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“Wicked”, protagonizado por Cynthia Erivo e Ariana Grande, ganha primeiro trailer

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Foto: Reprodução

A espera acabou para os fãs do aclamado musical da Broadway, “Wicked”, com o lançamento do primeiro trailer completo da adaptação cinematográfica feita pela Universal Pictures. O trailer do filme, que tem protagonistas Cynthia Erivo e Ariana Grande, também destaca a música “Defying Gravity” (‘Desafiando a gravidade’ na tradução para o português), na voz de Erivo.

‘Wicked’ conta a história anterior a “O Mágico de Oz”, mostrando o passado de Elphaba, personagem de Cynthia Erivo, antes de se tornar a temida Bruxa Má do Oeste e de Glinda, vivida por Ariana Grande, a adorada “Bruxa Boa”. O trailer traz detalhes da amizade que as duas compartilharam enquanto estudavam na Universidade Shiz.

O vídeo também revela a chegada de Elphaba à universidade, seu encontro com Glinda, até sua jornada à Cidade Esmeralda, onde se deparam com o enigmático Mágico, interpretado por Jeff Goldblum.

O filme, dividido em duas partes, é dirigido por Jon M. Chu, conhecido por seu trabalho em “Crazy Rich Asians” e “In the Heights”. O elenco inclui atores como Jonathan Bailey brilha como Fiyero, enquanto Michelle Yeoh assume o papel da diretora da Universidade Shiz, Madame Morrible.

Antes da estreia do trailer, na terça-feira, 14, a Universal presenteou os fãs com um vídeo intitulado “Passion Project”, que continha imagens de bastidores da produção, com reflexões de Chu e suas protagonistas sobre a jornada de trazer “Wicked” para as telonas.

Emocionada, Cynthia Erivo compartilhou: “Foi uma jornada muito longa até aqui, e estou profundamente grata por fazer parte disso. Nunca imaginei que teria a oportunidade de contribuir para algo tão significativo.”

A primeira parte está marcada para chegar aos cinemas em 27 de novembro deste ano. Já a segunda parte deve estrear em 25 de dezembro de 2025.

Ludmilla cancela turnê ‘Ludmilla in the house’: “vocês merecem excelência”

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Foto: Reprodução

Anunciada no início deste ano, a turnê ‘Ludmilla in the house’ acaba de ser cancelada pela cantora. Em um comunicado publicado em suas redes sociais nesta quarta-feira, 15, Ludmilla afirmou que “a decisão foi tomada mediante o não cumprimento por parte da produtora responsável pela turnê das condições previstas no pré-contrato para a viabilidade dos shows planejados há meses”.

No texto, ela ainda reforça: “Sempre tive uma grande preocupação em levar grandes experiências para o meu público. É o que tenho feito nesses últimos anos. Fico triste com o cancelamento da turnê porque nasceu com propósito de celebrar os 10 anos da minha carreira com uma entrega digna do que que meus fãs merecem.”

Nos stories, ela ainda comentou sobre o assunto e se desculpou com o público: “Peço desculpas para vocês, a todo mundo que se planejou”. Lud ainda reforçou que isso não queria dizer que a turnê não iria mais acontecer, afirmando que em algum momento ela poderá ser realizada. “Não foi uma decisão tomada de uma hora para outra. O principal motivo desse cancelamento foi pensando em vocês. Do quanto vocês merecem excelência”, reforçou.

A turnê deveria ter início ainda neste mês, no dia 25 de maio, no Rio de Janeiro. Além disso, 19 datas, incluindo uma apresentação no Allianz Parque, em São Paulo, já haviam sido agendadas para as apresentações. Quem já comprou os ingressos, deve entrar em contato com a produtora 30e, responsável pela turnê para reaver os valores.

“Não há nenhum empoderamento em imitar um gorila”, observa pesquisadora Bárbara Carine

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Foto Bárbara Carine: Henrique Santos / Foto Endrick: Reprodução Conmebol

Em um vídeo publicado nas redes sociais na manhã desta quarta-feira, 15, a pesquisadora Bárbara Carine explicou os motivos pelos quais uma pessoa negra não deveria imitar um macaco. Para ela, “não há nenhum empoderamento em imitar um gorila sendo uma pessoa negra para celebrar algo”.

A fala de Carine faz referência ao gesto realizado por Endrick, jogador do Palmeiras, depois de ter feito um gol contra o Liverpool, do Uruguai, no dia 9 de maio. Em justificativa à imprensa, o atacante brasileiro afirmou que a comemoração era sobre um de seus filmes favoritos: “Hoje lançou também o filme do Planeta dos Macacos e isso que quero mostrar, que gosto do filme do Kong, é isso. Estou feliz”.

Apesar de bem intencionado, o gesto de Endrick foi bastante criticado pelas problemáticas históricas da relação feita por racistas entre pessoas negras e primatas, que justificavam a escravização. No vídeo de Bárbara Carine, ela lembrou que: “A ciência disse que a gente não tinha evoluído à condição humana do homo sapiens sapiens. Então a gente estava lá atrás, na escala evolutiva, em algum estágio do desenvolvimento. E a gente se parecia com algum primata, que eram os ancestrais que vinham antes do homo sapiens. Então, não há nenhum empoderamento em imitar um gorila sendo uma pessoa negra para celebrar algo”, afirmou.

A pesquisadora afirmou que a comemoração representa um retrocesso à luta do movimento negro: “É um retrocesso muito grande de uma luta histórica secular dos movimentos sociais negros, que buscam em todas as instâncias sociais nos re-dignificar do ponto de vista humano, nos humanizando”, disse.

“Seja Endrick, seja qualquer outra pessoa, não deve associar pessoas negras a macacos, a primatas. Isso significa não que a pessoa se parece com um macaco. Ou que a pessoa negra é tão forte como o gorila. Isso reforça um estigma social de desumanização que foi construído lá atrás para legitimar a escravidão negra no mundo. Falo isso aqui não para a gente cancelar com o Endrick, que é um menino preto, jovem, de 17 anos, que tem muita coisa para aprender e eu espero que ele tenha uma rede muito potente perto dele para ajudar. Ele já precisa muito desses processos de letramento, de reforço positivo da sua auto-imagem enquanto homem negro”, reforçou Carine.

Além de Endrick, o jogador argentino Matías Reali, que atua no Independiente Rivadavia, reproduziu a comemoração do atacante brasileiro depois de fazer um gol pelo seu time no campeonato argentino, numa partida que foi transmitida no dia 12 de maio. Em justificativa, Reali disse à imprensa argentina: “A gente sempre brinca com o Gringo Maidana e o Pancho (Petrasso), que são a ‘Gangue dos Macacos’ lá no clube”, contou. “Logo na comemoração do Endrick estávamos rindo porque aconteceu e eles me disseram: ‘Bem, agora você marca o gol e comemora”, disse.

Confira o vídeo publicado por Bárbara Carine:

Inovação que Ilumina: Sul-africana cria “mochila solar” para estudantes de áreas rurais do país

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Foto: Lionesses of Africa

O continente africano, muitas vezes associado a safáris e desafios socioeconômicos, tem um lado vibrante, pioneiro e em constante evolução: a inovação social. Essa inovação vai além de criar produtos ou serviços, buscando soluções engenhosas para problemas complexos como desigualdade, acesso à educação e saúde, inclusão e proteção ambiental. Um exemplo marcante é a Universidade de Al-Qarawiyyin, no Marrocos, fundada em 859, por uma mulher, considerada a mais antiga do mundo e ainda em funcionamento.

A África do Sul está entre os 60 países mais inovadores do mundo, de acordo com o Global Innovation Index, e, em 2023, assim como Estados Unidos e China, performou acima das expectativas. Mas sua relação com inovação não é recente. Na era da tecnologia, há inúmeras mentes visionárias que desafiam estereótipos quando o assunto é África. Um exemplo inspirador é Tatho Kgatlhanye, jovem sul-africana que, em 2016, idealizou a “mochila solar”, uma iniciativa revolucionária que transforma sacolas plásticas recicladas em mochilas equipadas com painéis solares.

Foto: Reprodução

Mais do que um acessório, a mochila solar é um símbolo de esperança e do potencial da inovação africana para transformar vidas. Equipada com painéis solares que podem ser carregados durante o dia, durante os trajetos de ida e volta da escola,  fornece energia limpa e acessível aos estudantes de áreas rurais sem acesso à eletricidade,  permitindo que, à noite, possam estudar e desenvolver habilidades necessárias para competir no mercado global. Com empresas e órgãos do governo investindo para que estudantes tenham acesso ao equipamento, a iniciativa já beneficiou milhares de crianças e adolescentes, proporcionando acesso à educação e oportunidades de desenvolvimento em comunidades carentes.

A invenção de Tatho não passou despercebida. Ela foi homenageada por Bill Gates no Mandela Day, que destacou seu trabalho como um exemplo inspirador de empreendedorismo social na África. Em 2022, ela foi reconhecida como uma das jovens líderes mais promissoras da África do Sul pela revista Forbes.

A história de Tatho Kgatlhanye é um farol de esperança e um modelo de sucesso para empreendedores sociais em todo o mundo. Ela demonstra que, com paixão, talento e trabalho duro, é possível criar soluções inovadoras que transformam vidas e constroem um futuro melhor para todos. Além disso, ela quebra o estereótipo de que o continente africano é carente de saberes e talentos, mostrando que é sim possível inovar e mudar o ecossistema ao seu entorno.

A “mochila solar” de Tatho é apenas um exemplo dos muitos projetos inovadores que estão surgindo na África. O continente está em constante transformação, e a inovação social é um dos principais motores dessa mudança. Há muito que se aprender com o continente que, até 2050, será o mais jovem do mundo, com 40% da população global.

Stevie Wonder se torna cidadão ganense no dia de seu aniversário de 74 anos

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Foto: Reprodução

Stevie Wonder celebrou seu 74º aniversário em grande estilo na segunda-feira, 14, receber a cidadania ganense. Em uma cerimônia especial na Casa do Jubileu, palácio presidencial localizado em Acra, capital de Gana, o presidente, Nana Akufo-Addo, entregou a Wonder um certificado oficial, reconhecendo-o como cidadão do país.

“É isso, parabéns!” disse o presidente Akufo-Addo enquanto entregava a honraria. A cerimônia também foi complementada por um bolo de aniversário adornado com a bandeira de Gana. Os laços de Stevie Wonder com o país começaram a se estreitar em 1975, quando depois de lançar uma série de trabalhos reconhecidos, o cantor, que nasceu em Michigan, nos Estados Unidos, demonstrou interesse em abandonar a música e se mudar para o país, onde acreditava que poderia rastrear seus ancestrais. Na década de 90, ele participou de um festival musical em Gana e novamente falou sobre seu interesse em se mudar para o país da África Ocidental.

Em 2021, durante uma entrevista para a apresentadora Oprah Winfrey, Wonder já havia dito que ia concretizar seu sonho de morar em Gana para proteger sua família da violência racial dos Estados Unidos: “Eu não quero ver os filhos dos filhos dos meus filhos precisarem dizer “por favor, gostem de mim, por favor, me respeitem. Por favor, saibam que eu sou importante. Por favor, me valorizem”. Que tipo de [vida é essa]?”, pontuou na época.

O ícone musical expressou sua gratidão e emoção pela nova cidadania, descrevendo-a como uma “coisa incrível” em uma entrevista para a BBC. Sua decisão de se tornar ganense foi impulsionada não apenas pela conexão com suas origens, mas também por um profundo apreço pela cultura e pelas pessoas do país.

O caso de amor de Wonder com Gana foi intensificado por encontros significativos, incluindo uma lembrança especial do falecido presidente ganense Jerry Rawlings, que o recebeu calorosamente e até mesmo compartilhou um voo com ele, de acordo com relatos do cantor.

Stivie Wonder compareceu à cerimônia de nomeação como cidadão ganense vestido com um lenço feito de tecido kente tradicional e acompanhado por sua família, Wonder estava visivelmente emocionado por se tornar parte da nação africana.

Gana é conhecido por seu compromisso com o pan-africanismo. Kwame Nkrumah, um dos principais líderes do movimento pan-africanista que foi primeiro-ministro e presidente de Gana na década de 60, chamou o país de ‘Meca Negra’.

Com mais de 300 africanos da diáspora recebendo cidadania ganense desde o lançamento da iniciativa “Ano do Retorno” em 2019, a decisão de Wonder destaca o crescente interesse e compromisso dos afrodescendentes em se reconectar com suas raízes africanas e contribuir para o desenvolvimento do país.

Coletivo Liga do Dendê lança coletânea infantojuvenil ‘Contos para Erê’, em Salvador

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Foto: Divulgação

No próximo sábado, 18, o Coletivo Liga do Dendê apresentará ao público a Coletânea “Contos de Erê”, primeira coletânea infantojuvenil negra com escritores e escritoras e pesquisadores e pesquisadoras negras do Brasil. O lançamento, marcado para as 15h no MUNCAB (Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira), localizado no Centro Histórico de Salvador, promete ser um encontro enriquecedor, repleto de bate-papo, sessão de autógrafos e intervenções artísticas realizadas por autores e convidados.

Coordenada por Marcos Cajé, mestre em história da África e dos Povos Indígenas, juntamente com Cássia Valle, Paula Brito e Denise Ferreira, o projeto visa ampliar o horizonte da literatura negra, especialmente infantojuvenil, destacando a potência das narrativas provenientes da Bahia. Cássia Valle, uma das coordenadoras, compartilha que a iniciativa surge do desejo de descentralizar a literatura, demonstrando que as histórias poderosas também ecoam além do eixo Sul e Sudeste.

A coletânea, fruto de um trabalho colaborativo entre 20 autores, é descrita por Paula Brito como uma celebração da diversidade, repleta de textos, ilustrações e novas narrativas que desafiam os padrões estabelecidos pela sociedade. Com uma proposta que visa representar as crianças pretas, a obra busca não só entreter, mas também fortalecer a identidade e a autoestima das crianças ao apresentar histórias que ressoam com suas vivências e ancestralidade.

Além de oferecer uma experiência enriquecedora para o público, o lançamento da Coletânea “Contos de Erê” também tem um propósito proativo de fortalecer a literatura preta infantojuvenil na Bahia.

Aqueles interessados em adquirir o livro antecipadamente podem fazer o pedido diretamente no Instagram do Coletivo Liga do Dendê (@coletivoligadodende).

SERVIÇO

Lançamento da Coletânea Contos para Erê
Quando: 18/05/2024
Horário:15h
Local: Museu MUNCAB, localizado na R. das Vassouras, 25 – Centro Histórico, Salvador – BA.
Quanto: Entrada Gratuita
Livro disponível para ser adquirido no local custa R$43,00

Série ‘Sr. e Sra. Smith’ é renovada para segunda temporada no Prime Video

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Foto: Reprodução

A série “Sr. e Sra. Smith”, estrelada por Donald Glover e Maya Erskine, que estreou no dia 2 de fevereiro deste ano teve sua segunda temporada confirmada pelo Prime Video. De acordo com a Variety, fontes dizem que os protagonistas da primeira temporada não devem retornar para a próxima.

O Prime Video não confirmou a informação sobre o não retorno do casal protagonista. No comunicado enviado para a imprensa, apenas afirmaram que a produção está em desenvolvimento. “Temos o prazer de anunciar que uma segunda temporada de nossa inovadora série de espionagem, ‘Mr. e Sra. Smith’ está em desenvolvimento para nossos clientes globais do Prime Video”, 

Ainda de acordo com as informações publicadas pelo veículo, Donald Glover, que é co-criador e produtor executivo da série deve se manter no cargo, junto com Francesca Sloane, que volta como showrunner.

Na última segunda-feira, 13, Childish Gambino, pseudônimo musical usado por Donald Glover, lançou o álbum ‘Atavista’, disco que é uma atualização de ‘15.3.2020’, lançado por ele em 2020. Na ocasião, Gambino também lançou o clipe da faixa “Little Foot Big Foot” e anunciou que fará uma turnê mundial entre os meses de agosto de 2024 e fevereiro de 2025.

“Quem tem que sair é quem agrediu, ofendeu, traumatizou”: Dr. Hédio Silva Jr. reforça defesa no caso de racismo contra filha de Samara Felippo

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A defesa de Samara Felippo, no caso de racismo sofrido pela filha mais velha da atriz no Colégio Vera Cruz, em São Paulo, ganhou um novo reforço com a chegada do advogado e ex-secretário da Justiça de São Paulo, Dr. Hédio Silva Jr., que em entrevista para o Mundo Negro observou que “em casos de crime em que preto é vítima e branco é agressor, muitos juízes criminais entendem que a condenação criminal seria uma medida muito severa”, diferente do que acontece quando o negro é acusado de cometer algum crime. O jurista ainda reforçou que obrigar a vítima a conviver com as agressoras é “revitimizar a adolescente”.

O advogado conversou com a jornalista e editora-chefe do Mundo Negro, Silvia Nascimento, que questionou quantas adolescentes praticaram da agressão e quais medidas foram tomadas pela escola. “São duas agressoras. Uma delas foi afastada da escola por decisão dos pais, os quais tiveram a dignidade de pedir desculpas à Samara”, revelou. “A outra ofensora encontra-se suspensa, mas a escola se recusa a expulsá-la. Ambas têm histórico anterior de acusarem falsamente a menina da prática de furto; depois se desdisseram”, contou.

Com a chegada de Hédio Silva Jr., o caso, que já está sendo conduzido pela advogada Thaís Cremasco, a defesa deve adotar uma nova estratégia legal. “Vamos requerer instauração de processo administrativo para cassação do alvará de funcionamento e da autorização de funcionamento da escola”, afirmou. O advogado também contou que: “já foi instaurado procedimento na Vara da Infância para apurar responsabilidade das ofensoras por ato infracional. O que faremos aqui é reforçar o trabalho do Ministério Público”, disse.

A defesa também deve pedir na justiça para a escola expulsar a aluna que cometeu o ato racista. “Vamos ingressar com ação judicial para obrigar a escola expulsar a aluna. É deplorável que a escola pretenda revitimizar a adolescente, obrigando-a a conviver com suas ofensoras. A escola nunca cumpriu a lei no sentido de implementar programas pedagógicos de promoção da igualdade racial e agora recusa-se a punir uma transgressora sob o argumento de que ela deve ser “reeducada”, quando a própria escola nunca fez isso”, argumentou Silva Jr.

Questionado sobre que tipo de processo cabe no caso, o advogado ainda afirmou: “Todo caso de racismo na escola é passível de processo contra a escola; contra o Estado e também contra o ofensor”, reforçou o advogado. “No Brasil é sempre assim: em casos de crime em que preto é vítima e branco é agressor, muitos juízes criminais endentem que a condenação criminal seria uma medida muito severa, extrema; mas quando a vítima é branca e o réu é preto, são rápidos em condenar, muitas vezes sem provas, como sabemos”, lamentou Hédio Silva Jr. , que também atua como coordenador do Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afro-Brasileiras (Idafro)

Ele também revelou que a equipe jurídica da atriz deve “requerer, com base no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), informações detalhadas de todos os programas e medidas que a escola adotou para implementar os conteúdos curriculares, projetos pedagógicos e atividades de valorização da diversidade e promoção da igualdade racial no ensino determinados pela Constituição Federal, tratados internacionais ratificados pelo Brasil, ECA, LDB e Estatuto da Igualdade Racial”; tudo devidamente acompanhado dos recursos financeiros aplicados, livros adotados, contratação de professores, consultores, especialistas, etc.”.

No Brasil, a Lei 10.639/03 obriga as escolas de ensino fundamental e médio a ensinarem sobre história e cultura afro-brasileira. Mas apesar da norma, sete em cada dez secretarias municipais de educação do país não fizeram nenhuma ação ou tomaram poucas providências para adotar o ensino da história e da cultura afro-brasileira nas instituições educacionais, segundo informações publicadas pela Agência Senado em 2023, quando a lei completou 20 anos de existência.

“O caso da filha de Samara não pode acabar onerando a própria vítima, obrigando-a a conviver com sua ofensora ou quiçá mudar de escola; quem tem que sair é quem agrediu, ofendeu, traumatizou”, conclui o advogado ao reforçar a necessidade de proteger a vítima. 

“Bem-vinda, Nala”, Iza escolhe o nome de sua filha inspirado na personagem que dublou no live-action de ‘O Rei Leão’

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Em um vídeo publicado na noite da última segunda-feira, 13, no Instagram, a cantora Iza e o jogador Yuri Lima revelaram que serão pais de uma menina, que vai se chamar Nala. No vídeo, o casal apareceu dançando na frente de balões decorados em forma de interrogação, os dois estavam dançando até que Iza estoura o balão de onde caem papéis na cor lilás. Na legenda, a cantora escreveu: “Bem-vinda, Nala”.

O nome escolhido pelo casal é o mesmo da personagem dublada por Iza no live-action de ‘O Rei Leão’, que estreou nos cinemas brasileiros em 2019. A personagem é amiga de infância de ‘Simba’ e os dois se casam quando o filho de Mufasa consegue se vingar do tio, Scar, e recupera o reino de seu pai. O nome também têm origem africana, da região dos Grandes Lagos e significa “presente” ou “dádiva”.

Em abril, Iza anunciou que estava grávida do primeiro filho e fez uma live em suas redes sociais, onde apareceu cantanto e mostrando a barriga, então com três meses de gestação. Durante uma entrevista concedida para a revista Glamour, ela afirmou estar em êxtase: “Sempre tive o sonho de ser mãe. É uma coisa que faz parte da minha vida, não sei muito bem o porquê, mas me acho extremamente maternal com a minha equipe, minha família, meus amigos”.

O 13 de maio nas escolas e o silêncio sobre o racismo

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Estamos aprendendo com muito sofrimento que a luta contra o racismo precisa ser realizada todos os dias, em todos os espaços  políticos em que participamos.

Vivemos momentos ruidosos com denúncias de racismo em escolas públicas e privadas, mas há a mais completa ausência de manifestação por parte dos gestores públicos estaduais e municipais na cidade de São Paulo. É um sinal preocupante de que silenciamento sobre o tema das relações raciais e étnicas e a educação.

Nos recentíssimos episódios de racismo em escolas de elite em São Paulo, há pontos positivos que merecem um registro. 

Em primeiro lugar a Escola envolvida reconheceu prontamente a existência do racismo e acolheu a estudante negra. Deu apoio, conversou com as famílias. E mesmo tendo um trabalho organizado de atuação antirracista, teve um gesto de grandeza em perceber que as situações de racismo fazem parte do cotidiano e que precisam de vigilância permanente. Não tratou da situação como um caso isolado, uma situação única e esporádica, mas que faz parte do quotidiano e precisar ser enfrentada todos os dias.

Um dos grandes entraves para a superação do racismo é o seu não reconhecimento e a abordagem cruel e enganosa de ser visto como uma brincadeira, e não como uma violência estrutural de nossa sociedade.

As instituições têm um papel importante na formulação e implementação de políticas antirracistas, garantido pela Lei 10639 de 2003, que passados mais de vinte anos há uma luta titânica para sua implementação em todos os níveis de ensino, do fundamental ao superior.

Um ato revolucionário  por parte dos governos municipais e estaduais  seria respeitar e garantir a implementação da legislação federal que existe há mais vinte anos . E principalmente dialogar com o movimento negro  durante todo o ano letivo não só no mês de novembro.

A meta dos gestores públicos  deveria ser o estabelecimento um diálogo com professores, diretores, funcionários administrativos e gestores  e principalmente com as famílias negras da cidade de São Paulo.

Neste dia 13 de maio, é fundamental que todos (brancos e negros) se posicionem contra o racismo com ações e empenho tendo a consciência de que é necessário muito mais do que discursos e palestras de letramento racial. 

Todas as políticas públicas exigem um orçamento público, que infelizmente não existem nos municípios e nos governos estaduais.  Ficamos nos perguntando quantas crianças negras sofrem racismo diariamente nas escolas públicas?  Como os secretários de Educação trabalham o 13 de maio nas escolas? Quem acolhe nossas crianças?  

Questões que vem sendo levantadas a décadas pelo movimento negro brasileiro  e está na agenda política por igualdade na sociedade brasileira.

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