight, Vice-Presidente Executiva e Chefe Global de Barbie & Bonecas, da Mattel. “A nova linha de brinquedos Mattel captura perfeitamente a diversão e a alegria da Barbie que estão presentes no filme. Queremos que os fãs de todas as idades celebrem seus personagens e cenas favoritas do filme”.
Ampliando a representatividade para crianças, em março, a atriz Halle Bailey, nova princesa Ariel da Disney, se emocionou ao compartilhar nova boneca negra de ‘A Pequena Sereia’. “Estou realmente chocada porque isso significa muito para mim. E ter uma boneca que se parece comigo, da minha personagem favorita da Disney, é muito surreal”, afirmou Bailey. “Eu tenho minha própria boneca Ariel de ‘A Pequena Sereia’. Eu não posso acreditar o quanto ela captura minha versão dessa personagem icônica. Eu vou chorar”.
A Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou, na tarde de ontem, 31, o Projeto de Lei 1773/2023, que reconheceu a Cultne, A TV que possui o maior acervo audiovisual de cultura negra da América Latina, como Patrimônio Cultural Material do Município do Rio de Janeiro.
Ao Mundo Negro, o fundador da Cultne, o jornalista Dom Filó falou sobre o que essa conquista representa para a cultura negra no Brasil. “Esse momento é fantástico para toda a trajetória de visionários como eu, Vik Bikbeck, Ras Adauto e Carlos Medeiros que começaram a registrar a história contemporânea negra no início dos anos 80. Hoje esse acervo representa parte da nossa história registrada por nós e disponível para toda a sociedade, em especial a comunidade negra”, ressaltou.
A notícia foi compartilhada pela vereadora do Rio, Mônica Tereza Benício, que celebrou nas redes sociais a aprovação do PL. “Nossa mandata aprovou mais um projeto de lei importante pro setor cultural carioca. A @cultne, maior acervo digital de cultura negra do país, será declarada como Patrimônio Cultural Material do Município do Rio de Janeiro. O PL 1773/2023 foi aprovado nesta quarta-feira (31) de forma definitiva na @camarario.”, celebrou ela.
“O Acervo CULTNE se torna um instrumento fundamental que atua na formação da consciência da nossa sociedade sobre a defesa do direito à memória e à história afro-brasileira.”, disse Mônica, destacando o impacto da Cultne no combate ao racismo. “A instituição garante o fomento e a valorização da rica contribuição cultural do povo preto, conecta vários segmentos sociais e viabiliza a comunicação entre empreendedores de diversas comunidades cariocas. É um trabalho que impacta diretamente no necessário e urgente combate ao racismo estrutural. Viva a CULTNE! Viva o @dom_filo!”.
E Dom Filó planeja dar passos ainda maiores com o Cultne: “O acervo Cultne atua na formação da ampla consciência acerca da defesa do direito à memória e à história antirracista no Brasil, contribuindo para a efetivação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) que incluiu nos currículos oficiais da rede de ensino a obrigatoriedade da temática História e cultura afro-brasileira e indígena. Nosso objetivo é até 2030 ser reconhecido como o maior acervo digital de cultura negra do planeta.”
A atriz India Amarteifio, protagonista da série ‘Rainha Charlotte’, virá ao Brasil neste mês de junho. Informação foi confirmada pela Netflix, que indicou a presença da artista britânica no TUDUM, que apresenta as novidades da plataforma de streaming. Marcado para os dias 16, 17 e 18 de junho, no Pavilhão da Bienal, em São Paulo, o evento promete reunir muitos artistas internacionais.
Ambientada antes de ‘Bridgerton’, a série ‘Rainha Charlotte’ retrata a ascensão da personagem Charlotte à notoriedade e ao poder no fictício Reino Unido de 1800. A obra se tornou um enorme sucesso no mundo todo, inclusive, no Brasil. A presença de India deve acontecer no show ‘Tudum: Um Evento Mundial para Fãs‘, que dentro do calendário do evento, acontece dia 17 de junho.
Em entrevista exclusiva ao MUNDO NEGRO, India Amarteifio reconheceu seu raro papel enquanto rainha negra numa grande produção da Netflix. Ela contou detalhes sobre o poder em interpretar uma personagem tão marcante como a rainha Charlotte.
“Eu acho que representatividade é muito mais poderosa do que imaginamos. Mesmo subconscientemente. Acordar, pegar um ônibus e ver uma pessoa que se parece com você, representando alguém, acima de empoderamento, não deveria ser um movimento de bravura, mas é”, destaca India em conversa com o jornalista Arthur Anthunes. “Eu sei que se eu fosse uma garota mais nova ou uma atriz mais nova, eu acho que um papel como esse jamais seria ofertado para mim. Acho que esse não seria um gênero que estaria envolvida. E se eu estivesse envolvida, não seria de uma maneira que eu estaria feliz ou empoderada. Então sim, acho que vai significar muito, para muitas pessoas”.
Ao que tudo indica, Jay-Z está mirando seus negócios para o futebol brasileiro e está com viagem marcada para o Brasil. Segundo informações do apresentador Benjamin Back, conhecido como Benja, no Papo Reto (no Youtube), o magnata do rap comprou uma porcentagem da Traffic Talentos, agência de talentos do futebol. Ele também afirmou que Jay-Z virá para o Brasil na festa de lançamento.
“A Traffic, ela fechou, o J. Hawilla (fundador) tinha morrido. Mas eles tinham uma Traffic Talentos, que é de empresário de jogadores. Eles tem ali Endrick, Vinicius Junior… O Kleber [comentarista do programa], sabe quem comprou a empresa? Sabe quem tá entrando de sócio e soube eu que estará aqui no Brasil pra festa de lançamento? Vocês não vão acreditar quem comprou. Jay-Z!”, disse Benja em seu programa.
Jay-Z, além de ser uma das lendas do Hip-Hop, é conhecido por seus diversos empreendimentos, sendo também um das listas de bilionários da Forbes. Uma das suas empresas é a Roc Nation, que se iniciou como gravadora e gerenciamento de artistas e hoje em dia gerencia diversos atletas do mundo do esporte, como Romelu Lukaku e o jogador da NBA, Kyrie Irving.
Benja afirmou que a notícia ainda não foi divulgada para a imprensa, mas ele conseguiu a informação com exclusividade. Ainda não se sabe qual foi a porcentagem, mas deve ser um valor alto.
Outra informação que confirmaria a compra do rapper seria seu encontro com o jogador do Real Madrid, Vini Jr., que é agenciado pela Traffic Talentos. “Inclusive ontem, não saiu a notícia, mas o Vinicius Junior postou uma foto com Jay-Z, mas isso não é um encontro aleatório não, o Jay-Z vai entrar nesse mercado no futebol brasileiro”, afirmou o jornalista. Endrick, jogador do Palmeiras e futuro jogador do Real Madrid também seria um dos jogadores que seriam gerenciados pelo rapper.
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A Talento Football Management, conhecida como Traffic Talentos, era uma das divisões da Traffic que cuida do gerenciamento de jovens talentos do mundo do futebol. A Traffic foi uma das maiores agências de marketing esportivo do Brasil, mas encerrou alguns de seus braços após polêmicas de corrupção do fundador com a Fifa.
Moisés Santana Brisolla, 20, jogador negro de futebol, foi resgatado de um trabalho análogo à escravidão pelo Itamaraty, nos Emirados Árabes Unidos. O jovem da periferia de Porto Alegre (RS) foi alvo de um tráfico internacional, com promessa de jogar no clube Al Rams Club, em julho de 2022, e conseguiu desembarcar de volta ao Brasil nesta terça-feira (30).
“[O empresário] entrou em contato comigo, com oferta de Dubai. Que tinha um clube que queria me contratar”, disse a vítima em entrevista à RBS TV. Mas quando chegou lá, ele foi dispensado e avisado que iria fazer apenas testes e não assinaram o contrato como prometido.
Sem dinheiro para se manter no país, ele foi forçado a trabalhar 15 horas por dia em uma empresa de cosméticos. “Sem salário e folgas, muitas vezes chegando a ter agressões. Para não ter seus documentos retirados, o jovem ficava constantemente os escondendo”, revelou a deputada estadual do Rio Grande do Sul, Laura Sito (PT), nas redes sociais.
Moisés Brisolla, um jogador de futebol de apenas 20 anos, retornou ao Brasil ontem após passar meses vivendo em condições de trabalho análogas à escravidão em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Felizmente acabou sendo resgatado a partir de denúncia feita à Comissão de Cidadania e… pic.twitter.com/lzo2m3w1d3
No início deste ano, o jogador conseguiu fugir e entrar em contato com a família e a embaixada brasileira para pedir ajuda. Laura Sito realizou a denúncia junto à Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, para realizar o resgate com o Itamaraty. O jovem desembarcou no Brasil, nesta terça-feira (30), após dez meses em Dubai.
“Todas as características da forma como o Moisés foi convidado para ir à Dubai, a forma de entrar no país, dizendo que estava indo como turista, como ele foi orientado por este grupo, denota que tinha uma intencionalidade não legal na sua estada no país. Portanto, fico muito evidente para nós, características que se assemelham a prática de tráfico humano, neste caso, relacionado à condições de trabalho análogo à escravidão”, contou a deputada para a RBS TV.
O atleta deu depoimento à Polícia Federal na mesma noite em que chegou no Brasil e já foi aberto um inquérito para investigar o caso de tráfico humano.
URGENTE: jovem jogador de futebol, negro e da periferia de Porto Alegre é RESGATADO DO TRÁFICO INTERNACIONAL PARA TRABALHO ANÁLOGO À ESCRAVIDÃO. Ele foi para Dubai jogar, mas acabou resgatado a partir de denúncia feita à Comissão de Direitos Humanos da @AssembleiaRS e ao…
Moisés jogava no Água Santa, de Diadema (SP), no Campeonato Paulista Sub-20, quando foi procurado por um empresário chamado Wilson Tuia, que ele havia conhecido em uma peneira ao final de 2020, segundo a Folha de São Paulo.
Tuia e Michel Mrad, que hospedou Moisés em Dubai e tem uma fábrica de cosméticos, disse ao jornal que o jogador sabia do teor exato da proposta – na verdade, uma peneira– e que ele escolheu ficar no país por conta própria após ser dispensado.
A deputada Laura Sito disse que como Moisés de forma ilegal no país, o governo dos Emirados Árabes ainda cobrou uma multa migratória, inicialmente no valor de R$ 10 mil. “Felizmente conseguimos negociar o valor e arrecadar através de uma vakinha”, conta.
Uma portaria do governo Bolsonaro (MRE nº 402, de 22 de junho de 2022), não permite mais o país arcar com a multa. “Agora, vamos seguir junto a todas as instituições para garantir que esse esquema seja investigado. Também estaremos trabalhando para que o governo Lula altere essa portaria criada durante o governo Bolsonaro que quase impossibilitou a volta do jovem, que provavelmente de muitos outros brasileiros e brasileiras em situação similar. Chega de lucro com a escravidão!”, diz a deputada.