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Livro “É fragrante fojado dôtor vossa excelência” de Carla Akotirene traz crítica feminista e decolonial dos procedimentos jurídicos no Brasil

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Foto: Divulgação

No próximo mês de janeiro, os leitores terão acesso ao mais recente trabalho da intelectual baiana Carla Akotirene, intitulado “É fragrante fojado dôtor sua excelência” e publicado pela Ed. Civilização Brasileira. O livro aborda os procedimentos jurídicos realizados nas audiências de custódia no Brasil, oferecendo uma análise crítica que expõe a institucionalização do racismo e a perseguição punitivista direcionada à população negra.

Akotirene concentra sua análise nas audiências de custódia, um espaço legalmente designado para que pessoas detidas em flagrante delito possam manifestar suas versões dos acontecimentos e detalhar as condições de seu tratamento pela polícia e sistema judicial. Teoricamente, esse processo deveria salvaguardar o direito à autodefesa dos acusados ​​de crimes.

Ao descrever as audiências, que a doutora em estudos de gênero, mulheres feminismos pela Universidade Federal da Bahia chama no livro de  “cenas coloniais”, ela afirma que os participantes do sistema judiciário – juízes, defensores públicos, procuradores e policiais – encenam um ritual predefinido. E argumenta que essa estrutura reflete uma dinâmica ancestral, na qual os senhores brancos exerceram controle sobre vidas negras durante uma era escravocrata, agora transposta para a suposta “democracia” contemporânea.

O livro revela como essas audiências de custódia são fundamentais para entender os números alarmantes de encarceramento da população negra no Brasil. Muitos indivíduos, muitas vezes mal informados sobre seus direitos legais e com oportunidades limitadas de autodefesa, são marcados pelo sistema prisional por meio de provas plantadas ou flagrantes forjados – práticas que não são desprotegidas, conforme indicam entrevistas conduzidas por Akotirene com os detidos.

Com anos de experiência no sistema penitenciário baiano, a autora invoca uma epistemologia de Xangô para propor uma revisão crítica do pensamento social, desafiando o estigma punitivista arraigado no Judiciário. Ela recorre a ferramentas interseccionais negro-feministas, à cosmovisão filosófica banto e iorubá, bem como aos princípios de justiça do Antigo Egito pela filosofia de Maat. Esses exemplos africanos de Justiça permitem a Akotirene lançar um olhar crítico sobre o Judiciário brasileiro e sugerir que a atuação nas audiências de custódia é uma rota crucial para desencarcerar a população negra, oferecendo-lhes o caminho para a liberdade.

“É fragrante fojado dôtor vossa excelência” destaca a prisão como uma manifestação do racismo estrutural, evidenciando a interconexão entre racismo e colonialismo.

Circuito Gastronômico de Favelas revela cozinheiros periféricos de BH com receitas autorais

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Dona Dirce e Luana Andrade (Fotos: Divulgação e Kellen Pavão)

O Circuito Gastronômico de Favelas chega à sua sétima edição em Belo Horizonte, na Comunidade da Serra, neste final de semana, dias 2 e 3 dezembro, com entrada gratuita, a partir das 12h, revelando talentos e sabores de diversas comunidades da capital mineira, incluindo diversos shows na programação e sessão de cinema.

O menu é composto apenas por receitas autorais e tem a proposta de empoderar os cozinheiros periféricos, além promover arte e cultura na cidade. Entre os convidados estão: a cozinheira Lia, da Barragem Santa Lúcia, que irá preparar a sua famosa Língua Recheada com Arroz do Campo e Banana Chips.

No Instagram, o Circuito divulgou mais informações sobre a programação. “A Feijoada da Dona Dirce tá de volta, ao lado de outros pratos deliciosos preparados pelos cozinheiros”, diz um post sobre a chef do Alto Vera Cruz. Enquanto Marlene, do Taquaril, “participa de mais uma edição trazendo o seu Embolado Berrante! Ela que sabe tudo sobre as PANC’s – Plantas Não Convencionais”, celebra.

O evento também aproveitará a ocasião para homenagear Rudney Carvalho, cavaquinista que faleceu em outubro de 2023 e se apresentou em todas as edições anteriores do circuito.

No sábado, 2 de dezembro, quando também é celebrado o Dia Nacional do Samba, haverá uma roda de samba da banda Delegas Samba Clube, comandada por Thiago Delegado e convidados, além de exibição do filme “Marte Um”, cuja trama acompanha uma família negra, residente da cidade de Contagem (MG). No domingo, Manu Dias e Dé Lucas, morador da comunidade da Serra e pai do ator Cícero Lucas, protagonista de “Marte Um”, realizam uma roda de samba. Os Djs Zubreu e Joca se revezam na discotecagem nos dois dias de evento.

Segundo divulgado pela CNN Brasil, nesta edição, o evento contará com a participação de 12 cozinheiros, sendo quatro da Comunidade da Serra. Os pratos e cozinheiros participantes são:

  • “Feijoada Senzala”, prato elaborado pela Dirce, do Alto Vera Cruz
  • “Lanceta”, feito pela Lora, do Barreiro
  • “Língua Recheada com Arroz e Banana Chips”, da Lia, da Barragem Santa Lúcia
  • “Pastel Trem de Minas”, criação do Diones, do Barreiro
  • “Trio da Lua”, receita da Luana Andrade, da Vila Estrela
  • “Suado Ancestral”, prato da Vanessa, do Beco
  • “Torta de Frango”, elaborado por Romney Batista, do Morro das Pedras
  • “Frango com pó de quiabo”, elaborado pela Wanusa, do Morro do Papagaio
  • “Peixe frito” do Isaías, da Vila Conceição
  • “Paella” preparada pela Dri, da Vila Conceição
  • “Bombons e tortas diversas ”, da Alê Lucia, da Vila Aparecida
  • “Embolado Berrante”, da Marlene, do Taquari

Serviço

Circuito Gastronômico das Favelas

Dias: 2 e 3 de dezembro

Horário: 12h às 20h (sábado) e 12h às 18h (domingo)

Entrada: Gratuita

Local: Rua da Passagem, Serra

Jovem que estava grávida de quíntuplos perde os bebês: “momento delicado”

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Foto: Reprodução

Na manhã desta quinta-feira, 30, a jovem Sara Silva, de 18 anos, que estava grávida de quíntuplos, anunciou que sofreu um aborto espontâneo e perdeu os bebês. A informação foi publicada pela jovem em sua conta no Instagram: “Peço encarecidamente a compreensão de todos”, dizia a nota.

Com uma foto de Sara e do namorado Renan Alves de Oliveira, 20 anos, a publicação pediu a compreensão das pessoas e afirma que a jovem está em um momento delicado: “Nesse momento delicado, viemos por meio desta nota informar que infelizmente a Sara perdeu os quíntuplos. Peço encarecidamente a compreensão de todos, e que não veiculem fake news. Sara está em um momento delicado, então, por gentileza, pedimos a compreensão de todos”.

No dia 22 de novembro, a história de Sara, que mora em Nilópolis, no Rio de Janeiro, ganhou destaque depois que o vídeo que mostrava a jovem descobrindo que estava grávida de quíntuplo viralizou nas redes sociais. “Quando o médico falou que era um, depois dois, no terceiro eu já estava passando mal. No quinto, não o ouvi falar”, disse ela na reportagem gravada pela TV Globo.

De acordo com o jornal O Globo, por ser uma gravidez raríssima, Sara estava recebendo acompanhamento de uma equipe médica. Há uma semana, ela e o namorado chegaram a compartilhar a informação de que poderiam ser seis bebês.

Relembre o caso

Uma jovem de 18 anos, moradora de Nilópolis, no Rio de Janeiro, teve uma surpresa durante um exame de ultrassom. Sara Campos da Silva precisou fazer o exame para acompanhar a gravidez e passou mal ao descobrir que está esperando cinco filhos. 

O vídeo que mostra a reação de Sara quando o médico identifica as cinco crianças foi compartilhado em uma reportagem da TV Globo. No áudio, é possível ouvir o diálogo entre o médico, a paciente e a mãe da garota: 

Médico: Está vendo aqui? É outro coração.

Mãe de Sara: É mesmo? Meu Deus, dois….

Médico: Sério. Isso se não forem três, estou achando que são três.

Sara: Não moço, não.

Médico: Três, quatro

Sara: Está me dando falta de ar, mãe.

Surpresa, a jovem afirma que passou mal durante o exame: “Quando o médico falou que era um, depois dois, no terceiro eu já estava passando mal. No quinto, não o ouvi falar”, contou em entrevista. Ela contou estar preocupada com o parto dos bebês: “Minha maior preocupação é o parto. Não sei como vai ser. Geralmente é uma gestação menor, mas eu estou preocupada”, disse.

O soldado da aeronáutica, Renan Alves de Oliveira, pai dos bebês, contou que também passou mal ao se surpreender com a novidade: “Quando o médico falou que eram dois corações batendo, eu saí da sala. Quando voltei, o médico disse que tinha cinco. Aí que saí da sala mesmo e comecei a chorar, passar mal, minha pressão foi lá em cima”. 

O obstetra Rogério Gama afirmou que uma gestação como esta é extremamente rara, considerando que “em média um parto a cada 60 milhões são de quíntuplos em um saco gestacional só”. A jovem precisará de acompanhamento especializado durante o processo.

De acordo com a reportagem da TV Globo, a genética familiar de Renan pode explicar a gravidez de quíntuplos acontecer de forma natural. Duas de suas irmãs são mães de gêmeos, uma prima e um tio dele também. 

“Na hora que eu estava gravando, eu estava feliz sim, mas meu sorriso foi de nervoso. Vocês não têm noção do quanto eu estava nervosa naquela hora”, disse Claudia Maria Campos da Silva, mãe de Sara, em entrevista. Ela acompanhava a filha durante o exame.

Para compartilhar a rotina da gravidez, a família criou um perfil nas redes sociais. Sara também afirmou ser sortuda: “Sou sortuda por ter cinco crianças dentro de mim”, disse.

Como Sara, que é estudante do ensino médio, ainda mora com a família, eles estão pensando em se mudar para um espaço maior para caber todos e fizeram uma vaquinha para receber ajuda financeira.

Médico que filmou caseiro acorrentado é condenado a 3 anos de prisão e deve pagar R$ 300 mil de indenização pelo crime de racismo

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Foto: Reprodução

Em sentença emitida na segunda-feira, 26, o médico Márcio Antônio Souza Júnior, responsável por filmar um homem negro que trabalhava em sua fazenda como caseiro acorrentado pelas pernas, com grilhões nos braços e no pescoço foi condenado a prisão em regime aberto por racismo e terá que pagar R$ 300 mil de indenização. Marco Antônio alega que fez uma “brincadeira errada” e que é “amigo” do caseiro.

O caso aconteceu no dia 15 de fevereiro, quando o médico Márcio Antônio Souza Júnior gravou e publicou em seu Instagram um vídeo em que mostrava um homem negro, que trabalhava como caseiro na Fazenda Jatobá, na cidade de Goiás, acorrentado pelos pés, pescoço e pelas mãos. No vídeo, é possível ouvir o medico dizer “Falei para estudar, mas não quer. Então vai ficar na minha senzala”.

Márcio Antônio negou as acusações e afirmou que fez uma “brincadeira errada”. De acordo com informações contidas na sentença escrita pela juíza Erika Barbosa Gomes Cavalcante, da Vara Criminal da comarca de Goiás, o homem: “Disse que não teve a intenção de praticar racismo, mas afirma que pegou erroneamente os apetrechos na casa do pai dele e que fez uma brincadeira errada”.

Ainda de acordo com as informações contidas na sentença, o funcionário afirmou “que não teve nenhuma vontade de gravar os vídeos e não vê a situação como uma brincadeira, pois se fosse, estariam todos iguais no vídeo, esclarecendo, por fim, que não são amigos”.

O médico foi condenado por racismo e, além de ter que cumprir três anos de prisão em regime aberto, terá que pagar uma indenização de R$ 300 mil que será dividida entre a Associação Quilombo Alto Santana, que atua no combate ao racismo, e a Associação Mulheres Coralinas, que luta pela inserção da mulher do campo no mercado de trabalho.

 A juíza afirmou na decisão que “Trata-se de um vídeo absolutamente criminoso, evidenciando o crime de racismo contra uma pessoa negra, com apetrechos utilizados na época da escravidão, motivo porque não há que se falar que foi uma brincadeira, em razão de ser crime o racismo recreativo”.

A defesa do médico alega que ele é inocente. Em nota para o g1, os advogados de Márcio Antônio disseram que ele: “Reitera ser inocente e que não teve qualquer intenção de ofender, menosprezar, discriminar qualquer pessoa ou promover esse tipo de atitude, inaceitável em nossa sociedade. Recorrerá contra essa injusta condenação ao Tribunal de Justiça”. A defesa afirma que vai recorrer.

Larissa Luz se despede do programa ‘Saia Justa’, do GNT: “Navegar em outras praias”

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Foto: Instagram/@iude

Em um anúncio emocionante, a cantora e atriz, Larissa Luz contou que deixará o programa ‘Saia Justa’ do GNT em 2024. Em seu discurso de despedida, que aconteceu durante a transmissão do programa na última quarta-feira, 29, ela afirmou que não fará mais parte do quadro de apresentadoras e que deve seguir “para ser mais cantora, mais atriz e apresentadora em outras pistas. Navegar em outras praias”. Astrid Fontenelle também deixará o programa no ano que vem.

Larissa Luz, que estreou no ‘Saia Justa’ em março de 2022, deixará o time formado por Astrid Fontenelle, Bela Gil e Gabriela Prioli. Depois de se emocionar com o discurso de Astrid, a cantora destacou que levará o aprendizado que recebeu no período em que esteve no programa: “Mas a gente vai se ver por aí. Abrimos as portas para o futuro e suas surpresas mil. Levo aprendizado, gratidão. Tendo a certeza de que fui inteira e entreguei o melhor de mim. Eu abro espaço para quem for de vir e traçarei novos destinos. Levo comigo tudo o que aprendi e estarei assistindo, lembrando que um dia já fiz parte desse importante portal em forma de sofá”, disse.

“Me senti honrada e amada. E tudo que posso dizer a vocês que estiveram comigo é muito obrigada”, completou. A artista deve gravar um novo álbum e sair em turnê para lançar o novo trabalho. Ela e Astrid Fontenelle, que apresentou o programa durante 11 anos, ficarão na atração até o dia 13 de dezembro.

O GNT anunciou a saída das apresentadoras em nota oficial: “Astrid estreia amanhã a nova temporada do Chegadas e Partidas às quintas no canal e aos domingos no Fantástico e se prepara para um projeto autoral no GNT em 2024. Larissa focará neste momento na carreira musical, com dedicação à gravação de seu novo álbum e turnê de lançamento, e também seguirá explorando ainda mais a vertente atriz”

Recentemente, o GNT transmitiu um programa especial sobre moda a afrodiaspórica no festival Afropunk, o maior festival de cultura negra do mundo. O especial foi apresentado por Larissa e as gravações aconteceram durante a terceira edição do Afropunk Bahia, realizado nos dias 18 e 19 de novembro, em Salvador.


Congresso aprova a lei que torna o Dia da Consciência Negra feriado nacional

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Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Vitória do movimento negro. Nesta noite de quarta-feira, 29, o Congresso Nacional aprovou a lei que torna o Dia da Consciência Negra feriado nacional.  O projeto de lei é de autoria do Senador Randolfe, com relatoria do senador Paulo Paim e da deputada Reginete Bispo em articulação com o Ministério da Igualdade Racial.

Foram 286 votos a favor, 121 contra e duas abstenções. Atualmente, a data é feriado em seis estados – Mato Grosso, Rio de Janeiro, Alagoas, Amazonas, Amapá e São Paulo – e em mais de 1.000 cidades por meio de leis municipais e estaduais.

O Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro foi instituído por Dilma Rousseff em 2011. A data homenageia Zumbi dos Palmares e destaca a história da população negra no Brasil, resgatando as raízes africanas e suas contribuições culturais e sociais. A aprovação recente no Congresso preenche uma lacuna deixada pela lei de 2011, permitindo que a data seja agora celebrada em todo o país.

A deputada federal Dandara Tonantzin (PT-MG) , celebra: “Esse é o reconhecimento tardio da força e da resistência afro-brasileiras pelo direito de existir em liberdade. Hoje temos um Brasil que se reconcilia com a sua própria história e avança no direito à memória, à justiça e à reparação para o povo negro.”

A ministra da Igualdade Racial Anielle Franco também se manifestou: “Vitória! Acaba de ser aprovada no Congresso a lei que torna o Dia da Consciência Negra feriado nacional. Momento importante para o orgulho e memória negra!”

“Zumbi dos Palmares foi um homem que conseguiu manter a chama viva, ardente em nossos corações, nas nossas veias, nas nossas almas, que fez com que esse Brasil pudesse reconhecê-lo como herói da pátria brasileira. Não herói dos negros, é herói da pátria brasileira. Não é apenas um feriado qualquer, é uma história do Brasil”, disse a deputada Benedita da Silva (PT-RJ), que falou em nome da bancada governista. 

A relatora Reginete Bispo (PT-RS) disse que a data servirá para aumentar os esforços de combate ao racismo e de promoção da igualdade racial. “Talvez pareça a muitos uma iniciativa menor, meramente simbólica. Mas não o é. Porque símbolos são importantes. São datas alusivas ao que o país considera mais relevante em sua história”, disse.

O texto já tinha sido aprovado pelo Senado e, agora, vai à sanção presidencial. A data será chamada Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra.

Com informações da Agência Brasil.

Ex-chefe de segurança de Diddy, diz que acusações de agressão do rapper contra Cassie são “a ponta do iceberg”

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Foto: Getty Images

ALERTA GATILHO!

O ex-chefe de segurança de Sean ‘Diddy’ Combs, citado em um processo de agressão física e abuso sexual movido pela ex-namorada Cassie, confirmou que já presenciou e até impediu as agressões do rapper contra a cantora. De acordo com a reportagem publicada hoje (29) pelo TMZ, Roger Bonds ainda afirmou que estas acusações são “a ponta do iceberg” quando se trata dos supostos crimes do produtor musical.

No último sábado (25), dias após Cassie e Diddy fecharem um acordo milionário para arquivar o processo, Bonds fez uma publicação polêmica no Instagram. “Isto não pretende ser uma ameaça, delação ou qualquer coisa assim contra Cassie, Diddy ou qualquer outra pessoa. Este sou eu dizendo a minha verdade como realmente me lembro dela por duas razões. Primeiro porque eu tenho quatro filhas. Então, essa é a minha verdade. Como eu vi e estive envolvido com isso por anos”. E concluiu com a legenda: “Estou disposto a dizer porque por muitos anos estava quieto, nada importa agora, exceto a família”.

Bonds trabalhou com Diddy há mais de 10 anos, e no processo, Cassie alega que o ex-segurança interveio para impedir que Diddy batesse em seu carro e a atacasse em 2009, em Los Angeles, nos Estados Unidos. Segundo o TMZ, Bonds confirmou essa história e ainda revelou que houve outros incidentes envolvendo outras pessoas durante seu período trabalhando para o rapper.

Cassie e Roger Bonds (Foto: Getty Images)

Após a repercussão do processo de Cassie, na semana passada, Diddy foi acusado de agressão sexual por outras duas mulheres e desta vez, o crime teria ocorrido nos anos de 1990 e 1991.

No vídeo do Instagram, Bonds ainda havia relatado as desculpas que encontrava para sair do emprego, incluindo a diabete. “Minha desculpa foi que não posso ficar com você todos os dias… estou perdendo peso, mas na verdade eu estava doente, estava cansado de você e estava cansado de tudo que estava acontecendo perto de você, eu estava cansado de ter que encobrir tudo o que você fazia”, disse.

Procurada pela reportagem do TMZ, a equipe de Diddy não comentou sobre as publicações. Mas negou todas as acusações e afirma que as duas novas acusações são “simplesmente para ganhar dinheiro”. Após repercussão da reportagem do TMZ, Roger Bonds desativou o perfil do Instagram nesta noite.

Entenda o caso

No dia 16 de novembro, o New York Times noticiou que uma ação movida por Cassandra Ventura, o nome verdadeiro da cantora Cassie, revelava que Sean Diddy Combs, iniciou um padrão de controle e abuso contra ela, quando ainda tinha 19 anos, logo depois do início da relação, que incluía “forçá-la a usar drogas, agredi-la e forçá-la fazer sexo enquanto a filmava na presença de prostitutas”. O processo estava sendo conduzido no Tribunal Distrital Federal de Manhattan, nos EUA.

Entretanto, no dia seguinte a cantora emitiu um comunicado publicado pelo Daily Star com a seguinte mensagem: “Decidi resolver este assunto amigavelmente, nos termos em que tenho algum nível de controle”. Ela ainda agradeceu aos fãs, à família e seus advogados “pelo apoio inabalável” que recebeu.

‘This is Us’ retorna à Globo com exibição da segunda temporada

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Foto: Maarten De Boer/ NBC

Se ainda não comprou a sua caixa de lencinhos, corra: nesta quinta-feira (30), o drama que faz todo mundo chorar, ‘This is Us’, está de volta à Globo, logo após ‘The Voice Brasil’. A segunda temporada da série ganhadora de quatro Emmys, tem dezoito episódios e se aprofunda ainda mais nas histórias da família Pearson, revelando, inclusive, a razão da morte do seu patriarca, Jack (Milo Ventimiglia), fato que reverbera na vida de todos até hoje.

Desenvolvida em quatro tramas principais e duas fases que se apresentam alternadamente – nascimento, infância e adolescência dos irmãos Pearson e os núcleos dos já adultos Randall (Sterling K. Brown), Kevin (Justin Hartley) e Kate (Chrissy Metz) –, a narrativa ganha novos personagens, que trazem diferentes traços à já conhecida rotina da família.

Foto: Maarten De Boer/ NBC

Na trama ligada ao passado, Rebecca (Mandy Moore), que, no fim da temporada anterior, tem uma grande briga com Jack e descobre seu alcoolismo, faz as pazes com o marido e tenta dar conta de três filhos com dificuldades peculiares.

Depois de pedir demissão após uma crise emocional ao final da primeira temporada, Randall, agora, cuida dos afazeres da casa, enquanto a sua esposa, Beth (Susan Kelechi Watson), fica responsável pelos proventos da família. O casal decide adotar um bebê, e a série, que sempre toca em assuntos atuais, foca em adoção tardia.

Foto: Maarten De Boer/ NBC

Kate, agora morando com Toby (Chris Sulivan), começa a abrir com ele os seus traumas em relação à morte do pai. Ela também decide perseguir o seu abandonado sonho de ser cantora, e confessa à mãe, Rebecca, como se sente em relação a ela, estreitando laços.

Já Kevin, gravando um filme em Los Angeles, passa por um arco dramático mais maduro do que na primeira temporada, após se lesionar no set de filmagens. Além de precisar lidar com seu relacionamento à distância com Sophie (Alexandra Breckenridge), ele passa a encarar suas dificuldades e a responsabilidade de seus atos com quem o rodeia, e entende melhor o sofrimento silencioso após a morte de seu pai.

‘This is Us’ é exibido às quintas-feiras, logo após o ‘The Voice Brasil’.

Profissionais Negres x Branquitude Predatória: O mercado de (des)serviços no novembro negro

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Foto: Freepik

Texto de Shenia Karlsson

Eis que estamos a encerrar o mês da consciência negra com poucos avanços. Embora tenha aumentado a procura de profissionais negres para eventos, palestras, talks, entrevistas, construção de conteúdo e tudo que possamos imaginar, esse mês tornou-se um mercado feroz em que a especulação e a precarização de profissionais negres naturalizou-se como norma.

Tenho tido experiências muito surreais, pedidos estranhos e muitas tentativas de sucateamento de meu trabalho, e eu possuo tolerância zero diante desse cenário nefasto que instalou-se no mês de Novembro. Bancos, Indústrias, Instituições, Empresas privadas, Revistas e suas propostas simpáticas para trabalho gratuito ou por um punhado de moedas. É de uma desfaçatez sem tamanho um representante de banco ter a falta de vergonha em convidar uma profissional negra para um papo informal para seus colaboradores brancos “nesse mês tão especial”, disse ele. 

Aliás, por que faríamos isso? Estamos muito ocupados, branquitude!

Nossas caixas de mensagens enchem de pedidos de orçamentos para a realização de diversas atividades, contudo os bastidores dessa movimentação das empresas em tentar fazer bonito  nessa época, demonstra que pouco mudou. Primeiramente, mensagens em massa são enviadas para muitos profissionais ao mesmo tempo, e a procura não leva em conta nem a expertise e nem sua relevância, somente o orçamento mais baratinho. 

As empresas e Instituições tornaram-se famosas ao enxergar pautas raciais como temas merecedores de pouco investimento, e como profissionais negres tiveram sempre suas atividades laborais desvalorizadas, nessa época não seria uma exceção. Além da prática da especulação dos orçamentos temos a especulação de ideias,sim, várias tentativas de apropriação de conteúdos e um comportamento predatório praticado através de tentativas de exploração disfarçadas de propostas ou as famosas “parcerias”, em que o intuito é estabelecer o contato para um assalto de iniciativas à luz do dia.

Mas, como nós, profissionais negres podemos contornar essa triste situação numa época em que nossas expertises deveriam ser altamente valorizadas? Como proteger nossos saberes angariados às duras penas num mercado em que ao mesmo tempo que precisa de nossa contribuição  precariza nossa participação?

 Muitas mudanças temos pela frente. Uma realidade incontornável é que nos tornamos detentores de saberes fundamentais para discutir qualquer assunto na atualidade, e o mercado está num beco sem saída enquanto nós estamos lutando nas encruzilhadas. 

Eu adotei medidas para me proteger nesta selva de  expropriação, nessa terra de Malboro: 1- estabeleci uma cartela de serviços com valores estabelecidos com margem razoável para negociação, sem que me sinta explorada; 2- evito reuniões antes de contratações, geralmente são onde as especulações de conteúdo acontecem; 3- Após qualquer contato, minha assessoria pede que enviem informações fundamentais para o envio de orçamentos, essa medida afasta os oportunistas.

Nem meu relógio trabalha de graça, e eu uso Rolex. De grátis não rola meu bem!

SZA revela que escreveu a música ‘Kill Bill’ em apenas 10 minutos: “eu odiei de primeira, não me interessava tanto”

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Foto: Mason Poole

A cantora SZA é o novo destaque da revista Variety. O editorial destaca a forma como a estrela conquistou o mundo em 2023 com o lançamento de seu disco ‘SOS’, junto com o sucesso ‘Kill Bill’. À publicação, SZA contou que o hit nasceu praticamente de forma espontânea e que no início, ela não gostou muito da própria ideia em torno da letra.

O produtor Rob Bisel lembra que SZA precisou de apenas 10 minutos para criar ‘Kill Bill’ com base em um beat que estava tocando no estúdio. “Ela estava sentada em silêncio com seu telefone. Eu realmente não sabia se ela estava escrevendo ou apenas navegando pelo Instagram. Mas depois de 10 minutos de silêncio, ela disse, ‘OK, tive essa ideia para essa música. Pode ser um pouco louco, mas deixe-me saber o que você pensa“, contou ele, antes da artista cantarolar pela primeira vez o refrão de ‘Kill Bill’.

Foto: Getty Images.

Depois disso, a produção completa da faixa, incluindo melodia e arranjos, foi concluída em menos de 1 hora. “Eu odiei de primeira”, disse SZA. “Bem, eu não odiei totalmente. Mas eu pensei: ‘Posso dizer isso? É bobagem?’ Rob disse: ‘Você tem que dizer isso!’ Então, enviei para minha amiga, e ela disse: ‘Não sei. Acho que você deveria dizer algo para esclarecer. Eu estava com muito medo de que as pessoas machucassem umas às outras, porque algumas pessoas são estranhas pra caramba. Mas foi uma piada.”

Apesar do aparente desgosto de SZA, ‘Kill Bill’ se tornou um enorme sucesso no mundo todo. “Eu nunca tinha feito uma balada antes e isso era muito genuíno para o meu espírito. Eu estava triste pra caramba por causa do meu ex, e foi isso que saiu. Mas ‘Kill Bill’ não era uma música que me interessasse tanto“, concluiu ela.

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