Nesta sexta-feira, 3, a Ministra da Cultura, Margareth Menezes, participou da mesa “Uma Vida Dedicada à Cultura”, durante o Festival Liberatum. No evento, realizado no Centro de Convenções de Salvador, ela celebrou a potência cultural do Brasil: “A presença do Festival Liberatum no Brasil é um sinal de que, apesar dos desafios, o que fizemos até aqui tem sido reconhecido”.
Durante seu discurso de abertura do evento, a ministra ressaltou que o Brasil chama atenção dos outros países do mundo para realizações culturais. Menezes afirma que o governo busca agregar a sociedade civil no diálogo para elaboração de políticas que impulsionam a cultura.
Ela também lembrou que o país é uma potência na área cultural: “É necessário que a gente acredite que somos uma potência mundial neste aspecto. Estamos agora diante de um governo que acredita e dialoga. Essas ações internacionais que estão chegando para nossa Bahia não são à toa, são fruto da nossa resistência. A presença do Festival Liberatum no Brasil é um sinal de que, apesar dos desafios, o que fizemos até aqui tem sido reconhecido”, pontuou.
A mesa, mediada por Camila Apresentação, também recebeu o diretor artístico Gil Alves, que destacou a importância da criação de estratégias para que todas as pessoas tenham condições de acesso às leis de incentivo à cultura e contou sua trajetória na área: “A cultura é ancestral. Acredito que é importante você se cercar da sua história e fazer com que outras pessoas venham junto”, declarou.
Em novembro chega ao streaming mais uma produção criada por uma mulher negra. A série “A Magia de Aruna”, criada pela roteirista Maíra Oliveira, terá seis episódios e deve estrear no Disney + no dia 29 de novembro e tem como protagonistas as atrizes Giovanna Ewbank, Cleo, Erika Januza, Suzana Pires e Jamilly Mariano.
Com o trabalho em “A Magia de Aruna”, a roteirista se tornou a primeira mulher negra a assinar uma criação com a Disney Brasil. A história criada por Maíra se passa no Rio de Janeiro, em um mundo que atravessa uma crise solar. Nesse contexto, vive a adolescente Mima, interpretada por Jamilly Mariano, que possui um poder especial de hiperempatia e faz de tudo para esconder isso. Em dado momento, a personagem participa de uma competição que a faz perder o controle de seu dom. É nesse momento que ela acaba desfazendo um feitiço realizado a 300 anos e que acorda três bruxas guardiãs.
“A Magia de Aruna conta a história de Mima, uma menina que tem o poder de hiper empatia, e por não conhecer suas origens, foi levada a acreditar que magia é algo ruim. Até que nossa protagonista desperta três bruxas com quem vai aprender a lidar com seu poder e descobrir que ser diferente é potência- nesse caso, potencialmente mágico. O público pode esperar uma história cheia de bonitos laços de amizade e respeito, aventura e é claro magia”, destaca Maíra.
Foto: Divulgação
Ela ainda conta que se inspirou no universo de filmes e séries de magia para criar “A Magia de Aruna”: “A criação foi inspirada pelo universo dos filmes e séries de magia, sobretudo de bruxinhas, que têm o despertar da magia como uma forma de representar o vir-a-ser mulher. E esse conceito dialoga intimamente com a infância e adolescência de muitas meninas – sobretudo em meninas negras como eu -, que em algum momento desacreditaram na própria voz, pelos preconceitos de gênero, classe e raça que estruturam nossa sociedade. Poder falar disso através dessa metáfora, de uma forma lúdica, é ampliar o debate sobre o impacto das opressões sociais em uma parcela enorme da população, que se verá ali representada pela nossas bruxinhas”, contou Maíra Oliveira.
Foto: Camila Rhodes/ Secretaria da Educação de Guarulhos
Na primeira visita ao Brasil, o Rei do Bailundo – maior grupo étnico de Angola -, Sua Majestade Rei Tchongolola Tchongonga Ekuikui VI, chega ao Rio de Janeiro para participar de dois dias de agenda na cidade, na próxima semana.
Na terça-feira (7), o Rei será o convidado especial do debate sobre a importância da reparação histórica para a população negra brasileira. O evento acontecerá no Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (Muhcab), das 9h30 às 12h. E reunirá também a jornalista Louise Freire e o professor doutor Babalaô Ivanir dos Santos. Depois do debate, haverá uma apresentação cultural de slam.
Já na quarta-feira (8) pela manhã, o Rei participará de um seminário sobre cultura e pluralidade religiosa na UNIperiferias, na Maré. A favela da Maré é a região onde se concentra o maior número de migrantes angolanos que vivem no Rio de Janeiro. À tarde, o monarca participará de um encontro de quilombolas no Quilombo no Camorim, o mais antigo do Rio de Janeiro. O local foi ocupado por pessoas escravizadas trazidas de Angola.
Foto: Prefeitura de Itajaí/Reprodução/ND
“De Angola vieram 60% dos escravizados africanos para o Brasil. Esta visita inédita e histórica representa um reencontro ancestral entre filhos de Angola que foram separados pela escravização”, diz Marcelo Moreira, sócio-diretor da DiversaCom, agência responsável pela visita do Rei, em parceria com a UNIperiferias.
“A visita do Rei do Bailundo no Brasil representa um elo que nos une, relembrando uma história compartilhada, marcada por nossa herança cultural comum. Esta visita fortalece nossos laços culturais, enriquece nosso patrimônio histórico e constrói pontes que ultrapassam fronteiras, promovendo uma compreensão mais profunda e respeitosa entre nós”, diz a coordenadora de comunicação da UNIperiferias, Mariane Del Rei.
Após o evento, o Rei fará um passeio pela região do Cais do Valongo, onde desembarcou a maioria dos escravizados vindos da África para o Brasil. Antes do Rio, o Rei esteve em São Paulo, a convite do Centro Cultural Casa de Angola.
Foto: Camila Rhodes/ Secretaria da Educação de Guarulhos
Conheça Sua Majestade Rei Tchogolola Tchongonga Ekuikui VIe oReino do Bailundo
Sua majestade Rei Tchongolola Tchongonga Ekuikui VI é o 37º soberano do reino do Bailundo (Região Central, origem dos Ovimbundu), Rei dos Ovimbundu, sul de Angola. Aos 39 anos, pertence à linhagem de Ekuikui, sendo o primeiro neto legítimo marterlinear do falecido Rei Augusto Katchitiopololo (rei Ekuikui IV). Formado em Direito Costumeiro, em línguas na República da Namíbia, fala quatro idiomas, uma delas é o idioma Umbundu, língua oficial do Reino do Mbailundo, tem fluência na língua francesa, portuguesa e inglesa.
O Reino do Bailundo surgiu em meados de 1700 e foi um estado nacional africano, dos povos Ovimbundu, era dotado de poderes políticos e económicos. O Reino encontra-se localizado no Planalto Central de Angola, e abrange as províncias do Huambo, Benguela, Kwanza Sul, Bié e uma parte da Huíla. Quando surgiu o Reino do Bailundo? No princípio o nome era Halavala, deu-se este nome devido a sua localização geográfica que estava próximo de um monte. Posteriormente mudou-se o nome para “Mbalundo” devido ao uso de jóias, bijuterias que o povo tinha o costume de usar, estes acessórios chamavam-se Ombalundo. O Reino comporta um palácio real, 35 residências para os membros da corte e jangos que servem para julgamentos tradicionais que ajudam a resolver os problemas sociais que ocorrem na aldeia.
Foto: Divulgação
SERVIÇO
Evento: Futuro Ancestral: História, Reparação e Avanço
Data: 7 de Novembro, terça-feira, de 9h30 a 12h30
Local: Museu de História Afro-Brasileira (Muhcab) Rua Pedro Ernesto, 80 – Gamboa
Horários:
9h30 – Café de boas-vindas
10h – Debate
11h30 – Apresentação de Slam
Confira o restante da programação:
DIA 07 DE NOVEMBRO
Evento: Tour pela Pequena África
Início: Muhcab – Rua Pedro Ernesto, 80 – Gamboa
Término: Cais do Valongo – Av. Barão de Tefé – Saúde
Corre para a nova oportunidade! O Festival Internacional Liberatum Brasil acaba de liberar mais ingressos gratuitos para o novo Talk, que entra na programação neste sábado (4), às 18h30, com a cantora Karol Conká, o idealizador do coletivo Quilombo PCD Marcelo Zig, e o analista de comportamento Kito Gois, sobre o tema “Resiliência na Era da Conexão: Cuidando da Saúde Mental Em Um Mundo Hiperconectado“. Os ingressos são limitados. (Acesse aqui!)
A primeira edição do evento em Salvador (BA) iniciou hoje, 3 de novembro, e já reuniu durante o dia, grandes estrelas como Angela Bassett, Viola Davis, Julius Tennon, Taís Araujo e o grupo Ilê Ayiê. Até o dia 6, outros grandes artistas ao redor do mundo também passarão pelo evento, como Alcione, Debbie Harry, Luedji Luna, Lazzo Matumbie, Margareth Menezes, Seu Jorge e muitas outras importantes mentes criativas para a cultura negra.
Muito mais do que um festival de música, o Liberatum se destaca por ser uma celebração multifacetada da cultura, reunindo algumas das mentes mais criativas e influentes do mundo em uma série de palestras, painéis, performances, exposições de arte e outras atividades culturais.
Criada em 2001, o Liberatum é uma organização internacional, que já realizou o festival de mesmo nome em 13 países, difundindo os ideais de inclusão, com a participação de expoentes das artes, negócios e tecnologia. No Brasil, os ingressos – com os outros talks já esgotados – foram adquiridos de forma totalmente gratuita.
Através da música, o Brasil carrega um estilo único, que passa pela mistura de ritmos, swings e riquezas que configuram sua história. Falando de música e ancestralidade, estreia no programa ‘Fantástico’, da TV Globo, no próximo domingo, dia 5, “Música Preta Brasileira”, liderado pela apresentadora Maju Coutinho e pelo rapper Rael.
Em quatro episódios, o quadro conta com a participação de nomes muito importantes da história musical do país, como Gilberto Gil, Carlinhos Brown, Alcione, Martinho da Vila, Xande de Pilares, Emicida, Criolo, Marcelo D2, Negra Li, Buchecha, Cidinho & Doca, Tati Quebra-Barraco, entre outros artistas que ajudaram a sedimentar este caminho tão especial na música baiana, no rap, samba e funk, artes nacionais da mais alta qualidade.
A exibição dos episódios será ao longo de novembro, o Mês da Consciência Negra. O primeiro deles foi gravado em Salvador, na Bahia, sobre a música baiana e suas mais variadas derivações.
“A valorização dessa ancestralidade e a celebração dessa negritude que é base da nossa música são a base deste projeto tão lindo. A música preta brasileira é a raiz do nosso som. Fazer parte de um projeto que conversa com vários bambas, feito por uma equipe majoritariamente preta, é um sonho que estou realizando”, define Maju Coutinho. “É essencial ter os mais velhos participando deste projeto. Vocalizando essa história e nos proporcionando aprender com eles. E é também muito importante reverenciar o presente e vislumbrar o futuro dessa música preta brasileira. O projeto contempla este ciclo todo”, conclui.
Ao lado de Maju no comando do quadro, Rael, um dos idealizadores do projeto e também um desses “filhos” da Música Preta Brasileira, iniciou no rap, mas aprofundou-se nos gêneros musicais do povo preto de tal forma que se tornou uma das mais gabaritadas autoridades para abordar o tema.
“É um prazer falar de música preta brasileira. O mais importante de um quadro como este é a representatividade, o protagonismo negro. Pela primeira vez na história da televisão brasileira teremos um programa voltado para esta pauta”, ressalta Rael. “Este material vai além de uma série. Estamos falando de um documento histórico, pela perspectiva de artistas tão históricos quanto. É algo maravilhoso, que vai servir para as novas gerações”.
Começa em Salvador no dia 3 de novembro, o festival Liberatum Brasil, primeira edição do evento que possui trajetória internacional. Com o objetivo de destacar a história afro-brasileira, o evento – que terá transmissão no TikTok – vai reunir grandes estrelas do cenário global, como Viola Davis, Angela Bassett, Taís Araujo, Margareth Menezes e Seu Jorge.
Muito mais do que um festival de música, o Liberatum se destaca por ser uma celebração multifacetada da cultura, reunindo algumas das mentes mais criativas e influentes do mundo em uma série de palestras, painéis, performances, exposições de arte e outras atividades culturais. O festival tem como objetivo promover o diálogo interdisciplinar e a colaboração entre artistas, pensadores, líderes, empresários e visionários de diversas áreas, incluindo artes, ciência, negócios, tecnologia e ativismo.
Foto: Getty Images
Criada em 2001, o Liberatum é uma organização internacional, que já realizou o festival de mesmo nome em 13 países, difundindo os ideais de inclusão, com a participação de expoentes das artes, negócios e tecnologia.
No Brasil, os ingressos – que já estão esgotados – foram adquiridos de forma totalmente gratuita. Dentre destaques do evento, o talk ‘Contos da Afrodiáspora’ com Viola Davis, Julius Tennon, Melanie Clark e Taís Araujo, é um dos mais aguardados.
A atriz norte-americana Angela Bassett também será homenageada com o Liberatum Award, prêmio que celebra o impacto da artista na sociedade. Abaixo, é possível conferir a programação completa com todas as atrações:
ABERTURA | OPENING + TALK (UMA VIDA DEDICADA À CULTURA)
03 nov – 2023 • 10:45 > 03 nov – 2023 • 12:00
Evento presencial em Centro de Convenções Salvador, Salvador – BA
TALK + EXIBIÇÃO : A LINGUAGEM DA MÚSICA (DEBBIE HARRY + MAJUR + ROB ROTH)
03 nov – 2023 • 13:00 > 03 nov – 2023 • 14:00
Evento presencial em Centro de Convenções Salvador, Salvador – BA
TALK : CONTOS DA AFRODIÁSPORA (VIOLA DAVIS + JULIUS TENNON + MELANIE CLARK + TAIS ARAUJO)
03 nov – 2023 • 15:00 > 03 nov – 2023 • 16:00
Evento presencial em Centro de Convenções Salvador, Salvador – BA
TALK : REDESENHANDO A CULTURA PRETA NO IMAGINÁRIO POPULAR (DENDEZEIRO + ALTON MASON)
03 nov – 2023 • 17:00 > 03 nov – 2023 • 18:00
Evento presencial em Centro de Convenções Salvador, Salvador – BA
TALK: AFROFUTURISMO (ANCESTRALIDADE, INOVAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO)
04 nov – 2023 • 11:00 > 04 nov – 2023 • 12:00
Evento presencial em Centro de Convenções Salvador, Salvador – BA
TALK : O CORPO COMO FERRAMENTA POLÍTICA (EDGAR AZEVEDO + PALOMA ELSESSER + TEODORO)
04 nov – 2023 • 13:00 > 04 nov – 2023 • 14:00
Evento presencial em Centro de Convenções Salvador, Salvador – BA
TALK: DE QUEM É O PAPEL DE PROMOVER A DIVERSIDADE (SEU JORGE + ROSSY DE PALMA + HIRAN)
04 nov – 2023 • 14:00 > 04 nov – 2023 • 14:40
Evento presencial em Centro de Convenções Salvador, Salvador – BA
Considerada uma data muito importante para a comunidade negra, o Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, ganhou status de feriado em mais cidades do Brasil. A data foi instituída com o objetivo destacar a memória de Zumbi dos Palmares e a história do população negra do Brasil, resgatando as raízes africanas e suas contribuições para a cultura e formação social do país.
A data foi instituída pela ex-presidente Dilma Rousseff, através da Lei Nº 12.519 em 2011, como o Dia de Zumbi dos Palmares e da Consciência Negra, mas não foi decretado como um feriado nacional. A lei instituída por Dilma deixou em aberto a possibilidade de instituição da data como um feriado, ficando a critério dos estados e municípios tomar essa decisão.
Apesar disso, muitos estados e municípios do país incluíram o 20 de novembro em seu calendário de feriados. Em Alagoas, Amazonas, Amapá, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Rio de Janeiro e São Paulo o Dia da Consciência Negra se tornou feriado estadual.
Já nos estados do Acre, Ceará, Distrito Federal (Ponto facultativo), Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul (Ponto facultativo), Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e Sergipe, o 20 de novembro não foi instituído como feriado.
A cantora Beyoncé anunciou nesta quarta-feira (1), através de sua fundação BEYGOOD, que vai ajudar pequenos empreendedores negros do Brasil e do continente africano. Com bolsas de estudos e subsídios financeiros, a ação faz parte do projeto ‘BLACK PARADE ROUTE’, lançado pela artista em 2020 com o objetivo de amplificar vozes e trabalhos de pessoas negras pelo mundo.
A ação foi ampliada com a turnê ‘RENAISSANCE’ ao longo de 2023 e diversos empreendedores foram contemplados pela Europa e Estados Unidos. “É novembro, a hora perfeita para compartilhar as boas notícias que estávamos produzindo“, destacou a instituição BEYGOOD. “Estamos entusiasmados em anunciar que teremos bolsas e subsídios para empreendedores do Brasil e em países da África”.
Informações sobre as formas de participação devem ser anunciadas em breve.
A cantora Ludmilla anunciou nesta quarta-feira (1) que vai realizar show extra da turnê ‘Numanice’ em São Paulo no dia 3 de dezembro. No início de outubro, a cantora esgotou a primeira data do espetáculo, com 20 mil pessoas, marcado pada o dia 2 de dezembro no Centro Esportivo Tietê, em apenas 20 minutos.
Para o público que não conseguiu garantir ingresso, mas ficou na fila virtual da ticketeira, vai ter outra oportunidade para comprar. A abertura das vendas será na terça-feira, 7 de novembro, ao meio-dia. Rainha do pagode, do sold-out, da favela e do que mais ela quiser, a cantora continua fazendo história no gênero com o tão bem sucedido projeto em que celebra o pagode, que tem Grammy, Prêmio de hit do ano (2022) e indicação de melhor show (2023), no Prêmio Multishow.
Nas redes, a demanda do primeiro show foi tão grande que os fãs pediram por uma data extra do show. “Abredata extra pro Numanice SP. A gente tá implorando“, escreveu uma usuária. “Ludmilla, anuncia a data extra do Numanice São Paulo logo, porque eu não cheguei nem perto de conseguir comprar o ingresso pro dia 02“, publicou outro internauta.
Na última terça-feira, 31, a influenciadora Patrícia Ramos divulgou que havia denunciado o ex-marido, Diogo Vitório, por furto, violência doméstica e perseguição. Na denúncia, registrada na segunda-feira, além de apresentar fotos, vídeos e áudios que revelariam agressões contra ela, Patrícia também denunciou Diogo por estelionato sentimental, violência doméstica nas formas física, moral, psicológica e patrimonial, estelionato com falsidade ideológica, furto mediante fraude e perseguição.
De acordo com os advogados da influenciadora, o ex-marido pediu uma quantia em dinheiro para assinar o divórcio. A defesa de Patrícia informou que ele “iniciou uma série de extorsão, impondo o pagamento de R$ 400 mil”, o que pode ser considerado estelionato sentimental, um termo utilizado no universo do Direito para falar sobre homens que se aproximam de mulheres por interesse, seja no dinheiro ou em bens, como carros e imóveis.
A advogada Fayda Belo, especialista em crimes de gênero, direito antidiscriminatório e feminicídios, explicou para a Head de Conteúdo do Mundo Negro, Silvia Nascimento, o que significa “estelionato sentimental” e como identificar: “O estelionato sentimental, também conhecido como o golpe de amor, é quando um homem se envolve com uma mulher com uma única meta. Usurpar os bens que ela tem ou ter algum retorno econômico para ele. Ele não tem como meta construir uma relação de afeto, amá-la, enfim, ter uma vida a dois, como é o usual. Mas o único objetivo que ele tem nesta relação é ter lucro. Ter alguma vantagem ligada à grana. Sabe como? A ganhar presentes, bens e dinheiro. Ele não quer a mulher, ele não ama a mulher. O que ele quer é o que ela tem”, explicou.
Na manhã desta quarta, um vídeo que foi publicado por diversos veículos de comunicação mostra o que parece ser uma briga entre o casal. No material, que foi entregue para a polícia, é possível ouvir o que parece ser uma discussão entre os dois:
Homem: Sai, sai, sai!
Mulher: Eu não vou sair! Eu não vou sair!
Homem: Sai!
Mulher: Não vou! Tá diferente, que não sei o quê. Fica passando problema pra minha cabeça. Gosta de ficar caçando problema! Teu prazer é caçar problema!
Além disso, a defesa de Patrícia Ramos entregou fotos que mostram a influenciar com hematomas no rosto e no pescoço, eles teriam sido provocados pelo ex-marido dela. Ainda de acordo com os advogados de Patrícia, após a suposta agressão, Diogo “proferiu que ‘subiria ao monte para se santificar’ e a trancafiou em casa”, como se ela “tivesse provocado o mesmo, a manipulando e a culpabilizando pela agressão sofrida, tornando isso um pecado, e não um crime”.
Fayda, que é autora do livro “Justiça Para Todas“, publicado pela editora Planeta, também pontuou que o estelionato sentimental é considerado crime: “Importante falar que isso é crime. Artigo 171 do Código Penal, cuja pena de reclusão pode chegar até cinco anos de cadeia”, pontuou.
No livro da advogada, o público pode consultar informações sobre os tipos de crime contra mulheres. Em entrevista para o Mundo Negro em agosto deste ano, ela destacou a importância de compartilhar informações que ajudam as mulheres a se defender: “Levar informação de fácil compreensão e com linguagem simplificada significa colaborar para o combate ao machismo e a misoginia, bem como garantir que a todas as mulheres independente de classe ou grau de instrução tenham acesso à justiça. Afinal, a justiça deve ser para todas”.