Wole Soyinka, 89, a primeira pessoa africana a ganhar o Prêmio Nobel de Literatura, em 1986, esteve na última mesa do Festival Internacional Liberatum Brasil, “A consciência do escritor”, na segunda-feira (6).

“Qualquer atividade humana deve ser tirada do ‘gueto’. Pode ser um grupo de pessoas artistas, pode ser sua vila, a sociedade, sua cidade, seu país. O que é importante é que as artes se encontram em guetos. Então, encontros como esse, mas também prêmios como o Nobel, puxam o envelope do seu ‘gueto’. Não importa que você seja empurrado para fora do gueto. O que importa é o escritor que você é. Mas eu não vejo prêmios como uma espécie de coroação”, refletiu o autor e dramaturgo.

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O nigeriano é conhecido por diversas peças premiadas, porém a mais famosa é “O Leão e a Jóia”, de 1986, onde ele retrata conflitos de tradição e modernismo, que lhe garantiu o Nobel. Uma fábula divertida e irreverente sobre os conflitos entre valores africanos e costumes europeus, entre o desejo das mulheres de serem livres e o seu apego a tradições que as desvalorizam, entre o progresso e o conservadorismo.

Além Soyinka participar da última mesa de debate, o Liberatum Brasil promoveu uma grande festa de encerramento do evento, que contou com grandes artistas como Ground Blues Zero e Lazzo Matumbi, Orquestra Afrosinfônica, Luedji Luna, Márcio Victor e o Grupo Ilê Aiyê.

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