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Jada Pinkett Smith revela que está separada de Will Smith desde 2016: ‘vidas completamente separadas’

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Foto: Mike Blake/Reuters

Nos últimos anos, Jada Pinkett Smith tem falado abertamente sobre seu relacionamento com o ator e diretor Will Smith. Desta vez, a apresentadora deu mais detalhes sobre o casamento com Will, revelando em uma entrevista que eles vivem ‘vidas completamente separadas’ desde 2016.

A entrevista foi concedida por Jada para a jornalista americana Hoda Kotb e vai ao ar na NBC News na próxima sexta-feira, 13, mas alguns trechos têm sido compartilhados pela emissora. Nela, Jada, que se casou com Will Smith em 1997, revela sobre a separação quase 20 anos depois de oficializarem a união e ainda revela que os artistas não haviam se divorciado oficialmente, mas que era um divórcio.

A revelação sobre a separação está no livro autobiográfico, “Worthy” (Digno, na tradução para o português) que Jada lançará no dia 17 de outubro nos Estados Unidos. Ao ser questionada porque ela e Will não haviam compartilhado antes o status de seu relacionamento, Jada explicou que o casal ainda não estava pronto: “simplesmente não estar pronto ainda… Ainda tentando descobrir entre nós dois como estar em parceria… No que diz respeito a como apresentamos isso às pessoas? Não tínhamos descoberto isso”.

Sobre o que levou ao rompimento do casamento dos dois, Pinkett Smith disse: “Quando chegamos em 2016, estávamos exaustos de tentar. Acho que nós dois ainda estávamos presos em nossa fantasia sobre o que pensávamos que a outra pessoa deveria ser”.

Ela também contou que considerou oficializar o divórcio legalmente, mas não conseguiu levar o processo adiante. “Eu prometi que nunca haverá um motivo para nos divorciarmos. Vamos resolver… seja o que for”, explicou Jada Pinkett Smith. “Eu simplesmente não fui capaz de quebrar essa promessa.”

Em outubro do ano passado, Jada havia anunciado que estava escrevendo um livro em que contaria suas memórias. Na ocasião, a editora HarperCollins escreveu em comunicado: “Sem restrições, Jada revela sua educação não convencional em Baltimore – de filha de dois viciados a uma promissora estudante de teatro e um violento interlúdio como um pequeno traficante de drogas – seguida por uma ascensão paralela ao estrelato ao lado de seu amigo próximo Tupac , então apaixonar -se e casar-se com Will Smith , e um alegre abraço da maternidade.”

Unindo passado e presente, espetáculo sobre Maria Firmina dos Reis, primeira mulher negra romancista do Brasil, estreia no Itaú Cultural

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Foto: Divulgação

Entre o dia 12 e 22 de outubro, fica em cartaz no Itaú Cultural o espetáculo “Maria Firmina dos Reis, Presente!”, que conta a história da primeira mulher negra brasileira a publicar um romance. A peça tem direção e atuação de Lena Roque, com colaboração de Marcelo Ariel na dramaturgia da montagem.

Maria Firmina dos Reis (1825-1917), foi uma mulher negra maranhense e filha de ex-escravizada. Considerada a primeira romancista negra do Brasil, ela escreveu o livro Úrsula, publicado em 1859 e conhecido como o primeiro romance abolicionista do país.

“Me deparei com a obra da Maria Firmina dos Reis em 2022, na reabertura do Museu do Ipiranga, quando eu era uma das atrizes convidadas para representar personagens históricos. Ali, conheci o diretor Marcelo Ariel, que me convidou para um projeto sobre a autora. Acabamos chegando a esse espetáculo”, conta Lena. “Pesquisamos suas poesias e os autos de bumba-meu-boi. Daí partimos para as cinco canções da peça. Trata-se de poesias de Maria Firmina, que foram musicadas e arranjadas pelo pianista Roberto Mendes Barbosa, que divide a cena comigo junto do percussionista André Gonçalves”, completa.

O drama lítero-musical traz para o palco uma construção poético-ficcional, unindo o passado e o presente, com trechos dos livros ‘Úrsula’, ‘A Escrava’ (1887), ‘Cantos à Beira Mar’ (1871) e ‘Gupeva’ (1861), recitados pelas escritoras e intelectuais negras da contemporaneidade Cidinha da Silva, Eliana Alves Cruz e Luciana Diogo, e a interação com o público presente como forma de abrir um diálogo entre Maria Firmina, as intelectuais e a plateia.

“O grande legado da Maria Firmina é que ela viveu à frente do seu tempo. A obra dela refutava a escravidão e dava voz aos escravizados. Ela foi uma mulher negra que escrevia romances e textos abolicionistas em uma época em que só homens ocupavam esse lugar. Isso foi inovador”, afirma Lena.

A peça conta com Lena Roque, Marcelo Ariel, Roberto Mendes Barbosa, diretor musical e pianista, Jorge Balbyns e Paula de Paoli. 

“Maria Firmina dos Reis, Presente!” fica em cartaz até o dia 22 de outubro, de quinta-feira a sábado, às 20h, e aos domingos e feriados, às 19h, no Itaú Cultural, na Avenida Paulista. As entradas são gratuitas e os ingressos precisam ser retirados com antecedência, a partir das quartas-feiras, na site.

‘A Batalha de Natal’: filme com Eddie Murphy e Tracee Ellis Ross ganha primeiras imagens

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Foto: DIvulgação/Prime Video

A Batalha de Natal‘, novo filme natalino com uma família negra protagonista, teve as primeiras imagens reveladas nesta terça-feira (10), pelo Prime Video. Estrelado pelo comediante icônico Eddie Murphy e a Tracee Ellis Ross, de Black-ish, o longa estreia na plataforma em 1º de dezembro.

De acordo com a sinopse, Eddie Murphy estrela esta comédia de aventura natalina sobre um homem com a missão de vencer o concurso anual de decoração de Natal de seu bairro. Depois que Chris (Murphy) faz um acordo com uma elfo travessa chamada Pepper (Jillian Bell) para aumentar suas chances de vitória, ela lança um feitiço que dá vida aos 12 dias de Natal e causa estragos em toda a cidade. Correndo o risco de arruinar as férias de sua família, Chris, sua esposa Carol (Tracee) e seus três filhos devem correr contra o relógio para quebrar o feitiço de Pepper, lutar contra personagens mágicos e salvar o Natal para todos.

O elenco da comédia ainda conta Thaddeus J. Mixson (Creed III), Robin Thede (A Black Lady Sketch Show), Chris Redd (Saturday Night Live), Genneya Walton (Eu Nunca…), Madison Thomas (9-1-1), D.C. Young Fly (House Party), entre outros.

O longa é dirigido por Reginald Hudlin (House Party), e o roteiro é assinado por enquanto o roteiro é assinado por Kelly Younger (Muppets em Mansão Mal-Assombrada).

Veja as fotos:

Foto: Divulgação/Prime Video
Foto: Divulgação/Prime Video
Foto: Divulgação/Prime Video
Foto: Divulgação/Prime Video
Foto: Divulgação/Prime Video

Shonda Rhimes vai lançar documentário sobre a história e o impacto da primeira Barbie negra

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Foto: Divulgação ; Mattel.

A cineasta Shonda Rhimes está produzindo e dirigindo um documentário sobre a história e o impacto da primeira Barbie negra, lançada pela Mattel em 1980.  Com o título de ‘Black Barbie’, a sinopse diz que o documentário vai celebrar o impacto importante que três mulheres negras da Mattel tiveram na evolução da marca Barbie como a conhecemos. 

“Através das histórias dessas pessoas carismáticas, o documentário conta a história de como a primeira Barbie Negra surgiu em 1980, examinando a importância da representação e como as bonecas podem ser cruciais para a formação da identidade e da imaginação”, diz a nota oficial.

Ainda sem data de estreia, o documentário vai ser lançado na Netflix. De acordo com o The Hollywood Reporter, a obra vai abordar ainda a forma como os debates sobre racismo permearam a famosa boneca da Mattel.

Antes de 1980, a Barbie era predominantemente representada como uma boneca branca de cabelo loiro, o que não refletia a diversidade da sociedade. A criação da ‘Black Barbie’ foi um passo importante em direção à inclusão e à diversidade. Ela desempenhou um papel fundamental na transformação da indústria de brinquedos e no incentivo de conversas sobre inclusão e igualdade.

O documentário ‘Black Barbie’ ainda não possui data de lançamento.

Terceira temporada de ‘Lupin’ conquista o primeiro lugar entre as séries mais assistidas no Brasil

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Foto: Netflix.

Desbancando grandes lançamentos, ‘Lupin‘ se tornou a série mais assistida do Brasil na Netflix nesta semana. A terceira temporada da obra que acompanha as aventuras de Assane Diop foi lançada na plataforma durante o último dia 5 de outubro. De acordo com o site FlixPatrol, ‘Lupin’ também lidera o ranking de séries da Netflix em todo o mundo.

Não é a primeira vez que a obra francesa conquista o público. Em 2021, com 76 milhões de assinantes assistindo ‘Lupin’ nos primeiros 28 dias após o lançamento, a série destronou ‘La Casa de Papel’ (65 milhões na quarta temporada) como a série não inglesa mais popular na plataforma, até então.

Lupin. Foto: Netflix.

Por mais que a narrativa da terceira temporada de ‘Lupin’ pareça repetitiva às vezes, o talento de Omar Sy consegue prender a atenção de qualquer pessoa, com os truques e histórias do ‘ladrão cavalheiro’. Sem suportar o sofrimento de viver escondido, longe da esposa e do filho, Assane decide voltar a Paris com uma proposta ousada para a família: ir embora da França e começar uma vida nova em outro país. Mas os fantasmas do passado estão sempre por perto, e o retorno de uma pessoa inesperada pode acabar com os planos dele.

Nas redes sociais, brasileiros também estão celebrando e elogiando a série francesa. “Lupin é uma das melhores séries da Netflix e Omar Sy é o homem mais carismático do mundo“, publicou uma usuária. “Lupin é uma das melhores séries dos últimos tempos mesmo. Inacreditável”, destacou outro usuário.

Retrocesso: Fim do casamento homoafetivo é aprovado em Comissão na Câmara dos Deputados; Projeto ainda será analisado por outras comissões

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Foto: Reprodução

Durante a Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados, que aconteceu hoje, 10, em Brasília, foi aprovado um projeto de lei que prevê a proibição do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Ao todo, foram 12 votos a favor da proibição e 5 contra.

Agora, o texto deve seguir para as comissões de Direitos Humanos e de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. O relator, deputado Pastor Eurico (PL-PE), apresentou hoje o parecer final do texto que mantém a proibição do casamento homoafetivo, ele também propôs que seja incluído no Código Civil um trecho que defina que pessoas do mesmo sexo não podem se casar. Outro trecho estabelece que nem o poder público e nem a legislação civil podem interferir nos critérios e requisitos impostos no casamento religioso. 

O projeto original foi apresentado em 2007 pelo ex-deputado Clodovil Hernandes, que morreu em 2009. Na época, a intenção era reconhecer o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo, mas a proposta foi desvirtuada e o texto sofreu alterações feitas pelo relator. 

De acordo com o Deputado Federal do Rio de Janeiro, Pastor Henrique Vieira, a votação foi “um golpe”. Em vídeo publicado nas redes sociais, ele afirmou que houve uma quebra de acordo: “ Havia um entendimento. A criação de um grupo de trabalho para dialogar com o relator sobre o parecer dele. Esse grupo não foi feito e ele apresentou um substitutivo ainda muito ruim e estarrecedor e não está tendo tempo para sequer discutir ou emendar o projeto”.

O deputado também ressaltou que a ‘bancada da democracia’ se retirou da sessão para deslegitimar a votação. “Vamos questionar junto à mesa diretora a legalidade da votação de hoje. Vai ter resistência jurídica e vai ter resistência política”, reforçou ele. 

A união de pessoas do mesmo sexo foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 2011, o que garantiu que casais LGBT+ tenham os mesmos direitos e deveres que casais heterossexuais, ainda que o casamento não esteja assegurado por lei. 

‘A Cor Púrpura’ ganha novo trailer emocionante

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Foto: Divulgação

O filme ‘A Cor Púrpura’ ganhou novo trailer emocionante, divulgado hoje (10) pela Warner Bros. Pictures. Com imagens inéditas, é exibido trecho empolgante que revisita o clássico de 1985, em uma discussão familiar Sofia (Danielle Brooks) e Mister (Colman Domingo).

O remake, previsto para lançamento nos cinemas em dezembro deste ano, também conta com outros grandes atores, como: Halle Bailey, HER, Danielle Brooks, Taraji P. Henson, Corey Hawkins, e Ciara.

Dirigido por Blitz Bazawule e produzido por Oprah Winfrey, o longa promete ser um grande sucesso. “Não há nada que tenha sido mais importante ou vital para mim, cultural ou artisticamente, do que A Cor Púrpura. É uma base sólida de poder espiritual e emocional para mim. Cada mulher e homem, cada pessoa que já se sentiu invisibilizada e desvalorizada, esta é a sua história”, disse Winfrey anteriormente nas redes sociais.

A história de ‘A Cor Púrpura’ se desenrola no início do século XX, no sul dos Estados Unidos, e acompanha a vida de Celie, uma mulher negra que enfrenta uma série de desafios e adversidades ao longo de sua vida. O filme aborda temas poderosos, como abuso, racismo, empoderamento feminino e a jornada de autodescoberta.

“Exu não é o diabo”: Rodrigo França estreia monólogo que “desdemoniza” divindades não cristãs

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Foto: Reprodução/Divulgação

Nesta terça-feira (10), estreia em São Paulo o monólogo “Capiroto”, escrito e dirigido por Rodrigo França como forma de “desdemonizar” diversas entidades não cristãs. A estreia acontece na Sala Paschoal Carlos Magno, do Teatro Sérgio Cardoso, às 19h.

De forma bem-humorada, a peça usa o personagem “Capiroto”, para mostrar que ele não possui nenhuma semelhança com Exu e outras divindades que são constantemente relacionadas com o diabo da religião cristã.

“Eu escrevi esse espetáculo justamente para mostrar o quanto Exu não tem nada a ver com a cultura cristã. Exu não é o diabo. O diabo faz parte da cultura cristã, onde historicamente uma das estratégias de controle de povos, de invasão de terras, sempre foi demonizar divindades, primeiro colocando como divindade pagã e depois demonizando. O espetáculo ele desdemoniza  Exu e outras divindades de outras culturas. […] O diabo é da cultura branca””, comentou o dramaturgo em entrevista a Silvia Nascimento, CEO do Mundo Negro.

O papel principal é interpretado por Leandro Melo, conhecido por suas atuações em espetáculos como “Los Hermanos – Musical Pré Fabricado” (Michel Melamed), “ABBA – People Need Love” (Carlos Alberto Serpa), “Bibi, Uma Vida em Musical” (Tadeu Aguiar), “Elis, A Musical” (Dennis Carvalho) e “Dzi Croquettes” (Ciro Barcelos). “Espero que as pessoas saiam do teatro refletindo sobre a maldade que existe dentro delas. Afinal, somos todos feitos de sentimentos positivos e negativos, e precisamos lutar constantemente para nos tornarmos melhores seres humanos.”, afirmou Melo.

Para França, a religião e o papel do diabo no monólogo é apenas uma forma de analisar o poder e o patriarcado. “Na verdade, escolhi evocar essa figura simbólica para explorar o poder e o patriarcado, conceitos fundamentais em nossa sociedade. O personagem-título ilustra como essas ideias são construções culturais, econômicas e sociais europeias que não eram presentes nas Américas pré-colonização ou nas nações africanas.”, explica.

A peça fica em cartaz até o dia 8 de novembro, com apresentações às terças e quartas, às 19h, no Teatro Sérgio Cardoso, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, e gerido pela Associação Paulista dos Amigos da Arte. Os ingressos custam R$40 (inteira) e R$20(meia-entrada) e podem ser adquiridos no site.

Saúde mental da população negra: nossa tristeza vem de longe

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Foto: Freepik

Crianças e jovens negros, entre 10 e 29 anos, do sexo masculino, são os que mais sofrem com saúde mental no Brasil. Segundo os dados do Ministério da Saúde, esse grupo tem 50% mais chance de tirar a vida do que entre brancos da mesma idade. Mas por que isso ocorre?

Para além de discutir a depressão e ansiedade, algumas das doenças relacionadas a saúde mental, o psicanalista Lucas Mendes disse ao Mundo Negro sobre como o banzo aponta para uma tristeza antiga da população negra.

“100 % dá pra dizer que as pessoas pretas de hoje, especialmente as do Brasil, que é o que eu estudo, psicanálise e relações raciais no Brasil, tem um banzo introjetado. A cultura se atualizou e continua explorando a gente da mesma forma, porque o capitalismo é essencialmente racista. Não sou eu que estou dizendo isso. O Silvio Almeida [no livro] ‘Racismo Estrutural’, e inúmeros outros autores que se debruçaram sobre isso, que o capitalismo só existe se ele tiver alguém para ser explorado, e neste caso, no Brasil, o preto, a preta. É um sistema de escravização, muito mais sofisticado, subjetivo e elaborado, mas continua sendo um sistema de escravização”, explica.

Lucas também detalha como os negros na diáspora ainda são impactados negativamente pelo racismo e escravidão. “Ele deturpa a identidade, tira a herança do eu, então o racismo faz isso. Existe uma segunda etapa que é o ideal preto, que também não é identidade por si só, porque também entra numa ideia de união do negro, que é horrível, que é como ‘somos todos de África, então somos todos iguais’. Não, porque lá não são todos iguais, porque são ‘N’ povos, culturas, diversidades coletivas e individuais. Esse borramento dessas individualidades, faz com que a pessoa perca a identidade. Uma vez que você perde o eu, você fica desesperançoso de si em relação ao mundo. Tem um sistema de exploração objetivo, trabalho e subjetivo do negro, que faz com que perca energia e que tenha sentimentos de culpa, pois a cultura responsabiliza o preto por tudo o que acontece, mesmo sem ter polícia à prova disso”.

Lucas Mendes (Foto: Divulgação)

E completa: “essa combinação toda, completamente, sim, está introjetada na nossa cabeça e o banzo é um sentimento comum. O banzo tira a energia vital que poderia fazer com que o negro se insurgisse contra aquele sistema escravocrata. E uma das fontes de energia que o banzo priva é a raiva, porque ela fica voltada para dentro, é tudo contra mim: ‘eu sou o problema’, ‘eu não gosto de mim’, ‘eu me odeio’, ‘eu estou causando mal’, ‘eu estou fazendo errado’. Então essa raiva toda que poderia ser fonte de energia para solução individual ou coletiva, para sair daquele problema, ele fica privado, porque a raiva está voltada para dentro”.

O psicanalista também pontua como o banzo também se manifesta quando uma pessoa preta alcança o sucesso. “Ele não estava antes, porque, na verdade, existem locais onde a identidade deste preto ou preta é preservado, mas no sistema mais amplo, capitalista, esse lugar é periférico, ele é periferizado. Quando aquela pessoa sai daquilo, se instala o banzo, e aí, opa, ‘que porra é essa?’. Pois é, é essa herança que ficou lá dentro, esse banzo ainda existe dentro da gente e, quando a gente eventualmente vai ocupar a totalidade, eu não estou nem falando só de sucesso financeiro, mas em formas de prosperar, o banzo que estava quieto, porque ele não estava entrando em confronto com a identidade parcial, ele se estabelece, porque, quando você pega tudo, ele está lá. Essa ideia psicanalítica do banzo. Frantz Fanon falou muito sobre isso”, finaliza.

Leia a entrevista completa aqui!

Fayda Belo rebate discurso de Rachel Sheherazade sobre raça: “apenas uma é alvo de exclusão”

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Fotos: Reprodução

Durante a dinâmica na noite deste domingo (8), em A Fazenda 15, a Rachel Sheherazade se defendeu das acusações de racismo da Cariúcha, mas gerou muita polêmica na web com o discurso que levanta o debate sobre o mito da democracia racial.

“Sou neta de uma mulher negra, preta como você. Pode não estar na minha pele, mas está no meu gênesis. Não tenho culpa se houve miscigenação na minha família. Aliás, ninguém tem culpa por nascer branco ou preto nesse país. Somos resultado de uma união de cores e etnia, e todos merecem igual respeito. Não estou aqui para fazer proselitismo de raça A ou B porque eu não acredito em raça, só acredito em uma só raça, a raça humana”, disse a jornalista para a funkeira.

Entretanto, a advogada Fayda Belo alerta para como esse discurso pode ser perigoso para a comunidade negra. “Alarga desigualdades que alimenta a famigerada meritocracia, e de quebra, invalida políticas afirmativas em um páis, que ainda hoje, vive sobre o mito da democracia racial, porém, inferioriza, animaliza, invisibiliza corpos negros”.

https://www.instagram.com/p/CyMrmk5NORw/

E completa: “É bem verdade que a gente vive um país extremamente pluriracial, mas também é verdade que essa miscigenação nasceu de estupros contra mulheres negras, que inclusive, até nos dias de hoje, recolhem resquícios dessa violência. Quando a gente olha pros dados, ainda em 2023, as maiores vítimas de violência sexual são as mulheres negras”.

A advogada também aponta outra problemática em relação ao discurso sobre a pluralidade de raças citadas pela Rachel. “Ainda que vivamos em um Brasil de muitas cores, apenas uma é alvo de exclusão, de segregação, e de negação de direitos. Significa dizer que não reconhecer que há uma desigualdade racial no Brasil é colaborar para que ela nunca acabe”, finaliza. 

Entenda o caso

Na semana passada, durante embate com Sheherazade, Cariúcha acusou a jornalista de proferir falas racistas. A Garota da Laje disse que a ex-SBT era preconceituosa por ter medo de contrair alguma doença após receber respingos de saliva durante uma briga, o que, na verdade, não aconteceu. Logo após o ocorrido, os representantes da jornalista também confirmaram que vão abrir processo contra a artista.

Em meio às polêmicas das acusações de racismo contra Sheherazade e falas homofóbicas contra o Lucas Souza, a apresentadora Adriana Galisteu entrou ao vivo para dizer a Cariúcha que não ocorreu o que ela estava comentando pela casa, como uma forma de alerta. Entretanto, o assunto se estendeu até a dinâmica de ontem entre os peões.

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