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Os melhores penteados para cabelos afros no calor

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Foto: Matt Doyle/Guilherme Lima

Muito calor por aí? Antes mesmo de iniciar a primavera, em 23 de setembro, o Brasil já registrou temperaturas bem altas, chegando até a 44,8°C neste ano, em Mato Grosso, por exemplo. Se você, com cabelo crespo ou cacheado, tem andado muito com um coque simples ou está pensando se deve cortar o cabelo – só – para aliviar um pouco do calor, o Mundo Negro preparou uma lista com opções de penteados bem legais para usar durante a primavera e o verão.

Mas antes de irmos para as dicas, é sempre válido reforçar a importância de manter os cuidados básicos com o cabelo, como lavar e hidratar. Crespos e cacheados costumam precisar mais de hidratação do que os demais tipos de cabelo, pois a curvatura dos fios não distribui a oleosidade igualmente.

Veja as dicas de penteados:

Trança nagô com coque baixo

Com a trança nagô é possível fazer diversos tipos de penteados e serve, inclusive, para quem tem cabelo curto. Neste calor, você pode aderir a trança finalizando com um coque baixo e fazer um baby hair. Fica um charme!

Foto: Getty Images

Coquinhos ou Bantu Knots

O Bantu Knots é um penteado bem versátil. Os coquinhos podem ser trançados, com diferentes desenhos nas divisões e acessórios. É perfeito para cabelos crespos ou cacheados. Além de suavizar o rosto deixando uma graça, o Bantu Knots também ajuda quem está passando por uma transição capilar e a texturizar os cachos.

Foto: Guilherme Lima

2 Afro puffs

O afro puff é um dos penteados mais populares entre as pessoas com cabelos crespos e cacheados, até pela praticidade de fazer, que envolve uma amarração simples com o elástico. Para dar uma diferenciada, é possível fazer 2 afro puff, um de cada lado, e ainda assim, fica bem fofo. Para as crianças pequenas que não gostam de ficar muito tempo paradas, essa é uma ótima opção.

Foto: Steve Granitz/WireImage

Trança rabo de cavalo

A trança rabo de cavalo é um penteado bem simples, que você pode utilizar o jumbo para aumentar a espessura e o comprimento. Combina com qualquer tipo de evento e ainda fica super elegante.

Foto: Henrique Falci

Coque com topete

O topete é uma ótima aposta para cabelos crespos! Uma das formas de usar é com um coque. Você divide o cabelo em duas partes, uma para o coque na parte de trás e a da frente com um topete, bem prático. E você ainda fica bem chique para ir ao trabalho e festas.

Foto: Matt Doyle

Não estamos só: precisamos nos lembrar dos povos negros da Colômbia

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Foto: Reprodução

Quando falamos sobre a América Latina de modo geral, sempre vêm à mente rostos brancos. No cenário artístico, celebridades como Maluma, Shakira, Bad Bunny, J Balvin e Karol G frequentemente aparecem como representações latinas, mas por que não lembramos dos nossos hermanos negros? Fora do Brasil, os afrodescendentes também existem e resistem, assim como nós, e precisam ser lembrados, como é o caso da Colômbia, o segundo maior país da América Latina com afrodescendentes, que vem lutando dia após dia contra o racismo.

Segundo o censo da Colômbia de 2018, os afro-colombianos representam 9,34% da população do país. São mais de 4 milhões de negros que querem e lutam pelos seus direitos, que há muito tempo foram negados.

Diferente do Brasil, a população negra não é dividida entre pretos e pardos. O governo colombiano decidiu identificar a população afrodescendente como comunidades negras, que são conjuntos de famílias de ascendência negra, com o objetivo de “revelar e preservar a consciência de uma identidade”, segundo o Art. 2º – Lei 70 de 1993. Os negros são divididos entre afro-colombianos, Raizal e Palenquera.

Raizal | Foto: Radio Nacional de Colombia
Palenquera | Foto: Getty Images

A cada dia que passa, os afro colombianos também vêm ocupando mais espaços importantes para a mudança de políticas públicas. Na última eleição, o país elegeu a primeira vice-presidente negra, Francia Márquez. “Em primeiro lugar, não pertenço a nenhuma minoria, não somos minoria. O que somos é uma maioria que foi excluída. […] As minorias são as 47 famílias que governaram neste país; mas nós, os excluídos, os empobrecidos e racializados, os violados que nunca tiveram seus direitos garantidos, somos a maioria neste país”, disse a vice-presidente em uma entrevista em 2022.

Vice-Presidente Francia Márquez

Em pouco tempo de mandato, Márquez e o presidente, Gustavo Petro, reconheceram a importância da luta por direitos. No final de 2022, o governo criou o Ministério da Igualdade e Equidade, que assim como o nosso Ministério Racial, tem como objetivo cria políticas públicas para diminuir a desigualdade racial. 

Eles também possuem sua própria data do Dia da Consciência Negra. No dia 21 de maio é celebrado o dia do afro-colombiano. Há também outros momentos e eventos para comemorar a cultura negra, como o Festival Petronio Álvarez, considerado um dos maiores festivais voltados para a cultura afro da América Latina. O evento acontece em Cali, considerada a segunda com a maior população afro no continente. 

Mas mesmo com celebrações e conquistas recentes, a população negra, assim como a indínega, foi uma das mais afetadas pela Guerra Civil que assombrou o território colombiano por diversos anos no século passado e continua deixando seus resquícios. Mortes, desempregos e segregação são problemas que continuam a fazer parte da vida da população colombiana, que aos poucos vai resistindo.

Por fatos históricos ou por a busca por direito ser a mesma nos dois países, os negros do Brasil e da Colômbia possuem suas semelhanças quando o assunto é resistência e cultura. Por isso, é importante lembrar que há povos que, assim como nós, lutam por dias melhores e pelo fim da desigualdade racial.

“A gente vai ter muitas mortes de civis nos próximos dias”, destaca Fatou Ndiaye ao analisar ataque do Hamas a Israel na manhã deste sábado

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Foto: Nasser Shiyoukhi/AP

Na manhã deste sábado, 7, o Hamas bombardeou Israel através de um ataque surpresa que o movimento islâmico diz se tratar de uma operação para retomada do território da Faixa de Gaza.

O ataque que deixou centenas de mortos e feridos foi considerado um dos maiores sofridos por Israel nos últimos anos. Na ocasião, foram lançados 5 mil foguetes que atingiram, principalmente, a região sul do país. Militares israelenses afirmam que integrantes do Hamas se infiltraram no país a partir da Faixa de Gaza.

A estudante Fatou Ndiaye explicou alguns pontos importantes sobre como a comunidade internacional tem se posicionado contra o conflito entre Judeus e Palestinos, que já dura mais de 30 anos. E como Israel rapidamente se manifestou contra a primeira grande ofensiva do grupo.

“Uma coisa que quero destacar é a velocidade da resposta israelense. E ela foi muito bem coordenada. Em menos de três horas teve Natanyahu [Primeiro-ministro de Israel], e teve o ministério da defesa declarando guerra à palestina e já teve uma mobilização das forças armadas muito grande”, explicou.

“É muito provável que a gente tenha um ataque completo à Faixa de Gaza. E a gente veja a Palestina caindo, principalmente em Gaza. E Israel ocupando o território”, continuou Fatou ao avaliar a resposta de Israel aos ataques do Hamas.

Ela ainda reforçou que apesar da ofensiva do Hamas estar mobilizando os palestinos e Israel estar disposto a contra-atacar o grupo, muitas mortes podem acontecer na região, considerando também o poder bélico de Israel e o apoio político internacional que o país recebe: “Mesmo que os ataques se direcionem ao Hamas, a gente vai ter muitas mortes de civis nos próximos dias”.

5 séries com mulheres negras em posição de liderança

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Foto: Reprodução.

É sempre uma experiência enriquecedora acompanhar obras com protagonistas negros, especialmente quando esses personagens estão inseridos em contextos de poder e influência. A visualização de personagens com os quais as pessoas podem se identificar é crucial para fomentar uma sensação de pertencimento e validação.

As séries protagonizadas por mulheres negras estão ganhando cada vez mais força no mercado do entretenimento. Elas não apenas oferecem uma representação mais diversificada na tela, mas também contam histórias fascinantes e complexas que ressoam com uma audiência ampla. 

Nessa lista, apresentamos 5 séries protagonizadas por mulheres negras poderosas.

1 How To Get Away With Murder

Onde assistir: Netflix

Em “How to Get Away with Murder” acompanhamos a vida de Annalise Keating, interpretada pela talentosa Viola Davis. Annalise é uma professora de direito brilhante e carismática que, ao lado de seus alunos, se envolve em casos jurídicos complexos e cheios de reviravoltas. Por trás de sua fachada impenetrável, Annalise carrega segredos profundos e uma complexidade intrigante, tornando-a uma das personagens mais fascinantes da televisão.

2 Scandal

Onde assistir: Disney+

Em “Scandal” acompanhamos a vida é Olivia Pope, interpretada por Kerry Washington. Olivia é uma brilhante e carismática consultora de crises em Washington, D.C. Ela é conhecida por sua habilidade excepcional em resolver problemas políticos e pessoais, mantendo segredos e manipulando as circunstâncias em seu benefício. Sua inteligência, determinação e capacidade de liderança a tornam uma figura icônica no mundo da política e das intrigas.

3 Tampa Bay à Venda

Onde assistir: Netflix

Tampa Bay à Venda é uma série baseada em uma agência totalmente feminina, com mulheres negras, prontas para te mostrar os melhores condomínios à beira-mar da costa leste dos Estados Unidos. São mulheres divertidas porém muito ambiciosas, competindo em um mercado em ascensão para chegar ao topo do mundo através da venda de imóveis de luxo.

4 The Morning Show

Onde assistir: Apple TV

“The Morning Show” é uma série de drama que oferece uma visão intrigante dos bastidores do mundo da televisão matinal nos Estados Unidos. Dentro do enredo somos apresentados à história de Mia Jordan, produtora do programa The Morning Show, interpretada pela atriz Karen Pittman. Respeitada por todos, Mia constrói uma carreira sólida no mercado do entretenimento. 

5 The Bear

Onde assistir: Star+

Em ‘The Bear’ somos apresentados à história de Carmy Berzatto (Jeremy Allen White), um chef de cozinha premiado que sai de Nova York para administrar um restaurante desorganizado e repleto de problemas em Chicago.  Sydney, Marcus e Ebraheim. A primeira, interpretada pela atriz Ayo Edebiri é um dos maiores acertos em toda produção. Descrita como uma jovem chef profissionalmente treinada, Sydney é contratada para liderar o restaurante The Beef e, rapidamente, demonstra  seus talentos culinários e administrativos, ao implementar mudanças significativas dentro do negócio. Ela conquista o respeito relutante dos outros chefs por estar certa na maior parte do tempo e acaba ensinando uma série de truques para os outros chefes.

Rebeca Andrade conquista bicampeonato e leva medalha de ouro no salto durante mundial de ginástica, na Antuérpia

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Fotos: Ricardo Bufolin/CBG

A ginasta Rebeca Andrade conquistou a medalha de ouro no salto durante o Mundial de Ginástica, realizado em Antuérpia, na Bélgica, na manhã deste sábado, 7.

“Esse ouro significa que nosso trabalho continua dando certo, tanto parte técnica como mental e física. Trabalho de todo mundo para eu conseguir controlar minha mente e meu corpo. Deu tudo certo”, celebrou.

Com a vitória, Rebeca chega ao bicampeonato na modalidade. A ginasta executou os dois saltos quase cravados e obteve uma média de 14,750 pontos.

A brasileira competiu com a norte-americana Simone Biles, que repetiu o elemento de maior pontuação na ginástica homologado no Mundial da Antuérpia, o Biles II, mas ela não conseguiu completar o movimento e caiu, ficando em segundo lugar. Biles ganhou medalha de prata ao obter um total de 14,549 pontos.

Já a sul-coreana, Yeo Seojeong levou o bronze ao conquistar 14,416 pontos.

Na tarde da última sexta-feira, 6, a brasileira ficou com a medalha de prata. Pela primeira vez na história do Mundial de Ginástica, o podium individual geral é formado 100% por mulheres negras. A norte-americana Simone Biles ficou com a medalha de ouro e Shilese Jones, que também compete pelos Estados Unidos, completou o trio com o bronze.

Casa Pretahub divulga atividades gratuitas com muita diversão e rodas de conversa no Mês das Crianças

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Foto: Freepik

Outubro Preta Erê: O olhar para a criança preta na sociedade!” O mês das crianças já começou, e a Casa Pretahub uma programação incrível que vai refletir sobre direitos da criança, educação antirracista e muita diversão. Localizada em São Paulo, toda a programação será gratuita, mediante a retirada de ingresso on-line no site Sympla (clique aqui).

Para iniciar as atividades de outubro, na segunda-feira (9), será realizada a “Roda de Conversa sobre Educação Antirracista“, voltada para pais, educadores, responsáveis e interessados em discutir a importância da educação antirracista. O fio condutor será a criança negra na escola: passado – presente – futuro, com a mediação da educadora Clélia Rosa.

Entre outras atividades propostas ao longo do mês, também haverá um bate-papo sobre brincadeiras infantis na formação do indivíduo, a lei nª 10.639 – que obriga a inclusão da temática História e Cultura Afro-Brasileira na grade curricular de ensino – e as Políticas Públicas, e sobre como empreender no universo infantil.

No último dia da programação, no sábado, 28 de outubro, o “Festival do Brincar: Gastronomia, Arte e Cultura!” vai entreter as crianças com diversas atividades, como contação de histórias, oficina de gastronomia com sorvete, oficina de circo e oficina de samba no pé.

Programação completa:

Dia 09, das 18h30 às 21h – Roda de Conversa sobre Educação Antirracista com Clélia Rosa

Dia 10, das 18h30 às 21h – Bate-Papo: Brincadeiras infantis na formação do indivíduo, com Fabiano Maranhão e Coletivo Espelho Meu

Dia 19, das 18h30 às 21h – Bate-papo: Lei nª 10.639 e as Políticas Públicas, com Daniel Bento Teixeira

Dia 27, das 18h30 às 21h – Bate-papo: Como Empreender no Universo Infantil, com Leandro Melquiades, cofundador da @eraumavezomundo, e Glauber Marques, fundador da Kioo Modas

Dia 28, das 13h às 18h – Festival do Brincar: Gastronomia, Arte e Cultura | Oficinas de gastronomia e de circo, dança e muitas brincadeiras

Toda a programação do Preta Erê é gratuita e será realizada presencialmente na Casa PretaHub – Avenida Nove de Julho, 50, Bela Vista, São Paulo.

Acesse agora mesmo nossa página no Sympla e retire o seu ingresso: https://www.sympla.com.br/produtor/casapretahub

Outubro Rosa: 35% mais mulheres negras que brancas nunca fizeram mamografia na vida, aponta estudo

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Foto: Freepik

Segundo o levantamento realizado pelo CEDRA (Centro de Estudos e Dados sobre Desigualdades Raciais), cerca de 35% mais mulheres negras que brancas, entre 50 a 69 anos, não realizaram nenhuma mamografia ao longo da vida. Apesar do Outubro Rosa ser um movimento internacional de conscientização para detecção precoce do câncer de mama, as desigualdades raciais também se refletem na realização do exame preventivo.

A intituição produziu uma análise exclusiva com dados disponíveis da área da Saúde por características de cor e raça, relacionados ao período de 2019. O estudo exclusivo aponta que 36,3% das mulheres negras acima de 18 anos não haviam realizado exame clínico de mama. Para as mulheres brancas essa taxa era 21,4%. Ao se comparar estas duas taxas, constata-se que 70% mais mulheres negras que brancas nunca fizeram exame clínico de mama.

Em relação à mamografia, entre as mulheres negras que tinham de 50 a 69 anos, no mesmo período, 27,7% não fizeram o exame. Entre as mulheres brancas, 20,5%, ou seja, cerca de 35% mais mulheres negras que brancas não realizaram nenhuma mamografia ao longo da vida.   

A partir de cruzamentos inéditos com bases estatísticas do DataSUS e do Ministério da Saúde, são confirmadas as desigualdades entre mulheres negras e brancas no que diz respeito aos exames preventivos para detecção do câncer de mama precocemente. 

“É necessário garantir que a população negra tenha acesso aos direitos humanitários, de forma acolhedora e livre de qualquer discriminação”, reflete Helio Santos, presidente do conselho deliberativo do CEDRA.

Cruzamento de informações

Para a nova rodada de dados no campo da Saúde, o CEDRA analisou as informações coletadas na Pesquisa Nacional de Saúde (2019), na Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PeNSE, 2019) e no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc, 2020). “Os dados permitem uma radiografia da situação de saúde da população negra brasileira, embora haja indícios que a pandemia da covid-19 tenha agravado essa situação e acentuado as desigualdades raciais em saúde. Estes dados evidenciam que o racismo sistêmico está também na saúde, assim como nos outros campos da vida brasileira”, afirma Helio.

5 livros infantis inspiradores para presentear no Dia das Crianças

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Foto: Reprodução

A literatura é um caminho por onde podemos conhecer e criar mundos com novas possibilidades, expressar nossos sentimentos e expandir nossa imaginação. Não importa em que fase da vida estamos, a leitura é uma eterna fonte de aprendizado que na infância se torna também uma companhia feliz. 

Neste Dia das Crianças, os livros podem ser um presente especial para os pequenos. Pensando nisso, selecionamos livros que trazem histórias divertidas e cheias de aprendizados para inspirar nossas crianças.

A Vida Não Me Assusta

“Na escola nova, um pesadelo. Meninos puxam meu cabelo (meninas imbatíveis de cabelos crespos incríveis). Eles não me assustam nada”

O livro da célebre escritora americana Maya Angelou que traz ilustrações de ninguém menos que o artista Jean-Michael Basquiat é um doce e lúdico poema com lições sobre encorajamento, que retrata os medos das crianças de maneira positiva, oferecendo recursos para que elas possam enfrentá-los.  ‘A Vida Não Me assusta’ foi publicado originalmente em 1993 e 25 anos depois foi republicado no Brasil pela primeira vez. 

A bailarina que pintava suas sapatilhas

Escrito pela bailarina brasileira Ingrid Silva, o livro A bailarina que pintava suas sapatilhas conta a história de Silva no balé, narrando trechos de sua infância no bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro, até sua experiência na Dance Theatre of Harlem, em Nova York, nos Estados Unidos, quando ela se tornou mundialmente conhecida. Com uma linguagem adaptada para crianças, a bailarina conta como enfrentou preconceitos acerca de sua raça e classe social e conseguiu seguir firme no sonho de se tornar uma bailarina, falando sobre o motivo de ter pintado suas sapatilhas: “As sapatilhas de balé foram criadas pensando apenas em pessoas de pele clara, por isso aquele tom rosinha. Para mim, tinha que ter o tom da minha pele. Assim, passei a pintar as sapatilhas de marrom, pois não encontrava um par dessa cor para comprar em lugar nenhum”. O livro também destaca o respeito à diversidade.

Luanda no mundo da ciência

O livro lançado durante a Bienal do Livro do Rio de Janeiro, no início de setembro, conta a história de Luanda, uma menina de 10 anos que precisa fazer uma redação para a escola sobre o que deseja ser quando crescer. Ela fica angustiada até a chegada de Carol, sua prima mais velha, que lhe apresenta o mundo das cientistas. A obra destaca de forma lúdica as histórias de cientistas negras do Rio de Janeiro. O livro é de autoria de Ana Lúcia Nunes de Sousa, professora do Nutes de Educação em Ciências e Saúde/UFRJ.

A luta de Denis

Escrito pelo jornalista Manoel Soares e ilustrado por Paulo Daniel, “A luta de Denis” conta a história do menino que e sua mãe, Dona Alice, que moram na comunidade da Vila Zala. Sentindo-se deslocado entre os outros meninos, ele acaba fazendo algo que se torna um divisor de águas em sua vida. Agora, o jovem precisa tomar uma decisão, e essa não será uma tarefa fácil.  “Denis é como meus familiares da Bahia me conhecem, e aproveitei para neste livro fazer essa homenagem carinhosa. O livro é inspirado em uma experiência que vivi na infância, mas que serve de parâmetro para muitas crianças de periferia. Quando surgem nossos primeiros conflitos éticos e de formação podemos ajudar essa geração em um caminho de reflexão e construção do tipo de adulto que irá se tornar“, explicou Manoel. 

Bucala: a pequena princesa do Quilombo do Cabula

Bucala: a pequena princesa do Quilombo do Cabula” conta a história de uma linda princesa quilombola que tem o cabelo crespo em formato de coroa de rainha. Ela possui poderes que protegem o quilombo. Bucala voa no pássaro-preto, cavalga na onça suçuarana, mergulha no reino da rainha das águas doces e aprende toda a sabedoria dos reinos africanos com o sábio ancião Bem-preto-de-barbicha-bem-branca.​ O livro é escrito pelo soteropolitano Davi Nunes, que também é poeta e roteirista. 

“Eu quero que quem arrume meu cabelo seja meu pai”, Lázaro Ramos e seu amor pelo crespo da Maria Antonia 

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Lázaro Ramos e Maria Antonia. Foto: Reprodução / Instagram.

“Ela queria se ver bonita assim no vídeo, ela falava muito assim, ‘eu quero ficar com meu cabelo solto’. Foi um desejo dela, que eu acho que expressa um pouco uma maneira, claro, da gente criar, mas é um pouco o que a geração dela recebe como legado”. O ator, diretor e escritor Lázaro Ramos falou durante um evento em São Paulo, sobre a sua primeira experiência em frente às telas com sua filha Maria Antônia ( fruto do seu relacionamento com a atriz Taís Araújo). Não é surpresa para quem acompanha Lazinho, que o afeto é o grande protagonista em tudo que ele se envolve.
Maria Antônia ama seus cabelos soltos pois é filha de um casal com grande consciência racial. A nova embalagem do “Seda Juntinhos”, também reforça esse novo olhar ao apresentar seus produtos, o cabelo da princesa Tiana ( protagonista de A princesa e o sapo – 2009)  solto e volumoso, ao invés do coque tradicional das princesas da Disney.

No vídeo de Lazinho e sua filha que emocionou o Brasil, vemos a naturalidade com que o ator toca e até cheira o cabelo da sua herdeira em um gesto que valoriza um cabelo que nem sempre foi celebrado. “Nós temos o desejo de ver nossa beleza, nossos traços reconhecidos. E eu acho que essa campanha, ela traz também um outro passo, que é falar sobre as texturas, as diferenças das texturas”, diz Lazinho que assim como sua filha tem um cabelo bem crespo, na textura conhecida como 4C.

Quando falamos de beleza das crianças, a relação das meninas com seus pais é muito especial e a recíproca é verdadeira. Lazinho fala sobre como cuidar do João Vicente foi diferente do cuidar da Maria Antonia.

“Com o João Vicente, eu sempre tive presente em todos os cuidados. Curiosamente, quando Maria nasceu, eu recuei. Eu não sabia porque, não sabia se eu estava com medo, eu não sabia se eu sentia medo do cuidado com a higiene não ser o mais perfeito, eu não sabia se eu ia saber fazer o penteado dela , mas ela foi me convocando. Eu fui relaxando e ela foi me convocando”, explica o ator que se surpreendeu quando sua filha queria que ele, e não Tais, arrumasse seu crespinho.

“Era muito engraçado que tinha dias que ela falava assim, ‘eu quero que quem arrume meu cabelo seja meu pai’. E aí eu fazia uns penteados, umas coisas e ela falava, ‘ai papai, está lindo, o que vale é a atenção’ ( o ator conta em risos). E ela foi me conduzindo. E muito por esse afeto”.

E exaltação ao crespo da filha virou até trecho de um dos seus livros infantis. “Eu escrevi o ‘Caderno Sem Rima da Maria’, que tem um poema que fala sobre o cabelo dela com um verbete que a gente criou chamado ‘denguindacho’, que é fazer dengo nos cachos. Até virou música e tudo. Mas assim, eu acho que essa relação do afeto e da proximidade só me engrandece como ser humano e cria uma coisa muito bonita. O que me emociona nesse vídeo é porque, sim, tem uma câmera filmando, mas antes de tudo, tem a real dinâmica que a gente vive em casa”, explica o ator que acrescenta. “Eu acho que esse negócio de ser pai presente é meio errado, porque ser pai é ser presente, não tem que acrescentar nada”. 

Esse é um conteúdo pago por meio de uma parceria entre SEDA e site Mundo Negro.

Pela 1ª vez na história, as três melhores ginastas do mundo são negras: Simone Biles, Rebeca Andrade e Shilese Jones

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Foto: Foto: Ricardo Bufolin/CBG.

Pela primeira vez na história do Mundial de Ginástica, o podium individual geral é formado 100% por mulheres negras. Nesta sexta-feira, no Mundial da Antuérpia, Simone Biles ficou com a medalha de ouro, enquanto a brasileira Rebeca Andrade faturou a medalha de prata. A norte-americana Shilese Jones completou com trio com o bronze.

Foto: Ricardo Bufolin/CBG.

Rebeca Andrade deu um verdadeiro show. Ela somou 56,766 pontos, superando o duelo com Shilese. A americana, vice-campeã no ano passado, acabou com o bronze somando 56,332 pontos.

Isoladamente, Simone Biles também fez história. Ela conquistou sua 21ª medalha de ouro no mundial de ginástica, se tornando a ginasta feminina ou masculina mais condecorada de todos os tempos.

Foto: Getty Images

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