A deputada estadual Mônica Seixas e a vereadora de São Paulo Luana Alves apresentaram uma representação contra o grupo Meta, que controla Instagram, Facebook e WhatsApp, acusando a empresa de racismo. Usuários do Instagram relataram que, nos últimos dias, ao buscar pelo termo “negra” na barra de pesquisa da plataforma, recebiam um alerta associando o termo à compra e venda de drogas ilícitas.
O alerta exibido pelo Instagram ao buscar “negra” é considerado uma manifestação racista, ao associar o termo a atividades criminosas. A prática, que reforça estereótipos raciais negativos, já foi observada em outras plataformas digitais, como Google e Facebook. Um exemplo semelhante ocorreu no Google, onde a pesquisa por “tranças feias” exibia imagens de pessoas negras, enquanto “tranças bonitas” mostrava pessoas brancas.
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Deputada Mônica Seixas e vereadora Luana Alves denunciam o Meta por associar termo "negra" a drogas
No caso do Instagram, essa associação de “negra” com drogas ilícitas perpetua estigmas raciais e prejudica a luta contra a discriminação, além de configurar crime de racismo, conforme a Lei 7.716/1989.
“As redes sociais já são nocivas para os jovens e para a população que não corresponde ao padrão esperado de beleza. Isso mina a autoestima dos usuários. Ações como essa, que associam uma população que já sofre preconceito e discriminação desde o nascimento a práticas criminosas, não auxiliam na construção da aceitação deles como indivíduos”, destacou a deputada Mônica Seixas.
A denúncia pede que o grupo Meta remova o conteúdo ofensivo e adote medidas preventivas para garantir o respeito aos princípios constitucionais em suas plataformas, além de ações legais para corrigir o erro.
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