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‘Tiana’: Continuação de ‘A Princesa e o Sapo’, série animada da Disney será escrita e dirigida por uma mulher negra

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Fotos: Divulgação.

‘Tiana’, a nova série animada da Disney, será escrita e dirigida por uma profissional negra. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (9) pela revista Variety. Joyce Sherri foi contratada como roteirista e diretora principal da obra, que está prevista para chegar na Disney+ no ano que vem.

O trabalho mais recente de Sherri como roteirista de televisão ocorreu na minissérie de terror da Netflix, ‘Midnight Mass’, dirigida por Mike Flanagan. A sinopse oficial de ‘Tiana’ informa que a série seguirá a personagem principal enquanto ela “parte para uma grande nova aventura como a recém-coroada Princesa da Maldônia”.

O projeto musical foi inicialmente anunciado em 2020, durante um evento para investidores da Disney. Originalmente, a série foi concebida como uma continuação do filme de animação de 2009, ‘A Princesa e o Sapo’, que trouxe a personagem Tiana à vida. Anika Noni Rose reprisará seu papel como a voz de Tiana. Embora a série estivesse originalmente programada para estrear em 2023, sua data de lançamento agora foi adiada para 2024.

Com protagonismo negro, o filme ‘A Princesa e o Sapo’ foi elogiado por sua representação diversificada, trilha sonora marcante e personagens carismáticos. A mensagem central do filme era sobre a importância de seguir seus sonhos e nunca desistir.

IZA e Ludmilla são as cantoras negras mais indicadas ao Prêmio Multishow 2023

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Fotos: Divulgação ; Ygor Marques.

O Prêmio Multishow anunciou nesta segunda-feira (9) os indicados à edição 2023 da premiação. Dentre destaques, a cantora IZA lidera indicações ao troféu, com 7 nomeações, seguida por Ludmilla, que recebeu 6 nomeações. As duas artistas competem aos títulos de ‘Voz do Ano’, além de ‘Artista do Ano’. Nomes como Léo Santana, Kevin O Chris, Djonga, Matuê, Xande de Pilares e Elza Soares também foram indicados.

Hit do Ano:

  • “Zona de perigo”, de Leo Santana
  • “Posturado e calmo”, de Leo Santana
  • “Chico”, Luísa Sonza
  • “Erro gostoso”, de Simone Mendes
  • “Nosso quatro”, de Ana Castela
  • “Tá Ok”, de Dennis e Kevin O Chris

Show do ano:

  • Ludmilla, com os shows Numanice e a apresentação no Rock in Rio 2022
  • BaianaSystem e Olodum, com OlodumBaiana
  • BK’ com ICARUS
  • Marisa Monte com a turnê Portas
  • Titãs com a turnê Titãs Reencontro

Voz do ano

  • Gloria Groove
  • Iza
  • Liniker
  • Ludmilla
  • Luísa Sonza
  • Marina Sena

Artista do ano

  • Ana Castela
  • Anitta
  • Iza
  • Jão
  • Ludmilla
  • Luísa Sonza

Capa do ano

  • “Afrodhit”, de Iza
  • “Escândalo íntimo”, de Luísa Sonza
  • “Icarus”, de BK’
  • “O dono do lugar”, de Djonga
  • “Super”, de Jão
  • “Vício inerente”, de Marina Sena

Este ano, o evento traz o conceito “A música mexe com o Brasil”, que vai destacar essa influência transformadora na cultura brasileira. O Prêmio Multishow 2023 chega para reforçar seu propósito de celebrar a música, reunindo grandes nomes da indústria numa noite inesquecível, repleta de emoções, surpresas e momentos marcantes.

O evento será realizado no dia 7 de novembro e contará também com transmissão simultânea no Globoplay, aberta para não-assinantes, além de conteúdos exclusivos multiplataforma, no canal e nas redes sociais.

Confira a lista completa de indicados, CLIQUE AQUI.

Percursos negros: Diáspora Black lança edital para apoiar 10 projetos de roteiros de afroturismo

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Foto: Reprodução

Tem ideias de afroturismo no Brasil? Uma nova oportunidade, oferecida pela Diáspora Black, vai apoiar financeiramente, além de oferecer oficinas de formação e pesquisa para iniciativas que desenvolvam roteiros turísticos pelo país.

O edital Percursos Negros está com uma oportunidade voltada para os profissionais do afroturismo e vai contemplar 10 iniciativas que já atuam ou que tenham projetos de roteiros turísticos em todo o Brasil.

Foto: Reprodução

Com inscrições abertas até o dia 20 de outubro, os contemplados pelo edital devem receber apoio financeiro, mentoras individuais, oficinas com consultores especialistas, gravação de vídeos e materiais de divulgação.

Os interessados devem se inscrever através do site até o dia 20 de outubro, e preencher o formulário disponível: CLIQUE AQUI

 

 

 

Entidades saem em defesa de Andrey Lemos após Ministério da Saúde exonerar diretor por dança considerada ‘inadmissível’ em evento

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Foto: Reprodução

Na noite do último sábado, o Ministério da Saúde emitiu uma nota anunciando a demissão de Andrey Lemos, diretor do Departamento de Prevenção e Promoção da Saúde, do cargo após uma apresentação de funk no 1º Encontro de Mobilização para a Promoção da Saúde no Brasil ter sido considerada ‘inadequada’ para a ocasião. A saída de Andrey da pasta tem gerado uma repercussão negativa entre entidades do Movimento Negro e LGBTQIA+, que apontam que a medida foi equivocada. 

Na nota emitida pelo ministério de Nísia Trindade, o texto afirmou que a coreografia feita durante o evento vinvulado ao ministério era ‘inapropriada’: “Uma das apresentações surpreendeu pela coreografia inapropriada. O Ministério da Saúde lamenta pelo episódio isolado, que não reflete a política da Secretaria nem os propósitos do debate sobre a promoção à saúde realizado no encontro, e adotará medidas para não acontecer novamente”

Ao Mundo Negro, o escritor e linguista. professor da Universidade Federal do Sul da Bahia, Gabriel Nascimento, classificou a demissão de Lemos como um ‘equívoco’ e apontou a desproporcionalidade da punição aplicada ao ativista pelo governo em diferentes casos, principalmente quando se trata de pessoas negras. “A gente tem casos piores em todos os governos até aqui, sejam governos conservadores, sejam governos mais progressistas, mas especialmente falando dos progressistas de pessoas brancas que são poupadas até a última hora, que foram, por exemplo, os espancamentos morais, que aconteceram com vários petistas importantes, carro-chefe do Partido dos Trabalhadores entre os anos de 2005 e 2012, por exemplo, pela mídia, e muitos foram poupados até o fim pelo próprio presidente Lula. Uma dança, por mais inadequada que ela pareça ser, por mais condição que ela traga para o governo pode ser tratada no máximo como um equívoco. Não deve de maneira nenhuma colocar em risco, obviamente, o crédito, o mérito, a luta política de um militante como Andrey Lemos”, ressaltou.

“O Ministério da Saúde poderia e deveria tomar providências como tomou, os gestores sabem disso, que podem tomar, então o que foi tomado de providência foi correto que foi exatamente a providência de ter uma curadoria, que pode ser algo perigoso também, porque se tratando de eventos de pessoas LGBT, de pessoas negras em geral, essa curadoria pode ser executada a partir de um moralismo que é perigoso e que hoje derruba Andrey. Então precisamos saber em que medida essa curadoria está sendo pensada, mas Andrey poderia ter continuado no cargo com uma dada curadoria em andamento, uma curadoria que não pode ser racista, porque o racismo pode preponderar em qualquer curadoria, se seja executada, por exemplo, como algo que olhe tudo aquilo que não for é visto como branco, branco-centrado”, alertou Nascimento.

Gabriel Nascimento também criticou portais ditos progressistas que fizeram coro aos discursos que promoveram a demissão do então diretor do Ministério da Saúde: “Andrey, que é um militante histórico do movimento negro, um militante cujas causas sociais ainda foram muito claras para a gente, um militante que esteve em todas as grandes lutas das nossas gerações, pelo menos desde os seus 18 anos, um homem de axé, um homem cuja luta política, por exemplo, ajudou a estabilizar e consolidar a união de negros pela igualdade, um homem que foi responsável pela fundação e foi o primeiro presidente da União Nacional”, pontuou. “É exatamente esse moralismo que derrubou a André Lemos nesse momento. Não foi um erro de posição, não foi um erro de apresentação e eu acho que ao se juntar aos bolsonaristas, esses sites, mais à esquerda, mostram que não são alternativos. Mostram que são sites que trazem as mesmas posições racistas e completamente equivocadas pelo povo negro”.

A Coalizão Nacional LGBTI, junto ao União de Negras e Negros pela Igualdade e União Brasileira de Mulheres se posicionaram contra a demissão de Andrey Lemos, afirmando que “O trabalho desenvolvido por Andrey Lemos sempre refletiu a seriedade, responsabilidade, compromisso com o Brasil”, dizia um trecho da nota publicada no Instagram. 

O texto também aponta o discurso moralista que tem sido absorvido e divulgado por setores progressistas. “O que está posto é que existe um discurso orquestrado pelos setores de direita, que anseiam fragilizar o governo federal democraticamente eleito. Discurso este que, infelizmente, tem sido fortalecido por adesões abruptas de parcela do campo progressista. Optou-se por criminalizar uma manifestação isolada e, por associação, tenta-se deturpar a biografia de um grande brasileiro.“

Histórico de Luta no Movimento Negro e LGBTQIA+

Andrey Lemos é Mestre em Políticas Públicas em saúde pela Fiocruz. Ele coordenou o Programa Municipal de IST, Aids e Hepatites Virais, além disso, é doutorando no Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Lemos é funcionário público desde 2015, segundo informações compartilhadas pelo jornal O Globo. Segundo o jornal, em 2019, Andrey Lemos ocupou por três meses uma vaga de membro-titular no Comitê Nacional de Combate à Tortura, estrutura acoplada ao Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, liderado pela senadora Damares Alves. O fato também gerou confusão entre os apoiadores do presidente Lula. Mas Gabriel Nascimento explica que é comum que servidores sejam nomeados para cargos dentro do próprio governo. “Andrey é concursado do Ministério da Saúde. É provável que, como concursado do Ministério da Saúde, como todos os concursados em vários lugares, até por falta de pessoal e pela questão de gestão pública, melhor do que contratar uma pessoa para ganhar R$6.000,00, é melhor dar uns R$4.000,00, R$5.000,00 de diferença no salário de outra pessoa, não importa a ideologia dela”.

Ele é servidor da carreira de tecnologista no Ministério da Saúde e atuou nas políticas de Saúde Integral da População Negra e população LGBT, o diretor exonerado foi apoiador institucional na atenção básica junto a estados e municípios. Ele também atuou na assessoria da Comissão Intersetorial de Recursos Humanos e Relações de Trabalho e a Câmara Técnica da Atenção Básica do Conselho Nacional de Saúde (CNS).

Advogado Bruno Candido denuncia racismo em viagem de Uber e policial se nega a fazer B.O

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Foto: Reprodução

O advogado e ativista Bruno Candido passou por um caso de racismo em uma viagem de Uber quando ia para a faculdade, na última sexta-feira (06), mas chegando na delegacia o policial se negou a registrar sua denúncia. O caso aconteceu no 4ºDP, no Rio de Janeiro, onde o inspetor já se recusou a registrar outras denúncias de racismo.

Bruno estava indo para a faculdade de Artes Cênicas de Uber, quando o motorista identificado como Edson parou de seguir a rota do aplicativo. Ele então questionou o motivo e o motorista começou a discutir e disse que iria levá-lo para delegacia. Bruno decidiu prosseguir, mas chegando lá foi ignorado pelo inspetor que se recusou a fazer a ocorrência.

“Lá [o motorista] disse que eu não quis descer do carro e que era agressivo. O policial entendeu que eu não pratiquei crime. E aí eu disse que o motorista praticou crime de racismo contra mim e que queria registrar a ocorrência. O policial negou. Eu disse que a lei estadual 2235 me garante esse direito, e que queria que no mínimo ele fizesse a qualificação do motorista (que ali revelou que também era advogado) e o policial liberou ele”, comentou o advogado.

Em um dos vídeos gravados por ele, é possível ver o policial ignorando enquanto come uma sobremesa. Logo em seguida, ele atende o celular e sai da sala deixando Bruno sozinho.

Bruno teve que aguardar outro policial e explicar toda a situação. Depois de muita insistência, o policial registrou a ocorrência dele como “medida assecuratória de direito futuro”, quando não há investigação sobre o caso.

Segundo Bruno, o policial que se recusou a fazer o B.O é conhecido como inspetor Campos e possui um histórico de se recusar a fazer ocorrência em casos de racismo. Em outra situação, ele se negou a atender quatro jovens negros que foram acusdos de roubar os próprios celulares, mesmo sendo comprovado que eles eram os donos dos aparelhos. Em outro caso, oito advogados negros foram proibidos de entrar no DP para registrar ocorrência de racismo e abuso de autoridade contra uma mulher branca.

“O Estado do Rio de Janeiro ignora a Lei 2235/89, que há 35 anos, garante o registro da ocorrência em casos de racismo. O meu interesse é articular o diálogo com a chefia da polícia civil para garantir o cumprimento da lei, o tratamento digno nas delegacias, e o acesso à cidadania de pessoas negras.”

RESPOSTA DA UBER

Em nota, a empresa Uber, relata que o motorista que aparece no vídeo foi desligado do aplicativo:

A Uber não tolera qualquer forma de discriminação e informa que a conta do motorista já foi desativada da plataforma. Em casos dessa natureza, a empresa encoraja a denúncia tanto pelo próprio aplicativo quant

às autoridades competentes e se coloca à disposição para colaborar com as investigações, na forma da lei. Além disso, em parceria com o MeToo, a Uber disponibiliza um canal de suporte psicológico que será disponibilizado ao usuário. 

A Uber busca oferecer opções de mobilidade eficientes e acessíveis a todos. A empresa reafirma o seu compromisso de promover o respeito, igualdade e inclusão para todas as pessoas que utilizam o app.

Sabemos que o preconceito, infelizmente, permeia a nossa sociedade e que cabe a todos nós combatê-lo. Como parte desses esforços, a Uber lançou, por exemplo, o podcast Fala Parceiro de Respeito, em parceria com a Promundo, com conteúdos educativos sobre racismo. Além disso, em parceria com as advogadas da deFEMde, a empresa revisou o processo de atendimento na plataforma, a fim de facilitar as denúncias de racismo e acolher melhor o relato da vítima. Em 2021, a Uber também lançou uma campanha que convida usuários e motoristas parceiros para serem aliados no combate ao racismo. A iniciativa tem o objetivo de promover um conteúdo educativo dentro do próprio aplicativo e é parte de um compromisso global assumido pela empresa em 2020 com o objetivo de combater o racismo e criar produtos igualitários por meio da tecnologia.

Psicóloga Shenia Karlsson estreia na Netflix como mediadora da série ‘Ilhados com a Sogra’

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Foto: Lucas Moura.

Estreia dia 9 de Outubro a nova série da Netflix, ‘Ilhados com a Sogra‘. Apostando num novo formato de experimento social, o programa reúne seis casais que irão disputar um prêmio de 500 mil reais, mas com um pequeno grande detalhe: noras e genros deverão juntar-se às suas sogras para ganhar o prêmio. 

Apresentado por Fernanda Souza, o programa também terá uma psicóloga negra como mediadora de conflitos. É isso mesmo, a Psicóloga Shenia Karlsson. Especialista em Diversidade e Mediação de Conflitos Raciais é também especialista em Terapia de Família e Casal pela PUC-Rio,  Consultora em Diversidade, Inclusão e Equidade, Palestrante e Empresária, Shenia aceita mais um  desafio em sua carreira de quase 15 anos em atender mulheres negras, racializadas, imigrantes ao redor do mundo, casais negros e interraciais e consultoria para famílias brancas que adotam crianças negras, de ser co-host em um reality. 

O programa vai colocar a figura da mediadora de conflitos em cena. Geralmente profissionais da psicologia atuam nos bastidores, e nesse formato a psicóloga Shenia vai atuar junto aos participantes, ajudando a desconstruir tabus em torno não só da terapia de casal como da terapia de família, ainda muito invisibilizada.

Entre muitas provas lideradas pela Fernanda, terão muitas dinâmicas lideradas pela Shenia, onde o intuito é intervir nas relações familiares e perceber as dinâmicas, alianças inconscientes, disputas (inter) relacionais e por fim, promover não só o espírito de competição mas sobretudo no desenvolvimento de relações mais saudáveis entre os participantes. Preparem-se, conflitos virão à tona e o bicho vai pegar!

Com conquista inédita, Rebeca Andrade faz história ao medalhar em todas as provas de um Mundial

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Foto: Lionel BONAVENTURE/AFP

O orgulho do país! Rebeca Andrade conquistou mais uma medalha neste domingo (8), no Mundial de Ginástica Artística, que está sendo realizado em Antuérpia, na Bélgica. Ela ganhou o bronze na trave, um feito inédito na sua carreira e para o Brasil.

Agora, Rebeca é a 11ª ginasta da história a medalhar em todas as provas de um Mundial. Entre as dez ginastas que conquistaram esse feito anteriormente, incluem cinco soviéticas, duas romenas, duas russas, e a norte-americana Simone Bile.

Com um dos aparelhos de maior dificuldade do esporte, só neste campeonato, Rebeca chegou ao seu quarto pódio. Nos dias anteriores, ela levou a prata nas assimétricas por equipes, prata no individual geral e ouro no salto.

Na última sexta-feira (6), Rebeca também ultrapassou o recorde de Diego Hypolito, se tornando a brasileria que mais medalhou em Mundiais de ginástica. Antes de iniciar o campeonato em Antuérpia, ele liderava com cinco pódios, hoje, a ginasta já subiu ao seu oitavo ao longo da carreira.

A norte-americana Simone Biles conquistou a medalha de ouro na trave, pontuando 14,800, seguida pela chinesa Yaqin Zhou, que ganhou 14,700, e a Rebeca em terceiro lugar com 14,300. Esta é a primeira vez que Biles conquista medalha de ouro por aparelhos.

Em uma disputa emocionante, na sexta-feira, pela primeira vez na história do Mundial de Ginástica, o pódio individual geral foi formado apenas por mulheres negras. Simone Biles ficou com a medalha de ouro, enquanto a brasileira Rebeca Andrade faturou a medalha de prata. A norte-americana Shilese Jones completou o trio com o bronze.

Os melhores penteados para cabelos afros no calor

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Foto: Matt Doyle/Guilherme Lima

Muito calor por aí? Antes mesmo de iniciar a primavera, em 23 de setembro, o Brasil já registrou temperaturas bem altas, chegando até a 44,8°C neste ano, em Mato Grosso, por exemplo. Se você, com cabelo crespo ou cacheado, tem andado muito com um coque simples ou está pensando se deve cortar o cabelo – só – para aliviar um pouco do calor, o Mundo Negro preparou uma lista com opções de penteados bem legais para usar durante a primavera e o verão.

Mas antes de irmos para as dicas, é sempre válido reforçar a importância de manter os cuidados básicos com o cabelo, como lavar e hidratar. Crespos e cacheados costumam precisar mais de hidratação do que os demais tipos de cabelo, pois a curvatura dos fios não distribui a oleosidade igualmente.

Veja as dicas de penteados:

Trança nagô com coque baixo

Com a trança nagô é possível fazer diversos tipos de penteados e serve, inclusive, para quem tem cabelo curto. Neste calor, você pode aderir a trança finalizando com um coque baixo e fazer um baby hair. Fica um charme!

Foto: Getty Images

Coquinhos ou Bantu Knots

O Bantu Knots é um penteado bem versátil. Os coquinhos podem ser trançados, com diferentes desenhos nas divisões e acessórios. É perfeito para cabelos crespos ou cacheados. Além de suavizar o rosto deixando uma graça, o Bantu Knots também ajuda quem está passando por uma transição capilar e a texturizar os cachos.

Foto: Guilherme Lima

2 Afro puffs

O afro puff é um dos penteados mais populares entre as pessoas com cabelos crespos e cacheados, até pela praticidade de fazer, que envolve uma amarração simples com o elástico. Para dar uma diferenciada, é possível fazer 2 afro puff, um de cada lado, e ainda assim, fica bem fofo. Para as crianças pequenas que não gostam de ficar muito tempo paradas, essa é uma ótima opção.

Foto: Steve Granitz/WireImage

Trança rabo de cavalo

A trança rabo de cavalo é um penteado bem simples, que você pode utilizar o jumbo para aumentar a espessura e o comprimento. Combina com qualquer tipo de evento e ainda fica super elegante.

Foto: Henrique Falci

Coque com topete

O topete é uma ótima aposta para cabelos crespos! Uma das formas de usar é com um coque. Você divide o cabelo em duas partes, uma para o coque na parte de trás e a da frente com um topete, bem prático. E você ainda fica bem chique para ir ao trabalho e festas.

Foto: Matt Doyle

Não estamos só: precisamos nos lembrar dos povos negros da Colômbia

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Foto: Reprodução

Quando falamos sobre a América Latina de modo geral, sempre vêm à mente rostos brancos. No cenário artístico, celebridades como Maluma, Shakira, Bad Bunny, J Balvin e Karol G frequentemente aparecem como representações latinas, mas por que não lembramos dos nossos hermanos negros? Fora do Brasil, os afrodescendentes também existem e resistem, assim como nós, e precisam ser lembrados, como é o caso da Colômbia, o segundo maior país da América Latina com afrodescendentes, que vem lutando dia após dia contra o racismo.

Segundo o censo da Colômbia de 2018, os afro-colombianos representam 9,34% da população do país. São mais de 4 milhões de negros que querem e lutam pelos seus direitos, que há muito tempo foram negados.

Diferente do Brasil, a população negra não é dividida entre pretos e pardos. O governo colombiano decidiu identificar a população afrodescendente como comunidades negras, que são conjuntos de famílias de ascendência negra, com o objetivo de “revelar e preservar a consciência de uma identidade”, segundo o Art. 2º – Lei 70 de 1993. Os negros são divididos entre afro-colombianos, Raizal e Palenquera.

Raizal | Foto: Radio Nacional de Colombia
Palenquera | Foto: Getty Images

A cada dia que passa, os afro colombianos também vêm ocupando mais espaços importantes para a mudança de políticas públicas. Na última eleição, o país elegeu a primeira vice-presidente negra, Francia Márquez. “Em primeiro lugar, não pertenço a nenhuma minoria, não somos minoria. O que somos é uma maioria que foi excluída. […] As minorias são as 47 famílias que governaram neste país; mas nós, os excluídos, os empobrecidos e racializados, os violados que nunca tiveram seus direitos garantidos, somos a maioria neste país”, disse a vice-presidente em uma entrevista em 2022.

Vice-Presidente Francia Márquez

Em pouco tempo de mandato, Márquez e o presidente, Gustavo Petro, reconheceram a importância da luta por direitos. No final de 2022, o governo criou o Ministério da Igualdade e Equidade, que assim como o nosso Ministério Racial, tem como objetivo cria políticas públicas para diminuir a desigualdade racial. 

Eles também possuem sua própria data do Dia da Consciência Negra. No dia 21 de maio é celebrado o dia do afro-colombiano. Há também outros momentos e eventos para comemorar a cultura negra, como o Festival Petronio Álvarez, considerado um dos maiores festivais voltados para a cultura afro da América Latina. O evento acontece em Cali, considerada a segunda com a maior população afro no continente. 

Mas mesmo com celebrações e conquistas recentes, a população negra, assim como a indínega, foi uma das mais afetadas pela Guerra Civil que assombrou o território colombiano por diversos anos no século passado e continua deixando seus resquícios. Mortes, desempregos e segregação são problemas que continuam a fazer parte da vida da população colombiana, que aos poucos vai resistindo.

Por fatos históricos ou por a busca por direito ser a mesma nos dois países, os negros do Brasil e da Colômbia possuem suas semelhanças quando o assunto é resistência e cultura. Por isso, é importante lembrar que há povos que, assim como nós, lutam por dias melhores e pelo fim da desigualdade racial.

“A gente vai ter muitas mortes de civis nos próximos dias”, destaca Fatou Ndiaye ao analisar ataque do Hamas a Israel na manhã deste sábado

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Foto: Nasser Shiyoukhi/AP

Na manhã deste sábado, 7, o Hamas bombardeou Israel através de um ataque surpresa que o movimento islâmico diz se tratar de uma operação para retomada do território da Faixa de Gaza.

O ataque que deixou centenas de mortos e feridos foi considerado um dos maiores sofridos por Israel nos últimos anos. Na ocasião, foram lançados 5 mil foguetes que atingiram, principalmente, a região sul do país. Militares israelenses afirmam que integrantes do Hamas se infiltraram no país a partir da Faixa de Gaza.

A estudante Fatou Ndiaye explicou alguns pontos importantes sobre como a comunidade internacional tem se posicionado contra o conflito entre Judeus e Palestinos, que já dura mais de 30 anos. E como Israel rapidamente se manifestou contra a primeira grande ofensiva do grupo.

“Uma coisa que quero destacar é a velocidade da resposta israelense. E ela foi muito bem coordenada. Em menos de três horas teve Natanyahu [Primeiro-ministro de Israel], e teve o ministério da defesa declarando guerra à palestina e já teve uma mobilização das forças armadas muito grande”, explicou.

“É muito provável que a gente tenha um ataque completo à Faixa de Gaza. E a gente veja a Palestina caindo, principalmente em Gaza. E Israel ocupando o território”, continuou Fatou ao avaliar a resposta de Israel aos ataques do Hamas.

Ela ainda reforçou que apesar da ofensiva do Hamas estar mobilizando os palestinos e Israel estar disposto a contra-atacar o grupo, muitas mortes podem acontecer na região, considerando também o poder bélico de Israel e o apoio político internacional que o país recebe: “Mesmo que os ataques se direcionem ao Hamas, a gente vai ter muitas mortes de civis nos próximos dias”.

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