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Com cinco títulos mundiais a mais na Fórmula 1, Lewis Hamilton recebe 45% a menos que Max Verstappen

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Fotos: Divulgação

Mesmo sendo o piloto com mais vitórias na história da Fórmula 1, Lewis Hamilton, da Mercedes, ganha 45% a menos que Max Verstappen, revela lista da revista Forbes, com o ranking dos salários dos 20 pilotos mais bem pagos, divulgado nesta quarta-feira (20).

O heptacampeão mundial ficou em segundo lugar no ranking com o salário de US$ 35 milhões, enquanto o atual bicampeão Verstappen, da Red Bull Racing, ganha US$ 55 milhões.

O único piloto negro da Fórmula 1 é considerado um dos melhores da história do esporte. Sete vezes campeão mundial, empatando apenas com Michael Schumacher, também é o maior vencedor, com o recorde de 103 vitórias em Grandes Prêmios. 

No próximo domingo, 24 de setembro, Lewis Hamilton disputará o GP do Japão, a 16ª etapa da temporada 2023 da Fórmula 1. Caso seja o primeiro colocado da corrida, ele poderá igualar a marca de seis vitórias do Schumacher, o maior vencedor atualmente. 

Kenneth Petty, marido da Nicki Minaj, recebe ordem de prisão domiciliar após ameaçar Offset

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Foto: Getty Images

Após brigar e ameaçar o rapper Offset pelas redes sociais na semana passada, Kenneth Petty, marido da Nicki Minaj, recebeu uma ordem de prisão domiciliar por até 120 dias. Segundo a ordem judicial, ele violou sua liberdade condicional ao “fazer comentários ameaçadores enquanto estava na companhia de alguém com antecedentes criminais.”

Na ordem assinada pelo juiz Michael W. Fitzgerald, ele diz que a conduta de Petty “levanta preocupações sobre a disposição em cumprir as ordens do Tribunal”. A justiça ainda não determinou se ele precisará usar tornozeleira eletrônica.

Na semana passada, ele e dois amigos apareceram nas redes sociais ameaçando Offset em frente ao hotel onde ele estava hospedado, em Nova York. Um dos seus amigos chegou a marcar e xingar Cardi B, esposa de Offset, nos stories.

https://twitter.com/ChrissyyTalks/status/1703044944150040733

O ex-integrante do Migos chegou a responder as ameaças com um vídeo saindo do seu jatinho enquanto ri deles. “Esses manos quebraram. Nós saltamos de jatos, v***a, vocês estão do lado de fora”, disse Offset.

https://twitter.com/ChrissyyTalks/status/1703061591464239506

Também foram vazados alguns prints entre os dois. Perry chegou a citar a morte de Takeoff. “Use esse dinheiro para pegar o n***a que matou seu parceiro, meu gangster g datz.… Se um n***a tivesse matado o meu mano, eu teria matado tudo que se mexe”

Não está certo qual foi o motivo do conflito, mas as ameaças aconteceram dias depois que Nicki Minaj e Cardi B se apresentaram no VMA. Offset e Perry também possuem uma richa de longa data.

Kenneth Petty já foi preso por tentativa de estupro e tentativa de homicídio. Em 2022, ele foi condenado a três anos de prisão domiciliar por não ter se registrado como agressor sexual na Califórnia. O filho de Perry e Nicki Minaj completa 3 anos no final de setembro.

Quilombo PCD convida negros com e sem deficiência para 1ª Parada do Orgulho das Pessoas com Deficiência do Brasil

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Foto: Edilton Lopes

No mês que se reconhece o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, celebrado hoje, 21 setembro, o Quilombo PCD anuncia a primeira Parada do Orgulho das Pessoas com Deficiência do Brasil, que será realizado no próximo domingo, 24, das 10h às 16h, na Avenida Paulista, em São Paulo, em parceria com o Vale PCD.

“A Primeira Parada do Orgulho da Pessoa com Deficiência surge, sugestamente, por uma ausência de visibilidade das nossas representatividades, dos nossos movimentos, das nossas atuações, das nossas contribuições para a sociedade, para que a gente tenha esse referencial de representatividade”, disse Marcelo Zig, idealizador do Quilombo PCD, em entrevista especial ao Mundo Negro.

Os coletivos se uniram para uma manifestação pela equidade e garantia de direitos das PCDs, contra a falta de acesso e pela liberdade de serem do jeito que são, dentro de seus recortes raciais e sociais. “É um momento icônico. Vários coletivos de pessoas com deficiência têm surgido há algum tempo com o debate interseccional na sua origem. Tem coletivo de pessoas indígenas com deficiência, coletivos de pessoas negras com deficiência, pessoas LGBTs com deficiência, mulheres com deficiência. Eu compreendo como uma estratégia de um movimento para primeiro convidar os seus pares direto a dialogar sobre a interseccionalidade que une pessoas negras sem deficiência com pessoas negras com deficiência, para depois dessa troca, registrar de fato essas humanidades”, explica o filósofo e ativista.

Marcelo Zig (

Entretanto, Marcelo diz que muitas pessoas entendem essas interseccionalidades como racha. “Eu compreendo como uma oportunidade de aprofundar o debate, trazendo especificidades e posicionando dentro da discussão, a pluralidade já dentro das deficiências. Pois um avanço que se conquista, talvez não contemple outra deficiência da mesma forma. Para isso precisaria grupos que pudessem defender que os direitos alcançados fossem estendidos a toda essa pluralidade da deficiência”.

O ponto de encontro da parada será em frente à FIESP/SESI. Durante o dia, o público poderá curtir intervenções artísticas e culturais inspiradoras. A multiartivista Mona é a primeira pessoa confirmada na programação do evento. Segundo o Quilombo PCD, ela é a primeira mulher negra cadeirante a atuar no Theatro Municipal de São Paulo. Mais informações, acesse: https://www.instagram.com/quilombopcd/


Serviço:
Parada do Orgulho das Pessoas com Deficiência do Brasil

Dia: 24, das 10h às 16h,
Local: Avenida Paulista, São Paulo

Ator Alfred Enoch vem ao Brasil em outubro para participar do Festival Negritudes Globo

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Foto: Reprodução

O Festival Negritudes Globo deste ano está anunciando os nomes de convidados que vão debater sobre as narrativas negras no audiovisual e para sua segunda edição, que acontece no dia 3 de outubro, na Cinemateca, localizada na Vila Mariana, Zona Sul de São Paulo, o evento trará o ator britânico Alfred Enoch.

Enoch é conhecido por seu papel na série “How to Get Away with Murder” e pela premiada atuação como Antonio no filme “Medida Provisória”, dirigido por Lázaro Ramos.

Durante o bate papo mediado pela diretora de Diversidade e Inovação em Conteúdo dos Estúdios Globo, Samantha Almeida, Alfred Enoch vai trazer um panorama sobre sua participação no filme brasileiro, além de falar sobre a sua conexão com o Brasil e o audiovisual brasileiro, sua carreira e a presença negra em filmes ao redor do mundo, entre os que ele já participou.

As inscrições para participar do evento estão abertas e podem ser realizadas por meio do site oficial do Festival Negritudes Globo em somos.globo.com/negritudes. O festival também contará com a presença de talentos renomados da Rede Globo, como Taís Araújo, Lázaro Ramos, Maju Coutinho, Kenya Sade e Rita Batista, bem como profissionais influentes da indústria audiovisual e líderes dos movimentos negros.

Rotulada de “difícil”, Naomi Campbell desabafa sobre racismo no início da carreira na série ‘The Super Models’

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Foto: James Devaney/GC Images/Getty Images

A nova série documental da Apple TV+, ‘The Super Models‘, estreou nesta quarta-feira (20), com quatro episódios inéditos, trazendo Naomi Campbell, Cindy Crawford, Linda Evangelista e Christy Turlington Burns para falarem sobre suas vidas e carreiras.

No terceiro episódio, Campbell, 53, desabafa sobre os desafios que teve devido ao racismo no início da carreira. Ela ficou rotulada como “difícil” e precisou lutar por igualdade de remuneração na indústria da moda. “Era difícil ser uma mulher negra franca e eu definitivamente fui punida muitas vezes”, diz ela.

Campbell também relembrou quando trocou a agência de modelos Ford pela Elite. O fundador John Casablancas a levou para uma reunião de negócios na Revlon porque a empresa de cosméticos iria lhe oferecer um contrato. “Mas quando eles me disseram o que queriam me pagar, eu disse não na frente de toda a sala. Eu disse: ‘Recebo isso em Tóquio em um dia, por que aceitaria isso como um contrato de um ano?'”. A supermodelo também revelou que seus colegas já haviam lhe contado quanto ganhavam e que ela não deveria aceitar um centavo a menos.

Foto: Apple TV+

“John ficou muito envergonhado e decidiu me chamar de ‘difícil’. E ele então decidiu que iria à imprensa e diria que eu era difícil e que ele me demitiu” contou Campbell, que logo rebateu o fundador da agência. “Em primeiro lugar, vamos deixar isso bem claro. Modelos não podem ser demitidas. Somos autônomos. Patrocinados por nossas agências”.

Mesmo assim, Casablancas tentou queimar a imagem de Campbell para o público. “Esse estigma de suas palavras e de sua declaração à imprensa atrapalhou meu trabalho por muitos e muitos anos. Já ouvi ‘louca’, já ouvi ‘pesadelo’, já ouvi ouvi ‘difícil’. Fui chamada de difícil porque abri a boca. Ponto final”.

John Casablancas morreu aos 70 anos, em 2013, enquanto fazia um tratamento contra o câncer no Rio de Janeiro.

Lil Kim diz que revista fez edições exageradas em seu rosto: “Não aprovei o que publicaram”

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Foto: AFP / Ebony Magazine.

A rapper Lil Kim utilizou as redes sociais para criticar a revista Ebony, após a mídia publicar um editorial em homenagem à rapper. Acontece que, nas fotos do projeto, Kim apareceu com alterações digitais em seu rosto. “Quem é essa? Porque essa não é a foto que eu aprovei ou qualquer outro conteúdo que eles publicaram. Eu sempre disse à Ebony que essa imagem parecia uma pintura, mas eles não queriam ouvir. Eles disseram que adoraram. É uma sabotagem para mim. O mais engraçado sobre isso é que este é o retocador deles”, disparou a artista.

Lil Kim. Foto: Ebony Magazine.

Na foto divulgada, a Ebony celebrava o impacto de Lil Kim em comemoração aos 50 anos do Hip-Hop. O fotógrafo da revista, Keith Major, utilizou as redes sociais para comentar que a decisão dos retoques partiu da própria rapper. “Ela queria estar no controle disso, pedindo retoques e foi isso que conseguimos”, escreveu ele. Lil Kim também utilizou a internet para negar a versão do fotógrafo. A Ebony não comentou sobre o caso.

Lil Kim começou sua carreira no rap no final da década de 1990 como membro do coletivo Junior M.A.F.I.A., que também contava com o falecido The Notorious B.I.G. Sua colaboração com Biggie a lançou no cenário musical, e sua estreia solo, o álbum “Hard Core” de 1996, a solidificou como uma das vozes femininas mais proeminentes no hip-hop.

Projeto “Entreviste Um Negro” é relançado com homenagem à jornalista Helaine Martins

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Foto: Editora MOL

O projeto “Entreviste Um Negro” está de volta! O projeto criado pela jornalista Helaine Martins, que faleceu em 2021 voltará à atividade através de uma iniciativa da Editora MOL que deve dar continuidade ao legado de Helaine ao promover a diversidade possibilitando que profissionais negros também sejam fontes de pautas jornalísticas.

Foto: Reprodução

A iniciativa ganhou destaque na imprensa e, em 2019, expandiu-se com a criação da Mandê, uma agência de conteúdo especializada em questões raciais criada em parceria com Karol Gomes. Entretanto, com o falecimento precoce de Helaine, no dia 3 de julho de 2021, após uma parada cardiorrespiratória, o projeto ‘Entreviste Um Negro’ foi paralisado.

Andressa Marques – Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Agora, o projeto retorna com o apoio de Karol e através da Bolsa Helaine Martins, que ofereceu uma oportunidade de estágio para exercer o trabalho de alimentação e divulgação do ‘Entreviste Um Negro’ e seguir com o legado de Helaine. Andressa Marques, jornalista contemplada pela oportunidade, é quem deve seguir com as atividades do projeto relançado pela editora.

Os jornalistas interessados em entrevistar profissionais negros podem se cadastrar no novo banco de dados por meio do Formulário para Comunicadores, preenchendo-o com seus dados e concordando que seus acessos serão destinados à execução de pautas mais diversas e inclusivas. Aos especialistas, é solicitado que se inscrevam no Formulário para Especialistas, disponibilizando seus dados para que jornalistas possam entrar em contato.

Ncuti Gatwa comenta sobre o destino de Eric na temporada final de ‘Sex Education’: “Ele não tem mais nada a perder”

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Foto: Netflix.

A série ‘Sex Education’ está prestes a chegar ao fim, com sua última temporada sendo lançada na Netflix amanhã (21). A produção, que começou em 2018, alavancou a carreira do ator britânico Ncuti Gatwa. Dentro da obra, ele dá vida ao carismático personagem Eric. Em nova entrevista para a revista Rolling Stone, Gatwa comentou sobre o fim da série. “A trajetória da minha vida mudou há cinco anos, em 2018. E isso foi uma coisa. Era um trem muito rápido. Ainda estou tentando entender o que aconteceu naquela época , mas agora o trem ficou turbinado no ano passado“, contou o astro.

Gatwa também refletiu sobre as novas perspectivas de Eric na temporada final de ‘Sex Education’. “O bobo da corte é sempre a pessoa mais poderosa. E com Eric, ele sofreu bullying e está no fundo da pilha, então há essa alegria que vive dentro dele porque ele não tem mais nada a perder. Ele só pode ser ele mesmo, e isso é muito divertido de interpretar“, disse o ator. “Ele está inserido em todas estas intersecções – ser gay, ser da África Ocidental, ser religioso, todas estas coisas que não são a norma na sua escola, que lhe deram tantas perspectivas e percepções diferentes sobre o mundo – e esse é o seu poder. Pessoas queer são estranhas e é por isso que são poderosas.”

Foto: Netflix.

‘Sex Education’ se tornou um fenômeno e se consolidou como um dos maiores acertos da Netflix. Desde o início, Gatwa diz que sentiu a importância de seu personagem para o mundo. “Quando a série foi lançada, eu estava morando em Tottenham, e a quantidade de garotos do bairro que vinham até mim e diziam: ‘Oi , eu amo Eric, você sabe! Eu estava tipo, ‘Uau.’ Eu costumava treinar nesta academia com muitos fisiculturistas, e esses caras vinham até mim tipo, ‘Eric é meu personagem favorito’ ou ‘Você é o personagem favorito da minha namorada’, e eu tipo , ‘Não minta!’ Foi muito legal porque pude ver o show abrindo a mente das pessoas“, contou o artista.

‘AmarElo’ e ‘A Love Supreme’: Emicida prepara show inédito de jazz inspirado em John Coltrane

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Foto: Wendy ANDRADE/AFP | Arquivo

O rapper Emicida está preparando um show inédito e diferente para o encerramento da 3ª edição do Rio Montreux Jazz Festival, no dia 14 de outubro. Reverenciando uma das inspirações do seu último álbum, o rapper vai unir ‘AmarElo’ e ‘A Love Supreme’, de John Coltrane.

O álbum “AmarElo”, lançado em 2019, continua sendo um dos álbuns mais inovadores da carreira do rapper, que dessa terá um show totalmente inspirado em um dos clássicos do jazz lançado em 1965. “Quando a gente lançou o disco AmarElo, eu fiz uma série de postagens falando de referências e mais referências que influenciaram o processo. Uma dessas referências é o disco ‘A Love Supreme’, do John Coltrane. E agora, em outubro, no Rio Montreux Jazz Festival, a gente vai ter oportunidade de explorar mais essa influência no espetáculo que se chama: ‘AmarElo encontra A Love Supreme’”, comentou Emicida.

Além do álbum em sí, o projeto ‘AmarElo’ também já se tornou um podcast e um documentário na Netflix.

O festival acontece nos dias 11, 12, 13 e 14 de Outubro, no Parque Bondinho Pão de Açúcar, no Morro da Urca, no Rio de Janeiro, e traz diversos artistas de jazz nacionais e internacionais além de outros artistas de diferentes estilos musicais. Os valores dos ingressos variam de R$350 e R$700 e podem ser adquiridos pelo site do evento.

Processo contra Luísa Sonza por racismo é arquivado; vítima divulgou carta sobre o caso nesta última terça-feira (19)

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Foto: Brazil News

Após o processo correr em segredo de justiça, a advogada Isabel Macedo de Jesus confirmou que fechou um acordo “satisfatório” com a cantora Luísa Sonza, após o caso de racismo. A informação foi confirmada pela sua advogada, Jéssica Oliveira, em nota enviada para o UOL nesta terça-feira (19).

Segundo as informações levantadas pelo UOL, o caso, aberto em 2020, foi arquivado no dia 16 de agosto. A defesa de Isabel não revelou o valor do acordo, já que o caso ocorreu em segredo de justiça.

De acordo com a carta, o objetivo do processo era mostrar como o racismo estrutural afeta a vida da população negra. “O intuito da ação judicial em face da cantora Luísa Sonza foi demonstrar como que inclinações pessoais, ainda que inconscientes, afetam o julgamento do indivíduo sobre determinados grupos minoritários.

Além disso, a nota vê como valiosa a retratação pública feita pela cantora, sendo uma ação importante principalmente quando se trata de figuras públicas.

Em 2020, Luísa Sonza foi processada por Isabel por ter a confundido com uma funcionária de hotel em Fernando de Noronha. Na época, a cantora foi duramente criticada e até chegou a ser removida da line do REP Festival. Logo depois, ela pediu desculpa publicamente.

Leia a nota completa de Jéssica Oliveira, advogada de Isabel, conseguida pela UOL:

OBJETIVO DO PROCESSO

Não há como negar que o racismo estrutural traduzido em práticas diretas e indiretas da sociedade, em desfavor da população negra, derruba de uma vez por todas o mito da democracia racial. Portanto, o intuito da ação judicial em face da cantora Luísa Sonza foi demonstrar como que inclinações pessoais, ainda que inconscientes, afetam o julgamento do indivíduo sobre determinados grupos minoritários.

O IMPACTO DO PROCESSO

A busca por reparação implica em uma verdadeira batalha, não apenas em face do agente causador do dano, mas também em face de um Judiciário com sub-representação de grupos minoritários e com magistrados que, em sua maioria, analisam esse tipo de demanda com a lupa do mito da democracia racial. Vencer essa batalha não importa em êxito apenas para a Isabel, mas para todos aqueles que se sentem desencorajados mediante a situações discriminatórias, além de um alerta sobre a necessidade de termos um Judiciário que represente de fato o caráter pluriétnico da população brasileira. Prova disso é a campanha realizada por várias organizações do movimento negro pela indicação de uma jurista negra para ser ministra no STF, o que nunca ocorreu em 132 anos de história da referida Corte.

NÍVEL DE SATISFAÇÃO COM O RESULTADO DO PROCESSO

Não há como dizer que não é satisfatória a celebração de um acordo que contemplou todos os pedidos pleiteados pela Isabel.

É importante explicar que o valor do pedido de indenização por danos morais impacta no valor das custas a serem pagas para a distribuição do processo, e isso é um fator que limita o referido pedido quando, segundo o entendimento do magistrado que recebe a ação, a parte não goza do direito à gratuidade de justiça, o que ocorreu no caso da Isabel.

Por conta disso, muitas pessoas que, por receio de ver negado o direito à gratuidade de justiça, deixam de recorrer ao judiciário, justamente por não ter condições financeiras de arcar com as custas processuais, sendo este o primeiro obstáculo para a propositura de demandas desta natureza.

Quanto à retratação pública, é valioso esse reconhecimento da natureza discriminatória da conduta por parte dos responsáveis, principalmente quando se trata de pessoas públicas, uma vez que podem contribuir para o debate e para a reflexão acerca das diversas formas de racismo na nossa sociedade.

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