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Cardi B rebate críticas sobre uso do termo “pele clara”: “Dominicanos têm diversidade de tons”

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A rapper Cardi B, de 31 anos, voltou a ser alvo de debates nas redes sociais sobre como descreve seu tom de pele. A artista, que é filha de pai dominicano e mãe trinitário-tobaguense, foi acusada de clareamento de pele, o que ela prontamente negou. O debate ganhou força após um usuário da plataforma X (antigo Twitter) questionar se o termo “pele clara” deveria ser usado por ela.

“Quem disse à Cardi B que ela tem pele clara?”, provocou um dos críticos, argumentando que o termo deveria ser exclusivo para descrever pessoas negras de pele mais clara. Cardi B respondeu afirmando que a diversidade de tons de pele entre os dominicanos é ampla e desafiou: “Então, o que eu deveria dizer quando estou descrevendo minha pele? Eu tenho pele dominicana?”.

A discussão tomou novos rumos quando outro usuário sugeriu que dominicanos e outras etnias deveriam criar seus próprios termos, alegando que “pele clara” deveria ser utilizado apenas por pessoas negras. Cardi B retrucou veementemente: “Dominicanos são uma nacionalidade com pessoas de cores e tons diferentes, não uma raça”.

A rapper também contestou a ideia de que o termo “pele clara” seja exclusivo de uma única raça, citando outras nacionalidades, como jamaicanos e haitianos, que compartilham dessa diversidade de tons de pele. “O termo pele clara é um adjetivo para descrever a compleição da pele… Não é exclusivo de uma única raça”, afirmou.

A discussão sobre a ancestralidade de Cardi B não é nova. A artista tem sido alvo de questionamentos sobre sua etnia, com alguns colocando em dúvida se ela se identifica como negra ou hispânica. No mês passado, sua aparência voltou a ser tema de debate após acusações de clareamento de pele, que a artista desmentiu, atribuindo sua palidez à anemia durante a gravidez.

Em meio a denúncias contra Silvio Almeida, Lula defende direito à defesa e reforça: “alguém que pratica assédio não vai ficar no governo”

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Foto: Ricardo Stuckert/PR

Em sua primeira declaração sobre as recentes denúncias de assédio sexual envolvendo o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (6) que está aguardando mais informações antes de tomar uma decisão. Lula mencionou ter solicitado ao advogado-geral da União, ao controlador-geral da União e ao ministro da Justiça que investiguem o caso detalhadamente.

“O que eu posso antecipar para você é o seguinte: alguém que pratica assédio não vai ficar no governo. Eu só tenho que ter o bom senso de que é preciso que a gente permita o direito à defesa, a presunção de inocência, ele tem o direito de se defender”, declarou o presidente em entrevista à Rádio Difusora, de Goiás. “Nós vamos colocar a Política Federal, o Ministério Público, a Comissão de Ética da Presidenta da República, para investigar. Porque, veja, eu estou numa briga danada contra a violência contra as mulheres. O meu governo tem uma prioridade em fazer com que as mulheres se transformem definitivamente, sabe, numa parte importante da política nacional. Então eu não posso permitir que tenha assédio”, disse.

Lula afirmou ainda que: “Não é possível a continuidade no governo, porque o governo não vai fazer jus ao seu discurso, à defesa dos direitos humanos, de alguém que esteja sendo acusado de assédio”, pontuou o presidente, que também foi questionado sobre a foto publicada pela primeira dama, Janja Lula, em que ela aparece beijando a testa de Aniele. A imagem foi vista como um sinal de apoio à Ministra da Igualdade Racial: “A foto da Janja com Anielle é uma demonstração inequívoca de que as mulheres estão com as mulheres”.

As denúncias foram inicialmente divulgadas na quinta-feira, 5, pela ONG Me Too Brasil, que informou ter recebido queixas contra o ministro, mas não divulgou os nomes das vítimas. Em resposta, Silvio Almeida negou as acusações, classificando-as como “ilações absurdas” e “denunciação caluniosa”.

Família de imigrante ganense morto após passar mal no Aeroporto de Guarulhos denuncia sepultamento sem autorização

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Foto: Reprodução/G1

A família do imigrante ganense Evans Osei Wusu, de 39 anos, que morreu após passar mal enquanto estava retido no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, denuncia que o corpo foi sepultado no Brasil sem a autorização dos parentes, que residem em Gana. O caso levanta questionamentos sobre a falta de comunicação entre as autoridades brasileiras e a família do falecido, que agora pede justiça.

Evans chegou ao aeroporto em 4 de agosto, após ser deportado do México, onde deveria realizar uma cirurgia na coluna. Segundo sua prima, Priscilla Osei Wusu, ele tentou solicitar refúgio no Brasil para obter atendimento médico, alegando que não teria condições de retornar a Gana sem o tratamento necessário. Durante seu período de retenção no terminal, Evans relatou a parentes que estava com dores intensas e não recebia o atendimento adequado.

Mensagens enviadas por Evans a familiares nas semanas seguintes indicam que ele passou por dificuldades para ser atendido, inclusive mencionando que outros imigrantes precisaram intervir para que ele recebesse ajuda médica. No entanto, o ganense faleceu em 13 de agosto no Hospital Geral de Guarulhos, conforme aponta a certidão de óbito, que indica infecção generalizada como a causa da morte.

A família só descobriu o local do enterro dias depois, ao ser informada que Evans havia sido sepultado no Cemitério Necrópole do Campo Santo, em Guarulhos. Priscilla questiona a decisão das autoridades brasileiras de proceder com o sepultamento sem o consentimento dos parentes e sem que a Embaixada de Gana fosse notificada a tempo. “Como puderam enterrar meu primo sem nossa autorização? Para nós, isso não é algo trivial. Prestamos homenagens aos nossos mortos, é algo muito sério em nossa cultura”, afirmou Priscilla.

O caso está sendo acompanhado por Daniel Perseguim, do Fórum Internacional Fronteira Cruzadas, que tem buscado esclarecimentos junto às autoridades. Uma reunião foi realizada na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) para discutir o ocorrido. A família de Evans exige respostas e responsabilização pelas circunstâncias de sua morte e pelo sepultamento realizado sem autorização.

Em resposta, a Prefeitura de Guarulhos afirmou que o município atuou apenas como contratado para realizar o sepultamento, sob solicitação do Hospital Geral de Guarulhos, e que a decisão foi tomada devido ao estado de deterioração do corpo e à falta de retorno por parte da família e da Embaixada de Gana. O Ministério da Justiça declarou que não foi informado sobre a situação do imigrante antes de sua morte e que o caso não está relacionado a novas medidas adotadas no Aeroporto Internacional de Guarulhos.

A Defensoria Pública da União (DPU) acompanha o caso e avalia a responsabilização civil do Estado brasileiro e das empresas envolvidas no tratamento dispensado aos migrantes no aeroporto. A família de Evans segue buscando justiça, afirmando que não aceitará o desfecho trágico sem uma explicação adequada e as devidas reparações.

PF abre inquérito para investigar denúncias de assédio sexual contra ministro Silvio Almeida

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Foto: Reprodução

A Polícia Federal (PF) instaurou um inquérito nesta sexta-feira, 6, para apurar as denúncias de assédio sexual feitas contra o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. As acusações foram divulgadas pela ONG Me Too Brasil na quinta-feira, 5. Segundo Andrei Passos Rodrigues, diretor-geral da PF, a investigação foi iniciada por iniciativa própria, antes mesmo de uma representação formal.

Rodrigues afirmou em entrevista à GloboNews que as primeiras audições devem ocorrer na próxima semana. Entre as pessoas a serem ouvidas está a ministra Anielle Franco (Igualdade Racial), identificada pela imprensa como uma das vítimas, embora a Me Too Brasil não tenha divulgado oficialmente os nomes das pessoas envolvidas.

O ministro Silvio Almeida, em resposta às denúncias, negou categoricamente as acusações. “Repudio com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra mim”, declarou. Ele destacou que as alegações visam prejudicar sua imagem e os ideais que defende, especialmente em sua luta pelos direitos humanos.

Em paralelo à ação da PF, o Palácio do Planalto também decidiu agir. Em nota, o governo informou que a Comissão de Ética da Presidência da República abriu um procedimento de apuração sobre o caso. O ministro Almeida foi convocado na noite de quinta-feira para prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias.

As denúncias foram reveladas inicialmente pelo portal Metrópoles e posteriormente confirmadas pela Me Too Brasil, que forneceu suporte psicológico e jurídico às vítimas. A ONG destacou as dificuldades enfrentadas por vítimas de violência sexual ao buscarem apoio institucional, especialmente quando o acusado ocupa posições de poder.

Silvio Almeida assumiu o Ministério dos Direitos Humanos em janeiro de 2023 e é uma figura reconhecida no Brasil por seu trabalho em questões raciais. A investigação deve seguir rigorosamente os trâmites legais, com ambas as partes sendo ouvidas no decorrer do processo.

Silvio Almeida volta a negar as acusações de assédio sexual e pede investigação a CGU, MJ e PGR

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Foto: Reprodução

Silvio Almeida, ministro dos Direitos Humanos, publicou um vídeo nas redes sociais, na noite desta quinta-feira, 5, para negar e repudiar as acusações de assédio sexual contra ele, levadas à organização Me Too Brasil e anunciou que pedirá investigações do caso com as supostas denúncias anônimas. 

“Eu estou encaminhando ofícios para a Controladora Geral da União, para o Ministério da Justiça e Segurança Pública, e para a Procuradoria Geral da República, para que haja uma investigação dos fatos, uma apuração séria dos fatos, cuidadosa, para que nenhuma dúvida reste sobre tudo o que pode ter acontecido e tudo o que não aconteceu”, afirma. 

“É um grupo, certamente, querendo diminuir minha existência, querendo imputar minhas condutas, que são coisas que eles praticam. E com isso o Brasil perde. Perde a pauta dos direitos humanos, perde a pauta da igualdade racial e perde principalmente o povo brasileiro”, destaca.

“Eu não vou transigir com a minha honra. E de acordo com movimentos recentes, fica evidente que há uma campanha muito bem orquestrada para afetar a minha imagem enquanto homem negro, enquanto defensor dos direitos humanos e que tem uma posição de destaque no poder público”, se defende. 

“Eu não vou me calar diante de denúncias em nome da minha filha, em nome da minha esposa, em nome da minha família, em nome das pessoas que confiam em mim. Haverá a revelação da verdade e eu vou sempre lutar pela emancipação dos direitos das mulheres, das minorias, e vou continuar lutando pelo futuro dessas pessoas”, afirma. 

Antes do vídeo, o Silvio Almeida já havia enviado uma nota à imprensa através do Ministério dos Direitos Humanos, repudiando as acusações.

Mais cedo, em meio às denúncias de assédio sexual contra o Silvio Almeida, o movimento ‘Mulheres Negras Decidem’ divulgou uma nota pública em apoio à ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, uma das supostas vítimas. No entanto, ela ainda não se pronunciou sobre o caso e deverá conversar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas próximas horas, segundo o Metrópoles.

“Repudio com veemência as mentiras contra mim”, diz Silvio Almeida sobre denúncias de assédio sexual

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Foto: Pedro França/Agência Senado

O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, se manifestou nesta quinta-feira (5) em nota oficial, negando as acusações de assédio sexual confirmadas pela organização Me Too Brasil. As denúncias, reveladas pelo portal Metrópoles, alegam que o ministro teria assediado sexualmente algumas vítimas que procuraram apoio psicológico e jurídico.

“Repudio com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra mim”, declarou o ministro. Em sua defesa, Almeida argumentou que as acusações buscam prejudicar tanto a sua pessoa quanto a luta pela defesa dos direitos humanos no Brasil. “Com isso, perde o Brasil, perde a pauta de direitos humanos, perde a igualdade racial e perde o povo brasileiro”, lamentou.

O ministro destacou que as denúncias carecem de materialidade e que é necessário rigor na investigação dos fatos. Ele anunciou que encaminhará ofícios à Controladoria-Geral da União, ao Ministério da Justiça e Segurança Pública e à Procuradoria-Geral da República para garantir que as acusações sejam devidamente apuradas. Almeida também criticou a campanha que, segundo ele, tenta afetar sua imagem como homem negro em posição de destaque, mas reforçou que continuará firme na luta pelos direitos das mulheres e pela igualdade racial.

Nota oficial na íntegra:

“Repudio com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra mim. Repudio tais acusações com a força do amor e do respeito que tenho pela minha esposa e pela minha amada filha de 1 ano de idade, em meio à luta que travo, diariamente, em favor dos direitos humanos e da cidadania neste país.

Toda e qualquer denúncia deve ter materialidade. Entretanto, o que percebo são ilações absurdas com o único intuito de me prejudicar, apagar nossas lutas e histórias, e bloquear o nosso futuro.

Confesso que é muito triste viver tudo isso, dói na alma. Mais uma vez, há um grupo querendo apagar e diminuir as nossas existências, imputando a mim condutas que eles praticam. Com isso, perde o Brasil, perde a pauta de direitos humanos, perde a igualdade racial e perde o povo brasileiro.

Toda e qualquer denúncia deve ser investigada com todo o rigor da Lei, mas para tanto é preciso que os fatos sejam expostos para serem apurados e processados. E não apenas baseados em mentiras, sem provas. Encaminharei ofícios para Controladoria-Geral da União, ao Ministério da Justiça e Segurança Pública e à Procuradoria-Geral da República para que façam uma apuração cuidadosa do caso.

As falsas acusações, conforme definido no artigo 339 do Código Penal, configuram ‘denunciação caluniosa’. Tais difamações não encontrarão par com a realidade. De acordo com movimentos recentes, fica evidente que há uma campanha para afetar a minha imagem enquanto homem negro em posição de destaque no Poder Público, mas estas não terão sucesso. Isso comprova o caráter baixo e vil de setores sociais comprometidos com o atraso, a mentira e a tentativa de silenciar a voz do povo brasileiro, independentemente de visões partidárias.

Quaisquer distorções da realidade serão descobertas e receberão a devida responsabilização. Sempre lutarei pela verdadeira emancipação da mulher, e vou continuar lutando pelo futuro delas. Falsos defensores do povo querem tirar aquele que o representa. Estão tentando apagar a minha história com o meu sacrifício.

SILVIO ALMEIDA
MINISTRO DE ESTADO DOS DIREITOS HUMANOS E DA CIDADANIA”

Movimento “Mulheres Negras Decidem” manifesta solidariedade à ministra Anielle Franco

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Em meio às denúncias de assédio sexual contra o ministro Silvio Almeida, que, segundo informações do Metrópoles, já eram conhecidas por pelo menos quatro ministros do governo e auxiliares diretos de Lula, o movimento Mulheres Negras Decidem divulgou uma nota pública em apoio à ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Esses ministros relataram ter ouvido relatos sobre o suposto comportamento inapropriado de Almeida em relação a Anielle.

“Reiteramos nossa solidariedade à Anielle Franco, segunda mulher a ocupar a maior posição ministerial no Ministério da Igualdade Racial, órgão de fundamental importância para o Brasil. Seu trabalho, realizado com muito empenho, habilidade política e qualidade técnica não deve ser eclipsado por lamentáveis episódios como esse. Avante, Ministra!”, declarou o movimento em apoio à Anielle.

A campanha #AnielleNãoEstáSó, lançada pelo movimento, sublinha o respaldo à ministra em meio às recentes controvérsias políticas e reforça a necessidade de fortalecer mulheres negras em cargos de poder e decisão, buscando garantir a continuidade de suas lutas e conquistas.

Histórico de violência contra mulheres negras no poder

Além de expressar apoio à Anielle Franco, o Mulheres Negras Decidem relembrou a longa trajetória de resistência de mulheres negras na política, mencionando figuras históricas como Marielle Franco e Marina Silva. A nota critica a recorrência de ataques e desrespeito enfrentados por essas mulheres, destacando a perpetuação de uma masculinidade agressiva que as tenta silenciar.

“O que nos embrulha o estômago é que, ainda assim, esses homens são ovacionados por grupos permissivos à violência política de gênero e raça”, ressaltou a nota, mencionando que essas práticas violentas persistem, mesmo quando mulheres negras ocupam cargos de poder.

O movimento reforçou seu compromisso com a luta por justiça e pela ocupação de espaços de decisão pelas mulheres negras, reiterando que esses episódios de violência não impedem a continuidade da busca pelo avanço social. “Por essas mulheres, e por todas as outras que não estão estampadas nas capas da imprensa, seguimos incidindo e trabalhando para que mulheres negras ocupem com segurança os espaços necessários para o avanço social.”

Me Too Brasil confirma denúncias de assédio sexual contra o ministro Silvio Almeida

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Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

A organização Me Too Brasil, que defende mulheres vítimas de violência sexual, confirmou que recebeu denúncias de assédio sexual contra o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. A informação foi revelada pelo portal Metrópoles, nesta quinta-feira (5). A entidade declarou que as denúncias, feitas por meio dos seus canais de atendimento, resultaram em acolhimento psicológico e jurídico para as vítimas.

“Com o consentimento das vítimas, confirmamos que recebemos denúncias de assédio sexual contra o ministro Silvio Almeida. Elas foram atendidas por nossos canais e receberam o apoio necessário”, informou a organização em comunicado.

As vítimas, incluindo possivelmente a ministra da Igualdade Racial Anielle Franco, segundo a coluna do Metrópole, como muitas outras que enfrentam agressores em posições de poder, encontraram obstáculos para validar suas denúncias dentro de instituições formais. Por isso, autorizaram a confirmação das acusações para a imprensa. Segundo a Me Too Brasil, este é o primeiro passo para responsabilizar judicialmente o agressor e interromper ciclos de impunidade, principalmente quando se trata de figuras influentes.

Instituto Luiz Gama responde à tentativa de depor Silvio Almeida

Em meio às denúncias, o portal de notícias do Instituto Luiz Gama, associação civil fundada por Silvio Almeida que atua na defesa de minorias e dos direitos humanos, também se manifestou. A organização se posicionou contra o que chamou de “movimento organizado” para desestabilizar o ministro.

“Muitas pessoas mesquinhas e racistas não querem um ministro negro. Infelizmente, há pessoas negras que também não o querem, pessoas que há muito tempo tramam contra ele e reclamam de estar sendo ofuscadas por ele”, afirma o portal.

A associação ainda reforçou que há uma tentativa de derrubar Silvio Almeida por meio de mentiras e tirá-lo do cenário político. “Se alguém tinha dúvida, agora não há mais. Há um movimento organizado por meio de mentiras para derrubar Silvio Almeida e tirá-lo à força do jogo político”, concluiu.

A nota reforça o clima de polarização em torno das acusações e destaca as críticas contra a legitimidade das denúncias, sugerindo que há interesses políticos por trás do caso.

Deputada Mônica Seixas e vereadora Luana Alves denunciam o Meta por associar termo “negra” a drogas

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Foto: Rodrigo Romeo e Divulgação

A deputada estadual Mônica Seixas e a vereadora de São Paulo Luana Alves apresentaram uma representação contra o grupo Meta, que controla Instagram, Facebook e WhatsApp, acusando a empresa de racismo. Usuários do Instagram relataram que, nos últimos dias, ao buscar pelo termo “negra” na barra de pesquisa da plataforma, recebiam um alerta associando o termo à compra e venda de drogas ilícitas.

O alerta exibido pelo Instagram ao buscar “negra” é considerado uma manifestação racista, ao associar o termo a atividades criminosas. A prática, que reforça estereótipos raciais negativos, já foi observada em outras plataformas digitais, como Google e Facebook. Um exemplo semelhante ocorreu no Google, onde a pesquisa por “tranças feias” exibia imagens de pessoas negras, enquanto “tranças bonitas” mostrava pessoas brancas.

No caso do Instagram, essa associação de “negra” com drogas ilícitas perpetua estigmas raciais e prejudica a luta contra a discriminação, além de configurar crime de racismo, conforme a Lei 7.716/1989.

“As redes sociais já são nocivas para os jovens e para a população que não corresponde ao padrão esperado de beleza. Isso mina a autoestima dos usuários. Ações como essa, que associam uma população que já sofre preconceito e discriminação desde o nascimento a práticas criminosas, não auxiliam na construção da aceitação deles como indivíduos”, destacou a deputada Mônica Seixas.

A denúncia pede que o grupo Meta remova o conteúdo ofensivo e adote medidas preventivas para garantir o respeito aos princípios constitucionais em suas plataformas, além de ações legais para corrigir o erro.

“Filantropia precisa escutar e incluir as vozes negras”, alerta Cida Bento durante fórum sobre o tema

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Fotos: André Porto/IDIS

Durante o painel de abertura do 13º Fórum de Filantropos e Investidores Sociais, realizado na última quarta-feira, 4, pelo Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS), a escritora Cida Bento enfatizou a necessidade de a filantropia se aproximar das diversas realidades brasileiras. Autora de “O pacto da branquitude”, Bento alertou que “a filantropia precisa dialogar com as várias realidades do Brasil”.

Intitulado “Filantropia desatando os nós do mundo”, o painel também contou com a participação de Renata Piazzon, do Instituto Arapyaú, e Sérgio Fausto, da Fundação Fernando Henrique Cardoso, sob moderação de Philip Yun, do Global Philanthropy Forum.

Bento, que é cofundadora e conselheira do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT), sublinhou a importância de incluir pessoas negras não apenas como beneficiárias dos projetos filantrópicos, mas também como participantes ativos no planejamento das iniciativas. “Precisamos que as pessoas negras sejam parte, não só de quem vai receber o apoio dos projetos, mas também de quem pensa em que direção temos que ir”, afirmou.

Sérgio Fausto destacou a relevância de eventos como o fórum para construir alianças e fortalecer uma filantropia mais estratégica. “Precisamos mudar as nossas redes de referência”, disse ele, em comentário à fala de Bento, acrescentando que lideranças negras, como a própria escritora, têm rompido barreiras e ampliado as possibilidades de diálogo.

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