Foi divulgada nesta sexta-feira (25) a primeira imagem de Silvero Pereira caracterizado como o motoboy Francisco de Assis Pereira, condenado por atacar 21 mulheres, assassinar dez delas e esconder seus corpos no Parque do Estado, em São Paulo, no final dos anos 90. A obra, chamada de ‘Maníaco do Parque’ é produzida pela Santa Rita Filmes e tem previsão de lançamento para 2024.
Foto: Prime Video
No filme, Giovanna Grigio é Elena, uma repórter iniciante que vê na investigação dos crimes do homem conhecido como o maníaco do parque a grande chance de alavancar sua carreira. Ela revela as histórias de assassinatos enquanto Francisco de Assis Pereira segue livre atacando mulheres, e sua fama cresce vertiginosamente na mídia, gerando terror na capital paulista.
A produção do filme ‘Maníaco do Parque’ foi anunciada junto com o documentário O Maníaco do Parque: A História não Contada, que revisita o caso do assassino condenado sob uma nova perspectiva, a de quatro vítimas sobreviventes. Os projetos tiveram origem em uma pesquisa sem precedentes sobre os crimes. Para criar os roteiros, mais de 20 mil páginas do processo foram analisadas e mais de 50 pessoas foram entrevistadas, incluindo sobreviventes, familiares de vítimas, promotores, delegados, peritos, psicólogos, psiquiatras e advogados.
O voto de Criatiano Zanin contra a equiparação do crime de homofobia a injúria racial e contra a descriminalização do porte de drogas para consumo próprio é a constatação de que precisamos de uma pessoa negra com histórico de luta pelas pautas sociais ocupando um cargo no Supremo Tribunal Federal (STF).
Neste novo capítulo sobre a descriminalização do porte de maconha, o voto contra dado pelo ministro Cristiano Zanin, que no dia 3 de agosto tomou posse no STF após ter sua indicação publicada no Diário Oficial da União no dia 5 de julho, deixou a esquerda contrariada. Zanin era visto como um aliado, já que foi indicado pelo presidente Lula a impressão que muitos de nós tínhamos é a de que o ministro estaria alinhado às pautas progressistas e de que daria seu parecer favorável. Já que não se trata apenas de diferenciar quem é usuário de quem é traficante, mas de promover novas políticas sobre o tema que está diretamente ligado à pauta racial que vê o encarceramento em massa como uma consequência da guerra às drogas que aprisiona e mata em grandes números o povo negro.
Em sua justificativa Zanin argumentou que: “A mera descriminalização do porte de drogas para consumo apresenta problemas jurídicos e pode agravar a situação que enfrentamos na problemática do combate às drogas, que é dever constitucional. Não tenho dúvida de que os usuários são vítimas do tráfico e das organizações criminosas ligadas à exploração ilícita dessas substâncias, mas se o Estado tem o dever de zelar por todos, a descriminalização poderá contribuir ainda mais para esse problema de saúde”.
Ao argumentar que seria esse um “problema de saúde”, Zanin também ignora dados que mostram que 16 crianças foram atingidas por tiros só no Rio de Janeiro em confrontos entre policiais e bandidos só esse ano e que sete delas morreram, segundo dados do Instituto Fogo Cruzado, em uma guerra que não se justifica. A menina Eloah Passos, de 5 anos, é o rosto mais recente de criança que morreu ferida com um tiro no peito na Comunidade do Dendê, localizada na parte central da Ilha do Governador, durante uma manifestação que cobrava justiça pelo assassinato de um adolescente de 17 anos, morto pela polícia horas antes de Eloah na mesma comunidade.
Esperamos muito de um homem branco, de classe média que nunca se posicionou publicamente a favor de pautas raciais, mas que apenas defendeu outro homem branco em um julgamento que foi importante. Em resumo, é isso que Zanin representa, os seus, e isso é sobre o pacto da branquitude de que Cida Bento tanto argumenta. Na prática, ele ocupa um espaço porque concedeu ao seu antigo cliente uma vitória processual e “mereceu” um benefício.
E já chegou ao STF reproduzindo o modelo de sociedade para o qual foi criado e do qual é beneficiado ao votar a favor de que magistrados julguem casos de escritórios em que seus parentes trabalham. Afinal, antes de ser advogado de Lula, Cristiano Zanin era sócio do escritório “Teixeira Martins, que pertence ao seu sogro e está localizado em São Paulo, nos Jardins, área nobre da cidade. Depois do rompimento, ele abriu seu próprio escritório, chamado Zanin Martins Advogados.
O voto contra a equiparação do crime de homofobia com injúria racial e racismo é outro exemplo da falta de compromisso de Zanin com a realidade social do Brasil. Sua assessoria ainda justificou: “O voto deixa claro a importância que o ministro confere ao tema, no entanto, ele entende, e transcreve de forma fundamentada em seu voto, que o mérito do julgamento não poderia ser alterado por embargos de declaração, que servem apenas para esclarecer omissão, obscuridade, contradição ou erro material no julgado. E, na visão do ministro Zanin, não haveria a obscuridade apontada pelo ministro Fachin, relator do recurso”.
Ao que parece, Zanin sequer fez a lição de casa. Se é que recebeu a tarefa.
Diferente disso, uma pessoa negra que conheça as questões que tanto nos afligem e que causam danos coletivos devem ser critérios fundamentais para a próxima indicação de Lula ao STF. E ele pode achar nomes comprometidos para isso, já que existe uma campanha dedicada a alçar mulheres negras para uma cadeira no Supremo quando Rosa Weber se aposentar, no mês de setembro. Essa é a chance de Lula fazer mais que um favor, como fez a Zanin, mas de se responsabilizar pela questão racial que ele tanto afirma prezar.
Para aprofundar o debate sobre racismo religioso e respeito aos povos de terreiro, Luciano Bom Cabelo e João Martins uniram as canetas e as vozes para a canção “Povo de Santo”, lançada nesta sexta-feira, dia 25 de agosto, em todas as plataformas digitais, além do clipe oficial que já está disponível no Youtube.
A obra traz o debate provocativo sobre racismo religioso, sobretudo em tempos em que a intolerância é convertida em impunidade. A crítica vem em forma de música com a fé em dias melhores, mostrando a necessidade de expor a opressão e todas as dádivas proporcionadas pela fé: “Respeita o povo de santo que eu respeito o seu altar”.
Reconhecido como grande representante de compositores da nova geração de sambistas, Luciano Bom Cabelo tem um timbre de voz forte oriunda dos principais terreiros de samba do Rio de Janeiro como como “Renascença” ,“Beco do Rato”, “Terreiro de Crioulo”, “Criolice”, “Samba do Barão”, “Jacutá do Samba” e “Festa da Raça”. Devoto de Almir Guineto, o cantor e compositor já dividiu o palco com grandes nomes como Jorge Aragão, Wilson Moreira, Nei Lopes e Leci Brandão.
Já o músico João Martins, começou sua carreira nas rodas do Rio de Janeiro transitando entre a Lapa e o subúrbio com seu banjo. Além dos três álbuns autorais, já teve obras gravadas por nomes como Diogo Nogueira, Samba do Trabalhador, Revelação e Renato da Rocinha, e é autor de canções tocadas em todas as rodas de samba da cidade, como “Lendas da Mata (O Saci Rodopiou)”.
Com direção de Pedro Oliveira e produção de Felipe Pereira, o clipe é inspirado em pessoas que vivenciam e que estão todos os dias na luta contra o racismo religioso. Os profissionais também vem desenvolvendo na Cultne uma linguagem diferenciada na produção de vídeos para artistas como Leci Brandão, Nego Alvaro, Xande de Pilares, Marina Iris e Jessica Ellen.
Nesta quinta-feira (24), a cantora Ludmilla recebeu da Câmara Municipal do Rio de Janeiro a Medalha Pedro Ernesto, maior honraria da Câmara, por causa da campanha promovida pela cantora em colaboração com o hospital HemoRio. O prêmio é concedido para pessoas e instituições que desempenham papéis importantes na sociedade. Familiares, amigos e fãs estiveram presentes na cerimônia que foi aberta ao público.
A campanha do Numanice com o HemoRio aconteceu no mês de julho e, durante os três dias de ação, quem fosse doar sangue ganharia um ingresso para o Numanice no Rio.
Logo no primeiro dia, os fãs lotaram o HemoRio e foram feitas mais de 500 doações, sendo o maior número de doações do hemocentro em um dia desde sua criação, em 1944. No total, foram arrecadadas mais de 2 mil bolsas de sangue nos três dias.
“Eu acho a gente não tem noção perfeita do que a gente acabou fazendo naquela ação. Muitas pessoas foram positivamente afetadas. Quero agradecer a vocês, a todos que foram lá doar. Ter esse reconhecimento agora, de pessoas que estão à frente da nossa cidade, com certeza vai entusiasmar outras pessoas a continuarem fazendo essas doações”, disse Lud durante a homenagem.
Precisamos honrar a nossa ancestralidade e pavimentar o futuro. Ouvir isso é como se fosse o efeito Drop the Mic [Largue o microfone, em tradução livre] do Obama e explico porque: nós, a primeira geração de executivos negros em posições estratégicas nas empresas (+ de 1% segundo as estatísticas em pesquisas de mercado), começamos a vivenciar um ponto inédito em nossa jornada coletiva: a vivência do tripé de cuidados familiares. O tripé de cuidados familiares é o nos tornar responsáveis pelos cuidados financeiro, social e de saúde da nossa base (pais) e do nosso futuro (filhos), e em muitos casos, a nossa base não é restrita a nossos familiares de 1º grau, pois envolve muitas vezes avós, tios, primos, primas, entre outros e o nosso futuro envolve sobrinhos e afilhados. Em resumo, somos parte da “geração sanduíche”.
A expressão “geração sanduíche” foi criada pelas assistentes sociais Dorothy Miller e Elaine Brody e descreve pessoas adultas que estão divididas entre os cuidados e responsabilidades com os próprios filhos e seus pais que, a partir de uma certa idade, também passavam a demandar alguns cuidados. No estudo “Geração Sanduíche no Brasil: realidade ou mito?”, as pesquisadoras detalham que esse fenômeno social acomete principalmente mulheres, sobretudo, as mulheres negras, entre os seus 40 e 49 anos que são encurraladas pela especificidades de duas gerações. Pare agora e reflita: se você não é uma destas pessoas, com certeza, conhece no mínimo 2 ou 3 nesta situação. Eu sou uma delas.
Como diz minha querida amiga Andréa Cruz, da Serh1 consultoria, precisamos fazer a paz com a realidade. E esta realidade é que, de forma coletiva, não fomos preparados nem em segurança psicológica e financeira e muito menos orientados a desenvolver as possíveis estratégias para minimizar estes impactos em nossa rotina. A falta de acesso para muitos dos nossos avós, pais e irmãos mais velhos não nos permitiu viabilizar esta ação e, pego a minha geração pecando em não passar este conhecimento para as gerações futuras. Um exemplo: você incentiva os jovens da sua família a realização de exames médicos preventivos, como um check-up anual? Se a última vez que eles foram ao médico foi em uma consulta ao pediatra ou ao pronto-socorro, precisamos iniciar esta conversa.
Se me perguntarem como é ser uma executiva, c-level, head ou qualquer outra definição importada que concedam para nossos cargos, eu direi, sem dúvidas, que é exaustivo. Em meio a tantas demandas: carreira, vida social, o mercado, o racismo estrutural nosso de cada dia, as contas que não esperam, uma rotina conturbada e uma vida que pede arrego silenciosamente, muitos de nós estamos vivendo o que a sabia Conceição Evaristo diz: parecemos inteiros por fora, quando estamos partidos por dentro.
De forma geral, o mundo corporativo não está preparado para apoiar seus executivos, sobretudo negros e suas interssecionalidades relacionadas a raça, gênero e classe neste ponto. Benefícios que poderiam minimizar estes impactos como seguro funerário com extensão a pais e avós ou a possibilidade de adicioná-los ao seu plano de saúde, mesmo que o custo seja só seu, possivelmente não fazem parte das cartas ofertas de muitos dos executivos negros do 1% no Brasil.
“Afinal, quem cuida, de quem cuida?” No meio do fogo cruzado, essa pergunta que tem urgência de ser questionadora e ativa, mas que muitas vezes, se não a maioria, torna-se silenciosa, é sufocada por uma lista de tarefas intermináveis. Aqui fica o meu convite para esta reflexão, porque quando você está na fase de geração sanduíche, líderes excludentes e envolvidos em processos moldados na falácia da meritocracia corporativa e racismo estrutural irão utilizar contra nós de forma muita estratégica e dolorosa os impactos que é cuidar de quem cuida.
O objetivo desta coluna não é trazer soluções efetivas para cada jornada individualizada de famílias negras em nosso país que têm nesta onda de executivos negros a esperança de dias melhores para os seus descendentes. O que eu fiz para mitigar os impactos da minha vivência na geração sanduíche foi buscar uma rede de apoio dentro e fora do círculo familiar (ter muitos irmãos, primos, tios e tias nem sempre é garantia que a sua rede de apoio deve ser centralizada no núcleo familiar), encarar que a contratação de seguros de vida e funerário não são “coisas da elite” e sim uma demanda necessária, investir em possibilitar acesso a saúde preventiva e familiar (nem sempre particulares e aqui fica o meu Viva o SUS), buscar alternativas populares para realização de exames médicos de baixa complexidade quando necessário, proporcionar nem que for o mínimo de segurança e suporte psicológico de quem estamos cuidando, entender que financeiramente o não também é necessário, ter e viver meu tempo pessoal (o que preciso, o que quero e o que me motiva/satisfaz) e por fim, saber que alguns pratinhos irão cair. E tá tudo bem. Faz parte do acordo com a realidade.
*Dedico esta coluna a todos os meus companheiros de jornada que estão vivendo este dilema. Vocês não estão sozinhos e não ficaram.
Iza anunciou a segunda edição do edital “Entra na Roda”, projeto criado pela cantora para potencializar e premiar pequenos negócios de afroempreendedores, durante palestra no Fire Festival 2023, em Belo Horizonte (MG), na noite desta quinta-feira (24).
“Ano passado a gente começou com uma quantia de R$ 500 mil, e esse ano a gente vai conseguir um valor ainda maior para cinco categorias: beleza, entretenimento, moda, negócios sociais e alimentação. Ele é especificamente para pessoas pretas e pardas”, explica em painel mediado pela apresentadora Aline Aguiar.
“Eu espero muito que no futuro eu consiga ampliar isso, mas no momento essa é a forma que eu enxergo, de trazer pessoas pra mesa, pra sentarem junto com a gente e realmente transformar a sua realidade e de outras pessoas. é você pensar: ‘o que eu posso fazer? O pouco que eu posso fazer hoje, pode se transformar em um tsunami amanhã’”, refletiu Iza.
A cantora também falou sobre aprendizados que obteve ao longo da carreira. “Uma coisa que eu aprendi em um painel que eu fiz há muitos anos atrás, é que só a gente sabe como é o mundo através dos nossos olhos”.
Iza e Aline Aguiar (Foto: BS Fotografias)
Já sobre a importância do posicionamento e do propósito, a artista falou da necessidade do trabalho dela ser para a vida toda. “Eu penso na longevidade. Através do meu trabalho eu consegui mudar a realidade da minha família. A minha realidade”.
Questionada sobre a representatividade, Iza disse que “toda vez que a gente avança, aparece, acaba acendendo isso no coração de outras mulheres que se enxergam na gente”.
“Da mesma forma que eu tento entender que isso é um presente e eu também me responsabilizo pelas coisas que eu falo e faço. Tudo isso me traz muita coisa boa, mas eu preciso também entender que minha palavra tem impacto na vida das pessoas que me acompanham”, contou.
“Eu preciso estar atenta a isso e a importância que a representatividade tem. Porém, como mulher preta, pelas minhas ancestrais, a gente tem que relaxar, curtir, fazer arte”, finaliza com uma boa dica para outras mulheres pretas.
Mais informações sobre o edital “Entra na Roda” deve ser divulgado em breve. Fique atento no site: www.editalentranaroda.com.br.
Jamie Foxx (Django Livre)estrela em nova comédia com o papel de Deus, no filme “Not Another Church Movie” (Não é outro filme da igreja, traduzido em português), e contracena com Mickey Rourke (O Lutador), que irá interpretar o Diabo, divulgou o Deadline, nesta quinta-feira (24).
A trama irá acompanhar um passeio pelo fabuloso mundo de Taylor Pharry (Kevin Daniels, de Sirens), um jovem ambicioso que recebe uma missão sagrada de Deus: contar as histórias de sua família e inspirar sua comunidade. Mas ele não sabe que o Diabo tem seus próprios planos.
O elenco ainda é composto por outros grandes atores negros, como a Vivica A. Fox (Até as Últimas Consequências), Tisha Campbell (Eu, a Patroa e as Crianças), Jasmine Guy (Harlem), Kyla Pratt (Dr. Dolittle) eLamorne Morris (Woke).
“Estamos entusiasmados por ter o Sr. Foxx fazendo parte desta comédia hilariante e trazendo seu talento incrível para o papel de Deus. Trabalhar com Foxx e Johnny Mack foi uma verdadeira bênção”, disse o produtor James Michael Cummings ao Deadline. “Este filme é uma mistura única de talentos novos e consagrados, e mal podemos esperar para ouvir as risadas e o público ver a magia que acontece na tela grande. Este filme não irá decepcionar.”
O filme do diretor e roteirista Johnny Mack, conhecido pelo sucesso de “Real Husbands of Hollywood” (Verdadeiros Maridos em Hollywood, traduzido em português), nos Estados Unidos, ainda não tem data de lançamento prevista no Brasil.
Denzel Washington conquistou o mundo interpretando o personagem Robert McCall na franquia ‘O Protetor’. Agora, o diretor da obra,Antoine Fuqua, já tem planos de realizar um filme prequel, mostrando eventos anteriores ao primeiro filme com outro ator no papel principal do icônico personagem.
Em entrevista para o site Joblo, Fuqua comentou sobre o desejo de realizar um outro filme com John David Washington no papel principal de ‘O Protetor’. “Acho que é uma boa ideia fazer isso e voltar”, disse Fuqua. “Você pode conseguir que Michael B. Jordan seja o jovem McCall”. Em seguida, o diretor mencionou a possibilidade de ter John David no papel. “Isso não seria incrível? Essa é uma boa ideia! Não seria legal, cara?”, destacou ele.
John David Washington. Foto: Getty Images.
Protagonizada por Denzel Washington e dirigida por Antoine Fuqua, a terceira parte de ‘O Protetor’, definida como ‘O Capítulo Final’, será lançada no dia 1 de setembro. No longa, o personagem Robert McCall (Denzel), dá vida a um agente secreto misterioso que se dedica a defender a população.
Foto: Divulgação / Sony Pictures.
“Desde que abandonou a sua carreira enquanto assassino ao serviço do governo, Robert McCall esforça-se por fazer as pazes com os atos do seu passado e encontra conforto ao executar a justiça em nome dos oprimidos“, diz a sinopse oficial do longa. “Após mudar-se para o sul de Itália, descobre que os seus novos amigos estão sob o controlo do chefe do crime local. Quando os acontecimentos passam a ser de vida ou morte, McCall sabe o que tem de fazer: tornar-se o protetor dos seus amigos e enfrentar a Máfia”.
Na noite de ontem, o 22º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro premiou artistas e produções nacionais de expressão no pais, mas apesar de celebrar a vitória de “Manhãs de Setembro” como Melhor Série Brasileira Ficção, de produção independente para TV aberta, TV Paga/OTT, o prêmio está recebendo críticas por não ter convidado Liniker, que é a atriz protagonista da produção, para a cerimônia: “Fomos esquecidas mais uma vez”, escreveu a artista em carta aberta publicada no Instagram.
A atriz e cantora, que dá vida a personagem Cassandra, revelou não ter sido convidada para o evento para celebrar a vitoria da série: “Ontem, não fui convidada para poder celebra ao lado da equipe e elenco o prêmio que ganhamos, noite de vitória ao lado de tantos outros artistas e colaboradores de audiovisual brasileiro e mundial, ontem fomos esquecidas mais uma vez, na hora de estourar a champanhe quando chegamos no esperado “rolo 100” de uma produção, ontem o cinema brasileiro esqueceu mais uma vez, as outras pessoas que colaboram para a criação de um projeto de nível mundial e que mudou sim, a história do audiovisual brasileiro da última década”.
Ela denunciou a invisibilização que pessoas LGBTQIAPN+, pretas e indígenas sofrem mesmo em produções que ganham destaque: “Ontem “Manhãs de Setembro” série que tive a honra de estrear, ganhou o prêmio de Melhor Série de Ficção no grande e consagrado Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. A beleza essa série, não é só pela história e condução dos personagens, mas porque pela primeira vez num Brasil que mata, invisibiliza, apaga a memória de pessoas lgbtqia+, pretas e indígenas, uma profissional, atriz, artista, que estudou para poder exercer esse ofício e travesti preta, pode contar a história de uma outra travesti, ao lado de outras travestis e pessoas trans, de outras pessoas pretas e de aliades, que acreditaram em cada vírgula dessa história e transformaram o grande manhãs de setembro no sucesso que é. O reconhecimento pelo trabalho, é muito importante, ainda mais como diz uma grande amiga “A nível de Brasil”, por todo o apagamento histórico que temos e vemos ao longo da história e trajetória artística de muitos e muites artistas por anos”, disse.
Ao final da carta, a artista questiona: “De quem é que se lembra nas vitórias, depois que o processo “acaba”?”.
Na foto publicada pela Academia Brasileira de Cinema, associação responsável pela organização do prêmio, apenas algumas pessoas da equipe de direção e produção da série, do elenco apenas Paulo Miklos e Elisa Lucinda estavam na imagem que divulgava os vencedores da categoria de “Melhor Série Brasileira de Ficção”.
Estreou na última semana a série ‘Cangaço Novo’ no Prime Video. Com protagonismo negro, a produção retrata a jornada de autoconhecimento de três irmãos que se mistura aos problemas estruturais do Brasil, como o crime organizado, a corrupção e a política.
Estrelada por Allan Souza Lima, Alice Carvalho e Thainá Duarte, a série apresenta a história de Ubaldo, um bancário infeliz e sem memória de sua infância que recebe uma herança transformadora. Em Cratará, no meio do sertão cearense, ele se torna o líder de uma perigosa gangue de assaltantes de banco, cumprindo o destino e o legado de seu pai biológico, um mítico “cangaceiro.”
Cangaço Novo. Foto: Prime Video.
Com o lançamento, ‘Cangaço Novo’ recebeu elogios da crítica. A Coluna Play do Jornal ‘O Globo’ atribuiu nota 10 à produção, destacando o talento do elenco, da direção e fotografia. Além de estrear do topo do Prime Video Brasil, a produção também estreou entre as 10 mais assistidas de diversos países africanos, como Angola, Burkina Faso, Costa do Marfim, Mali e Moçambique.
No enredo, Ubaldo descobre também que possui duas irmãs no sertão cearense: Dilvânia, que lidera um grupo que adora seu famoso pai falecido; e Dinorah, é a única mulher em uma gangue de ladrões de banco. Ubaldo chega à cidade e passa a ser cultuado pela forte semelhança com o pai.
Cangaço Novo. Foto: Prime Video.
À medida que a série se desenrola, Ubaldo se vê confrontando uma série de desafios perigosos. Esses obstáculos incluem confrontos com criminosos, assassinos e até policiais corruptos. Além disso, a trama apresenta momentos intensos em que Ubaldo se encontra involuntariamente causando explosões que afetam pequenas cidades. Seu objetivo durante toda a saga é preservar seus princípios éticos, apesar das circunstâncias extremamente adversas que enfrenta.