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Jornalismo como negócio: Agência Mural e Transmídia lançam programa com foco em comunicadores independentes

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Foto: Freepik

A Agência Mural de Jornalismo das Periferias e a Agência Transmídia promovem a jornada formativa “Do Jornalismo Local ao Negócio”, uma trilha de aprendizagem dedicada a comunicadores independentes que desejam transformar seu trabalho com o jornalismo em um verdadeiro negócio.

O objetivo é circular o conhecimento para que as iniciativas possam encontrar mais rapidamente o caminho para o desenvolvimento e sustentabilidade, beneficiando assim não apenas suas audiências, mas o ecossistema de jornalismo local como um todo.

A jornada formativa consistirá em 6 encontros virtuais e ao vivo, desenvolvidos a partir de oficinas especializadas destinadas a organizações de jornalismo local. Essas oficinas abordarão uma variedade de tópicos, desde a definição da missão até aspectos relacionados ao negócio, incluindo a política editorial e estratégias operacionais. Além disso, serão compartilhadas dicas sobre como estruturar e criar modelos de negócios mais sustentáveis.

Para participar, serão selecionadas 8 iniciativas de jornalismo representando todas as regiões do Brasil (Centro-Oeste, Nordeste, Norte, Sudeste e Sul). Além das oficinas, os participantes selecionados terão a oportunidade de contar com uma mentoria personalizada com os respectivos palestrantes. Essa mentoria permitirá que os participantes se envolvam em conversas e trocas de experiências ao longo do curso, promovendo um aprendizado mais direcionado e prático.

A iniciativa “Do Jornalismo Local ao Negócio” é resultado do processo seletivo contemplado pelo TechCamp Belém 2024, promovido pela Énois – Laboratório de Jornalismo, com recursos da Embaixada e do Consulado dos Estados Unidos.

INSCRIÇÕES

A inscrição da jornada “Do Jornalismo Local ao Negócio” é gratuita e vai até o dia 08/02/2024 às 23h59. Serão aceitas apenas uma inscrição por iniciativa que deverá ser feita exclusivamente pelo formulário de inscrição (CLIQUE AQUI).

Para mais informações, confira o edital completo (CLIQUE AQUI) e os critérios da seleção.

Músicas de Djavan desaparecem do Spotify e equipe do artista se pronuncia: “Não sabemos o motivo”

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Foto: Marcos Hermes.

O nome do cantor Djavan se tornou um dos assuntos mais comentados da internet nesta segunda-feira (29). A menção aconteceu após diversas músicas do consagrado cantor ficarem indisponíveis no Spotify, principal plataforma de música do mundo. No X, antigo Twitter, diversos usuários relataram o sumiço das canções. Dentre faixas, o sucesso ‘Oceano’ também está fora do streaming.

Outros álbuns como ‘Djavan’ de 1978, ‘Meu lado’, de 1986 e ‘Puzzle Of Hearts’, de 1990 aparecem de forma irregular na plataforma, com apenas algumas músicas disponíveis. A equipe de Djavan se pronunciou, mas declarou que não sabe dizer qual o motivo do desaparecimento. A música ‘Samurai’, do brasileiro com Stevie Wonder também foi removida da plataforma.

“Neste fim de semana, tomamos conhecimento de que algumas músicas do Djavan ficaram indisponíveis no Spotify. Não sabemos ainda o motivo do ocorrido, mas tanto a Luanda Records, gravadora do artista, como gravadoras e parceiros que distribuem suas obras, estão apurando com a plataforma de streaming o que pode ter acontecido”, informou a equipe do artista.

Em nota para a Folha de São Paulo, o Spotify informou que está averiguando o caso.

Issa Rae diz que produções negras estão diminuindo em Hollywood: “Executivos de diversidade e inclusão sendo demitidos”

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Foto: Deirdre Lewis.

A atriz e produtora Issa Rae declarou que está preocupada com o futuro das produções negras em Hollywood. E entrevista para a revista Net-A-Porter, a estrela contou que está observando um cenário bem diferente de anos atrás, com a indústria mudando de forma drástica. “Menos histórias negras estão sendo aprovadas e isso já está acontecendo”, disse ela.

“Estamos vendo tantos programas negros serem cancelados, tantos executivos – especialmente do lado de diversidade, equidade e inclusão serem demitidos. Estamos vendo muito claramente agora que nossas histórias são menos prioritárias”, pontuou Issa.

Foto: Build.

Recentemente, a revista Variety publicou um estudo relatando que os grandes estúdios de cinema e TV não estão mais se comprometendo com diversidade. “Estou pessimista, porque não há ninguém que responsabilize ninguém – e eu posso, claro, mas também a que custo? Não posso forçar você a fazer minhas coisas. Isso me fez tomar outras medidas para tentar ser independente no futuro, se necessário.”

Durante o último dia 18 de janeiro, a plataforma HBO Max anunciou o cancelamento da série ‘Maldito Rap’, criada por Issa Rae. A obra teve duas temporadas.

“Estamos extremamente gratos a Issa Rae por criar ‘Maldito Rap’ , uma comédia única com comentários sociais atraentes que alcançou os espectadores de uma forma que só os talentos de Issa podem alcançar”, disse um porta-voz da HBO Max em comunicado ao The Repórter de Hollywood . “Um grande obrigado a Issa, a Syreeta Singleton e às equipes da Hoorae e 3 Arts Entertainment por nos apresentar Shawna e Mia, uma dupla em cuja jornada os fãs investiram e por quem continuaram torcendo em tudo. Nunca tiraremos Seduce e Scheme de nossas cabeças e não faríamos isso de outra maneira.” 

Muito além de um nome corrigido no crachá

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Melissa Cassimiro (Foto: Reprodução/Instagram)

Promover a inclusão de pessoas trans negras nas empresas passa pela compreensão das barreiras estruturais relacionadas ao corpo transgênero e raça ao mesmo tempo

Por Melissa Cassimiro e Priscilla Arantes

Ser negro e trans no Brasil é lidar desde cedo com o preconceito ligado à comunidade LGBTQIA+ e com o racismo. O medo de sair de casa e sofrer violências por ser negro é parecido com o medo de enfrentar o mundo quando se é trans. A pessoa trans e negra tem sua existência duplamente ameaçada e as estatísticas confirmam: 78% das pessoas trans vítimas de crime foram identificadas como pessoas negras, de acordo com pesquisa da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra). O empresário de hoje tem o poder de transformar esse quadro, sendo um aliado e promovendo ações pela equidade.

O movimento social comemora em 2024, 20 anos do Dia Nacional da Visibilidade Trans. Já são duas décadas, portanto não é mais admissível que o mercado não considere a existência dessa parcela da população e toda sua potência. Em tempos onde a diversidade é cada vez mais um valor para as empresas, ter processos de contratação inclusivos é fundamental, assim como desenvolver ferramentas para garantir a permanência de profissionais transexuais.

A mudança começa a acontecer a partir da contratação de profissionais de Diversidade e Inclusão, e um RH articulado com os comitês de diversidade e grupos de afinidade. Felizmente, é um movimento que tem crescido. Alguns negócios já podem servir de exemplo. A fabricante de sorvetes Ben & Jerry’s, uma Empresa B internacional, possui pessoas trans empregadas em todas as unidades da marca no Brasil. O negócio aderiu à plataforma Transempregos e contrata a partir da escolha prioritária por currículos de pessoas trans. Durante o processo de seleção, os candidatos recebem ajuda de custo para o transporte e uma bola de sorvete de boas vindas.

A marca também adotou a política de retificação do nome de registro, arcando com o reembolso de até mil reais dos valores investidos no processo. A empresa também investiu em treinamento aos colaboradores para dar letramento contra transfobia, abordando linguagem e contexto. A comunicação também utiliza o neutro para falar com seus públicos. Após a contratação, bottons com o pronome (feminino, masculino, neutro) são disponibilizados aos funcionários.

O uso do pronome adequado e implementação de crachás com nome social está no campo do mínimo aceitável, mas é óbvio que precisa ser lembrado. O simples ato de respeitar e reconhecer a identidade pessoa trans se tornou um dever e está garantido por lei no país. O nome é uma característica importantíssima na vida e pós morte de todos os seres humanos, sendo ele o elemento que nos diferencia uns dos outros, assim como nos identifica em nossa sociedade.

Negócios que desenvolvem produtos ao público trans são outros bons exemplos e esse diferencial reflete a cultura de equidade que possuem da porta para dentro. A Pantys, também uma Empresa B, destaca-se ao oferecer produtos como shorts e cuecas absorventes que atendem às necessidades específicas de homens trans. Além disso, a empresa tem investido em campanhas publicitárias que não apenas quebram estereótipos, mas também promovem a inclusão, celebrando a diversidade de corpos com modelos trans.

Outras empresas líderes têm ido além, incorporando conselheiros transgênero em seus quadros diretivos. Essa abordagem não apenas confere uma voz representativa nas decisões corporativas, mas também demonstra um compromisso tangível com a diversidade em todos os níveis hierárquicos.

Apesar dos avanços nos últimos anos, pesquisas demonstram que há um longo caminho a ser percorrido, de acordo com o levantamento do CEDEC, publicado em 2021, realizado no município de São Paulo, somente 27% das pessoas trans têm emprego formal com carteira de trabalho assinada. Aliás, a falta de indicadores oficiais é um problema real para subsidiar a criação de políticas públicas. Os dados existentes são fruto do trabalho de organizações como o Instituto Mais Diversidade, frente social da consultoria Mais, que atua na promoção do trabalho digno e geração de renda para todas as pessoas LGBTQIA+.

A empregabilidade digna é elemento crucial para transformação da vida de todas as pessoas, entretanto pessoas trans negras enfrentam obstáculos durante toda sua trajetória, como problemas com familiares desde a idade tenra, quando não ruptura
familiar ou expulsão durante a adolescência.

O ambiente escolar apresenta-se como hostil com profissionais muitas vezes não preparados e, afetam de forma compulsória os índices de evasão escolar. Com estas barreiras impostas desde cedo, a empregabilidade se torna uma porta de entrada praticamente fechada. É preciso estar vigilante enquanto sociedade para garantia de afetos e acessos.

Os cases de boas práticas relacionadas às pessoas trans, mostram que a inclusão não é apenas uma necessidade ética, mas também uma oportunidade de negócio. Ao reconhecer e atender às necessidades específicas das pessoas trans negras, as empresas não apenas expandem seu mercado, mas também fortalecem sua posição como agentes de mudança social.

Ao adotar práticas como letramento, auxílio jurídico para retificação de documentos e a valorização de representatividade em cargos de liderança, as empresas não apenas criam ambientes de trabalho mais acolhedores, mas também contribuem para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.

Em um mundo cada vez mais consciente da importância da diversidade, essas práticas representam não apenas um passo em direção à inclusão, mas também uma estratégia inteligente para construir ambientes corporativos mais ricos e inovadores. O futuro dos negócios está na valorização da singularidade de cada indivíduo, e as empresas que abraçam essa visão estão liderando o caminho para
um futuro mais inclusivo e equitativo.

**Melissa Cassimiro é ​​travesti, palestrante, advogada e consultora sênior de Diversidade e Inclusão na Mais Diversidade, uma Empresa B.

*Priscilla Arantes é gerente de comunicação do Sistema B Brasil, e articuladora do Coletivo Pretas B, um projeto que apoia mulheres negras na rede do Sistema B Brasil por meio de mapeamento, mentoria, consultoria e capacitação, e fundadora do Instituto Afroella.

Oprah celebra a chegada dos 70 anos: “Envelhecer quando se tem meios para cuidar de si é um presente a ser valorizado”

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Foto: Reprodução / Oprah Daily.

A jornalista, apresentadora e empresária Oprah Winfrey completa 70 anos nesta segunda-feira (29). Através de seu site oficial, a estrela celebrou a nova fase de vida e o início de outra década. “Ao completar 70 anos, sei o quanto sou abençoada por estar aqui. Honestamente, envelhecer quando você tem meios para cuidar de si mesma é um presente a ser valorizado. Nenhum dia está prometido a nenhum de nós. Portanto, alcançar esse marco importante parece graça em ação“, comemorou.

Oprah emergiu como uma força poderosa na indústria do entretenimento, marcando seu nome como apresentadora de talk show, atriz, produtora e empresária. A artista conta que a sua palavra para 2024 é ‘louvor’. “Quando fiz 50 anos, escrevi que em cada aniversário você decide se marcará isso como o fim dos seus melhores dias ou o início do seu melhor momento. Isso ainda soa verdadeiro para mim: tento começar cada dia regozijando-me por ainda estar aqui, pronto para começar de novo. Minha palavra para este ano é louvor . Louvor a Deus, louvor à vida, louvor a cada momento. Começo com elogios e termino com gratidão. Essa é a minha fórmula para uma vida que retribui em abundância e beleza“, publicou.

Oprah finalizou comentando sobre a passagem do tempo e sua relação com o envelhecimento. “O que celebro neste aniversário (e além) é saber que a pessoa que sei que sou e o trabalho que surgiu desde então são importantes. Na minha idade, você reconhece a pungência da passagem do tempo. Setenta ressoa, permitindo que você saiba com certeza que não restam tantos anos quanto você já consumiu. Tenho grande satisfação em aceitar que, independentemente de quantos sóis restarem, o nascer de cada vez valeu a pena“, finalizou.

Rodolffo é convidado para falar sobre racismo no Mesacast BBB, minimiza o caso de Davi e web reage: “Não aprendeu nada”

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Foto: Reprodução/Globoplay

O tema era racismo e apenas pessoas brancas se reuniram no Mesacast BBB, podcast da Globo, neste domingo (28), para discutir se Davi Brito estava ou não sendo vítima de preconceito racial no BBB 24, devido a perseguição de Wanessa Camargo e Yasmin Brunet, que conseguiram puxar quase todos os participantes contra o motorista de app.

“Nem tudo é sobre racismo. Já passei por isso. Pelo fato do Davi ser negro, acontece um negocinho ou outro, a galera leva pro lado do racismo”, disse o ex-BBB e o cantor sertanejo Rodolffo. Caio Afiune e Matheus Costa também foram convidados ao programa, apresentado por Ana Clara

Em 2021, Rodolffo comparou o cabelo de uma peruca que compõe a fantasia de um homem das cavernas com o black power do João Luiz. Após sua eliminação e ver a repercussão negativa do caso, o cantor se desculpou e prometeu que iria se aprofundar no assunto. No entanto, surgiu no programa agindo da mesma forma e os internautas não pouparam críticas nas redes sociais. “Não aprendeu nada”, escreveu diversas pessoas no X (antigo Twitter).

“Uma amiga minha branca falando com outras pessoas brancas sobre racismo e todas as outras pessoas falando e concordando que é mimimi. Racismo só sabe quem sente na pele, e ele não é só falado”, escreveu a ex-BBB Gleice Damasceno no X (antigo Twitter), também citando a apresentadora e amiga Ana Clara, que disse entender a situação como racismo.

“Fico imaginando pessoas sentadas em uma sala e de repente uma delas fala: ‘E se a gente convidasse o Rodolffo, que já foi acusado de racismo dentro do BBB21, para comentar o tema?’ Não teve um pra dizer que não era uma boa ideia?”, publicou o jornalista Marlon Faria.

Nicki Minaj lança “Big Foot”, em resposta a Megan The Stallion: “Ela só está brava porque nenhum homem a amou”

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Fotos: Rodin Eckenroth/ Wireimage e Arturo Holmes/Getty Images

A rapper Nicki Minaj lançou a música “Big Foot”, nesta segunda-feira (29), em resposta a Megan Thee Stallion, após ela lançar “Hiss” na última na sexta-feira (26).

“Essa putinha mendicante está falando sobre a Lei de Megan. Por uma batida grátis, você pode bater em Megan”, canta Minaj, sendo direta em mencionar a cantora. Em outro verso ela afirma. “Ela só está brava porque nenhum homem a amou, nenhum homem vai defendê-la”.

A sequência de acusações contra Megan vem depois que ela interpretou que foi insultada com o seu marido Kenneth Petty na música “Hiss”. Nas redes sociais, fãs especularam que teriam relação com o trecho que ela canta: “Essas vadias não ficam bravas com Megan, essas vadias bravas com a Lei de Megan”.

Nos Estados Unidos, a chamada Lei Megan exige que as autoridades tornem disponíveis para a população uma lista contendo o registro dos condenados por crimes sexuais. O marido de Nicki Minaj, Kenneth Petty, já foi condenado por agressão sexual no ano de 1994. Em 2022, após se mudar para a Califórnia, ele foi condenado mais uma vez por não se registrar na lista de agressores. Pela Lei Megan, todos aqueles que já cometeram um crime sexual devem se apresentar para registro nessa lista a cada vez que mudarem de estado.

Neste domingo (28), Minaj também atacou Megan pelo X (antigo Twitter). “Já faz 2 dias. Só estava tentando ser legal e deixá-la conseguir seus pequenos streams. Não ia dizer nada. Mas eu me lembro de como todos mantiveram meu nome na boca e como eu disse que a próxima pessoa que mencionasse minha família iria se arrepender. Aliás, eles nem ouviram a música. Quem disse que é mesmo uma “dissimulação”? Nunca imaginei que eu tinha tanto poder”.

Em “Big Foot”, Nicki ainda acusa Megan de usar escritor fantasma, de mentir em relação a morte da mãe. Ela também lançou a música a capella “para que outros produtores ao redor do mundo possam fazer sua própria batida” e fixou a letra no X.

“É mais fácil uma pessoa que não vive disso ter mais visibilidade do que nós”, critica Allan Basttos, influenciador do Carnaval

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Foto: Rafael Catarcione

Em época de Carnaval, com ensaios, blocos e festas, os influenciadores criticam a invisibilidade que sofrem das marcas e organizações de evento. “É mais fácil uma pessoa que não vive de Carnaval (apenas nesse período) ter mais visibilidade do que nós, que vivemos de fato o Carnaval”, afirma o influenciador do Carnaval, Allan Basttos, em entrevista ao Mundo Negro.

A exemplo disso, Allan conta que um influenciadores que não são do Carnaval ganham convites para camarotes, enquanto os outros não. “Mesmo nós tendo a mesma quantidade de seguidores”, diz.

Allan explica que o termo “influenciadores do Carnaval” é porque “a maior parte do nosso público, e aonde temos apelo, apoio, grande conhececimento”. “A agenda vai variando de acordo com aquilo que você faz. Nossos ensaios começam em julho. Tem gente que não para, acaba o Carnaval, começa dando aula Brasil a fora. Esse ano também não vou parar”, conta o influenciador.

Foto: Rafael Catarcione

“Para além dos nossos talentos no Carnaval, temos outros afazeres. Uns dão aulas de samba, dança, outros adereçam, fazem roupas – isso dentro do mundo carnavalesco”, completa.

Além disso, Allan também explica que o público dos influenciadores pode ser variado. “Eu, por exemplo, tenho público da moda, da dança, da tv, muito misturado. E a gente vai produzindo conteúdo com aquela que a gente tem”, conta.

Confira abaixo a lista de influenciadores do Carnaval, da Comissão de Frente da Escola de Samba Unidos do Viradouro, indicada pelo Allan:

Allan- @allanbasttos
Markinhos – @mstmarkinhos
Jamily – @xjamillyx
Mari mola – @eumarimola
Belinha Delfim – @bellinhadelfim
Larissa Reis – @soularissareis
Thay Barbosa- @thay.barbosaa
Lorena Raissa- @eulorenaraissa
Taiane- @missthayoliveira

Mais de 3 mil trabalhadores são resgatados de trabalho escravo no Brasil, em 2023

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Foto: SRTE/GO/ Divulgação

Neste domingo (28), celebrado o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, foi revelado dados alarmantes na atuação contra a escravidão. Em 2023, foram resgatados 3.190 trabalhadores em condições análogas à escravidão no Brasil, o maior número desde 2009, quando foi registrado 3.765. A informação é da Coluna do Leonardo Sakamoto no UOL.

No ano passado, foram 598 operações de fiscalização e R$ 12,8 milhões de verbas trabalhistas pagas nos resgates, dois registros no período de um ano, segundo dados da Coordenação-Geral de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Análogo ao de Escravizado e Tráfico de Pessoas (CGTRAE) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

O maior número de flagrantes registrados foi no cultivo de café (302 pessoas), seguido pelo cultivo de cana-de-açúcar (258), a limpeza e preparação da terra (249) e o cultivo de uva (210). Ao todo, 85% das pessoas resgatadas eram trabalhadores rurais, com a maioria dos casos envolvendo utilização intensiva de mão de obra terceirizada, em especial de migrantes internos, em períodos de colheita.

Goiás foi o estado com o maior número de resgatados (739), acompanhado por Minas Gerais (651), São Paulo (392), Rio Grande do Sul (334) e Pará (74).

Em 28 anos de atuação dos grupos especiais de fiscalização móvel, base do sistema de combate à escravidão no país, foi ultrapassada a marca de 63 mil trabalhadores resgatados, em 2023.

Com informações da Coluna do Leonardo Sakamoto do UOL*

Como seria o Carnaval no Brasil sem a influência africana?

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Foto: Divulgação/SecultBA

O Carnaval do Brasil se tornou mundialmente conhecido pelos desfiles das escolas de samba e nos últimos anos pelos megablocos que arrastam multidões nas ruas das capitais do país. Apesar de a festa não ter origem no país, ela recebeu aqui uma enorme contribuição da cultura negra, o que tornou nosso Carnaval tão negro que é difícil pensar como seriam as comemorações aqui sem a percussão que pulsa nas escolas de samba, sem o próprio samba e sem as marchinhas, que nasceram do universo negro que influenciou a musicalidade de Chiquinha Gonzaga, autora de “Abre Alas”.

Conversamos com o ativista antirracista, professor e vice-diretor da Unesp, Juarez Xavier, sobre a origem da festa no Brasil. Ao ser questionado se acredita que haveria Carnaval no Brasil se os africanos não tivessem sido sequestrados para cá, ele afirma que teria, mas a festa não seria do mesmo jeito que conhecemos.

Foto: Reprodução

“Sem dúvida, teria o Carnaval. Teria o Carnaval no Brasil, só que seria um Carnaval branco, como o Carnaval que se tem na Europa, que se tem em Veneza, por exemplo. O Carnaval é uma invenção fundamentalmente européia e ele foi tingido de negro pelos africanos. Esse Carnaval que nós temos no Brasil, numas partes dos Estados Unidos, em parte da América Latina, do Caribe, é Carnaval da digital negra. Carnaval com a presença negra. E o que é que ele tem de excepcional no Brasil? Primeiro que ele incorporou todo o complexo cultural, negro africano. É importante lembrar que a primeira pessoa a fazer uma marcha especificamente para o Carnaval foi Chiquinha Gonzaga, que era filha de uma mulher negra escravizada que foi liberta na pia batismal, e a avó era uma mulher negra, africana, escravizada. Então a, Chiquinha, que com a educação musical que teve dada pelo pai que era um homem branco, conseguiu fazer a síntese entre o Carnaval e a cultura negra africana”, destacou se referindo à criação da marchinha “Abre Alas”.

O professor explica que o Carnaval como o conhecemos atualmente no país foi construído pela população negra no século 20. “No século 20, a população negra não apenas tingiu o Carnaval de negro, ela construiu o Carnaval que nós temos. Ela construiu o mecanismo do Carnaval que nós temos. Primeiro, deu a tipologia do Carnaval que ele tem hoje. Nos espaços urbanos, construiu o mais importante arranjo de tecnologia social que foram as escolas, elas são um espaço extremamente importante de articulação da população negra, nelas a população negra recupera os valores negros africanos. É a partir da sociabilidade e da musicalidade. Da dança. De todos esses valores importantes. Foi o primeiro espaço em que os negros tiveram possibilidade de ter propriedades no setor urbano, as escolas de samba foram territórios negros, quilombos negros urbanos. Elas permitiram a população negra criar raiz no espaço urbano quando o processo era a higienização, expulsar os negros para a periferia da periferia, isso fez com que a população negra recuperasse uma coisa que a escravização destruiu, que era o compartilhamento de saberes ancestrais”.

Assim como as escolas de samba contribuíram com um cenário de resistência negra no espaço urbano, os blocos de rua também se tornaram representativos para a manutenção da cultura africana. “A tecnologia que nós temos do Carnaval é negra. Se você pega do ponto dos blocos, mesmo os blocos brancos. A lógica do bloco, a música, a percussão é negra, fundamentalmente negra. E se você pega na escola de samba, nem tenho que dizer. Mesmo com o embranquecimento das escolas de samba. Toda tecnologia social, deste arranjo criativo e produtivo, construído ao longo do século 20, é negra”, explica o especialista.

Embranquecimento do Carnaval: o branco vai onde o dinheiro está

Foto: Reprodução

“Quando chega o Carnaval televisionado aí sim você começa a ter a construção desse Carnaval branco. Começa com as escolas de samba, a partir dessa perspectiva que eu falei, dos carnavalescos, quero dizer, que aqueles enredos totalmente alienígena que o branco é que aparece nos standards. Eles são mais importantes standard do que, por exemplo, a bateria, do que as pessoas que estão sambando. Depois, eles chegam na direção das escolas de samba. Depois eles chegam na estrutura da escola de samba. Então é um processo de branqueamento das escolas de samba a partir dos anos 60 porque começa a dar dinheiro”, detalha Juarez Xavier ao explicar o grande número de pessoas brancas que passaram a se interessar pelo Carnaval das escolas de samba.

A retomada dos valores negros do Carnaval brasileiro

Ainda que estejamos vivendo um cenário de embranquecimento dos signos de herança negra que compõem o Carnaval, existe resistência e os blocos afro, como o Ilê Ayé, por exemplo, cumprem um papel importante para a manutenção da cultura e estética negra nas celebrações. “Os blocos africanos, eles são as possibilidades da constituição de uma identidade negra, da mobilização política da população negra, da constituição de arranjos monetizados ou não, da possibilidade de fazer o enfrentamento à necropolítica, ao racismo na sociedade brasileira. Portanto, têm possibilidades importantes nesses blocos, a estética eu acho que é importante, é uma forma de produção de conhecimento válido sobre a realidade, por isso que a estética negra no enfrentamento ao racismo é também um discurso político muito eficiente na luta contra o racismo no Brasil”, finaliza o professor Juarez Xavier.

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