Home Blog Page 332

Aos 48 anos, André 3000, do OutKast, diz que está ‘velho demais’ para fazer rap: “não tenho nada sobre o que falar”

0
Foto: Divulgação.

O rapper André 3000 surpreendeu o público ao longo das últimas semanas após lançar o seu primeiro trabalho musical desde 2006. Conhecido pelo seu amplo sucesso como líder do grupo de rap OutKast, o astro lançou um álbum sem vocais, explorando apenas o instrumental de flautas. Chamado de ‘New Blue Sun’, o disco chamou atenção dos fãs, que esperavam por novas rimas do vencedor do Grammy.

Em entrevista para a GQ Magazine, André revelou que não se sente mais confortável em fazer rimas, por mais que tenha vontade. Aos 48 anos, ele diz que envelhecer o afastou do hip-hop. “Na verdade, às vezes parece inautêntico para mim fazer rap porque não tenho nada sobre o que falar desse jeito. Tenho 48 anos”, destacou ele.  “E não quer dizer que a idade é uma coisa que dita sobre o que você faz rap, mas de certa forma isso acontece. E as coisas que acontecem na minha vida são tipo, do que você está falando? ‘Tenho que fazer uma colonoscopia’. Sobre o que você está fazendo rap? ‘Minha visão está piorando.’ Você pode encontrar maneiras legais de dizer isso, mas não sei”.

André 3000. Foto: Divulgação.

O artista contou que até tentou lançar música de rap e diz que trabalhou com vários profissionais, mas não aconteceu. “Trabalhei com alguns dos produtores mais novos, mais recentes, mais jovens e da velha guarda. Eu recebo batidas o tempo todo. Tento escrever o tempo todo”, disse ele.

Apesar da dificuldade, André 3000 não descarta lançar um projeto de rap no futuro, mas enfatiza que não é um desejo atual. “Não quer dizer que eu nunca faria [rap] de novo, mas essas não são as coisas que estão por vir agora. Talvez isso aconteça um dia, mas preciso encontrar uma maneira de dizer o que quero de uma forma interessante que seja atraente para mim nesta idade“, finalizou.

‘American Symphony’: Favorito ao Oscar, documentário emocionante de Jon Batiste mostra a força do amor na luta contra o câncer

0
Foto: Divulgação / Netflix.

O documentário ‘American Symphony’ do artista Jon Batiste está emocionando muitas pessoas ao redor do mundo e já aparece como favorito ao Oscar de ‘Melhor Documentário’ nos sites especializados. A obra, já disponível na Netflix, começa em 2022, no momento em que Batiste descobre que foi indicado a 11 Grammys, o ponto mais alto em toda sua carreira. Ao mesmo tempo que a vida profissional do cantor ganha impulso, a sua companheira de vida, Suleika Jaouad, descobre que, após uma década, ela precisa enfrentar o câncer mais uma vez.

American Symphony‘ narra as alturas e profundidades emocionais que partem entre os dois mundos de Batiste, o profissional e o pessoal, misturando arte, música e amor. “Algumas pessoas nascem para fazer arte”, disse Batiste à Netflix. “Obtemos energia escrevendo e atuando, criando e reunindo pessoas em uma comunidade. Também obtemos energia por estarmos juntos, nós dois, ou sozinhos. Passamos por esses períodos de incubação, criatividade e refinamento”.

Jon Batiste e Suleika Jaouad em ‘American Symphony’. Foto: Netflix.

Autora, Suleika Jaouad ganhou destaque ao lançar o livro ‘Between Two Kingdoms: A Memoir of a Life Interrupted’, narrando sua experiência sendo diagnosticada com leucemia com apenas 22 anos de idade e que se tornou um dos livros mais vendidos do The New York Times. “É tão estranho ter câncer novamente depois de quase 10 anos de remissão e receber um segundo transplante de medula óssea – uma opção de último recurso e um procedimento realmente arriscado. É um momento bizarro em nossas vidas”, diz Jaouad no documentário. “No meu primeiro dia de quimioterapia, as 11 indicações ao Grammy do Jon foram anunciadas… Sinceramente, não sei como conseguimos chegar a tais extremos.”

Jaouad também conta como, diante desses altos e baixos, seu relacionamento com Batiste foi fortalecido. “Muito antes de termos um relacionamento romântico, Jon e eu compartilhamos uma linguagem criativa. Ambos vemos a sobrevivência como um tipo próprio de ato criativo”, diz ela em ‘American Symphony’. “É o que nos ajuda a alquimizar as diferentes coisas que surgem na vida e a transformá-las em algo útil, algo significativo.“

Primeira Mostra de Cinema Angolano e Paulistano promove intercâmbio cultural através de filmes

0
Foto: Reprodução

A Spcine está promovendo a I Mostra de Cinema Angolano e Paulistano, que propõe um intercâmbio cultural por meio da exibição de filmes brasileiros em Angola entre os dias 19 e 23 de dezembro e filmes angolanos no Brasil durante os dias 07 a 13 de dezembro, no Circuito Spcine Olido com ingressos a R$4 (inteira) e R$2 (meia).

A mostra inclui a realização de cinco sessões de curtas-metragens e 5 sessões de longas-metragens em São Paulo, no Cine Olido, como parte da programação do Circuito Spcine de cinema. Em Luanda, as exibições acontecerão no Instituto Guimarães Rosa, integrando a programação da Semana do Brasil em Angola, organizada pela Associação de Empresários Brasileiros em Angola.

A curadoria dos filmes brasileiros foi realizada pela APAN com apoio da Spcine, enquanto a curadoria dos filmes angolanos será realizada pelo IACA com apoio do IGR e Geração 80. O público de São Paulo terá a oportunidade de desfrutar produções angolanas, como “Ar-Condicionado” de Fradique, que narra a missão de Matacedo e Zezinha para recuperar um ar-condicionado em Luanda, e “Comboio Da Canhoca” de Orlando Fortunato, um retrato histórico da ação repressiva das autoridades coloniais portugueses em Angola. Além dessas, obras como “Rastos De Sangue” de Mawete Paciência e “Mutu Mbi Má Pessoa” de Levis Albano também serão exibidas, prometendo uma ampla reflexão sobre temas importantes.

Por outro lado, os filmes brasileiros transmitidos em Angola durante a mostra, incluem “Medida Provisória” de Lázaro Ramos, “Chico Rei Entre Nós” de Joyce Prado e “Racionais: Das Ruas de São Paulo Pro Mundo” de Juliana Vicente, proporcionando ao público angolano uma visão diversificada da cinematografia brasileira, com obras que abordam questões históricas, culturais e sociais relevantes.

Em sintonia com sua estratégia de internacionalização e fortalecimento das relações com nações africanas, a mostra parte da parceria estabelecida entre SPcine com o Instituto Guimarães Rosa (IGR), o IACA (Instituto Angolano de Cinema e Audiovisual) e a APAN (Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro) para realizar a mostra.

Além das projeções, estão programadas duas mesas de discussão, uma no primeiro e outra no último dia da mostra. Os debates contarão com a participação de cineastas brasileiros, membros da Spcine e da APAN, assim como especialistas em cinema africano.

Festival na Zona Leste de SP terá shows gratuitos de Seu Jorge, Mano Brown e muito mais

0
Fotos: Getty Images e Jef Delgado

Entre os dias 19 e 21 de dezembro acontece a primeira edição do Festival Beatloko & Filhos do Guetto no Centro Esportivo Vila Silvia, localizado na Zona Leste de São Paulo. O evento conta com uma programação intensa de shows gratuitos para a comunidade e toda a região, incluindo nomes como Mano Brown, Ice Blue, Seu Jorge, Grupo Pixote, Dexter e Turma do Pagode

O evento é promovido pelo Instituto Filhos do Guetto, em parceria com o Bloco Beatloko, projeto do DJ Cia, conhecido por ser o primeiro bloco de rap, hip-hop e black music criado para o carnaval paulistano e que reúne mais de 150 mil pessoas a cada edição.

“Há 6 anos o Beatloko vem trabalhando no projeto de unificar as comunidades e os artistas por meio da música independente do gênero e o Filhos do Guetto faz um trabalho social e cultural muito importante nesse sentido. A parceria com eles só reforça esse trabalho de descentralizar o lazer e a cultura, levando oportunidade para o povo das comunidades, principalmente da Zona Leste. A ideia do festival, além de trazer grandes nomes ao ar livre e de forma totalmente gratuita, é mostrar que o povo periférico também merece viver essa experiência e expandir o projeto para todo o Brasil.” comenta DJ Cia.

Idealizado por Mr. Jungle há 7 anos, o Instituto Filhos do Guetto tem o propósito de ajudar sua comunidade por meio da cultura, esporte e lazer para pessoas de baixa renda. Oferece aulas de capoeira, ballet, design de sobrancelha, barbeiro, aula de inglês, entre outras atividades profissionalizantes que garantem à comunidade o acesso a oportunidades de emprego. No festival, os alunos dos cursos oferecerão gratuitamente os serviços para o público interessado. Hoje, o instituto também é responsável pelo maior festival da história do funk consciente de São Paulo, o Projeto no Gueto, que já reuniu mais de 100 mil pessoas ao longo de suas 5 temporadas nas periferias da capital.

“O lema deste evento é um só: a periferia também pode. Ter um festival de grande porte com artistas renomados dentro da comunidade, além de levar lazer e cultura para a população, também gera empregos que vão desde a parte do comércio, até a presidência do instituto, todas as pessoas envolvidas na construção desse projeto são da própria comunidade. A parceria com o Beatloko, um dos maiores blocos de São Paulo, com um público tão grande, só prova que a união faz a força. A gente está trazendo o gueto para o gueto.” afirma Henrique Jambo, presidente do Instituto Filhos do Guetto.

A entrada no evento será mediante a doação de 1 kg de alimento não perecível, cuja doação será dividida entre a Ação da Cidadania e a Palestina. A organização estima um público de até 30 mil pessoas ao longo dos 3 dias.

Confira abaixo o line-up:

Apresentação: Samanta Schmutz & Dani Nega

Amanda Magalhães

Netinho de Paula

Grupo Pixote

MC Hariel

Tz da Coronel

Dexter

Aya

Grupo Entre Elas

Art Popular

Mc IG

Tiee

Oruam

DJ Cia + Seu Jorge + Sandrão

MC Daniel

Adriana Ribeiro

MC Cidinho

Turma do Pagode

MC Danny

Gica

MC Smith

Mano Brown & Ice Blue

Serviço

Festival Beatloko & Filhos do Guetto

Data: 19 a 21 de dezembro

Local: Centro Esportivo Vila Silvia, R. Serra Verde, 901 – Vila Silvia, São Paulo – SP

Valores: Entrada Gratuita

Personal chefs: conheça profissionais negros que fazem eventos e cozinham na casa do cliente

0
Foto: Divulgação

Seja porque você não tem habilidades na cozinha, ou porque está na correria, ou queria apenas se dar esse luxo de presente, diversos personal chefs estão disponíveis para preparar suas comidinhas preferidas na sua casa, nas festas de Natal e Ano Novo.

O Mundo Negro e o Guia Black Chefs selecionou profissionais negros de diferentes regiões do Brasil, que realizam esse tipo de serviço, para recomendar aos nossos leitores.

Veja a lista completa abaixo:

Chef Eliz Farias – Porto Alegre e Região

Especialidades: cardápios personalizados de acordo com o que cliente precisa. Comidas variadas, como massas, risotos, escondidinho, musseline e pratos da culinária nigeriana. Feijoada e farofa de banana são os pratos mais populares.

Instagram: @chef_eliz_alejo

Chef Lize Guimarães – São Paulo e Região Metropolitana

Especialidades: coffee breaks e também jantares personalizados. O menu poderá ser elaborado conforme a necessidade do cliente, após um breafing detalhado.

Instagram: @cheflizeguimaraes

Chef Alan Cerqueira – Salvador e Região Metropolitana

Especialidades: o menu é personalizado de acordo com o gosto do cliente, podendo ser preparado qualquer tipo de opção, como massas, frutos do mar, carnes e aves.

Instagram: @chef.alan

Chef Rebeca Serrano – Zona Sul do Rio de Janeiro

Especialidades: menu criado em parceria com o clientes. Pratos principais: Peixes e Ceviche.

Instagram: @refserrano

Chef Sissa Marques – São Paulo

Especialidades: o cardápio para eventos varia de acordo com a linha de dieta do cliente. As opções mais populares são tabule de quinoa, taça mix de folhas ao molho de manga e chia, escondidinho de frango cremoso com batata doce e escondidinho de carne com abóbora.

Instagram: @saborequilibrio_oficial

Chef Camilla Alves – Zona Sul e Zona Norte do Rio de Janeiro

Especialidades: coffee break, welcome coffe, find food, brunch e buffet americano.

Instagram: @camilageneroso_coz

Chef Myrlen- Nilópolis, Mesquita, Nova Iguaçu e Zona Norte do Rio de Janeiro

Especialidades: coffee break, welcome coffe, find food, brunch e buffet americano.

Instagram: @hermanasgastronomia

Estudo revela que áreas de povos afrodescendentes na América Latina contribuem para a proteção da biodiversidade

0
Foto: Divulgação / Agencia Brasil.

Durante a COP-28 que está sendo realizada em Dubai, líderes afrodescendentes do Brasil, Colômbia e Honduras apresentaram os resultados do estudo “Territorialidade dos Povos Afrodescendentes da América Latina e do Caribe em Hotspots de Biodiversidade”. Essa é a primeira análise regional a documentar a presença territorial dos Povos Afrodescendentes e sua importância para a América Latina e o Caribe em termos de desenvolvimento, mitigação e adaptação às mudanças climáticas e conservação.

O estudo revelou que existem 205 milhões de hectares em 16 países da região com a presença territorial de Povos Afrodescendentes. No entanto, apenas 5% têm reconhecimento legal de seus direitos coletivos de posse de terra e território.

A análise também mostra que existem mais de 1.271 áreas protegidas dentro ou adjacentes aos territórios dos Povos Afrodescendentes, 77% das quais possuem uma transformação natural reduzida, ou seja, pontos de biodiversidade com a enorme contribuição dessas comunidades na proteção de áreas de alto valor ecossistêmico.

Foto: Julia Rendleman/The Guardian.

No Brasil, 67% dessas áreas afrodescendentes estão localizadas em municípios certificados com a presença de comunidades quilombolas sem titulação coletiva. Em países como Belize, Bolívia, Costa Rica, Equador, Guatemala, Honduras, Nicarágua e Panamá, constatou-se que 100% dos territórios dos Povos Afrodescendentes estão em áreas consideradas hotspots de biodiversidade.

Essa descoberta é muito importante, tanto em termos de mostrar o nível de implementação de políticas por diferentes governos de seus compromissos de reconhecer os direitos de posse territorial dos Povos Afrodescendentes quanto como evidência de sua importância na agenda global e nas metas de mitigação das mudanças climáticas e conservação da biodiversidade.

Foto: Julia Rendleman/The Guardian.

O objetivo do estudo é identificar progressivamente a presença, as terras tituladas e não tituladas e os territórios dos povos afrodescendentes e defender o reconhecimento dos seus direitos de posse coletiva. Embora os povos afrodescendentes da América Latina e Caribe lutem por um lugar nos debates internacionais sobre clima e conservação, não ter limites definidos para suas terras ancestrais tem sido um obstáculo para estabelecer adequadamente a importância de seus territórios, de modo a proteger a biodiversidade e lidar com desafios complexos, como como degradação de ecossistemas, perda de sistemas alimentares e outros problemas ambientais.

Astro de ‘Empire’, Terrence Howard processa agentes da série após descobrir que seu salário era ‘abaixo da média’

0
Foto: FX.

Estrela da série ‘Empire’, Terrence Howard abriu nesta sexta-feira (8) um processo contra os agentes da empresa Creative Artists Agency (CAA), responsáveis pela comercialização da obra. O ator alega que recebia um salário muito abaixo da média, quando comparado com outros colegas, e que ele foi enganado sobre as informações que repassaram sobre os valores de mercado à época. Em ‘Empire’, ele interpretou o personagem Lucious Lyon, magnata do hip-hop que luta para reerguer sua carreira de sucesso.

“Eu confiei na CAA para cuidar de mim e eles cuidaram de si mesmos”, disse Howard, em comunicado. De acordo com James Bryant, advogado responsável pelo caso, o processo alega que Howard recebeu informações enganosas sobre os salários de atores em situação semelhante. Quando ele perguntou o valor que outros atores com seu nível de fama recebiam, os agentes da CAA supostamente lhe fizeram comparações erradas. Howard alega que ele deveria estar sendo pago no mesmo nível de Kevin Spacey em ‘House of Cards‘ ou Jon Hamm em ‘Mad Men’, com valores em torno de U$ 1 milhão por episódio.

Terrence Howard como ‘Lucious Lyon’ em ‘Empire’. Foto: FOX.

Questionado sobre seu salário, Howard disse que seu acordo com a CAA lhe proporcionou US$ 325 mil por cada episódio de ‘Empire’ no auge da produção. “Nunca recebi crédito de produtor, embora tenha reescrito a maioria das cenas e atuado como produtor”, declarou o artista.

Este não é o primeiro processo que Howard abre sobre sua remuneração em ‘Empire‘, um dos programas mais assistidos da FOX. Em 2020, ele processou a 20th Century Studios por taxas de royalties supostamente não pagos pelo uso de seu nome e imagem em mercadorias.À época, a denúncia alegou quebra de contrato e exigiu prestação de contas.

Criado por Lee Daniels e Danny Strong, ‘Empire’ foi classificado como a série de drama número #1 no principal grupo demográfico de 18 a 49 anos, e com média de mais de US$ 100 milhões por ano em receita publicitária por temporada ao longo de suas seis temporadas. No Brasil, a obra já foi transmitida pela TV Globo e conta com a atriz Taraji P. Henson no elenco principal.

Snoop Dogg revela que ganhou ‘apenas’ U$ 45 mil após conquistar 1 bilhão de streams com suas música: “não rende nada”

0
Foto: DAVE BJERKE/NBC.

O mercado dos streams e plataformas de música parece que não é tão lucrativo para os artistas. Em nova entrevista para o podcast ‘Business Untitled’, Snoop Dogg revelou que conquistou mais de 1 bilhão de streams no Spotify ao longo de 2023, mas que esse valor lhe rendeu apenas U$ 45 mil, um número muito inferior se fosse gerado a partir de vendas unitárias e downloads pagos.

Foto: Kevin C. Cox / Getty Images.

“Acabaram de me enviar algumas coisas do Spotify, onde consegui um bilhão de streams. Isso não me rendeu nem U$ 45 mil. É o que eu digo, cada vez que você vende alguma coisa, se alguém a vender, você ganha 10% dele, não rende nada”, exemplificou o artista, que atualmente possui mais de 30 milhões de ouvintes mensais. De acordo com um relatório da empresa Loud & Loud, estima-se que cada reprodução do Spotify, gere cerca de US$ 0,0035 por stream.

Vale citar que o dinheiro gerado com os streams não vai inteiramente para o artista, pois há outras partes a serem consideradas, como gravadoras, empresários e compositores creditados, bem como o próprio Spotify recebendo uma parte. Gerando muito mais lucro com shows e turnês, durante a entrevista, Snoop revelou que precisou diversificar sua carteira de ganhos. O artista contou ainda que passou a vender a imagem dele para empresas que estavam trabalhando com NFT.

Suspenso por usar dreads, estudante negro do Texas é punido novamente pela escola por “não cortar o cabelo”

0
Foto: Michael Wyke/AP/Arquivo

Estudante negro é suspenso novamente pela escola no Texas, Estados Unidos, por causa do seu cabelo afro. Darryl George está no terceiro ano da Barbers Hill High School e ao longo de 2023, foi suspenso outras vezes por usar dreadlocks e havia acabado de retornar de um programa disciplinar de educação alternativa, sob a acusação de violar o código de vestimenta.

“Darryl George, 18 anos, aluno da Barbers Hill High School em Mont Belvieu, estava na aula na terça-feira (5) quando foi informado de que violou a política do código de vestimenta da escola por não cortar o cabelo e foi novamente encaminhado para suspensão na escola”, disse a Dra. Matthews, porta-voz da família George, à People.

A revista teve acesso a cópia do aviso de suspensão escolar por 13 dias: “O cabelo de Darryl não combina com o código de vestimenta da BH quando solto. Se Darryl corrigir a violação do código de vestimenta, ele poderá retornar às aulas normais”.

Darryl e mãe Darresha (Foto: Michael Wyke/Associated Press)

Em entrevista à Associated Press, Darresha George, a mãe de Darryl, disse que a família agora está “apenas tentando encarar isso dia após dia”. “Isso é tudo que podemos fazer. Não vemos a luz no fim do túnel. Mas não vamos desistir”, completou.

“Vamos tomar medidas para que a Lei CROWN seja declarada inconstitucional devido à manipulação de palavreado pela escola”, disse a advogada da família, Allie Booker. A legislação no Estado do Texas proíbe a discriminação natural do cabelo no trabalho e nas escolas e nas políticas habitacionais.

No processo aberto contra o governador do Texas, Greg Abbott, e o procurador-geral Ken Paxton, a Brooker alegou que o adolescente “deveria ter permissão para usar o cabelo da maneira como o usa… porque a chamada política de higiene neutra não tem associação estreita com aprendizagem ou segurança e, quando aplicado, impacta desproporcionalmente os homens negros”.

Relembre o caso

Em agosto, a discriminação racial com base em estilo de cabelo voltou à tona no Estado do Texas, após Darryl ter sido expulso por usar dreadlocks distorcidos, considerado uma violação do código de vestimenta na aparência do distrito escolar. Em setembro, em foi suspenso novamente pelo mesmo motivo. Os funcionários da escola afirmaram que o cabelo de George ultrapassava as sobrancelhas e os lóbulos das orelhas.

Naquele mês, a família do adolescente entrou com uma ação federal de direitos civis contra o governador do Texas, Greg Abbott, e o procurador-geral Ken Paxton. 

Com informação da People*

Passado o mês de novembro, o que as empresas têm feito com a consciência adquirida?

0
Foto: Reprodução

Refletir sobre o legado, o presente e o futuro da população afro-brasileira deveria ser o ponto de partida para uma ação antirracista. Mas será que os discursos de equidade racial, tão frequentes nas cartilhas de ESG das empresas, estão orientando as práticas do dia a dia?

Um recente estudo do Insper revelou que trabalhadores negros com nível de escolaridade semelhante ao dos brancos ganham, em média, 13% menos. Os dados são de 2021, mas essa condição persiste há 40 anos: em 1982, quando a série teve início, o percentual era de 13,6%. 

As diferenças são ainda mais profundas quando se trata de gênero. Segundo a Fundação Getúlio Vargas, no primeiro trimestre de 2023, a remuneração média das mulheres negras correspondia a 48% dos ganhos dos homens brancos e a 62% das mulheres brancas.

Mais que um convite para refletir, é importante propor às empresas um chamado para a ação. Não podemos deixar que o compromisso com a redução das desigualdades, que afeta principalmente a população negra, permaneça apenas no papel. O antirracismo precisa ganhar o status de pilar fundamental na cultura e estratégia corporativa. Não se trata de uma opção, mas sim de uma responsabilidade coletiva.

Promover e incentivar um espaço de aquilombamento é opção acolhedora que fortalece as relações institucionais. O Coletivo Pretas B, proporciona segurança e voz para as discussões sobre a experiência da mulher negra no ambiente corporativo, colabora no sentido de mapear e conectar mulheres pretas e pardas, servindo como fonte inestimável de oportunidades e crescimento profissional. Outra ação que reflete o compromisso com a agenda negra é promover parcerias. O Sistema B Brasil vem construindo uma forte relação como o Pacto de Promoção da Equidade Racial. Por meio do Protocolo ESG Racial, as empresas são convidadas a priorizar ações de inclusão, investindo em profissionais negros. 

O movimento por uma economia com mais equidade não termina aí. Entendemos como fundamental não apenas a equiparação de salários e cargos nos seus ambientes internos, mas também a adoção de medidas reparadoras nas comunidades onde esses profissionais estão inseridos. 

O tema da vez, justiça climática, tem levantado o debate sobre como o aquecimento global afeta as periferias. Secas, enchentes, deslizamentos e outros desastres naturais atingem muito mais pessoas negras, quilombolas, indígenas e ribeirinhas, comunidades marginalizadas historicamente.

No combate ao racismo ambiental, também é fundamental incentivar o consumo de produtos de empreendedores negros e da periferia, contribuindo com a narrativa do “blackmoney” para conscientizar o consumidor sobre seu papel ativo na reparação de um sistema injusto. Comprar de negócios negros é mais que uma transação, é um ato de resistência, respeito e reconhecimento.

É possível colocar a pauta antirracista para além do discurso. Investir em boas práticas voltadas para a equidade racial deve se tornar um ativo indispensável no mundo corporativo. A visão que queremos encontrar nas lideranças das empresas deve estar comprometida com um Brasil onde a cor da pele não determina o destino de uma pessoa ou afeta cada passo que ela dá na direção dos seus sonhos.

***

*Priscilla Arantes é gerente de comunicação do Sistema B Brasil, e articuladora do Coletivo Pretas B, um projeto que apoia mulheres negras na rede do Sistema B Brasil por meio de mapeamento, mentoria, consultoria e capacitação, e fundadora do Instituto Afroella. 

error: Content is protected !!