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Alvo de ataques racistas após discussão com Messi, jogador Rodrygo se manifesta nas redes sociais: “Os racistas estão sempre de plantão”

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Foto: Reprodução/CBF

O futebol tem ficado cada vez mais em segundo plano nos últimos dias como consequência dos ataques racistas sofridos por jogadores e torcedores negros, em especial, brasileiros. Desta vez, o meia-atacante Rodrygo Góes foi o alvo de ofensas racistas em suas redes sociais depois de ter discutido com o argentino Lionel Messi na partida entre Brasil e Argentina que aconteceu no Rio de Janeiro na última terça, 21. Em uma publicação feita no X no final da tarde de ontem, 23, o brasileiro se manifestou contra os ataques que vem sofrendo: “Os racistas estão sempre de plantão”.

No texto publicado por Rodrygo, o jogador denuncia os ataques que vem recebendo em suas redes sociais, dizendo: “Os racistas estão sempre de plantão. Minhas redes sociais foram invadidas com ofensas e todo tipo de absurdo. Está aí pra todo mundo ver!”. No texto, ele também evidencia a postura racista adotada por torcedores quando são contrariados: “Se não fazemos o que eles querem, se não nos comportamos como eles acham que devemos, se vestimos algo que os incomoda, se não baixamos a cabeça quando somos atacados, se ocupamos espaços que eles acham que são só deles, os racistas entram em ação com o seu comportamento criminoso”, continua. Ao final do texto, o jogador do Real Madrid ressalta: “Azar o deles. Nós não vamos parar!”.

Pouco antes do início da partida entre Brasil e Argentina, pelas Eliminatórias da Copa 2024, que aconteceu na terça-feira, 21, no Rio de Janeiro, Rodrygo teve uma discussão com o argentino Lionel Messi e com Rodrigo de Paul. Após o fim do jogo, o bate-boca foi transmitido por uma TV argentina e então, fãs de Messi foram até as redes sociais do jogador brasileiro atacá-lo com mensagens de cunho racista.

Messi não se manifestou contra os ataques sofridos por Rodrygo.

O jogo de terça foi marcado por cenas de violência e teve uma torcedora argentina detida em flagrante sob a acusação de racismo. Durante a partida entre Brasil e Argentina, que aconteceu no Rio de Janeiro, uma torcedora do país vizinho foi presa em flagrante por suspeita de racismo contra uma funcionária que trabalha para uma empresa que presta serviço para o Maracanã.

De acordo com testemunhas, a torcedora argentina, chamada Maria Belem Mateucci, chamou a vítima de “pedaço de macaco”. Presa em flagrante, a acusada foi conduzida para o Juizado Especial Criminal (Jecrim) do estádio e teve a prisão preventiva decretada.

Destaque da Flip 2023, Conceição Evaristo lançará o livro “Macabéa, Flor de Mulungu”

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Foto: Glamour

A 21ª edição da Flip (Festa Literária Internacional de Paraty) começou na quarta-feira (22) e já conta com muitas mesas literárias, performances artísticas, shows, exibições de cinema, entre outras atrações, na cidade fluminense. O evento acontece até domingo (26) e diversos convidados negros estão previstos na programação.

Conceição Evaristo, a escritora mais aguardada do evento, estará presente no final de semana. Sábado (25) ela participa de um bate-papo com o editor Vagner Amaro e a jornalista Renata Ferreira, na Casa Estante Virtual, em parceria com a Editora Malê.

No domingo, será o grande lançamento do livro “Macabéa, Flor de Mulungu”, sua releitura de “A Hora da Estrela”, de Clarice Lispector, com direito a sessão de autógrafos. A designer Raquel Matsushita, a ilustradora Luciana Nabuco e a poeta Natasha Felix participam da mesa falando sobre as suas Macabéas, sobre o livro e sobre suas participações nesta releitura de Clarice Lispector, na Encruza Literária no Boteco Damião, às 10h.

Entre outros destaques da programação, nesta sexta-feira, será o encontro sobre as crônicas negras de Ruth Guimarães, com Junia Botelho, filha da escritora e organizadora de sua obra, e a escritora Juliana Borges, às 10h, na Casa Folha.

Já no sábado, na Casa da Cultura de Paraty, na Mesa 13, os autores Luiz Mauricio Azevedo, Eliana Alves Cruz e Ana Paula Pacheco, abordarão como se reinventam como autores para formar e usar a potência da literatura para libertar sujeitos da herança do mundo patriarcal e colonial.

Veja a programação completa aqui: https://www.flip.org.br/programacao-flip-2023/


Fórum Inclusão em Foco: Semayat Oliveira e Clara Moneke participam de evento gratuito promovido pelo McDonald’s

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Fotos: Divulgação.

Apontar os problemas, mas também discutir as soluções é uma ação fundamental para uma sociedade mais diversa e inclusiva. Na próxima segunda-feira, 27/11, a Arcos Dorados, a operadora da rede McDonald’s em 20 países da América Latina e Caribe, realizará a segunda edição do Fórum Inclusão em Foco. O evento reúne especialistas, executivos e influenciadores para discutir diversos aspectos relacionados à empregabilidade de profissionais negros e com deficiência. O debate abordará vivências, comportamentos sociais, geração de oportunidades e capacitação proporcionada pelas empresas, com foco no combate ao capacitismo e ao racismo.

O evento, que é gratuito e aberto à sociedade, acontecerá no Teatro Claro, em São Paulo, das 9h às 16h, na próxima segunda-feira. As inscrições podem ser feitas através deste link (CLIQUE AQUI).

Entre os participantes confirmados, destacam-se profissionais do mercado de trabalho ligados à Diversidade e Inclusão, como Leandro Corrêa e Fábio Sant’Anna da Arcos Dorados, Nico Nascimento e Carolina Ignarra da Talento Incluir. Também marcarão presença especialistas e jornalistas, como Silvia Nascimento (fundadora do Mundo Negro), Semayat Oliveira e Ana Helena Passos. O evento contará ainda com a participação de influenciadoras e atrizes, incluindo Pequena Lo, Fernanda Honorato, Luana Xavier e Clara Moneke, que compartilharão suas trajetórias e o uso das plataformas para reforçar o combate ao capacitismo e ao racismo.

Essa iniciativa da Arcos Dorados, reconhecida como uma das maiores geradoras de primeiro emprego formal para jovens, reflete seu compromisso com a diversidade, inclusão e geração de oportunidades para todas as pessoas, indo além dos limites da companhia. O Fórum Inclusão em Foco é parte da Receita do Futuro, a estratégia de atuação socioambiental da Arcos Dorados, que se compromete a ser uma parte ativa na solução dos desafios da sociedade e a impactar positivamente as comunidades onde está presente.

Serviço

2º Fórum Inclusão em Foco

Data: 27 de novembro de 2023

Horário: das 9h às 16h

Endereço: Teatro Claro – Rua Olimpíadas, 360, Shopping Vila Olímpia São Paulo – SP

Totalmente gratuito e aberto a todas as pessoas

Programação geral:

9h – Credenciamento/Welcome Coffee

9h45 – Abertura oficial – Mariana Scalzo, Ricardo Guedes e Rogério Barreira (Arcos Dorados)

9h50 – Painel 1 – Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho e Oportunidades

10h50 – Painel 2 – Pessoas Negras no Mercado de Trabalho e Oportunidades

11h50 – Talk Especial – Carola Videira – Fundadora @turmadojilo

12h10 – Pausa para Brunch – servido no local

14h20 – Painel 3 – A luta contra o capacitismo e o preconceito

15h10 – Painel 4 – A luta contra o racismo estrutural no Brasil

16h – Encerramento

Ícone do samba, Vilma Nascimento, de 85 anos, diz que foi vítima de racismo em loja no aeroporto de Brasília: “situação humilhante”

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Foto: Reprodução / Redes Sociais

Nesta quinta-feira (23), um dos grandes nomes da cultura negra do Brasil, porta-bandeira e baluarte da Escola de Samba Portela, Vilma Nascimento, relatou que foi vítima de racismo na loja Duty Free, dentro do aeroporto de Brasília. Aos 85 anos, ela voltava de uma cerimônia realizada na capital do país, no Congresso Nacional, local em que foi homenageada pelo seu impacto cultural.

A abordagem foi relatada pela filha de Vilma, Danielle Nascimento, que classificou o episódio como ‘humilhante’. “Eu e minha mãe passamos por uma situação humilhante, que não deveria existir mais no Brasil ou em qualquer outro lugar do mundo. Eu fui comprar chocolates para meu marido e meu filho no Duty Free do Aeroporto de Brasília depois da minha mãe, Vilma Nascimento, ter sido homenageada no dia da Consciência Negra“, relatou Danielle. “Comprei os chocolates, paguei e quando estávamos passando novamente pela porta da loja a fiscal Daniela me abordou dizendo que eu peguei produto da loja sem pagar e pediu para acompanhá-la. No meio do caminho ela recebeu informação pelo rádio de que era para revistar a bolsa da minha mãe”.

Danielle continuou com o relato, revelando todo o constrangimento e revolta. Ela conta que pediu para chamar a polícia, mas não teve resposta. “Minha mãe ficou surpresa, revoltada e envergonhada pq a revista ainda foi no meio da loja na frente de clientes e outras pessoas. Foi muito constrangedor. Revoltante. Eu fazia perguntas, a fiscal não respondia, pedia para chamar a polícia, polícia não apareceu. Tivemos que ir embora para não perder o nosso embarque, que quase perdermos… corri chorando até o portão 43 da Latam na frente da minha mãe que foi em seguida, devagar por que além de 85 anos de idade, ainda tinha levado um tombo nas vésperas da viagem. Entrei no avião lotado aos prantos, com todos me olhando. Foi uma humilhação que nem eu, nem a minha mãe imaginávamos passar nessa vida. Estamos tristes e traumatizadas até agora. Foi um absurdo. Cheguei a perguntar se ela estava fazendo isso conosco por causa da nossa cor”.

“Não preciso provar nada a ninguém”, diz Beyoncé em novo trailer do filme ‘RENAISSANCE’

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Beyoncé liberou nesta tarde de quinta-feira (23) um novo trailer do filme ‘RENAISSANCE’, que estreia mundialmente no próximo dia 1 de dezembro. No Brasil, o filme tem estreia marcada para 21 de dezembro. Nas novas imagens, a Queen B relata um pouco mais sobre sua jornada de liberdade e construção da turnê recordista de vendas.

“Tempo é o meu maior obstáculo”, diz ela no registro. “É impossível não perceber o quão rápido está sendo quando você olha nos olhos de seus filhos. Eu acho que todos os meus heróis e tudo que eles passaram. Acho que todos os meus problemas e sacrifícios estão abrindo portas para a nova geração. Eles são o novo começo. Não tenho nada a provar para ninguém nesse ponto. Estamos criando nosso próprio mundo. Esse é o meu prêmio e ninguém pode tirar ele de mim”.

Chamado de ‘RENAISSANCE: A FILM BY BEYONCÉ‘, o novo filme enfatiza a jornada da RENAISSANCE WORLD TOUR – uma turnê de concertos mundiais que quebrou recordes, com 56 shows, em 39 cidades e 12 países – desde o seu início até o primeiro show em Estocolmo, Suécia, até o grandioso final em Kansas City, Missouri. “Trata-se da intenção de Beyoncé, seu árduo trabalho, envolvimento em todos os aspectos da produção, sua mente criativa e propósito de criar seu legado e aprimorar sua arte”, diz a sinopse.

Recebido com aclamação extraordinária tanto pela mídia internacional quanto pela dos EUA, a performance excepcional de Beyoncé durante a RENAISSANCE WORLD TOUR criou um santuário para a liberdade, aceitação e alegria compartilhada. Sua produção maximalista atraiu mais de 2,7 milhões de fãs de todo o mundo, que atravessaram oceanos para desfrutar do Club RENAISSANCE.

Ludmilla revela que foi chamada de ‘macaca’ por Thiago Gagliasso: “um dos piores racismos que já sofri”

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Foto: Reprodução / Redes Sociais.

Em uma sequência de stories divulgados no Instagram nesta quinta-feira (23), Ludmilla compartilhou a notícia de que foi escolhida para receber a Medalha Tiradentes, uma honraria concedida pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. Nos vídeos, a artista expressou sua gratidão, mas também desabafou sobre um episódio racista que sofreu por parte do ator e Deputado Estadual do Rio de Janeiro, Thiago Gagliasso. Apesar de não citar de forma direta o nome do parlamentar, a cantora se refere a ele citando o vídeo publicado pelo deputado nas redes.

A cantora cantou que, durante uma festa, foi chamada de ‘macaca’ por Gagliasso. “A gente estava na casa de uma das pessoas mais famosas desse país. Eu estava acompanhada de um cara e daí ele [Thiago] conhecia esse cara. Ele chegou simplesmente na nossa frente e disse: ‘Mano tanta mina gata aqui na festa e você está com essa macaca?’. Assim, aí a gente olhou pra cara dele e começou a discutir“, desabafou Ludmilla.

“Na hora já veio já um monte de gente falando assim: ‘Não gente, mas é que ele é assim mesmo e tal’, ‘Calma, ele ele às vezes passa dos limites’. Aí eu falei: ‘Mano não não tem calma’. Essa situação não tem calma. E eu estava meio que sozinha. Só estava com esse com esse cara. E ele me defendeu também. A gente acabou indo embora do evento. Eu não estava com os meus amigos. Eu não estava com a minha família e tal. Então eu fiquei muito mal“, disse a cantora em outra parte do vídeo. “Eu fiquei muito fiquei muito mal e esse foi um dos piores racismos que eu já na minha vida, quem é mulher preta sabe do que eu estou falando. Eu nunca esqueci aquilo”.

O relato de Ludmilla acontece após Thiago Gagliasso votar contra a Medalha Tiradentes dedicada à cantora. “Hoje, especificamente, a uma pessoa eu preciso responder. Por que ele foi capaz de fazer um vídeo falando que ele vetou a minha medalha, não era porque ele é racista, mas sim por causa da música ‘Verdinha’. Não, gente, é porque ele é racista. E racista barra pesada”.

Chef Lucas Abreu irá servir a sua tradicional feijoada na Casa Crespa, quilombo urbano de São Paulo

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Foto: Divulgação

Texto: Monique Prado

Sabe aquela memória nostálgica de vó, em que as nossas mais velhas mantinham reunidas as famílias em volta da mesa numa tarde de domingo com conversas atravessadas e música brasileira tocando de fundo? Esse é o cenário perfeito para o chef Lucas Abreu, cria de Guadalupe, Zona Norte do Rio de Janeiro.

Atualmente ele está na Casa Crespa, conhecida como quilombo urbano em São Paulo, para participar da Residência Gastronômica, levando a gastronomia Afrodiaspórica e Caipira para mesa. No próximo domingo, 26 de novembro, a partir das 13h, o chef Lucas servirá a sua tradicional feijoada completa e vegana. (Clique aqui para comprar os ingressos)

Para o cozinheiro observar de perto os seus avós cozinhar foi decisivo para sua escolha profissional. “Enquanto homem negro, periférico, Chef de cozinha e pesquisador de culturas alimentares, tenho sido influenciado pela cultura caipira e afrodiaspórica, honrando principalmente a alimentação do nosso povo”.

Foto: Divulgação

Lucas carrega o legado de ser o primeiro chef negro a chefiar um restaurante na cidade São João Del Rei, no Restaurante e Bar Cura, onde instalou uma cozinha orientada a alimentação afrodiaspórica priorizando a contratação de cozinheiras pretas. “Enquanto pesquisador da comida caipira e afrodiaspórica, tenho como principal objetivo colocar na mesa as influências alimentares que estão vivas na minha trajetória”.

O chef acredita em uma gastronomia afetiva, nutritiva e sem desperdícios. Para ele, a alimentação afrodiaspórica remete à experiências sensoriais, às memórias e às histórias narradas pelas pessoas mais velhas que abriram caminhos para que o Chef acesse diferentes territórios, cheiros, aromas, paladares, texturas e sabores e técnicas criados por pessoas negras, as quais absorveu em sua prática gastronômica.

O jovem cozinheiro reforça: “Minha cozinha é afetiva, ancestral e contemporânea. Afetiva porque remete às memórias da minha criação. Ancestral porque honra os meus mais velhos, além dos agricultores que fui encontrando pelo caminho. Contemporânea porque dialoga com técnicas e preparos modernos, respeitando as bases da cozinha caipira do prato”.

Foto: Divulgação

Serviço:

Residência Gastronômica com Chef Lucas Abreu

Endereço: R Catulo da Paixão Cearense, 216 – próximo do Metrô Saúde (Linha Azul)

Ingressos: a partir de R$ 30 (Clique aqui)

Cortejo marca inauguração da Casa de Gana em Salvador; Espaço quer promover intercâmbio cultural entre Brasil e o país africano

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Foto: Jefferson Peixoto/Secom

A realização do Cortejo Durbar marcou a inauguração da Casa de Gana, no dia 20 de novembro, em Salvador. O local foi criado por uma iniciativa da Embaixada de Gana no Brasil, em parceria com a prefeitura, através da Secretaria de Cultura da cidade. O local busca fortalecer e criar novos laços de intercâmbio cultural entre África-Bahia, desmistificando estereótipos e apresentando histórias e tradições desconhecidas Gana.

Durante o evento foi realizada a apresentação da Fontomfrom de Shebre, uma dança africana que dá as boas-vindas a chefes e autoridades. Além disso, cerca de 30 artistas de Gana e 20 lideranças acompanharam o cortejo que passou pelas ruas do Pelourinho, onde a casa está instalada, e contou com a presença da embaixadora de Gana no Brasil, Abena Busia.

Com uma programação que vai até sexta-feira, 24, das 10h às 22h, os eventos realizados na casa são gratuitos e incluem música, dança, literatura, culinária, artesanato e debates, como o show da cantora Wiyaala, conhecida como A Jovem Leoa Africana, que acontece na noite desta quinta e a apresentação do DJ Sankofa, programado para sexta-feira, 24.

O projeto, instalado em Salvador no contexto da Salvador Capital Afro, tem curadoria do estilista Luiz Delaja, nascido no Brasil e educado na África Central e Ocidental. “Como criativo, procuro dar novos significados e usos ao que é considerado artesanal, de África, e elevá-lo a uma interpretação contemporânea, da decoração à comida. Todos os sentidos devem ser estimulados; portanto, cada pessoa leva consigo alguma experiência e percepção única e/ou diferente do evento.”, contou ele.

A casa tem programação temporária, mas o objetivo é que o projeto seja um centro cultural fixo no Pelourinho. “Além de eventos, os planos incluem um restaurante, bem como diversos cursos sobre temas e fazeres ganenses. A expectativa é de que também sirva como ponto de referência para os ganeses que viajam pelo Brasil, não apenas como um sentimento de orgulho, mas como um sentimento de conexão com nossos antepassados que caminharam, trabalharam e viveram seus dias em Salvador”, afirmou Delaja.

Confira as fotos do cortejo

Elenco celebra a fortaleza das mulheres pretas em ‘Ó, Paí Ó 2′; filme estreia hoje nos cinemas

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Foto: Divulgação

Hoje, 23 de novembro, é o dia da grande estreia de ‘Ó, Paí Ó 2, nos cinemas brasileiros, estrelado por Lázaro Ramos. Mais de 15 anos após o lançamento do primeiro filme, o público agora poderá reviver os personagens super queridos do Brasil. Nesta sequência, com muita nostalgia e evolução com os personagens, o empoderamento negro feminino se faz muito presente, além do orgulho LGBTQIAPN+ e a sensiblidade ao se referenciar às religiões de matriz africana, refletem os atores do Bando de Teatro Olodum, em entrevista com o Mundo Negro.

“Um filme que é dirigido por uma mulher e com uma equipe feminina, mulheres pretas, em sua grande maioria, então, já começa por aí essa dinâmica do empoderamento, do fortalecimento feminino preto”, diz Valdinéia Soriano (Maria). “Acho que Maria dá uma repaginada. Diante desses 15 anos, agora ela não está grávida, agora tem dois filhos adolescentes. Ela é um fortalecimento diante de tudo, até porque o Reginaldo (Érico Brás) que a gente conhece mudou pouco e sempre recorre à Maria para tomar decisão final, então ela volta mais fortalecida. Foi uma coisa que a gente discutiu muito, como rever essas mulheres todas, hoje dentro do Pelourinho?”, completa.

Para Jorge Washington (Matias), as personagens do filme refletem em como são as próprias mulheres do Bando de Teatro Olodum. “As mulheres conquistaram esse empoderamento, esse lugar de destaque. O Bando sempre foi uma companhia de teatro que o poder feminino ele se sobrepõe a todos os poderes. As mulheres do Bando sempre foram muito fortes e ele aparece nesse filme com muita força por essa junção de tudo que está sendo posto pela sociedade hoje em dia”.

Bastidores de ‘Ó, Paí Ó 2’ (Foto: Joshu Santos)

Cássia Valle (Mãe Raimunda), fala sobre a evolução espiritual da personagem no filme. “Nós somos representantes de uma classe, não é só de uma vidente ou uma baiana do acarajé. Aquela Raimunda de 15 anos atrás meio que negava esses poderes especiais que ela poderia ter. E agora ela passa a entender e não negar mais, [mas também] estamos falando ali de sustentabilidade. E em Salvador, a gente tem muitas famílias que criam seus filhos pelas suas vidências, são cartomantes, tem a sua religião. E a gente quer mostrar que agora, 15 anos depois, tem um outro olhar, um olhar muito mais respeitoso com as questões religiosas”, conta empolgada.

Com o fim trágico do primeiro filme, Luciana Souza mergulha em cenas comoventes com a personagem Joana que luta para superar a morte de seus filhos. “Eu acho que a Joana agora fez uma curva diferente, até para poder tirar um pouco dessa carga dramática que fica impregnada. Eu ouço muitas pessoas dizer ‘aquela cena final do Ó, Paí Ó, como dói o coração’, e dói a mim também. Quando eu tenho a oportunidade de assistir novamente, eu até saio naquele momento. Ela entra numa depressão, que é pesado, mas eu acho que essa continuidade deu uma certa aliviada para ela. Acho que para frente a gente possibilita também ter outros desdobramentos, porque a gente sabe que a vida finda para alguns, mas a vida tem continuidade em outro lugar e com outras pessoas, então eu acho que ela aponta também para esse caminho”, diz a atriz.

Em uma das cenas marcantes de ‘Ó, Paí Ó’, o filme também garantiu uma homenagem à atriz Auristela Sá, que faleceu em 2013, em decorrência de um câncer. Ela interpretou a Carmem, irmã de Psilene, interpretada por Dira Paes.

Auristela Sá, Dira Paes e Tânia Toko no primeiro filme (Foto: Divulgação)

“Para mim, foi uma homenagem cinematográfica, à altura da Auristela. Foi linda e verdadeira. A gente teve a oportunidade de fazer duas vezes uma homenagem para ela e eu acho que isso engrandece a memória de uma atriz, de uma pessoa que vai ficar gravada para sempre. Auristela ficou para sempre. E eu acho que isso é um mérito do Bando [de Teatro Olodum] de ter a força de continuar unido, apesar das perdas ao longo do caminho. E eu acho que a Auristela também proporcionou para a gente esse momento de reflexão dentro da ficção misturada com a realidade desse documento”, diz Dira Paes. 

Ex-atriz do Bando, Tânia Tôko (Neuzão), lamentou o falecimento de Auristela. “Eu acho que é um momento muito importante para o grupo ao se deparar pela primeira vez que alguém do grupo nos deixou. Ela era uma fortaleza muito grande, porque, além de ser atriz, ela também conduzia com Valdinéia, com Jorge, com Cássia, com o grupo, enquanto produtora. Então, acredito que essa relação que ela conseguiu estabelecer com o grupo, em relação à amizade de trabalho, foi uma relação que, certamente, é uma grande falta”. E completa: “essa virada de ciclo não deixa de ser positiva também, enquanto a autonomia que o Bando cria, ao se perceber que a gente tem que continuar”.

Ó, Paí Ó 2’ estreou oficialmente hoje, mas já é um sucesso. Com pré-estreias pagas no último final de semana em Salvador, o filme ficou em primeiro lugar nos cinemas da capital baiana. Apenas no sábado e domingo, levou teve mais de 10 mil espectadores e arrecadou R$222 mil.

Atriz Duda Santos fará papel de Maria Santa, a ‘Santinha’, na novela ‘Renascer’

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Foto: Globo/Fábio Rocha

Prevista para estrear em janeiro deste ano, o remake da novela ‘Renascer’ terá entre os personagens principais a atriz Duda Santos, 22, que vai interpretar a personagem Maria Santa, também conhecida como Santinha na primeira fase do folhetim e que foi interpretada por Patrícia França na primeira versão que foi transmitida em 1993. Duda deu vida à Isa, na novela Travessia, que teve seu último capítulo transmitido em maio deste ano.

“É de muito alegria contar a história de Maria Santa. Tenho sido feliz nesse trabalho como nunca fui antes. Aprendizados e relações pra toda vida. Eu estava esperando por Maria Santa”, contou a atriz, que chegou a fazer cinco testes, sozinha e com outros atores, para então ser escalada para o papel. “Fiz com a gigantesca Belize Pombal que dará vida à Quitéria, minha mãe, e fiz também com o Humberto Carrão, meu grande amigo e grande ator”, revelou.

José Inocêncio e Maria Santa ‘Santinha’, vividos por Humberto Carrão e Duda Santos – Foto: Globo/Fábio Rocha

Duda Santos fará par romântico com o personagem do ator Humberto Carrão, que interpretará José Inocêncio também na primeira fase da novela. “Estamos fazendo um trabalho com muito amor e dedicação. Muita gente legal e dedicada pra reescrever essa história”, contou ela em entrevista para o Gshow.

A atriz de 22 anos teve que assistir ao remake de Renascer no streaming, já que não era nascida quando a primeira versão foi ao ar: “Assisti a primeira versão. Uma novela linda e cheia de amor. Confesso que não conseguia parar de assistir”, disse.

Em maio deste ano, Duda se despediu de sua personagem Isa, da novela Travessia, que também foi ao ar no horário das 21h. Sua personagem era filha da advogada Laís (Indira Nascimento) e do professor Monteiro (Ailton Graça).

Na novela Renascer, Maria Santa, também conhecida como Santinha é filha de Quitéria (Belize Pombal) e de Venâncio (Fabio Lago), um homem conservador que mantêm um cuidado excessivo sobre a filha. Um dia, quando a jovem sai de casa, sem autorização, para acompanhar a tradicional festa do Bumba Meu Boi, conhece José Inocêncio, por quem se apaixona.

A jovem é abandonada pelos pais por acreditar estar grávida do Coronel e a acusam de estar vivendo em pecado. Ela acaba sendo acolhida por Jacutinga (Juliana Paes), que fará o parto dos quatro filhos que a moça terá, vividos por: José Augusto (Renan Monteiro), José Bento (Marcello Melo Jr), José Venâncio (Rodrigo Simas) e de João Pedro (Juan Paiva).

Santinha morre depois de dar a luz ao filho caçula.

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